Previsão do Tempo

sábado, 4 de julho de 2015

A 4 de Julho de 1528 -- Começa o grande surto de peste em Inglaterra.



A doença do suor foi uma doença que não era conhecida antes na Inglaterra, mas que chamou a atenção logo no início do reinado de Henrique VII. Ela ficou conhecida poucos dias depois do desembarque de Henrique em Milford Haven, em 7 de agosto de 1485. Logo após a chegada de Henrique, em Londres, no dia 28 de agosto, a doença eclodiu na capital e causou grande mortalidade. Esta doença alarmante logo se tornou conhecida como doença do suor. Foi considerada como sendo completamente distinto da praga, não só pelo sintoma especial quel he deu o nome, mas também pela morte rápida.
O segundo surto ocorreu em 1508, mas foi muito menos fatal do que a primeira. Alguns sugerem que ela poderia ter causado a morte do príncipe Artur, em 1502, quando houve um surto de uma doença desconhecida em Chester, em 1507.
Em 1517, a epidemia ficou mais grave. Em Oxford e Cambridge a doença parecia ser mais fatal, assim como em outras cidades se diz que metade da população morreu. Há indícios de a doença ter se espalhado para Calais e Antuérpia, mas com essas exceções, estava confinada à Inglaterra. Em 1522, um médio inglês chamado John Caius escreveu que as cidades cuja metade da população tinha sobrevivido estavam com sorte.
Em 1528, a doença retornou pela quarta vez, e com grande severidade. Primeiro, ela se mostrou em Londres, no final de maio, e rapidamente se espalhou por toda a Inglaterra, embora não para a Escócia e Irlanda.
Logo a doença foi para a corte, onde Henrique estava cortejando Ana Bolena. Uma das damas dela teve repentinamente a doença do suor, e Ana foi para Hever ficar em quarentena. Ana pegou a doença do suor, e Henrique enviou o seu segundo melhor médico (uma vez que o primeiro estava viajando) , William Butts, junto a uma carta de amor, para ela. Ana Bolena foi uma das sortudas que sobreviveu a doença do suor, mas outros, incluindo seu cunhado William Carey (marido de Maria Bolena), a esposa de Thomas Cromwell e suas filhas, perderam suas vidas pela doença. Obviamente, o rei e a rainha assim que souberam da doença, foram para outra cidade.
Ainda em 1528, em julho, houve um surto em Lincolnshire, que matou quatro padres e duas “irmãs leigas”, além de uma manifestação em Charterhouse, em Londres, que causou muitas mortes. A casa do Cardeal Wolsey também foi afetada pela doença, e apesar de o Cardeal ter escapado da infecção, sabemos que o embaixador francês Du Bellay, o Arcebisto de Canterbury William Warham e outros servos morreram.
O fato mais notável sobre essa epidemia é que ela se espalhou rapidamente pelo continente. De repente, apareceu em Hamburgo, e em poucas semanas mais de mil pessoas morreram. Assim, a doença começou um curso destrutivo, durante a qual causou mortalidade e medo em toda a Europa Oriental. França, Itália e países do sul foram poupados. Ela passou em direção de norte à sul, chegando à Suíça em dezembro, depois na Dinamarca, Suécia e Noruega, também a leste para Lituânia, Polônia e Rússia, do ocidente para a Flandres e Holanda, a epidemia declarou-se simultaneamente na Antuérpia e Amsterdã, e na manhã de 27 de setembro, veio direto para a Inglaterra. Em cada lugar que a doença chegou, não ficou mais do que uma quinzena. Até o final do ano, ela desapareceu completamente, exceto no leste da Suiça, onde permaneceu até o ano seguinte. Os outros países nunca teriam o suor inglês novamente, embora a Inglaterra estava destinada a sofrer mais um último surto, em 1551.
Vinte e três anos depois, em 1551, a doença atacou novamente. Um médico eminente, John Caius, escreveu um livro com o relato de várias testemunhas oculares da doença, nesta época chamado “Sweatyng Sicknesse” (também conhecido como “A Boke” ou “Counseill Against the Disease Commonly Called the Sweate”) . Este foi o primeiro relato médico escrito na história, que trata somente de uma única doença:
Primeiro a dor nas costas e nos ombros, dor nas extremidades, como braços e pernas, com ardor ou espasmo, como se apresentava em alguns pacientes. No segundo momento apareciam as dores no fígado e nas proximidades do estômago. Na terceira fase surgia uma dor de cabeça acompanhada de insanidade. Na quarta, o sofrimento do coração…pacientes respirando aceleradamente e com dificuldade…com a voz ofegante e lamuriosa…não resistiam mais do que um dia.
Outros sintomas da doença eram um sentimento de apreensão, acompanhado de calafrios (por vezes muito violentos), tontura, dor de cabeça, dores fortes nos pescoços, ombros e pernas. Após a fase fria, que poderia durar de meia à três horas, seguia-se a fase do calor e transpiração. O suor característico eclodia de repente. Com o ou depois do suor, vinha uma sensação de calor e dores na cabeça, junto de delírios, pulso rápido e sede intensa. Nenhuma erupção de qualquer tipo sobre a pele era observado. Nos estágios avançado, tinha-se uma irresistível vontade de dormir, o que se pensava ser a parte mais fatal. Aqueles que sobreviviam por 24 horas após os sintomas da doença já eram considerados seguros.
Depois de 1551, a doença desapareceu tão misteriosamente quanto havia surgido. Não há mais relato na história de novos surtos semelhantes. Do mesmo modo que a recente epidemia de Ebola, na África, a doença fez várias vítimas, num curto período de tempo, desaparecendo rapidamente. Como a peste negra, a leptospirose, o tifo murino e outras doenças cujo vetor são os roedores da família Muridae, também acredita-se que a “doença do suor” era transmitida pelo mesmo vetor, muito provavelmente através da contaminação pelas fezes de ratos rurais.
Alguns atribuíram a doença ao clima inglês, sua umidade e brumas, ou aos hábitos destemperados do povo inglês, como a assustadora falta de limpeza em suas casas e arredores. Mas embora o clima, a estação, e o modo de vida não fossem adequados, eles não poderiam, em separadamente ou em conjunto, produzir uma doença.

A 4 de Julho de 1336 - Morre Isabel de Aragão, viúva de D. Dinis, Rainha Santa, canonizada em 1625.

DONA ISABEL, A RAINHA SANTA DE PORTUGAL

Isabel de Aragão (Saragoça, 1271 - Estremoz, 4 de julho de 1336), foi uma infanta aragonesa e, de 1282 até 1325, rainha consorte de Portugal. Passou à história com a fama de santa, tendo sido beatificada e, posteriormente, canonizada. Ficou popularmente conhecida como "Rainha Santa Isabel" ou, – "A Rainha Santa". D. Isabel era a filha mais velha do rei Pedro III de Aragão com Constança da Sicília. Por via materna, era descendente de Frederico II, Sacro Imperador Romano-Germânico, pois o seu avô materno era Manfredo de Hohhenstauffen, rei da Sicília, filho de Frederico II.
Teve cinco irmãos, entre os quais os reis aragoneses Afonso III e Jaime II, para além de outro monarca reinante, Frederico II da Sicília. Para além disso, sua tia materna foi Santa Isabel da Hungria, também considerada santa pela Igreja Católica. D. Dinis tinha 19 anos quando subiu ao trono e, pensando em casamento, convinha-lhe Isabel de Aragão. D. Dinis enviou, por isso, uma embaixada a Pedro de Aragão em 1280. Quando lá chegaram, estavam ainda à espera de resposta enviados dos Reis de França e de Inglaterra, cada um desejoso de casar com Isabel um dos seus filhos. Aragão preferiu entre os pretendentes aquele que já era rei.A 11 de fevereiro de 1288 com 17 anos, Isabel casou-se, por procuração com o soberano português Dom Dinis em Barcelona, tendo celebrado a boda ao passar a fronteira da Beira, em Trancoso, em 26 de junho do mesmo ano. Por esse motivo, o rei acrescentou essa vila ao dote que habitualmente era entregue às rainhas (a chamada Casa das Rainhas, conjunto de senhorios a partir dos quais as consortes dos reis portugueses colhiam as prendas destinadas à manutenção da sua pessoa.
Em 1281 D. Isabel de Aragão recebeu como dote as vilas de Abrantes, Óbidos, Alenquer, e Porto de Mós. Posteriormente deteve ainda os castelos de Vila Viçosa, Monforte, Sintra, Ourém, Feira, Gaia, Lamoso, Nóbrega, Santo Estêvão de Chaves, Monforte de Rio Livre, Portel e Montalegre, para além de rendas em numerário e das vilas de Leiria e Arruda (1300), Torres Novas (1304) e Atouguia da Baleia (1307). Eram ainda seus os reguengos de Gondomar, Rebordões, Codões, para além de uma quinta em Torres Vedras e da lezíria da Atalaia.
Do seu casamento com o Rei D. Dinis teve 2 filhos:
Constança (3 de janeiro de 1290 - 18 de Novembro de 1313), que casou em 1302 com o Rei Fernando IV de Castela.
D. Afonso IV (8 de Fevereiro de 1291 - 28 de Maio de 1357), sucessor do pai no trono de Portugal.
 Na década de 1320, o Infante Dom Afonso, Herdeiro do Trono, sentiu a sua posição ameaçada pelo favor que o Rei Dom Dinis demonstrava para com um seu filho bastardo, Afonso Sanches. O futuro Dom Afonso IV declarou abertamente a intenção de batalhar contra o seu pai, o que quase se concretizaria na chamada peleja de Alvalade. No entanto, a intervenção da Rainha conseguiu serenar os ânimos – pela paz assinada em 1325 nessa mesma povoação dos arredores de Lisboa, foi evitado um conflito armado que teria instabilizado o reino. Dom Dinis morreu em 1325 e, pouco depois da sua morte, Isabel recolheu-se no então Convento de Santa Clara-a-Velha em Coimbra, vestindo o hábito da Ordem das Clarissas mas não fazendo votos (o que lhe permitia manter a sua fortuna usada para a caridade). Só voltaria a sair dele uma vez, pouco antes da morte, em 1336. Nessa altura, Afonso declarou guerra ao seu sobrinho, o rei D. Afonso XI de Castela, filho da Infanta Constança de Portugal e portanto neto materno de Isabel, pelos maus tratos que este infligia à sua esposa D. Maria, filha do Rei português. Não obstante a sua idade avançada e a sua doença, a Rainha Santa Isabel dirigiu-se a Estremoz, cavalgando na sua mula por dias e dias, onde mais uma vez se colocou entre dois exércitos e evitou a guerra. No entanto, a paz chegaria somente 4 anos mais tarde, com a intervenção da própria Maria de Portugal, por um tratado assinado em Sevilha em 1339.
Morte
Isabel faleceu, tocada pela peste, em Estremoz, a 4 de julho de 1336, tendo deixado expresso em seu testamento o desejo de ser sepultada no Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, onde em 1995 foi iniciada uma escavação arqueológica, após ter estado por 400 anos parcialmente submerso pelo rio Mondego.
Segundo uma história hagiográfica, sendo a viagem demorada, havia o receio de o cadáver entrar em decomposição acelerada pelo calor que se fazia, e conta-se que a meio da viagem debaixo de um calor abrasador o ataúde começou a abrir fendas, pelas quais elas escorria um líquido, que todos supuseram provir da decomposição cadavérica. Qual não foi, porém a surpresa quando notaram que em vez do mau cheiro esperado, saía um aroma suavíssimo do ataúde. O seu esposo Dom Dinis repousa no Mosteiro de São Dinis em Odivelas. Isabel foi uma Rainha muito piedosa, passando grande parte do seu tempo em oração e ajuda aos pobres. Por isso mesmo, ainda em vida começou a gozar da reputação de Santa, tendo esta fama aumentado após a sua morte. Foi beatificada pelo Papa Leão X em 1516, vindo a ser canonizada, por especial pedido da dinastia Filipina, que colocou grande empenho na sua santificação, pelo Papa Urbano VIII em 1625.
É reverenciada a 4 de Julho, data do seu falecimento. Com a invasão progressiva do convento de Santa Clara-a-Velha de Coimbra pelas águas do rio Mondego, houve necessidade de construir o novo convento de Santa-Clara-a-Nova no século XVII, para onde se procedeu à transladação do corpo da Rainha Santa. O seu corpo encontra-se incorrupto no túmulo de prata e cristal, mandado fazer depois da transladação para Santa Clara-a-Nova. No século XVII, a rainha D. Luísa de Gusmão, regente em nome de seu filho D. Afonso VI, transformou em capela o quarto em que a Rainha Santa Isabel havia falecido no castelo de Estremoz. Actualmente, inúmeras escolas e igrejas ostentam o seu nome em sua homenagem. É Padroeira da cidade de Coimbra, cujo feriado municipal coincide com o dia da sua memória (4 de Julho).

sexta-feira, 3 de julho de 2015

A MAFIA EM PORTUGUÊS A CORJA!

Ao ler a notícia sobre as pessoas presentes no lançamento do livro do doutor Relvas tive uma sensação estranha. Senti-me numa sala de cinema a ler o genérico d'O Padrinho. Os nomes iam passando assim um de cada vez no escuro da sala. Olha este e aquele e aqueloutro. Porca miséria.

Godfather kissing hand

Zeca Afonso - Canção do Desterro (Emigrantes)



Vieram cedo
Mortos de cansaço
Adeus amigos
Não voltamos cá
O mar é tão grande
E o mundo é tão largo
Maria Bonita
Onde vamos morar

Na barcarola
Canta a Marujada
- O mar que eu vi
Não é como o de lá
E a roda do leme
E a proa molhada
Maria Bonita
Onde vamos parar

Nem uma nuvem
Sobre a maré cheia
O sete-estrelo
Sabe bem onde ir
E a velha teimava
E a velha dizia
Maria Bonita
Onde vamos cair

À beira de àgua
Me criei um dia
- Remos e velas
Lá deixei a arder Ao sol e ao vento
Na areia da praia
Maria Bonita
Onde vamos viver

Ganho a camisa
Tenho uma fortuna
Em terra alheia
Sei onde ficar
Eu sou como o vento
Que foi e não veio
Maria Bonita
Onde vamos morar

Sino de bronze
Lá na minha aldeia
Toca por mim
Que estou para abalar
E a fala da velha
Da velha matreira
Maria Bonita
Onde vamos penar

Vinham de longe
Todos o sabiam
Não se importavam
Quem os vinha ver
E a velha teimava
E a velha dizia
Maria Bonita
Onde vamos morrer

A 3 de Julho de 1962 - Nasce Tom Cruise

A 3 de Julho de 2010 - Morre, aos 73 anos, Abu Daoud (ou Mohammed Oudeh, verdadeiro nome), professor de matemática e posteriormente advogado, considerado um dos cérebros do massacre da delegação israelita aos Jogos Olímpicos de 1972, em Munique.

A 3 de Julho de 2007 - Morre Claude Pompidou, viúva do antigo Presidente francês Georges Pompidou, com 94 anos de idade.

A 3 de Julho de 2005 - Morre Alberto Lattuada, 91 anos, cineasta italiano, mestre do neo-realismo.

A 3 de Julho de 2005 - Morre Pierre Michelot, 77 anos, contrabaixista francês de jazz

A 3 de Julho de 2002 -- O norte-americano Steve Fosset completa a primeira volta ao mundo em balão, sem escalas.



A 3 de Julho de 1991 -- A Comissão Europeia autoriza o apoio à instalação da AutoEuropa em Portugal, no valor de 485 mil milhões de euros (97 milhões de contos).

A 3 de Julho de 1987 - Klaus Barbie, dito "o carniceiro de Lyon" pelos crimes cometidos na Gestapo, durante a II Guerra Mundial, é condenado a prisão perpétua.

A 3 de Julho de 1971 -- Morre Jim Morrison, 27 anos, líder da banda The Doors.

A 3 de Julho de 1969 -- Brian Jones, figura carismática dos Rolling Stones, é encontrado morto, na sua casa, em Londres.

A 3 de Julho de 1946 -- Estreia europeia do filme "Citizen Kane", de Orson Welles, em Paris.

A 3 de Julho de 1904 - Começam os Jogos Olímpicos de Saint Louis, EUA, os terceiros da era moderna, os primeiros com atletas africanos e atribuição de medalhas.

A 3 de Julho de 1883 - Nasce o escritor checo Franz Kafka, autor de "O Processo" e de "A Metamorfose".

A 3 de Julho de 1850 -- Nasce o compositor Alfredo Keil, autor da primeira ópera em língua portuguesa, "A Serrana", e da música do hino nacional.





A 3 de Julho de 1821 -- A Corte portuguesa regressa a Lisboa, depois de 13 anos no Brasil.

A 3 de Julho de 1780 -- É fundada a Casa Pia de Lisboa pelo intendente da polícia de D. Maria I, Diogo de Pina Manique. Fica instalada no Castelo de S. Jorge.