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domingo, 17 de maio de 2015

Jean-Alexis Moncorge de seu nome verdadeiro, mais conhecido como Jean Gabin, nasceu em Paris a 17 de maio de 1904



Jean-Alexis Moncorge de seu nome verdadeiro, mais conhecido como Jean Gabin, nasceu em Paris a 17 de maio de 1904 e morreu em Neuilly-sur-Seine a 15 de novembro de 1976.
Aos 15 anos, já fazia teatro infantil, mas, para garantir o seu sustento, trabalhou como operário fabril.
Fez figuração nos filmes Les Lions (1928) e Oh! Les Valises (1928), mas o seu primeiro grande passo no mundo artístico foi dado nas Folies-Bergère do Moulin-Rouge de Paris, onde, em pouco tempo, se tornou numa das figuras maiores do music-hall e da opereta.
O seu primeiro papel cinematográfico de destaque foi no filme mudo Chacun Sa Chance (1930), mas não teve que esperar muito para filmar o seu primeiro título sonoro: Mephisto (1930).
Até 1934, rodou perto de uma dezena de filmes, sempre no papel estereotipado de galã romântico.
A sua grande oportunidade surgiu com Maria Chapdelaine (1934), que o estabeleceu como actor eclético e carismático. Foi aliás no decorrer da década de 30 que assinou as suas interpretações mais conhecidas: ao lado da mítica Josephine Baker, protagonizou o musical Zouzou (1934) e foi Pépé-le-Moko (1937), um film noir desenrolado em Argel e que fez de si uma estrela internacional.
O seu filme mais célebre foi La Grande Illusion (A Grande Ilusão, 1937), de Jean Renoir, em que desempenhou a figura de um oficial francês que, durante a Primeira Grande Guerra, é aprisionado num castelo por um comandante alemão (Erich von Stroheim) com quem estabelece laços de amizade.
Continuou a filmar títulos de sucesso como Le Quai des Brûmes (O Cais das Sombras, 1938), onde desempenhou um desertor, e La Bête Humaine (A Besta Humana, 1938), um drama realizado a partir do romance homónimo de Émile Zola, onde personificou um maquinista de locomotivas que, devido a um problema hereditário, é extremamente violento com as mulheres, mas que se apaixona pela esposa de um chefe de estação, sendo por ela envolvido numa conspiração destinada ao assassinato do marido traído.
Em 1941, em pleno conflito à escala mundial, Gabin refugiou-se nos Estados Unidos, onde filmou dois títulos: Moontide (1942), um drama romântico em que desempenhou um marinheiro que salva uma mulher do suicídio, e The Imposter (1944), um filme de guerra.
Em 1946, regressou à sua pátria, chocando o público feminino pela sua mudança de imagem em que assumia os cabelos brancos.
Por esse efeito, todos os filmes que protagonizou até 1953 foram mal sucedidos comercialmente.
A tónica inverteu-se com Touchez Pas au Grisbi (1954), um filme que retratou de forma crua o circuito marginal de Paris.
Trabalhou novamente com Renoir, em French Cancan (1954), foi o Marechal Lannes, em Napoléon (1954), e Jean Valjean, em Les Misèrables (Os Miseráveis, 1957).
Notabilizou-se também por ter interpretado a figura do comissário Maigret em três filmes.
Continuou a trabalhar ininterruptamente, somando sucessos como Le Clan des Siciliens (O Clã dos Sicilianos, 1969) e Deux Hommes Dans la Ville (Dois Homens na Cidade, 1973). L'Année Sainte (1976) foi o seu último filme.
No dia 15 de novembro de 1976, um fulminante enfarte de miocárdio causou-lhe a morte enquanto dormia a sesta na sua mansão de Neuilly-sur-Seine.
Conforme solicitado pelo actor, o seu corpo foi cremado e as suas cinzas foram lançadas no rio Sena.

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