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segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Maria Alcina -"Canção de Viseu"



Maria Alcina é Natural de Cetos, no concelho de Castro Daire, Maria Alcina está no Brasil há quase 60 anos, onde adoptou o fado como profissão e criou um estilo próprio.

Biografia


Após chegar ao Rio de Janeiro, em 1953, Alcina passou por momentos difíceis, mas com o apoio da família, dos amigos e através da sua voz tornou-se uma das portuguesas mais conhecidas daquele país, sendo apelidada de "Maria Alcina Fadista".
Chega ao Brasil com 14 anos de idade, junto da mãe, para rever o pai separado pela guerra. O começo, como o de todo emigrante, foi difícil, "mas a vontade de vencer e o carinho do povo brasileiro levou-me à vitória", disse.
O fado foi uma bênção divina. "Graças ao fado, as minhas três filhas se realizam dentro da área da medicina e espiritualmente. Gravei três LP's, quatro compactos e um CD pela "SomLivre". Acho pouco para uma carreira de 45 anos, mas no Brasil as portas não se abrem facilmente para o tipo de música que escolhi, mesmo assim, tive muita sorte ao fazer muitos programas de televisão, novelas, mini-séries e a correr todo o Brasil e América do Sul com o meu canto", comentou.
Para além do fado, Maria Alcina abriu um restaurante chamado "A Desgarrada". Foram 25 anos a representar Portugal no Brasil num "cantinho" em Ipanema. Todas as noites cantava e proporcionava aos freqüentadores (90% eram brasileiros) a alegria de estarem em Portugal. "Fui muito feliz naquela época. Lá recebi presidentes da República, ministros, artistas, grandes poetas, embaixadores de muitos países que, mesmo sem perceber a língua portuguesa, inebriavam-se com o fado e com o choro da nossa guitarra".
Em sua casa portuguesa passaram nomes conhecidos como: Carlos do Carmo, António Chainho, José Maria Nóbrega, António Mourão, Amália Rodrigues, António Campos, Sá Moraes, Lúcia dos Santos, Sebastião Robalinho, Mário Simões, Adélia Pedrosa, Teresinha Alves, Maria de Lourdes, Glória de Lourdes, Mário Rocha, Olivinha Carvalho, Hélia Costa, Paulo de Carvalho, Armando Nunes, Silvino Pinheiro, António Maria, António Ferreira, António Rodrigues, Víctor Lopes, Caçula Hilário, Claudia Ferreira, entre outros.
Maria Alcina lembrou épocas inesquecíveis como o contrato de um mês no Casino Estoril em 1974 e as participações nas novelas na TV Globo, além de participar por quatro anos, com o Tony Correa, no espetáculo teatral "Navegar é preciso", que percorreu o Brasil inteiro. Em termos de reconhecimento, Alcina diz que o maior valor está em si mesma, reconhecendo que tudo o que fez foi em benefício da arte, da família e do ser humano. Hoje vivendo uma nova fase, um novo casamento, disse estar "eternamente" feliz. "Agradeço as oportunidades que a vida proporciona-me, procurando divulgar mais e mais a amizade luso-brasileira, visto que o Brasil recebeu-me de braços abertos e aqui encontrei e realizei todos os sonhos de uma adolescente que, aos 14 anos, pisou em terras de Vera Cruz", encerrou.
Mais tarde abriu um restaurante e deu-lhe o nome de uma das suas especialidades: "A Desgarrada". Após 45 anos dedicados ao fado, ainda hoje o seu nome é requisitado nos encontros da comunidade portuguesa no Brasil.

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