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quinta-feira, 26 de março de 2015

Palmiro Togliatti Nicholas Michael nasceu em Génova/Itália a 26 de Março de 1893



Palmiro Togliatti Nicholas Michael nasceu em Génova/Itália a 26 de Março de 1893 e morreu em Yalta/URSS a 21 de agosto de 1964, foi um político e antifascista italiano, lider histórico do Partido Comunista Italiano .
Togliatti foi um dos membros fundadores do Partido Comunista Italiano e de 1927 até a sua morte, o seu Secretário-Geral e lider indiscutível.
De 1944 a 1945 ocupou o cargo de Vice- Presidente do Conselho e de 1945 a 1946 foi ministro da Justiça nos governos de Itália, após a derrota do fascismo .
Foi membro da Assembleia Constituinte após as eleições gerais de 1948, em que o PCI ficou na oposição aos vários governos que se sucederam, sob a liderança do Partido Democrata Cristão.
Palmiro Togliatti foi um firme e fiel comunista, eminente marxista-leninista, um homem de acção cheio de confiança nas forças criadoras da classe operária, dos trabalhadores e do povo italiano.
Como pensador e revolucionário, como teórico e homem de acção, deu muito ao PCI e ao movimento comunista internacional.
Tinha um grande conhecimento da vida do povo italiano e dos problemas políticos e sociais internacionais.
A sua vida e atividade estiveram indissoluvelmente vinculadas à vida e à luta da classe operária e do Partido Comunista Italiano (PCI), que ele fundou e edificou com António Gramsci.
Durante mais de vinte anos dirigiu, corajosa e tenazmente, dedicando toda a sua energia, a luta pelo derrube do regime fascista.
Depois de terminada a primeira guerra mundial, Togliatti, que já em 1911 era militante activo do Partido Socialista é, em conjunto com António Gramsci, um dos melhores divulgadores da Revolução de Outubro.
Com António Gramsci, fundou a revista “Ordine Nuovo”, em torno da qual se organizaria a fracção que mais tarde deu origem ao Partido Comunista Italiano.
Em 1920, havia poucos que, como Gramsci e Togliatti, podiam avaliar com exatidão a situação que se criara, prever o desenrolar dos acontecimentos, indicar aos trabalhadores o caminho a seguir para evitar a catástrofe.
Eram poucos os que podiam considerar com toda a seriedade o perigo fascista e compreender o que significava o fascismo.
A maioria considerava que o fascismo era um fenómeno passageiro, a expressão do estado de espírito de alguns grupos exaltados, desorientados, um produto da guerra.
O primeiro problema com que se defrontaram Gramsci e Togliatti foi o de criar um Partido Comunista.
E este problema não podia ser resolvido teoricamente, pois os revolucionários só podiam encontrar sua solução justa, vinculando-o à luta imediata que era preciso travar então.
O Partido Comunista Italiano (PCI) nasceu em 21 de janeiro de 1921, numa situação dificílima, num momento de refluxo do movimento operário, num momento em que a onda reacionária do fascismo inundava o país, num momento em que, diante da ofensiva terrorista do fascismo, as massas traídas pelos social-democratas de direita recuavam, ainda que lentamente, defendendo com heroísmo as suas posições.
Gramsci e Togliatti não só apelaram aos trabalhadores para se defenderem de armas na mão contra a violência fascista, mas deram-lhes o exemplo, organizando a defesa armada da “Ordine Nuovo”.
O fascismo venceu em 1920-1921, porque não havia na Itália unidade da classe operária, unidade dos trabalhadores, unidade do povo. O fascismo venceu em conseqüência da traição dos chefes socialistas de direita, da bancarrota e capitulação dos partidos que, por suas tradições, deveriam defender as liberdades democrático-burguesas.
O Partido Comunista era naquele tempo um pequeno partido, com alguns milhares de membros, ainda isolado das amplas massas que, em sua esmagadora maioria, ainda seguiam os dirigentes social-democratas.
Veio a tornar-se o partido mais forte, o mais combativo, o mais bem organizado de todos os partidos políticos italianos, o partido cuja influência era maior entre as massas trabalhadoras.
Os comunistas com outros trabalhadores, encontravam-se à frente dos sindicatos, das ligas camponesas, das cooperativas, das organizações de solidariedade, das comissões das empresas e de todas as organizações democráticas do povo italiano.
Palmiro Togliatti, em 1926, depois da detençao de Gramsci, assumiu a inteira responsabilidade da direção do Partido.
Togliatti travou dura luta para fazer do Partido Comunista Italiano um verdadeiro Partido Comunista.
Togliatti não limitou sua actividade à direção do Partido Comunista Italiano. Togliatti tomou parte activa nos primeiros congressos da Internacional Comunista; desde 1926, participou permanentemente dos trabalhos do Comité Executivo da Internacional Comunista, chegando a ser um de seus secretários.
É instrutiva a crítica feita por Togliatti no XII Pleno aos do Comité Executivo da Internacional Comunista (setembro de 1932) aos comunistas que achavam impossível que os fascistas alcançassem o Poder na Alemanha.
No VII Congresso da Internacional Comunista, Togliatti apresentou uma informação sobre o tema: "A preparação de nova guerra mundial pelos imperialistas e as tarefas da Internacional Comunista". Na sua análise, profunda e minuciosa, expôs as causas que levavam os imperialistas a preparar uma nova conflagração mundial.
Num dos capítulos da informação, Togliatti dizia:
"Não há dúvida de que a próxima guerra, quer se inicie como uma guerra entre as duas grandes potências imperialistas, quer como guerra de uma potência imperialista contra um pequeno país, tenderá inevitavelmente a transformar-se e transformar-se-á, inevitavelmente, em guerra contra a União Soviética".
Alguns meses depois dese iniciado o levantamento franquista, Togliatti encontrava-se em Espanha, ao lado dos defensores da República espanhola e lá permaneceu durante todo o período da guerra de libertação naciona,l para aconselhar e ajudar os camaradas espanhóis, na sua guerra dura e difícil contra os bandos de Franco e os legionários de Mussolini e de Hitler.
Togliatti manteve-se no seu posto de combate até o último dia.
O regresso de Togliatti a Itália significou uma reviravolta importante na vida do país.
Ele lutou decididamente para que a classe operária desempenhasse o papel dirigente na vida do País, encaminhou-o na via da libertação e deu também, consequentemente, um poderoso impulso à luta guerrilheira que se travava no Norte da Itália.
Desde 1945, o povo italiano obteve muitas conquistas.
Depois da instauração da república e da adopção da constituição democrática, os trabalhadores conseguiram satisfazer uma série de importantes reivindicações económicas. No entanto, não foi possível se obter nenhuma transformação democrática na estrutura económica do país.
O atentado perpetrado contra Togliatti a 14 de julho de 1948 foi uma tentativa para dar um golpe mortal no Partido Comunista Italiano e em todo o movimento operário e popular.
Mas o PCI e o seu guia superaram também esta prova.
Os grupos reacionários tentaram assassinar Togliatti, mas o atentado marcou o início de um novo e poderoso impulso das massas trabalhadoras e do movimento democrático.
Durante seis anos, as forças clericais tentaram desagregar, dividir o Partido Comunista Italiano, isolá-lo do povo, mas ele estava mais forte do que nunca. Eles pensavam reforçar as suas posições aderindo ao pacto do Atlântico, mas a campanha contra os incendiários da guerra ampliou a frente da paz na Itália.
O Partido Comunista Italiano (PCI) deve seus êxitos na altura, em grande parte e antes de tudo, à atividade política e de organização de Palmiro Togliatti.
Foi precisamente ele que soube fazer do pequeno Partido que era há trinta e dois anos, o grande Partido que foi e que infelizmente outros traidores vieram a destruir!

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