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quinta-feira, 5 de março de 2015

Pier Paolo Pasolini nsceu em Bolonha a 5 de março de 1922



Pier Paolo Pasolini nsceu em Bolonha a 5 de março de 1922 e morreu, assassinado, em Óstia a 2 de novembro de 1975, com 53 anos!
Pasolini foi um cineasta, poeta e escritor italiano.
Nos seus trabalhos Pasolini demonstrou uma versatilidade cultural única e extraordinária, que serviu para transformá-lo numa figura controversa.
Embora o seu trabalho continue a gerar polémica e controvérsia até hoje, enquanto Pasolini ainda era vivo, os seus trabalhos foram tidos como obras de arte segundo muitos pensadores da Cultura italiana.
O crítico literário americano Harold Bloom considera Pasolini o maior poeta europeu e a maior voz da poesia do século XX.
Era filho de Carlo Alberto Pasolini, militar de carreira e de Susanna Colussi, professora primária, natural de Casarsa della Delizia (Friul), ao norte da Itália. Teve um irmão chamado Guidalberto Pasolini (1925 - 1945), que faleceu numa emboscada lutando na Segunda Guerra Mundial. Em 1926, o pai de Pasolini foi preso por dívidas de jogo e sua mãe mudou-se para a casa da sua família em Casarsa della Delizia, na região de Friuli.
Em 1939, Pasolini graduou-se em literatura pela Universidade de Bologna.
Era homossexual assumido e um artista solitário.
Antes de ficar famoso como cineasta, Pasolini havia trabalhado também como professor, poeta e novelista.
Entre seus livros mais conhecidos, estão Meninos da Vida, Uma Vida Violenta e Petróleo (livro). De porte atlético e estatura média, Pasolini usava óculos com lentes muito grossas.
Em 26 de janeiro de 1947, Pasolini escreveu uma importante declaração para a primeira página do jornal Libertà: "Em nossa opinião, pensamos que, atualmente, só o comunismo é capaz de fornecer uma nova cultura."
A controvérsia foi parcial devido ao fato de ele ainda não ser um membro do Partido Comunista Italiano, PCI.
Após sua adesão ao PCI, participou em várias manifestações, e, em meados de 1949, participou do Congresso da Paz, em Paris.
Observando as lutas dos trabalhadores e camponeses e vendo os confrontos dos manifestantes com a polícia italiana, ele começou a criar seu primeiro romance.
Em janeiro de 1950, Pier Paolo Pasolini mudou-se para Roma com a sua mãe.
Realizou estudos para filmes sobre a Índia, a Palestina e sobre a Oréstia, de Ésquilo, que pretendia filmar na África (Apontamento para uma Oréstia Africana).
Os seus filmes são muito conhecidos por criticarem a estrutura do governo italiano , na época fortemente ligado à igreja católica, que promovia a alienação e hábitos conservadores na sociedade.
Além disso, o seu cinema foi marcado por uma constante ligação com o arcaísmo prevalecente no homem moderno.
Prova disso é a obra Teorema, em que um indivíduo entra na vida de uma família e a desestrutura por inteiro, cada membro da família representa uma instituição da sociedade.
Dirigiu os filmes da Trilogia da Vida com conteúdo erótico e político: Il Decameron, I Raconti di Canterbury e Il fiore delle mille e una notte.
Pasolini, num determinado momento da sua vida, renegou esses filmes, afirmando que eles foram apropriados erroneamente pela indústria cultural, que os classificava como pornográficos.
Essa trilogia foi filmada na Etiópia, Índia, Irã, Nepal e Iêmen. Os filmes eram dobrados em italiano. Pelo conteúdo pretensamente classificado como erótico, foi proibido nos Estados Unidos e só chegou a ser exibido ali na década de 80. No Brasil, só foi exibido após a abertura política.
Em Accattone, de 1961, Pasolini pôs em prática a sua visão sobre a classe do proletariado na sociedade italiana da época.
Pasolini gostava de trabalhar com atores amadores e do povo.
Pier Paolo Pasolini foi brutalmente assassinado em novembro de 1975.
Ele tinha o rosto desfigurado e várias lesões no corpo. Foi encontrado no hidro-aeródromo de Ostia.
Os motivos de seu assassinato continuam a gerar polémica até hoje, sendo associados, com maior probabilidade a crime político.
Ganhou o Prémio de Melhor Argumento no Festival de Cannes, por "Giovani Mariti" (1958), o Prémio Especial do Júri no Festival de Veneza, por "Il vangelo secondo Matteo" (1964) e o Prémio OCIC no Festival de Veneza, por "Il vangelo secondo Matteo" (1964), o Prémio Especial do Júri no Festival de Berlim, por "Il Decameron" (1971), o Urso de Ouro no Festival de Berlim, por "I Raconti di Canterbury" (1972) e o Grande Prémio do Júri no Festival de Cannes, por "Il fiore delle mille e una notte" (1974).

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