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quarta-feira, 11 de março de 2015

O GOLPE MILITAR DE 11 DE MARÇO DE 1975



O GOLPE MILITAR DE 11 DE MARÇO DE 1975

O golpe militar de 11 de Março de 1975, que foi preparado com uma intensa acção política, conspiração militar e provocações falhou por acção do Povo e do MFA.
O bombardeamento e cerco do RAL.1 por pára-quedistas terminou com o povo a rodear, a dissuadir e a convencer os soldados e o comandante da unidade a negar a rendição.
Spínola fugiu para Tancos, de Tancos para Espanha e de Espanha para o Brasil, onde continuou a conspirar.
Derrotadas todas essas tentativas, um novo passo foi dado na escalada: o terrorismo bombista.
Desencadeado pela organização terrorista MDLP e incitado tanto por fascistas declarados como pelo CDS, o PPD e o PS desempenhou importante papel na acção contra-revolucionária.
Declarações de operacionais do terrorismo (Alpoim Calvão, Monteiro, R. Moreira e um ex-inspector da PIDE) confirmaram a chefia de Spínola e começaram a levantar o véu de compromissos e cumplicidades que não foram completamente confessadas.
O terrorismo bombista conjugado com conspirações militares, o anticomunismo do PSD e do PS, espectaculares provocações e um trabalho sistemático de intriga e divisão do campo democrático, deveria conduzir a um novo golpe visando a liquidação do MFA, o isolamento e repressão do PCP e à interrupção do processo de democratização do país.
Sucessivas divisões, confrontos, golpes internos, alterações hierárquicas, rupturas, sublevações dividiram e enfraqueceram progressivamente o MFA.
Enquanto os chamados "moderados" (Grupo dos Nove) apoiados pelo PS e PSD se aliaram à direita militar, a Esquerda militar sofria pressões e influências do esquerdismo aventurista.
Derrotado o golpe de Spínola, foram criadas as condições para o avanço da aliança Povo-MFA e a concretização de importantes conquistas revolucionárias que vieram a caracterizar a revolução do 25 de Abril, a reforma agrária, as nacionalizações, o poder local democrático, etc.

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