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segunda-feira, 4 de maio de 2015

Fernando Blanqui Teixeira nasceu em Coimbra em 4 de Maio de 1922



Fernando Blanqui Teixeira nasceu em Coimbra em 4 de Maio de 1922 e morreu em Lisboa a 1 de outubro de 2004, com 82 anos.
Em Lisboa aderiu em 1944 à Federação das Juventudes Comunistas e nesse mesmo ano ao Partido quando estudava no Instituto Superior Técnico e aí desenvolvia intensa actividade associativa.
Foi membro da Direcção da Associação de Estudantes desta escola superior, dela tendo sido afastado por perseguição política.
Aluno brilhante, formou-se em Engenharia Químico-Industrial em 1945 com a mais alta classificação do seu curso, tendo mesmo chegado, não oficialmente, a assistente da cadeira de Química Geral.
Logo aí revelou qualidades que o tornaram conhecido e respeitado entre os seus colegas e na sua classe profissional, possibilitando ulteriormente o notável movimento de solidariedade cívico e democrático que contribuiu fortemente para a sua libertação em 1971, movimento que mobilizou muitas centenas de engenheiros e no qual a própria Ordem se empenhou activamente.
Blanqui Teixeira tornou-se funcionário do PCP e mergulhou na clandestinidade em 1948, no momento em que o imperialismo intensificava no plano internacional a ofensiva anticomunista.
Entregando-se a partir daí por inteiro à acção revolucionária, Blanqui Teixeira realizou as mais variadas tarefas técnicas e de organização, nomeadamente como membro da Direcção Regional de Lisboa e de outros organismos de Direcção Regional.
Em 1952 tornou-se membro do Comité Central, função que exerceu com a maior dedicação durante quase cinquenta anos, tendo desempenhado das mais altas responsabilidades na Direcção do Partido.
Ainda antes do 25 de Abril fez parte do Secretariado e da Comissão Executiva do Comité Central, podendo afirmar-se com verdade que, no quadro do nosso grande colectivo partidário, ele foi um protagonista particularmente destacado da Libertação do povo português da ditadura fascista.
A sua eleição como deputado por Coimbra à Assembleia Constituinte premeia simultaneamente um Partido e uma figura de antifascista sem os quais a revolução não teria sido possível.
Depois do 25 de Abril Blanqui Teixeira foi membro do Secretariado e da Comissão Política do Comité Central e da Comissão Central de Controlo. Foi responsável pela Comissão de Organização, pelas organizações do PCP nos Açores, na Madeira e na Emigração, ocupou-se com grande competência da área da Defesa Nacional e foi, desde 1975 até ao ano 2000, Director de O Militante, Boletim de Organização e Revista central do Partido, onde deixou um sulco muito fundo do rigor e da solidez ideológica que o caracterizavam.
Blanqui Teixeira foi um comunista dos imprescindiveis, um cidadão revolucionário, um homem inteligente, culto e solidário, um comunista corajoso, perseverante, convicto e convincente nos seus ideais.
Como tantos outros combatentes da liberdade, ele conheceu a dureza da clandestinidade, da privação da companhia de familiares e amigos, da perseguição política, da prisão, da tortura e que esteve sempre à altura das suas responsabilidades de comunista, nunca esmoreceu na justeza do projecto revolucionário do seu Partido.
Preso em 1957, Fernando Blanqui Teixeira fugiu no ano seguinte, aproveitando uma ida ao hospital de S. José. De novo capturado em 1963, foi libertado em finais de 1971, após oito longos anos nas cadeias fascistas, na sequência de uma importante campanha pela sua libertação.

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