Rua do Capelão - Bairro da Mouraria - Lisboa
Nesta rua estreita do Bairro da Mouraria, nasceu no século XIX o Fado, hoje Património da Humanidade.
O Fado nasceu um dia,
quando o vento mal bulia
e o céu o mar prolongava,
na amurada dum veleiro,
no peito dum marinheiro
que, estando triste, cantava,
que, estando triste, cantava.
Ai, que lindeza tamanha,
meu chão , meu monte, meu vale,
de folhas, flores, frutas de oiro,
vê se vês terras de Espanha,
areias de Portugal,
olhar ceguinho de choro.
Na boca dum marinheiro
do frágil barco veleiro,
morrendo a canção magoada,
diz o pungir dos desejos
do lábio a queimar de beijos
que beija o ar, e mais nada,
que beija o ar, e mais nada.
Mãe, adeus. Adeus, Maria.
Guarda bem no teu sentido
que aqui te faço uma jura:
que ou te levo à sacristia,
ou foi Deus que foi servido
dar-me no mar sepultura.
Ora eis que embora outro dia,
quando o vento nem bulia
e o céu o mar prolongava,
à proa de outro veleiro
velava outro marinheiro
que, estando triste, cantava,
que, estando triste, cantava.
letra de José Régio
música de Alain Oulman
ai Mouraria
dos rouxinóis nos beirais
dos vestidos cor de rosa
dos pregões tradicionais
ai Mouraria
das procissões a passar
da Severa em voz saudosa
na guitarra a soluçar
ai Mouraria
da velha rua da Palma
onde eu um dia
deixei presa a minha alma
por ter passado
mesmo ao meu lado
certo fadista
de cor morena,
boca pequena
e olhar trocista
ai ai Mouraria
do homem do meu encanto
que me mentia
mas que eu adorava tanto
amor que o vento
como um lamento
levou consigo
mas que ainda agora
ai a toda a hora
trago comigo
ai Mouraria
dos rouxinóis nos beirais
dos vestidos cor de rosa
dos pregões tradicionais
ai Mouraria
das procissões a passar
da Severa em voz saudosa
na guitarra a soluçar
ai Mouraria
dos rouxinóis nos beirais
da Severa em voz saudosa
na guitarra a soluçar
quando o vento mal bulia
e o céu o mar prolongava,
na amurada dum veleiro,
no peito dum marinheiro
que, estando triste, cantava,
que, estando triste, cantava.
Ai, que lindeza tamanha,
meu chão , meu monte, meu vale,
de folhas, flores, frutas de oiro,
vê se vês terras de Espanha,
areias de Portugal,
olhar ceguinho de choro.
Na boca dum marinheiro
do frágil barco veleiro,
morrendo a canção magoada,
diz o pungir dos desejos
do lábio a queimar de beijos
que beija o ar, e mais nada,
que beija o ar, e mais nada.
Mãe, adeus. Adeus, Maria.
Guarda bem no teu sentido
que aqui te faço uma jura:
que ou te levo à sacristia,
ou foi Deus que foi servido
dar-me no mar sepultura.
Ora eis que embora outro dia,
quando o vento nem bulia
e o céu o mar prolongava,
à proa de outro veleiro
velava outro marinheiro
que, estando triste, cantava,
que, estando triste, cantava.
letra de José Régio
música de Alain Oulman
ai Mouraria
dos rouxinóis nos beirais
dos vestidos cor de rosa
dos pregões tradicionais
ai Mouraria
das procissões a passar
da Severa em voz saudosa
na guitarra a soluçar
ai Mouraria
da velha rua da Palma
onde eu um dia
deixei presa a minha alma
por ter passado
mesmo ao meu lado
certo fadista
de cor morena,
boca pequena
e olhar trocista
ai ai Mouraria
do homem do meu encanto
que me mentia
mas que eu adorava tanto
amor que o vento
como um lamento
levou consigo
mas que ainda agora
ai a toda a hora
trago comigo
ai Mouraria
dos rouxinóis nos beirais
dos vestidos cor de rosa
dos pregões tradicionais
ai Mouraria
das procissões a passar
da Severa em voz saudosa
na guitarra a soluçar
ai Mouraria
dos rouxinóis nos beirais
da Severa em voz saudosa
na guitarra a soluçar
Sem comentários:
Enviar um comentário