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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Georges Braque, morreu a 31 de Agosto de 1963



Georges Braque (1882-1963), pintor francês, seu pai negociava com a pintura e a decoração e, por sua vez, era um consagrado pintor aficionado. Georges introduziu-se na tradição familiar graças a seu próprio pai, convertendo-se, à vez, em aprendiz de decorador: tinha que imitar o mármore, a superfície da madeira e as superfícies douradas; iniciou-se também como rotulista. A aprendizagem técnica lhe fez entrar adulto na escola de Belas Artes do Havre e posteriormente no ateliê do pintor Lécin Bonnat , um bom retratista de personagens famosos. Contudo, a influência decisiva que Paris exerceu sobre ele foi através das salas do Louvre dedicadas à escultura egípcia e grega primitiva; influência à qual temos que acrescentar a de Renoir com sua Moulin da Galette, pintura que admirou e saboreou até saciar-se. Atraído por Matisse e por seu movimento, se uniu ao Fauvismo durante dois anos (1905/7). A posterior admiração por Cézanne e o deslumbramento causado pelo autor das Les demoiselles d' Avigon, com quem tinha estabelecido uma sólida amizade, o conduzem para a experiência cubista. De 1910 a 1912, realizou as obras que hoje são conhecidas como cubismo analítico. Um exemplo desse estilo é Violino e jarro (1910). Em seguida fez experiências com colagem até 1914, quando começou a I Guerra Mundial.

A I Guerra Mundial separou a ambos artistas. Mobilizado, Braque recebeu uma séria ferida na cabeça que deixou cego, embora lentamente conseguiu recuperar a vista. Recebeu a Cruz de Guerra e da Legião de Honra. Concluído o conflito, continuou sua amizade com Picasso, mas não seu vínculo artístico. Braque seguiu o seu próprio caminho, que com o passar do tempo o levou a freqüentar Varengeville, uma localidade na Normandia francesa cuja fria luminosidade parecia adaptar-se muito bem a seu próprio temperamento. Desta forma, em suas produções posteriores aparecem paisagens e temas normandos. Morreu no dia 31 de agosto com oitenta e um anos.



Juntamente com Pablo Picasso, Braque foi o fundador do cubismo. Seus quadros, na maioria naturezas mortas e retratos femininos, abandonam a perspectiva central e mostram pessoas ou objetos simultaneamente de vários pontos de vista, reduzindo-os a formas decompostas. Em sua primeira exposição individual, em 1908, Braque apresentou essa inovadora visão da arte. Nos anos seguintes, desenvolveu o referido estilo mediante "collages" com papel, jornais e aglomerado de madeira que incorporava às suas obras. Realizou igualmente esculturas cubistas e obras de cerâmica, além de se dedicar à ilustração de livros e a trabalhos de decoração. Em 1953, o Museu do Louvre, em cujo teto Braque pintara um afresco (Sala Etrusca), expôs sua obra, sendo a primeira vez que um artista vivo expunha no museu parisiense.

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