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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

A 3 de Fevereiro de 1969 - É assassinado Eduardo Chivambo Mondlane



Eduardo Chivambo Mondlane - Moçambique
(Manjacaze, Gaza, 20 de Junho de 1920 — Dar es Salaam, 3 de Fevereiro de 1969) foi um dos fundadores e primeiro presidente da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), a organização que lutou pela independência de Moçambique do domínio colonial português. O dia da sua morte, assassinado por uma encomenda-bomba, é celebrado em Moçambique como o Dia dos Heróis Moçambicanos.
António Vaz, responsável da Delegação, confirma que a PIDE/DGS «possuía uma muito razoável rede de informadores no seio da FRELIMO...»}. Novos exemplos o demonstram. Em 1969, numa informação classificada de «totalmente segura» faz-se um inventário das armas existentes no armazém da FRELIMO, em Mitomani. Em 1974, um informador dá conta da chegada a Dar-es-Salam de «armas mais potentes que o foguetão de 122 mm». A polícia desconfia que seja o míssil Strella, o que será confirmado. Ainda um último exemplo: as circunstâncias que conduziram ao assassínio de Eduardo Mondlane.
Sabe-se hoje quem fabricou e enviou a bomba que vitimaria o presidente da FRELIMO. Terá sido Casimiro Monteiro, segundo acusação de Rosa Casaco, secundado por Oscar Cardoso. Mas ficamos sem saber quem informou a PIDE de que Mondlane encomendara uma «tradução francesa das Obras Escolhidas do célebre marxista russo George V. Plekhanov» e onde a encomendara. Sabe-se, apenas, que dificilmente se encontraria aquele autor e aquela versão linguística numa livraria portuguesa.
O inspector-adjunto da PIDE-DGS, Oscar Cardoso, tão parco noutro tipo de informações, tem neste caso o cuidado de afirmar que Casimiro Monteiro «teve a colaboração do chefe de segurança do Mondlane, o Joaquim Chissano, actual Presidente da República de Moçambique». Tratar-se-á de uma provocação. Contudo, persiste a interrogação:
- Quem, dentre os elementos próximos do presidente e da direcção da FRELIMO, informou a PIDE?
O mais provável é que tenha sido Silvério Nungu, que adiante identificaremos. Nungu foi preso quando tentava fugir para Moçambique e teria morrido em resultado de uma greve da fome.


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