Previsão do Tempo

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Maria Fernanda Mamede de Pádua Lapa, mais conhecida como Fernanda Lapa nasceu em Lisboa a 11 de Maio de 1943



Maria Fernanda Mamede de Pádua Lapa, mais conhecida como Fernanda Lapa nasceu em Lisboa a 11 de Maio de 1943 é uma actriz e encenadora portuguesa.
Fernanda Lapa é filha de Fernando de Pádua Lapa e da sua mulher Palmira Mamede.
Fernanda Lapa cedo demonstrou aptidões para seguir uma carreira artística. Tal como a sua irmã, São José Lapa, optou pelo teatro, iniciando-se no Teatro dos Alunos Universitários de Lisboa, em 1962. Pouco tempo depois participou na fundação da Casa da Comédia.
Aí, estreou-se sob a direcção de Fernando Amado, na peça “Deseja-se Mulher” de Almada Negreiros. A sua interpretação impressionaria o próprio Almada, que lhe ofereceu um livro com uma dedicatória, onde escreveu que lhe atribuía «20 valores pelo seu talento». Com a mesma peça estrear-se-ia, dez anos mais tarde,como encenadora, dirigindo então a sua irmã São José Lapa.
Em 1979, com uma bolsa da Secretaria de Estado da Cultura, foi para a Polónia, onde trabalhou com Zygmunt Hubner e frequentou a Escola Superior de Encenação de Varsóvia. Na mesma altura estagiou no Teatro Laboratório de Grotowski, no Teatro Contemporâneo de Wroclaw e no Teatro Stary de Cracóvia.
Com um percurso multifacetado, participou em óperas, peças de teatro e teatro-dança.
Salienta-se a interpretação de autores como Jean Cocteau, Copi, August Strindberg ou Arthur Miller. Paralelamente desenvolveu acções pedagógicas, sobretudo no Chapitô, e leccionou na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (no curso de Mestrado em Estudos Teatrais) e na Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa.
Gradualmente, tornou-se uma das encenadoras mais conceituadas do país, somando êxitos de crítica como Deseja-se Mulher (1981), A Morte da Senhora Luciana (1985), As Bacantes, de Eurípedes (1999), Novas Anatomias, de Timberlake Wertenbaker (2002) e A Mais Velha Profissão, de Paula Vogel (2005), que ganhou o Globo de Ouro para Melhor Produção.
No cinema participou em várias longas-metragens, tendo protagonizado “Recompensa”, de Arthur Duarte (1979), e “Solo de Violino”, de Monique Rutler (1992), além do trabalho com os realizadores Fernando Vendrell e Margarida Gil.
Participou em dezenas de peças produzidas ou adaptadas para a televisão e integrou o elenco de séries como Ballet Rose, A Raia dos Medos, O Processo dos Távoras ou Pedro e Inês, além da participação esporádica em novelas. Com Sinde Filipe foi co-autora de Cancioneiro (1975), programa de poesia na RTP1.
Recebeu o Globo de Ouro (2005), pela produção de A Mais Velha Profissão de Paula Vogel. Foi distinguida em 2005 com a Medalha de Mérito Cultural do Ministério da Cultura.
Mantém-se como directora artística da Escola de Mulheres - Oficina de Teatro, projecto que fundou com Isabel Medina em 1995, destinado a privilegiar a criação feminina no teatro. Aí se tem dedicado sobretudo à encenação, tendo dirigido para o Teatro Nacional D. Maria II, Medeia é Bom Rapaz de Luís Riaza, As Bacantes e Medeia, de Eurípides, Sétimo Céu de Caryl Churchill, Como Aprendi a Conduzir e A Mais Velha Profissão, de Paula Voguel. Na interpretação salientam-se as participações mais recentes, Bernardo, Bernarda, colagem de textos de Bernardo Santareno, e encenação de Nuno Carinhas, e Medeia, encenação sua, ambos no Teatro Nacional D. Maria II.
Actualmente dirige o Departamento de Teatro e é Professora Catedrática Convidada da Escola de Artes da Universidade de Évora.
Casada com Carlos Alberto Pombo Rodrigues e tem três filhas Ana, Mónica e Marta.
Fernanda Lapa é militante do PCP e apoiante da CDU!

Sem comentários:

Enviar um comentário