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terça-feira, 5 de maio de 2015

A 05 de Maio de 1786 - Morre Pedro III de Portugal.



Filho de D. João V e D. Maria Ana de Áustria, D. Pedro III nasceu em 1717 e foi rei de Portugal entre 1777 e 1786. Casou a 6 de julho de 1760 com a sua sobrinha D. Maria. O casal passou o tempo no Palácio de Queluz, mandado construir por D. Pedro antes de ascender ao trono. Enquanto rei, D. Pedro III não se preocupou com os atos governativos, exceção feita ao empenho posto na reabilitação dos nobres perseguidos pelo marquês de Pombal e ao empenho na restauração da Companhia de Jesus. Faleceu em Lisboa em 1786.
“Deu-se pouca importância ao Rei que sempre foi apontado como desinteressante, pouco relevante e do qual havia pouco a dizer, mas muitas das nomeações régias, tinham a sua mão por detrás, assim como certas benesses ou alguns nobres que se mantiveram afastados da corte”, disse.
Esta é a primeira biografia de D. Pedro, que se passou a intitular Rei, assim que nasceu o primeiro filho varão, D. José (1761-1788), “tendo imediatamente sido referenciado como terceiro na ordenação da lista régia, apesar de ser apenas Rei-consorte”.
“O casal foi sempre entendido como D. Maria I e D. Pedro III, espelhando a cumplicidade da relação, D. Pedro não foi a perfeita nulidade que alguns previram”, disse Drumond Braga.
Nesta biografia é publicada documentação inédita, nomeadamente a correspondência que o monarca manteve com a filha Maria Vitória Josefa que casou com o infante Gabriel António, quarto filho de Carlos III, de Espanha.
A biografia de D. Pedro III, editada pelo Círculo de Leitores, revela um “homem honesto e sincero, por vezes roçando a ingenuidade e a credulidade”, escreve o historiador que acrescenta: “poder-se-á mesmo, com alguma segurança, considerá-lo pouco inteligente”.
“Ao monarca liga-se apenas a construção do Palácio do Queluz, quinta de recreio da família real, assim como as obras que fez em Caxias e Bemposta, e está também ligado à Basílica da Estrela, em Lisboa, uma obra pia da sua mulher”, afirmou o historiador.
“O casal adorava-se e existiu sempre uma grande harmonia conjugal, e cumpriram aquilo que deles se esperava, que era assegurarem a continuidade da dinastia; três dos seis filhos que tiveram chegaram à idade adulta”, disse.
O historiador afirma na obra que após o nascimento de Maria Isabel, em 1776, o casal “deve ter posto fim na respetiva vida sexual” tanto mais que D. Pedro III “nunca fora dado aos encantos do belo sexo”.
Paulo Drumond Braga traça um retrato do monarca segundo o qual, era “muito apreciador de caçadas, jogos de cartas e corridas de touros”, preocupado com “obras de embelezamento de espaços que lhe pertenciam” e gostava de ópera, “algo que se tornara rotineiro na corte portuguesa do que propriamente por uma apurada sensibilidade musical”.

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