Previsão do Tempo

quinta-feira, 21 de maio de 2015

A 21 de Maio de 1965 -- A ditadura do Estado Novo extingue a Sociedade Portuguesa de Escritores, por ter atribuído o Grande Prémio a Luandino Vieira, preso no Tarrafal.


A Sociedade Portuguesa de Escritores foi fundada em 1956, tendo sido os Estatutos aprovados por despacho ministerial em quatro de Julho do mesmo ano. Tinha como finalidade "promover, pelos meios ao seu alcance, a defesa da língua e da literatura portuguesas como património espiritual da nação". O primeiro presidente foi Aquilino Ribeiro seguindo-se Jaime Cortesão, Joaquim Paço d' Arcos, Ferreira de Castro e Jacinto Prado Coelho.
A Sociedade Portuguesa de Escritores fomentou várias actividades entre as quais se contam, cursos, conferências, encontros de escritores portugueses e estrangeiros e atribuição de prémios aos diferentes géneros literários (poesia, teatro, novelística e ensaio) e ainda prémios "revelação" para jovens escritores.
A Sociedade foi extinta em 1965 pelo Governo, devido à atribuição do prémio de novelística ao livro Luuanda de Luandino Vieira, escritor que devido à sua postura ideológica se encontrava em conflito com o governo vigente.
A iniciativa, por parte de vários escritores, para a reabertura desta Sociedade decorreu durante alguns anos, mas só em 1972 foi concedida a homologação da "Associação Portuguesa de Escritores" (escritura notarial em 1973) que sucedeu a Sociedade Portuguesa de Escritores.
Funcionou provisoriamente na Rua do Carmo e na Rua das Taipas, mas foi na Rua da Escola Politécnica n° 20 que teve a sua sede definitiva. Teve duas delegações, uma no Porto e outra em Coimbra.
A documentação foi remetida à Torre do Tombo pela Provedoria da Casa Pia de Lisboa, em 6 de Fevereiro de 1975.

Sem comentários:

Enviar um comentário