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quarta-feira, 1 de julho de 2015

A 1 de Julho de 1970 - Paulo VI recebe os líderes dos movimentos de libertação da Guiné-Bissau, Angola e Moçambique, Amílcar Cabral, Agostinho Neto e Marcelino dos Santos, respetivamente.



Paulo VI recebe, a 1 de Julho de 1970, três líderes de movimentos de libertação africanos: Marcelino dos Santos, de Moçambique, Agostinho Neto, de Angola, e Amílcar Cabral, da Guiné-Bissau e Cabo Verde. Paulo VI ter-lhes-á dito «A Igreja está do lado dos países que sofrem» e oferecido a cada um exemplar, em latim e português, da encíclica Populorum Progressio.
O Governo português protesta e o secretário de Estado da Santa Sé procura minimizar o incidente sublinhando o carácter discreto do encontro e que Paulo VI nada dissera que pudesse ofender a Portugal. Estas explicações são adaptadas por Marcello Caetano, o qual chega a insinuar que Paulo VI não tivera total consciência da identidade dos seus interlocutores. E afirma na televisão: «as relações com a Igreja não chegaram a toldar-se sequer.»
Tanto os responsáveis do Estado Novo como a diplomacia vaticana viveram em estado de negação e de minimização de prejuízos de um conflito de fundo. Em Portugal subsistia penosamente um regime que se afirmara nos anos 30 sob o signo do império colonial e o colapso das democracias liberais.

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