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quinta-feira, 12 de março de 2015

Raul Germano Brandão nasceu na Foz do Douro/Porto a 12 de Março de 1867



Raul Germano Brandão nasceu na Foz do Douro/Porto a 12 de Março de 1867 e morreu em Lisboa a 5 de Dezembro de 1930, com 63 anos.
Raul Brandão era militar, jornalista e escritor português, famoso pelo realismo das suas descrições e pelo liricismo da linguagem.
Raul Brandão era filho e neto de homens do mar, pelo que o oceano e os homens do mar foram um tema recorrente da sua obra.
Depois de uma passagem menos feliz por um colégio do Porto, Raul Brandão gravita para o grupo dos nefelibatas, sendo sobre o seu signo que desperta para o mundo das letras e publica as suas primeiras obras.
Em 1891, terminado o curso secundário e depois de uma breve passagem, como ouvinte, pelo Curso Superior de Letras, matricula-se na Escola do Exército.
Com este ingresso, ao que parece a contragosto, inicia uma carreira militar caracterizada por longas permanências no Ministério da Guerra envolvido na máquina burocrática militar.
Nas suas próprias palavras “no tempo em que fui tropa vivi sempre enrascado”.
Paralelamente, mantém uma carreira de jornalista e vai publicando uma extensa obra literária.
Em 1896 foi colocado no Regimento de Infantaria 20, em Guimarães, cidade onde conhece a sua futura esposa.
Casa no ano seguinte, iniciando a construção de uma casa, a Casa do Alto, na freguesia de Nespereira, arredores daquela cidade.
Aí se fixará em definitivo, gravitando toda a sua vida em torno daquela localidade, embora com prolongadas estadias em Lisboa e noutras cidades. Reformado no posto de capitão, em 1912, inicia a fase mais fecunda da sua produção literária.
Raul Brandão visitou os Açores no verão de 1924, no âmbito das visitas dos intelectuais então organizadas sob a égide dos autonomistas.
Dessa viagem resultou a publicação da obras “As ilhas desconhecidas - Notas e paisagens” (Lisboa, 1926), uma das obras que mais influíram na formação da imagem interna e externa dos Açores.
Basta dizer que é em As ilhas desconhecidas que se inspira o conhecido código de cores das ilhas açorianas: Terceira, ilha lilás; Pico, ilha negra; S. Miguel, ilha verde...
Ao longo de uma obra multifacetada, Raul Brandão viria a ser um dos escritores que, a par de Fernando Pessoa, mais influíram na evolução da literatura portuguesa do século XX, sendo eleito figura tutelar não apenas de gerações suas contemporâneas, como o grupo reunido em torno de Seara Nova, ou o chamado grupo da Biblioteca Nacional (Jaime Cortesão, Raul Proença, Aquilino Ribeiro, Câmara Reis), como de gerações posteriores para as quais a redescoberta da obra de Raul Brandão serviu de esteiro para o reformular de estruturas novelísticas tradicionais.
Faleceu a 5 de Dezembro de 1930, aos 63 anos de idade, deixando uma extensa obra literária e jornalística.
As principais obras publicadas foram Impressões e Paisagens (1890), História de um Palhaço (1896), O Padre (1901), A Farsa (1903), Os Pobres (1906) (eBook), El-Rei Junot (1912), A Conspiração de 1817 (1914), Húmus (1917) (eBook); Memórias (vol. I) (1919) (eBook), Teatro (1923), Os Pescadores (1923), Memórias (vol. II), (1925), As Ilhas Desconhecidas (1926), A Morte do Palhaço e o Mistério das Árvores (1926), Jesus Cristo em Lisboa, em colaboração com Teixeira de Pascoaes, (1927), O Avejão (1929) (teatro), Portugal Pequenino, em colaboração com Maria Angelina Brandão, (1930), O Pobre de Pedir (1931) e Vale de Josafat (vol. III das Memórias), (1933).

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