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segunda-feira, 11 de maio de 2015

João Manuel Relvas Leopoldo Botelho nasceu em Lamego a 11 de Maio de 1949



João Manuel Relvas Leopoldo Botelho nasceu em Lamego a 11 de Maio de 1949.
Frequentou a Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra e a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.
Durante os tempos de estudante foi dirigente do Centro de Iniciação Teatral e Académica de Coimbra (CITAC) e membro dos Cineclubes de Coimbra e do Porto, onde consolidou a sua formação cinematográfica.
Mais tarde, a partir de 1970, lecionou na Escola Técnica de Matosinhos e trabalhou como ilustrador de livros infantis e designer gráfico. Nesta área destaca-se a sua colaboração com Manuel António Pina.
Em 1974 estudou na Escola Superior de Cinema do Conservatório Nacional e no ano seguinte fundou a Revista M, decorrente da sua atividade de crítico da 7.ª Arte.
Iniciou a carreira de realizador em 1977 com 2 curtas-metragens para a Rádio Televisão Portuguesa e com o documentário de longa-metragem "Os Bonecos de Santo Aleixo", para a cooperativa Paz dos Reis.
A sua primeira longa-metragem, Conversa Acabada, data de 1981 e nasceu da correspondência trocada entre os poetas Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro.
Quatro anos mais tarde, notabilizou-se por ser um dos primeiros cineastas a explorar o tema da Guerra Colonial, no filme Um Adeus Português, elogiado pela crítica e merecedor de diversos prémios internacionais.
Em 1988 adaptou, a preto e branco, o romance Hard Times, de Charles Dickens (1854).
Na década de 90 experimentou o telefilme com No Dia dos Meus Anos (1992), integrado na série Os Quatro Elementos, da RTP, assinou Aqui na Terra (1993), uma co-produção luso-britânica sobre um economista na crise de meia idade, fez um conjunto de pequenas histórias a que chamou Três Palmeiras (1994) para o projetoLisboa, 24 Horas, inserido na programação de Lisboa 94, Capital Europeia da Cultura, estreou-se no território da comédia com Tráfico (1998) e nas comemorações dos 25 anos da Revolução de Abril realizou o documentário Se a Memória Existe.
Em 2001 lançou Quem és tu?, uma adaptação da peça garrettiana "Frei Luís de Sousa", à qual adicionou um prólogo sobre o sebastianismo e o vídeo As Mãos e as Pedras, exibido na abertura do Porto 2001 – Capital Cultural da Europa.
No ano seguinte voltou à comédia com A Mulher Que Acreditava Ser Presidente dos Estados Unidos (2002), uma sátira ao incompetente exercício do poder e, em 2008, o seu filme A Corte do Norte, baseado num romance da escritora Agustina Bessa-Luís e no claro-escuro do pintor Caravaggio, integrou a seleção do III Festival Internacional do Filme de Roma.
Em 2006, João Botelho participou na nona edição do ciclo Quatro + 1 / Semana do Cinema Português, uma iniciativa do Culturporto que teve lugar no Rivoli, na qual o cineasta foi desafiado a apresentar uma das suas obras e escolher mais quatro outros realizadores. João Botelho escolheu os filmesAmor de Perdição, de Manoel de Oliveira (1979), Ana, de António Reis e Margarida Cordeiro (1985),Uma Abelha na Chuva (1972), de Fernando Lopes, o documentário Vilarinho das Furnas, de António Campos (1971) e a sua adaptação da obra Tempos Difíceis do romance homónimo de Charles Dickens.
Este profissional polivalente, realizador de inúmeros filmes de diferentes géneros, associou-se a muitos outros como assistente de realização ou até como decorador.
João Botelho tem filmes premiados em festivais nacionais e internacionais (Figueira da Foz, Antuérpia, Rio de Janeiro, Veneza, Berlim, Salsomaggiore, Pesaro, Belfort, Cartagena, etc.), tendo sido laureado por duas vezes com o prémio da OCIC, da Casa da Imprensa e de os Sete de Ouro e viu todas as suas longas-metragens exibidas comercialmente em Portugal, grande parte delas em França e algumas delas em Inglaterra, na Alemanha, em Itália, em Espanha e no Japão.
Em 1996 foi tema de retrospetivas em Bergamo (1996), com direito a edição de uma monografia, e a uma outra em La Rochelle (1998).
É sócio-fundador da Produtora "39 Degraus" (2000) e sócio nº 2645 da Associação dos Amigos do Museu do Douro.
Em 2010 João Botelho rodou o Filme do Desassossego que, segundo o próprio, é uma versão curta da obra Livro do Desassossego, de Bernardo Soares, semi-heterónimo do poeta Fernando Pessoa.
Em 2014 levou às salas dos cinemas Os Maias – Cenas da Vida Romântica, filme que adapta o romance de Eça de Queiroz.

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