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terça-feira, 14 de abril de 2015

António Lopes Ribeiro nasceu a 16 de abril de 1908



Estreou-se na crítica cinematográfica em 1925. Com Chianca de Garcia, criou a revista Imagem, e mais tarde fundou e dirigiu Kino, bem como as duas séries de Animatógrafo. Nas suas peças jornalísticas, mostrou-se desde muito cedo defensor do cinema sonoro. Na realização, Lopes Ribeiro estreou-se em 1928 com o documentário Bailando ao Sol. Grande parte da sua carreira, aliás, ao nível da curta-metragem, seria preenchida com produções de natureza documental, nas quais Lopes Ribeiro se tornaria uma espécie de cineasta do regime. Mesmo em produções de outra natureza, como A Revolução de maio (1937) e Feitiço do Império (1940), a marca ideológica do Estado Novo permanece evidente. Em 1941, fundou as Produções António Lopes Ribeiro, que marcaram uma nova época no cinema português, na medida em que criaram condições consistentes para uma produção cinematográfica regular. Assim, pôde Lopes Ribeiro rodar filmes dos mais conseguidos das décadas de 40 e 50 em Portugal, como a comédia O Pai Tirano(1941), protagonizada por Vasco Santana e Ribeirinho, Amor de Perdição(1943), com António Vilar e inspirado no romance homónimo de Camilo Castelo Branco, Frei Luís de Sousa (1950), uma adaptação do drama de Almeida Garrett protagonizada por Raul de Carvalho, João Villaret e Barreto Poeira, eO Primo Basílio (1959), inspirado na obra de Eça de Queiroz. As Produções A.L.R. estiveram ainda por trás da realização de películas bem conhecidas, como sejam Aniki-Bobó (1942), de Manoel de Oliveira, O Pátio das Cantigas(1942) e Camões (1946). Lopes Ribeiro foi também membro de diversos júris de festivais de cinema. Entre 1961 e 1974, foi o apresentador, na RTP, do programa Museu de Cinema. O último título que rodou foi a curta-metragem documental Dia de Portugal na Expo'70 (1970). Paralelamente à sua carreira de cineasta, foi empresário teatral (fundou em 1944, juntamente com o seu irmão Ribeirinho, a companhia Os Comediantes de Lisboa), poeta (compôs em 1956 a letra do famoso poema Procissão, declamado por João Villaret) e tradutor (em 1957, traduziu a peça Três Rapazes e Uma Rapariga, de Roger Ferdinand, protagonizada por Vasco Santana, Henrique Santana, João Perry e Raul Solnado). Em 1984, surpreendeu o público português, quando surgiu como ator, interpretando um padre liberal na telenovela Chuva na Areia (1984), ao lado de Virgílio Teixeira, Mariana Rey Monteiro, Armando Cortez, José Viana, Carlos Wallenstein e Rogério Paulo.


"Lisboa de Hoje e de Amanhã é um documentário português realizado, escrito e narrado por António Lopes Ribeiro, produzido pela Câmara Municipal de Lisboa, no ano de 1948. Consiste numa série de pequenas filmagens de algumas zonas da cidade, com a explicação das mesmas por Lopes Ribeiro e, música de fundo.
Este documentário é uma análise da cidade de Lisboa, feita por António Lopes Ribeiro, de quatro perspectivas: habitação, circulação, trabalho e, espaços de lazer. São divididas por quatro partes, cada uma com 10 minutos de duração. Num Portugal indirectamente devastado pela Segunda Guerra Mundial, este filme apresenta aquilo que já pudera ser feito e, tudo o que estava planeado fazer para tornar Lisboa numa cidade pioneira ao nível dos quatro pilares referidos."

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