Previsão do Tempo

domingo, 31 de janeiro de 2010

Videoclip não oficial do Neca Rafael

Sinto Vergonha de Mim. Rui Barbosa

Homenagem á 1ª República Portuguesa

Os Últimos Dias da Monarquia - O Desconhecido "Pacto Liberal" de 1908

31.Janeiro.1891 - A revolta republicana

Chula de Paus - Ronda dos Quatro Caminhos

Ronda dos Quatro Caminhos - Chula Velha

Canção de Janeiro - Ronda dos Quatro Caminhos

Saias Raianas - Ronda dos Quatro Caminhos

Ronda dos Quatro Caminhos - Recantos

Vamos ouvir música popular de qualidade.

E a farsa continua.

O Público de hoje traz uma reportagem sobre o flop dos chamados planos de recuperação dos alunos. A reportagem merece ser lida, não tanto pelo que diz, mas por aquilo que deixa suspeitar. É evidente que os planos são burocráticos e que os professores não estão preparados para lidar com o assunto, pois essa preparação nunca lhes foi dada como deve ser. Também é verdade que não existe uma tipificação das dificuldades de aprendizagem, nem se conhece medidas testadas que permitam obviar a essas dificuldades. No entanto, tudo isso apenas pode servir para ocultar uma outra realidade.
Essa outra realidade surge claramente expressa no editorial do Público. Cito:
«Por muito que haja planos, professores destacados e escolas com computadores Magalhães, a luta a que a anterior ministra da Educação se propôs dificilmente dará grandes resultados enquanto os pais não encararem a escola como um activo imprescindível. Ou enquanto as reprovações não forem vistas como um anátema social que merece censura. Agora, que se prepara uma reflexão sobre o que correu mal, talvez valha a pena reflectir sobre se a prioridade dos planos está na escola ou no meio que a envolve.»
Se há cinco anos tivessem perguntado aos professores onde se encontra o problema essencial do insucesso escolar, eles teriam explicado que era aqui mesmo, na importância que, efectivamente, famílias e alunos dão à escola. Se essa pergunta tivesse sido feita há 10, 15 ou 20 anos, a resposta teria sido exactamente a mesma. Há muito que os professores sabem onde se encontra o problema. Há muito que o Ministério da Educação, cheio de preconceitos, acha que não deve escutar os professores e continuar a lutar contra moinhos de vento, inventar uma burocracia inenarrável, cuja finalidade prática é desmotivar os professores e condenar milhões de alunos ao insucesso escolar e na vida.
Se este Ministério da Educação continuar a acreditar que a parte de leão do problema está dentro das escolas e não fora delas, coisa que me parece ser o que vai acontecer, os professores só podem esperar o pior. Novas ondas de burocracia, novas ilusões e novas acusações. Por muito que contrarie o eduquês instalado, a burocracia ministerial e os interesses que colonizam as escolas, o que, em primeiro lugar, tem de mudar é a relação da sociedade e dos alunos com a escola. A partir daí, tudo começaria a fazer sentido. Mas quem quererá afrontar uma parte dos eleitores dizendo claramente que a sua atitude é irresponsável? É preferível que a comédia continue.

VALETE - SERVICO PUBLICO

Será a nova canção de intervenção?

Há que mudar a escola pública. (Vem aí uma geração de frustrados)

Há que mudar a escola pública. Isso é incontestável.
A escola tal como funciona actualmente está a contribuir para criar desigualdades que se mantêm pela vida fora. A forma como os alunos são catalogados e objecto duma intervenção pedagógica desligada duma relação profunda com o seu eu profundo.
Não estamos a aproveitar os avanços da tecnologia para tornar o ensino mais personalizado e mais virado para o fomento da curiosidade e da criatividade. Não se atende a que as crianças vivem o corpo duma forma muito mais livre e completa do que os adultos e desde muito cedo se lhes impede um crescimento harmonioso. Só um pequeno exemplo: no terceiro ciclo do ensino básico num mesmo bloco de 90 minutos os alunos podem ter duas aulas, de 45 minutos cada, uma pode ser educação visual, a outra, educação física, ou história e educação física, as combinações são inúmeras. Isto significa que, sem um intervalo entre as aulas, os alunos são obrigados a ir duma sala de aula para o ginásio, tendo, entretanto, que vestir o equipamento. O resultado é nenhuma das aulas acaba por render o que deveria.
Mesmo os tempos de 90 minutos levantam sérios problemas, uma vez que, muitas vezes, se tem que ter um grupo de miúdos dentro duma sala insípida, obrigados a tarefas que contrariam as suas tendências naturais para o movimento e a expansão vital. O que dá sempre mais resultados.
Quem dá aulas ao ensino básico, no segundo e terceiro ciclo, pode ver-se a braços com turmas completamente caóticas, 'indisciplinadas', como se diz na gíria. O problema é que a 'disciplina' é um conceito que não tem aplicabilidade em muitos contextos educativos. Os alunos na escolaridade obrigatória quase não têm um enquadramento disciplinar: não podem chumbar por faltas, a não ser em casos muito especiais; não podem ser objecto de medidas disciplinares de integração na comunidade - o novo estatuto do aluno acabou com esse tipo de medidas disciplinares que, em muitos casos, eram muito positivas, sem bem aplicadas; também não têm nenhuma autoridade dentro da escola que possa obstaculizar os comportamentos desviantes - as medidas de suspensão só servem para agravar os problemas. Na prática, um aluno indisciplinado pode ir aumentando a gravidade das suas infracções sem que sem implementem medidas eficazes que, de facto, não existem. Se a família for disfuncional, mas não cair no âmbito da intervenção das comissões de protecção de menores, o aluno fica entregue a si próprio, o que é sempre trágico.
Por outro lado, as escolas debatem-se com a falta de auxiliares da acção educativa e a maior parte dos que existem não tem formação adequada (a escassez de funcionários é gritante, ainda mais se atendermos ao actual quadro de desemprego a que assistimos na nossa sociedade), há muito poucos psicólogos, quase nenhuns assistentes sociais, não há sequer animadores culturais, profissionais de saúde formados e dedicados em exclusivo à população escolar, para não falar de bibliotecários (as escolas precisam deles e não de professores sem formação de base na área) ou, simplesmente, de técnicos de informática - as escolas estão, neste momento, a saque por parte das empresas de informática, quando o Ministério poderia criar serviços especializados que criassem e fornecessem software livre às escolas, bem como hardware reciclado, por exemplo, das empresas públicas e dos serviços governamentais - o nível de desperdício nesta área é escandaloso.
Mas atendendo à notícia do Público: é natural que os rapazes sofram este tipo de discriminação, atendendo ao actual contexto educativo. Têm mais tendência para a indisciplina, são deixados mais entregues a si próprios pela família. E a nossa escola pública não gosta de alunos problemáticos. Dadas as deficiências estruturais que existem os professores têm que atender a solicitações que os desviam da via do aprofundamento da relação pedagógica, ou têm demasiados alunos a seu cargo, ou pura e simplesmente não têm consciência da importância sócio-afectiva da profissão - e há casos assim, verdadeiramente revoltantes, da pura intolerância.
É urgente que se devolva a escola à cidadania.
As escolas devem ter uma gestão democrática que envolva as comunidades locais. O conceito de autarquia local deve ser repensado: uma escola deve ser considerada, não dependente do poder autárquico camarário, mas uma autarquia local. As Freguesias em muitos casos não cumprem o seu papel de dar corpo à vida das comunidades, há que devolver aos cidadãos certas instituições que prestam serviços públicos, como as escolas e os centros de saúde, por exemplo. Não se trata duma privatização dos serviços, mas duma civilização dos mesmos, uma republicação, o voltar a dar ânimo novo à res pública. Só há verdadeira República se toda a sociedade se mobilizar para a cidania integral: a todos os cidadãos devem ser dadas as condições para alcançarem a sua autonomia espiritual. O que terá que levar a que se assuma duma vez por todas que não são os cidadãos que são feitos para as instituições, mas as instituições para, e pelos, cidadãos.

Vem aí uma geração de rapazes frustrados

Vem aí uma geração de rapazes frustrados


Em quase todos os países ocidentais, os rapazes abandonam cada vez mais o ensino no final da escolaridade obrigatória. Têm capacidades para ir mais longe, mas as escolas poderão estar a avaliá-los mal, privilegiando as raparigas. Podemos estar a criar (ou já criámos?) uma geração de excluídos e uma nova classe baixa - a dos homens. Por Clara Viana

Um calafrio: investigadores portugueses, ingleses e norte-americanos, entre outros, têm vindo a constatar que as mudanças introduzidas nas últimas duas décadas no sistema de ensino e de avaliação dos alunos estão a contribuir activamente para afastar da escola um número cada vez maior de rapazes.
Produziu-se uma inversão. O fenómeno, que é comum à maioria dos países ocidentais, Portugal incluído, está a alargar o fosso entre rapazes e raparigas no sistema educativo. As raparigas têm hoje melhores notas e vão mais longe; os rapazes desistem, muitos deles logo no fim da escolaridade obrigatória. Nos 27 países da União Europeia, só a Alemanha mantém, no ensino superior, valores equilibrados de participação dos dois sexos.
Para o director do instituto britânico de políticas para o ensino superior (HEPI, na sigla em inglês), Bahram Bekhradnia, estamos já numa corrida contra-relógio. "Penso que corremos o perigo de estar a criar uma nova classe baixa", constituída só por rapazes, diz, depois de um estudo recente daquele organismo ter confirmado a dimensão crescente do fosso entre raparigas e rapazes, e lançado algumas pistas inquietantes sobre os motivos que explicam o fenómeno.
O problema não são os bons resultados alcançados pelas raparigas, mas as fracas classificações obtidas pelos rapazes e aquilo que isso implica: a responsabilidade da escola nesta situação, o que isto está a provocar neles e nelas, e as consequências sociais do insucesso escolar masculino. "Vamos ter uma geração de rapazes frustrados e excluídos dos sistemas escolares e profissionais por incapacidade de rivalizar com o género oposto", prevê a socióloga da educação Alice Mendonça nas respostas que enviou, por e-mail, às questões do P2.
Em países como o Reino Unido e os EUA, mas não só, a questão já entrou na agenda política. Em Portugal não. Existe investigação sobre o tema, há estatísticas à espera de serem interpretadas e... muito silêncio. Alice Mendonça sublinha, porém, que "os pais têm de ser alertados para as consequências" do que se está a passar.
Isto está a acontecer não por os rapazes se terem tornado, de repente, mais estúpidos, mas em grande medida, avisam os investigadores, por eles estarem a ser ensinados e avaliados num sistema que valoriza as características próprias das raparigas e penaliza as dos rapazes.
Zero em comportamento
Nos últimos anos, Alice Mendonça, também docente na Universidade da Madeira, centrou a sua investigação, precisamente, no insucesso escolar na perspectiva do género. Percorreu todos os ciclos escolares. Sustenta que, para os professores, na sua esmagadora maioria mulheres, o modo como as raparigas se comportam e trabalham é "mais conforme com as suas representações do bom aluno ou aluno ideal" - o que poderá conduzir a uma "sobreavaliação" das alunas e a uma "discriminação" dos alunos.
Para a sua tese de doutoramento, a socióloga e investigadora do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, em Lisboa, Teresa Seabra analisou, por seu turno, os resultados escolares de estudantes do 2.º ciclo do ensino básico (11-12 anos). Comprovou que "os resultados dos rapazes e das raparigas se igualavam quando excluía da amostra os alunos com problemas disciplinares", o que a leva a concluir, disse ao P2, que, "como o comportamento afecta de modo significativo o aproveitamento, a pouca conformidade às regras escolares estará na base dos piores resultados dos rapazes". A "atitude", o comportamento dos rapazes, estará a comprometer irreversivelmente os resultados da sua avaliação.
Especialista em assuntos de Educação, o sociólogo francês Christian Baudelot defende que, antes de mais, aquilo que é pedido pela escola é a interiorização das suas regras, mas que estereótipos sociais ainda dominantes valorizam nos rapazes o desafio, a violência e o uso da força - um verdadeiro "arsenal antiescolar". As raparigas, pelo contrário, são socializadas na família em moldes que facilitam a adaptação às exigências escolares: mais responsabilidade, mais autonomia, mais trabalho. "Trata-se de um conjunto de competências que as torna menos permeáveis à indisciplina", observa Teresa Seabra. No ano passado, em Espanha, 80 por cento dos alunos com problemas disciplinares eram do sexo masculino.
Alice Mendonça confirma que as raparigas, "mais conformes às regras escolares", ganham uma "vantagem decisiva" sobre os rapazes quando chega o momento da avaliação. Em Portugal, como também noutros países, o comportamento passou a contar para a contabilização da nota final atribuída aos alunos.
Teresa Seabra defende que se tornou indispensável lançar um debate sobre a actual forma de avaliar. "No momento actual, a escola é chamada a avaliar também o "saber ser", mas nem sempre foi assim e não tem que assim ser", argumenta.
Vida futura afectada
"É perverso que se avaliem instâncias cognitivas com base em comportamentos. Se um aluno indisciplinado aprende, a sua aprendizagem tem de ser reconhecida", sustenta Nuno Leitão, antropólogo, mestre em Ciências da Educação e director da cooperativa A Torre, um colégio de Lisboa que tem a sua matriz inicial no Movimento Escola Moderna, que propõe uma pedagogia alternativa àquela que é comum aos sistemas oficiais de ensino.
No Reino Unido, o estudo divulgado pelo HEPI, que esteve na base do alerta lançado por Bekhradnia, dá conta de que os alunos do sexo masculino poderão estar a ser vítimas da reforma do sistema de avaliação adoptada em 1982. Antes, para a conclusão da escolaridade obrigatória, eram determinantes as classificações obtidas nos exames finais. Depois de 1982, passou a vigorar um sistema misto, com os exames a contribuir apenas com uma parcela, sendo as outras derivadas do trabalho ao longo do ano na sala de aula e fora dela.
Após comparar os resultados antes e depois, o HEPI constatou que os rapazes começaram a ficar sistematicamente atrás das raparigas depois desta reforma. "É preciso reconhecer que o problema existe", alerta. E chama a atenção para o seguinte: "Se o fosso entre os sexos no final da escolaridade obrigatória (e as consequentes diferenças na participação no ensino superior) se deve em grande parte à mudança do tipo de exames e de avaliação - e existem provas de que esta mudança é, pelo menos, parte da razão -, então, nos últimos 20 anos, os rapazes têm alcançado menos do que eram capazes, e isso afectou a sua vida futura."
O dobro dos chumbos
Em Portugal, como em vários países, a entrada maciça do sexo feminino nas escolas e universidades é um fenómeno relativamente recente, tornado possível pela igualização das oportunidades de acesso. Hoje as raparigas são mais numerosas, valorizam mais os estudos, têm mais êxito. "A diferença de resultados entre rapazes e raparigas tem vindo a acentuar-se, aumentando exponencialmente à medida que acrescem os ciclos de escolaridade, e atinge o seu auge no ensino universitário", refere Alice Mendonça.
Logo aos 7 anos, no 2.º ano do ensino básico, há mais rapazes a ficar para trás. À entrada do segundo ciclo, no 5.º ano, as taxas de retenção masculinas têm quase duplicado as femininas. No 7.º, ano de estreia do 3.º ciclo do ensino básico, as percentagens de chumbos entre eles permanecem acima dos 20 por cento. Entre as raparigas, este é também o ano mais complicado, mas nos últimos tempos a taxa de insucesso não foi além dos 17 por cento.
No 9.º ano, o último da escolaridade obrigatória, as taxas de retenção das raparigas têm oscilado entre os 11 e os 16 por cento; as dos rapazes nunca estão abaixo dos 16 por cento e têm ultrapassado os 20 por cento.
Antes de entrar na Torre, em 1996, Nuno Leitão deu aulas no ensino oficial. Começou pelo 12.º ano, acabou no 2.º ciclo. Lembra-se de os ter à frente, alunos com 15 anos a marcar passo no 7.º ano. De como estavam magoados, encurralados: "Já não são repetentes, são resistentes à escola."
Mão-de-obra barata
Continuam a nascer mais rapazes do que raparigas (em cada 100 nascimentos, 105 são do sexo masculino). Por causa disso o seu número é superior nos primeiros anos de escolaridade. Mas, devido a taxas de retenção muito superiores às do género oposto, e também porque são largamente maioritários entre os jovens que abandonam precocemente a escola, em grande parte por causa da experiência de insucesso quando lá estão, em Portugal os rapazes começam logo a estar em minoria no 9.º ano.
Para além de ser uma resposta ao fracasso experimentado na escola, este abandono precoce, maioritário nos rapazes, é também fomentado, em Portugal, por um "mercado de trabalho que procura mão-de-obra barata (desqualificada), especialmente masculina", observa Teresa Seabra.
Pelo contrário, as raparigas vêem nos estudos "um modo de assegurar a sua independência enquanto adultas". É uma forma de emancipação. No conjunto do ensino superior, já representam mais de 50 por cento dos inscritos e ultrapassam os 70 por cento em cursos como os de Direito ou os que estão ligados à saúde. Entre os que conseguem chegar ao fim de um curso e obter uma licenciatura, 60 por cento são mulheres.
Estudos da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) confirmam que uma pessoa licenciada tem muito mais hipóteses de vir a auferir um rendimento superior ao de uma que o não seja. Em Portugal, no caso dos homens, aquela organização situou a diferença nos oito por cento.
Num artigo publicado no jornal britânico Observer, Bahram Bekhradnia lembra outras vantagens de ter um diploma: sabe-se que "a educação superior acarreta benefícios sociais e académicos", que "uma pessoa que esteve na universidade tende a apresentar uma melhor saúde física e mental", que esta formação e experiência têm "um enorme efeito socializante".
No passado, estes benefícios foram negados à maioria das mulheres. Agora, são os homens que, "ao não irem para a universidade em tão larga escala", estão a ser privados disto tudo. "Penso que é uma verdadeira desgraça", diz Bekhradnia.
No Reino Unido, para igualar a taxa de participação feminina, teria sido preciso que, s?? no ano passado, entrassem, nas universidades britânicas, mais 130 mil estudantes do sexo masculino.
Diferentes apetências
"Se os professores não aprendem a lidar com as diferenças, os alunos acabam por chumbar. E isto verifica-se sobretudo com os rapazes", avisou, numa entrevista à Visão, o filósofo norte-americano Michael Gurian.
Para além das diferenças entre os géneros que são culturalmente induzidas, vários estudos neurológicos têm demonstrado que as raparigas têm mais apetência para a comunicação verbal e para movimentos finos, "tarefas" a cargo do hemisfério esquerdo do cérebro, que se desenvolve nelas bem mais cedo do que nos rapazes. E os rapazes têm mais apetência para tarefas visuo-espaciais, uma vez que o hemisfério direito, "construtor e geómetra", é mais activo no sexo masculino. "Têm vias e tácticas diferentes para aprender o mesmo", disse ao diário espanhol El País o neurologista Hugo Liano.
O projecto PISA, lançado pela OCDE para medir a capacidade dos jovens, de 15 anos, na literacia em Leitura, Matemática e Ciências, demonstrou, com a série de três provas já realizadas nos 32 países-membros, que os melhores resultados a Matemática tendem a ser alcançados por alunos provenientes de famílias em que os níveis de educação e o status profissional são mais elevados. Mas, em média, foram os rapazes que apresentaram melhores resultados em Matemática e Ciências e as raparigas em Leitura.
Os exames nacionais do 9.º e 12.º ano têm, em Portugal, confirmado esta tendência. Mas no ano passado a média das raparigas nos exames de Matemática do secundário foi superior à dos rapazes. E esta inversão poderá não ser esporádica, avisa Alice Mendonça: "O aumento da discrepância na capacidade de leitura entre os sexos faz com que as raparigas comecem a ultrapassar os rapazes nestas matérias." Por enquanto, e apesar de maioritárias no ensino superior, elas continuam a ser franca minoria nos cursos de Informática, Arquitectura e nos de Engenharia Técnica.
Separá-los resulta?
Para conter a maioria feminina, em Portugal, há alguns anos, houve quem chegasse a propor a introdução de quotas para homens nas faculdades de Medicina. Em países onde o debate está lançado, há quem defenda o regresso às escolas separadas. Mas são mais os que propõem estratégias de ensino diferenciado que coabitem no mesmo espaço. Seja através de aulas separadas para as disciplinas onde as diferenças são maiores, seja através de reforços específicos de certos conteúdos pedagógicos.
Nos Estados Unidos, onde os rapazes estão a abandonar o equivalente ao ensino secundário a um ritmo superior ao das raparigas (em cerca de 30 por cento), as escolas oficiais foram autorizadas a abrir turmas diferenciadas.
No Reino Unido, as escolas do pré-escolar receberam instruções do Governo para, a partir deste mês, reforçarem os exercícios de escrita com "materiais engraçados", junto dos rapazes de 3/4 anos, de modo a reduzir as fortes diferenças entre os sexos na escrita e leitura, que se fazem sentir pouco depois, à entrada na primária.
Esta iniciativa está a ser contestada por especialistas de desenvolvimento infantil que chamam a atenção, entre outros factores, para o facto de muitas crianças, e especialmente as do sexo masculino, não terem ainda adquirido, nestas idades, as capacidades de motricidade fina necessárias ao desenvolvimento da escrita.
Alice Mendonça vê a adopção de estratégias diferenciadas nas escolas como "um novo desafio social" a que urge deitar a mão. Em Portugal, não fazem parte do programa do Governo. Resposta ministerial ao P2: "Não existe qualquer orientação expressa pelo Ministério da Educação sobre a abordagem diferenciada por género, como estratégia de aprendizagem."
O ministério lembra que a Lei de Bases do Sistema Educativo, aprovada em 1986, atribui ao Estado a responsabilidade de "assegurar a igualdade de oportunidade para ambos os sexos", e que, no ensino pré-escolar, "cada educador tem autonomia e responsabilidade para gerir o currículo", devendo "estimular o desenvolvimento da criança tendo em conta as suas características individuais".
Nuno Leitão concorda que, no geral, e não só no pré-escolar, os programas oficiais deixam um bom espaço de manobra: "É o professor quem decide, na sala de aula, a organização das aprendizagens. Pode fazê-lo optando pela que lhe dá mais jeito, mas também pode escolher, em vez disso, a que é melhor para os alunos."
Defende que os professores devem estar sensibilizados para as diferenças entre os dois géneros, mas não apoia a adopção de estratégias diferenciadas. Na sua escola, que funciona do pré-escolar ao 2.º ciclo, incentivam-se as perguntas dos alunos (uma "pedagogia preciosa"), o debate colectivo, as experiências feitas pelas próprias crianças (em vez de estarem a ver o professor a fazê-las), a curiosidade, a memorização. "Dá-se a oportunidade aos alunos de conseguirem, de forma autónoma, construir um sentido para as coisas, que é o que eles procuram antes de mais, criando assim uma motivação intrínseca que os leva a querer saber mais."
É quase uma ilha. E não só pelo facto de não se registar ali o hiato de resultados entre raparigas e rapazes que anda a sobressaltar meio mundo. Esse hiato, frisa Teresa Seabra, é também fomentado pelos modelos veiculados pelos media: "Ser bom aluno, sendo rapaz, funciona, em alguns grupos de pares, como um handicap."
Se os rapazes passarem a interiorizar, maioritariamente, a ideia de que desafiar a escola e ser mau aluno é "normal", estarão criadas as condições para que os homens sejam, amanhã, uma nova classe baixa das sociedades desenvolvidas ocidentais.
Fonte: Público

FERNANDO NAMORA


DA MEMÓRIA…JOSÉ LANÇA-COELHO

A 31 de Janeiro de 1989, faleceu o escritor e médico, Fernando Namora, nascido em Condeixa-a-Nova, a 15 de Abril de 1919.
Após licenciar-se na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, começou a exercer, primeiro na sua terra natal, e depois na Beira Baixa e no Alentejo. Testemunho desta actividade é o seu livro em dois volumes, Retalhos da Vida de um Médico, 1949-1963.
Estreou-se no universo literário com o livro de poemas Relevos 1938.
Três anos mais tarde, com o seu terceiro livro de poesia – Terra 1941 – deu início à colecção «Novo Cancioneiro», órgão do movimento literário neo-realista.
No campo da prosa, nomeadamente no romance, com o título As Sete Partidas do Mundo 1938, ganhou o Prémio Almeida Garrett.
A sua produção literária é vasta e variada. Assim, além da poesia e do romance, publicou contos, novelas, memórias, narrativas de viagem e biografias romanceadas.
Fernando Namora é dos escritores portugueses contemporâneos mais divulgados em todo o mundo, sendo as seguintes, as suas obras principais:
Casa da Malta 1945; Minas de S. Francisco 1946; Domingo à Tarde 1961; Rio Triste 1982.

Top 100 Fail Clips of 2009

Porto reviveu a revolta de 31 de Janeiro - JN

Porto reviveu a revolta de 31 de Janeiro - JN

Pensam, logo existem...

Pensam, logo existem...

- Lili Caneças simplesmente não pensa.

- Rute Marques pensa que é Grace Kelly.

- Paulo Pires pensa que é o Diogo Infante.

- Diogo Infante pensa que é Paulo Pires.

- Pedro Abrunhosa pensa que é António Variações.

- António Variações já não pensa mais.

- Manuel Luís Goucha pensa que é a Teresa Guilherme.

- Teresa Guilherme pensa que é a Manuela Moura Guedes.

- Manuela Moura Guedes não pensa, quem pensa é o Moniz.

- Luís de Matos pensa que é David Copperfield.

- Edite Estrela pensa que é Hillary Clinton.

- Ana Malhoa simplesmente pensa que pensa.

- Júlia Pinheiro pensa que é Barbara Walters.

- Herman José pensa que tem graça.

- João Baião pensa que vai ser mãe.

- João Pinto pensa que é intelectual.

- Belmiro de Azevedo, com todo o dinheiro que tem, pode pensar o que quiser.

- Ronaldo pensa que é o número 1.

- A irmã dele pensa que canta.

- O sr. José Sócrates da Silva pensa que é Deus.

- José Mourinho tem a certeza que é!

- O teu chefe pensa que estás a trabalhar.

- O meu também...

Efemérides do dia 31 de Janeiro de 2010

Principais acontecimentos registados a 31 de Janeiro, dia "Nacional do Ambiente":
1531 - O imperador Sacro-Romano Carlos V designa a sua irmã Maria da Hungria regente dos países baixos.


1596 - Termina a guerra da liga católica.


1606 - O compositor Guy Fawkes é executado em Londres (Inglaterra).


1891 - No Chile inicia-se a guerra civil. 
           - Revolta do 31 de Janeiro no Porto. 1ª tentativa de implantação da República em Portugal. Os republicanos foram esmagados pelas forças militares fiéis à monarquia.



1917 - A Alemanha anuncia política de guerra naval sem tréguas, no decorrer da II Guerra Mundial.



1928 - Leon Trosky é expulso da União Soviética.

1935 - Em Angola funda-se o F.C de Luanda, uma das agremiações mais antiga do continente.



1943 - As tropas alemãs rendem-se em Estalinegrado, no decorrer da II Guerra Mundial.



1950 - O Presidente dos Estados Unidos da América, Harry Truman, aprova a construção da bomba de hidrogénio (conhecida vulgarmente por bomba H).

1952 - A rainha Isabel II sobe ao trono britânico, na sequência da morte do pai, Jorge VI.



1956 - Juscelino Kubitschek de Oliveira toma posse como Presidente do Brasil.

1958 - Lança-se do cabo Canaveral (Florida), o primeiro satélite norte-americano, o "Eecplorer-1".

1961 - Jánio Quadros é eleito Presidente do Brasil.



1962 - Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Organização dos Estados Americanos (OEA) votam a favor de exclusão de Cuba na participação do sistema internacional.


1974 - Morrem mais de 300 pessoas no incêndio de um edifício de 21 andares no centro de S. Paulo (Brasil).



1977 - O Presidente francês, Giscard Destaing, inaugura, em Paris, o Centro de Arte e Cultura Georges Pompidou.


1979 - No decorrer de uma visita aos EUA, e depois de se avistar com o Presidente James Carter, o vice-primeiro-ministro chinês, Deng Xiao-Ping, afirma que Moscovo " é o principal antro de guerra no mundo".


1981 - O governo polaco e a central sindical "Solidariedade" chegam a acordo sobre os sábados livres e o acesso dos sindicatos aos meios de comunicação.


1982 - A Rádio Varsóvia anuncia que 14 pessoas ficaram feridas e outras 200 foram detidas, em Gdansk, na sequência de manifestações de protesto contra um projectado aumento de preços dos produtos alimentares.


1992 - Em Angola, institui-se o dia Nacional do Ambiente.


1993 - Após 10 dias de discussão, no encontro de Addis Abeba (Etiópia), o Governo angolano e a Unita não chegam a um acordo sobre a cessação das hostilidades em Angola.


1994 - Toma posse o novo Presidente da Argélia, general Liamine Zeroual, com a promessa de que os militares vão tentar "resolver a crise nacional através do diálogo".


1995 - Chuvas torrenciais obrigam a evacuação de 200 mil pessoas na Holanda.


1996 - Um atentado a bomba contra o Banco Central do Sri Lanka causa 55 mortos e 1400 feridos.

2005 - Os 250 deputados moçambicanos tomam posse na Assembleia da República.

              Este é o trigésimo primeiro dia do ano. Faltam 334 dias para o fim de 2010.

Da Queda Da Monarquia à ImplantaçãO Da RepúBlica

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Revolta do 31 de Janeiro de 1891

Onde e porquê?
   
   No dia 31 de Janeiro de 1891 deu-se, no Porto, a 1ª tentativa de implantar a República em Portugal.

    Os revoltosos estavam descontentes com a situação economico-financeira do país, com a situação social e com as decisões do governo relativas ao Ultimato Inglês de 1890, tendo por isso tentado implantar a República, através deste movimento revolucionário.


O que aconteceu?

   A revolta começou na madrugada do dia 31 de Janeiro. Os soldados dirigiram-se para o Campo de Santo Ovídio (hoje em dia, Praça da República) e daí descem a Rua do Almada até à actual Praça da Liberdade. No antigo edifício da Câmara Municipal do Porto, Alves da veiga proclama o governo provisório da República, hasteando uma bandeira verde e vermelha.


    Entretanto, a multidão, que já festejava, sobe a Rua de Santo António e vai em direcção à praça da Batalha para tomar a estação de Correios e Telégrafos.

    Porém, uma carga de artilharia e fuzilaria da Guarda Municipal, posicionada no topo da rua, interrompe bruscamente o cortejo, acabando por ferir tanto militares revoltosos como civis.

    O balanço foi de 12 mortos e cerca de 40 feridos.



Resultados

    Apesar de a revolta ter fracassado, foi considerada o primeiro grande passo em direcção à Implantação da República.

    Mais tarde, depois de implantada a República, o nome da Rua de Santo António foi alterado para Rua de 31 de Janeiro, em honra desta revolta e de todas as suas vítimas.


A República

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A primeira república portuguesa

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Power Point De HistóRia

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O 31 de Janeiro de 1891


Desde sempre, os regimes políticos tiveram como premente necessidade de afirmação o apresentar uma data que marcasse um evento primordial na escalada para um poder que, a determinado momento, se consagraria na conformação de uma outra organização institucional.
Se em França a chamada Tomada da Bastilha foi heroicizada a uma dimensão que pouco corresponde à realidade daquele dia 14 de Julho de 1789, tal acontecimento consistiu, contudo, no marco iniciador de um outro capítulo na relação de forças que alterariam para sempre o aspecto social e político do país. Uma mal-sucedida tentativa de contemporização por parte do governador da fortaleza, que já era apenas um pálido símbolo de outros dias em que teve outro peso, levou ao conhecido desfecho. Em nota de curiosidade, saliente-se que o aproveitamento do mito levava a que mais de sete décadas decorridas ainda fossem atribuídas avultadas somas para pouco prováveis, mas autoproclamados, heróis da Bastilha. O mesmo sucederia pouco mais de um século depois, quando a profusão de “heróis da Rotunda” ameaçou esmagar o novel regime com oportunos pedidos de reconhecimento.
Um famoso filme de Eisenstein mostra-nos uma outra versão de encenada correria que, na realidade, pouca verosimilhança teve com os acontecimentos. O assalto ao Palácio de Inverno de S. Petersburgo foi para o regime bolchevista  um pretexto precioso – propiciado pela recém-nascida tecnologia cinematográfica – para a necessária propaganda mobilizadora de uma volúvel “consciência de massas”. Os factos reais foram bem diferentes e o tiroteio existiu, mas sem qualquer dimensão aproximada àquela que o talento do realizador oficial apresentou. A obra de arte consistiu numa necessidade de afirmação, à semelhança de outra que mais tarde surgiria no alvorecer da rivalidade que oporia a URSS ao III Reich. Alexandre Nevsky é um filme com uma clara identidade política que, nas mentes russas, fez a alusão a tempos passados com uma clara correspondência à situação internacional da época.
Em Portugal, temos então o autêntico padrão basilar do 31 de Janeiro. Quando poucos anos antes, Elias Garcia, então o dirigente do PRP, propunha a pura e simples dissolução do Partido, tal se devia à completa impossibilidade da existência de uma organização que pudesse competir com os chamados partidos rotativos e constitucionais: o Regenerador e o Progressista. De facto, os republicanos consistiram, durante demasiado tempo, numa arma de arremesso à mercê de qualquer um dos principais grupos políticos contendores e a eleição de deputados em S. Bento foi sempre pautada pela negociação com o aliado do momento, ansioso por ameaçar o adversário, atacando indirectamente a figura a quem em última instância competia a atribuição da chefia do Governo: o Rei. Disso ninguém alimentava qualquer tipo de dúvida e os próprios republicanos ainda mais do que os seus imaginados adversários do campo monárquico.
A situação portuguesa em Janeiro de 1891 ainda vivia o rescaldo do 
Ultimatum que fizera desfazer, no invisível éter, os grandiloquentes sonhos de grandeza anexionista que as “agremiações patrióticas” de modo louco e populista alimentaram junto da incipiente e volátil opinião pública urbana. A questão colonial era, como muitas outras, uma importação da moda expansionista que grassava nas principais potências europeias. Bem conscientes de um passado de grandeza histórica, os impressionáveis portugueses do fim de Oitocentos julgavam possível igualar nos mapas as grandes manchas que iam colorindo África e simbolizavam, para todos os efeitos, o estabelecimento da Union Jack britânica e da Tricolor francesa em territórios inexplorados, mas prometedores de farta recompensa material.
Tal como os espanhóis em relação aos seus, há muito esquecidos e nominais, territórios insulares do Pacífico – que mais tarde acabaram por ser vendidos à Alemanha sem que alguém se manifestasse nas ruas de Madrid e Barcelona -, os portugueses apreciavam a aparência na firmeza, desde que isso não implicasse qualquer sacrifício pessoal ou colectivo. O que significava a remissão para um distante e anónimo Estado a responsabilidade pela salvaguarda dos pergaminhos de um sempre em crescendo nacionalismo que fazia a época.
A questão do 
Mapa Cor-de-Rosa consistiu num venenoso amontoado de equívocos, falsas esperanças de participação no jogo das grandes potências e, sobretudo, numa inexplicável cedência ao irrealismo presente nas ruas e sempre açulado por um frenético publicismo que fazia furor nos apinhados cafés e tascas de Lisboa.
Como mais tarde (1895) o esmagador episódio de Fachoda demonstraria, nem a plena ocupação de um território – tal como previra o Congresso de Berlim - significava a automática posse de qualquer área colonial que estivesse na mira da potência dominante, a Inglaterra. A França ocupou o Vale do Nilo sudanês, ergueu a bandeira com apresentação de armas por parte da guarnição militar e anexou formalmente o território. Dias depois, umas tantas canhoneiras britânicas obrigaram à aturada ponderação parisiense e, à parte os normais bambúrrios de 
boulevard, o Quai d’Orsay emitiu a ordem de arriar a flâmula de Austerlitz – e de Waterloo -, evitando uma guerra de catastrófico desfecho.
Nem de jure, nem de facto, Portugal podia almejar a uma séria reivindicação de soberania sobre os territórios que preenchiam o gigantesco e quase desconhecido hiato entre a costa angolana e moçambicana. A quimera confirmar-se-ia poucos anos mais tarde, quando da imperiosa necessidade de plena ocupação do hinterland da então África Oriental Portuguesa. As campanhas de Mouzinho de Albuquerque, Caldas Xavier e outros “africanistas” enfrentaram os poderosos vátuas que, para grande surpresa na Europa, foram derrotados por uma quase temerária força expedicionária portuguesa, precisamente no momento em que a Itália era copiosamente esmagada pelos abexins, em Aduá.
O problema que o 
Ultimatum colocou ao regime da Monarquia Constitucional deveu-se menos à questão pendente com os ingleses – rapidamente resolvida –  do que à luta política interna. Um Estado de que tantos dependiam – outra constante portuguesa - era sempre apetecível fruto de disputa partidária, devido à necessária e quase sempre conflituosa bulha pelos cargos públicos e hipóteses de administração de capitais de investimento em obras e melhoramentos, quando não da concessão de rendosos negócios. Pelo sector republicano – uma parte do qual estava sequioso em aceder às citadas oportunidades – apresentava-se todo o tipo de promessas de redentor messianismo, desde o ensino universal e gratuito até à infalível presença nacional no palco da grande política mundial, devido à constituição de forças armadas poderosas e capazes de garantir um lugar ao sol que há três longínquos séculos atingira o seu zénite. A simples mudança na forma de representação do Estado surgia quase como garantia de um almejado renascer, propiciador de todos os possíveis progressos, numa época em que ser-se avançado era um quase sinónimo de humanidade civilizadora, ou melhor, o exclusivo apanágio do homem branco do qual o português reivindicava a sua condição de povo.
As berrarias, tropéis de calçada e vivas!, ou morras! da autoria de uma multidão ociosa que preenchia as ruas das duas principais cidades portuguesas acabaram por coagir poderosamente quem tinha a autoridade e o direito para a necessária e aturada negociação dos interesses nacionais. Sem qualquer verdadeiro sentido das necessidades do momento, todos cederam e deixaram-se ultrapassar pelo ruidoso cortejo que nas praças decidia quem era ou não merecedor de um até então bastante morno portuguesismo de raça. A Imprensa cedeu, tal como cederam os partidos, a Sociedade de Geografia e uma muito restrita e influenciada intelectualidade.
Os danos causados pelas delongas impostas ao rápido acordo com os ingleses levaram a um prejuízo maior do que aquele teoricamente infligido pelo 
Ultimatum, pois se o primeiro Tratado – rejeitado no Parlamento, mercê da pressão da opinião pública – concedia a Portugal uma ligação fluvial entre as duas grandes colónias africanas, aquele que mais tarde seria ratificado deixava-nos apenas a nascente – em Angola – e a parte final do grande Zambeze que desagua no Canal de Moçambique.
O 31 de Janeiro consistiu, também, num reescalar de forças internas do PRP. Ainda a anos da preponderância de Afonso Costa, Bernardino Machado, Brito Camacho e António José de Almeida, as personalidades que haviam fundado o Partido há duas décadas tinham-se resignado ao status quo vigente e, antes do mais, pretendiam participar num jogo político onde a partilha de cargos era um horizonte de promessas de realização de interesses pessoais. O PRP encontrava-se desorganizado e poucos o tomavam a sério, mesmo entre portas. Num país habituado a teorias da conspiração e ao gizar de revoluções, em torno de uma mesa onde jamais faltava o mais famoso produto de exportação nacional, conhecia-se com muita antecedência a preparação de um movimento atribuível a alguns sectores do velho PRP – Elias Garcia, Sampaio Bruno, João Chagas, Alves da Veiga e um jornalista de escândalos, Santos Cardoso - ansiosos pelo apear do novo Directório político vigente, onde pontificavam Manuel de Arriaga e Homem Christo, este último, aliás, um futuro monárquico intransigente. A “revolução” era o segredo mais conhecido em qualquer botequim, tasca, ou loja do Porto. Ventilavam-se os nomes e contava-se abertamente de boca a boca que estariam envolvidas todas as unidades da guarnição militar da cidade. Não era verdade, mas o rumor insistiu na informação. O momento parecia propício, até porque a insatisfação no corpo de sargentos oferecia uma oportunidade para a manifestação do descontentamento do grupo.
Os acontecimentos demonstraram à saciedade o quão pouco são fiáveis as juras e as abnegações demonstradas em horas de irreflexão ditada por festiva exaltação de espíritos.
Apenas três oficiais menores aderiram ao motim, comandando 800 praças. Contra os avisos de prudência emitidos por responsáveis republicanos – Basílio Telles-, iniciou-se a aventura pelas três da madrugada, quedando-se ambos os campos numa certa expectativa, até que pelas sete da manhã Alves da Veiga – que vaticinara o desastre – proclamava a República na varanda dos Paços do Concelho do Porto. Na tradição do republicanismo federal, hasteava-se um pendão claramente iberista onde um círculo verde sobre pano vermelho confirmava a positivista tradição emprestada pelo Centro Republicano Federal de Badajoz.
O governo provisório mencionava os nomes de Rodrigues de Freitas, José Maria Correia da Silva, Joaquim Bernardo Soares, José Ventura dos Santos Reis, António Joaquim de Morais Caldas, Alves da Veiga e Joaquim Azevedo Albuquerque. Deste elenco, quatro declarariam de forma peremptória jamais terem permitido a inclusão das suas identidades na lista apresentada.
Com o alvorecer, as ruas foram-se enchendo daquela multidão que então as povoava de sol a sol. Há que entender que ao tempo fazia-se uma vida ao ar livre citadino muito intensa e diferente daquela de décadas passadas. A migração dos campos para a grande cidade propiciara uma chusma ociosa que se encarregava de biscates ocasionais, ou que procedia a recados e transportava mercadorias. Aguadeiros, vendedores de todo o tipo de bens alimentares, amoladores, engraxadores, ardinas e moços de fretes eram a massa ideal para as arruadas às quais, na esmagadora maioria das vezes, os assuntos políticos eram totalmente alheios. Esta gente encontrava-se à disposição de qualquer grupo de agitadores e os republicanos cedo se aperceberam do manancial.
Não foi difícil o apanhar dos civis nas ruas que se iam enchendo para a quotidiana labuta ou ociosidade entrecortada de  fretes e as poucas fotografias que nos chegaram são bem expressivas. Estava formado o necessário clima daquela desordem pública a que os centros urbanos há muito e, sob os mais diversos pretextos, se tinham habituado.
Tudo acabou por volta das 11 horas da manhã, quando a Guarda Municipal desfechou uma salva de espingardas 
Kropatschek sobre o heteróclito grupo, tendo ocorrido uma correspondente debandada geral. Alguns elementos decidiram refugiar-se na Câmara Municipal,  onde foram rapidamente desalojados por uns escassos tiros desfechados por duas peças de artilharia.
As baixas foram correspondentes à rapidez da refrega, na qual as quarto centenas de elementos da Guarda facilmente dispersaram os mais de 800 praças do exército: cinco militares mortos e cinco civis que assistiam ao tiroteio, assim como perto de quatro dezenas de feridos. Os processos jurídicos que se seguiram, confirmaram a necessidade de minimização do acontecimento e o próprio João Chagas, que dias antes se apresentara na prisão para evitar o comprometimento na aventura que ajudara a planear, esteve sempre consciente do generalizado clima de impunidade que se instalara e que era do contento de todas as facções. As a priori pesadas sentenças e as quase automáticas amnistias provaram-no.
O 31 de Janeiro marcaria, quiçá, o modelo geral para as futuras sublevações onde aos elementos militares por vezes se adicionavam civis adversos à situação vigente. Na maior parte das vezes condenados ao fracasso, ocasionalmente conseguiram os seus intentos e contra toda a geral expectativa. O habitual desinteresse colectivo e alheamento da coisa pública tornou-se numa característica geral da sociedade portuguesa, sempre disposta a acolher o vencedor do momento. Serve como lição dada por um passado que o futuro poderá uma vez mais confirmar.
Nuno Castelo Branco

País - O 31 de Janeiro de 1891 - RTP Noticias, Vídeo

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sábado, 30 de janeiro de 2010

"GPS Pinto da Costa!" / Nilton / 5 Para a Meia Noite

Escutas do Processo "Apito Dourado" / Pedro Fernandes / 5 Para a Meia Noite

mahatma Gandhi

Faz hoje 62 anos que foi assassinado Mahatma Ganchi.
Para que a data não seja esquecida e o seu ideal se mantenha imortal.

Efenmérides do dia 30 de Janeoro de 2010

Principais acontecimentos registados a 30 de Janeiro na História do Mundo:


1181 - Morre Takakura, 80º imperador do Japão.


1648 - Assinatura, na cidade de Münster, de um dos Tratados de Paz de Vestfália pós fim à guerra dos Oitenta Anos.


1649 - Rei Carlos I de Inglaterra é executado pelos partidários de Oliver Cromwell.


1788 - Morre, em Roma (Itália), Carlos Eduardo Stuart, jovem pretendente ao trono britânico.


1847 - Incorporação de Yerba Buena, sendo renomeada com o nome de San Francisco (EUA).


1875 - Aprova-se a constituição da República em França.


1882 - Nasce Franklin Delano Roosevelt, 32° presidente dos Estados Unidos da América.


1889 - Morre Rudolfo de Habsburgo, príncipe herdeiro do império Austro-Húngaro.


1902 - A Grã-Bretanha assina com o Japão um tratado que prevê a independência da China e da Coreia.


1927 - Nasce Olof Palme, político sueco.


1933 - Adolf Hitler é nomeado Chanceler alemão pelo presidente Paul von Hindenburg.


1937 - Nasce Boris Spassky, russo, campeão mundial de xadrez.


1938 - Os etíopes são contra as forças de ocupação italianas, na véspera da discussão na na assembleia da sociedade das Nações Unidas (actual Nações Unidas), sobre a anexação da Etíopia à Itália.


1941 - Nasce Dick Cheney, empresário, político e actual vice-presidente dos Estados Unidos da América.


1943 - Forças soviéticas desbaratam o exército alemão a Sudoeste de Estalinegrado, no decorrer da II Guerra Mundial.


1944 - Tropas norte-americanas invadem Majuro, nas Ilhas Marshall, durante a II Guerra Mundial.


1948 - Morre, em Nova Deli, o pacifista, filósofo e obreiro da independência da Índia, Mahatma Gandhi, assassinado por um fanático hindu.

          - Início dos Jogos Olímpicos de Inverno em Saint Moritz, na Suíça.


1951 - Morre Ferdinand Porsche, engenheiro de automóveis austríaco, fundador da Porsche.


1957 - As Nações Unidas pedem a África do Sul que reconsidere a sua política de segregação racial.


1960 - Se estabelece a pensão de mil quinhentos contos para a viúva do rei do Congo, dom Pedro VII, e outra de igual montante destinada a sua filha, para o pagamento de despesas no colégio São José do Cluny, em Luanda.


1962 - A assembleia-geral da ONU adopta uma resolução, apelando a Portugal para que cesse as medidas repressivas contra Angola.

          - Morre Manuel Dias de Abreu, médico brasileiro inventor do diagnóstico da tuberculose, a abreugrafia.

          - Nasce Abdullah II, actual rei da Jordânia.


1964 - O general sul-vietnamita Nguyen Khanh toma o poder atravês de um golpe militar em Saigão.


1968 - A ilha de Mauru, no Oceano Pacífico, torna-se independente no âmbito da comunidade britânica.

          - Começa a ofensiva de Tet pelas forças VietCong que atacaram várias capitais provinciais do Vietname do Sul, assim como Saigão.

          - Nasce Felipe de Bourbon, filho do rei Juan Carlos I e da rainha Sofia.

1972 - O exército britânico mata 13 católicos em Londonderry, uma cidade da Irlanda do Norte, durante uma manifestação de defesa dos direitos civis, o acontecimento ficará conhecido por Domingo Sangrento (Bloody Sunday).


1975 - Toma posse o governo de transição de Angola, constituido por representantes de Portugal e dos três movimentos de libertação: o Mpla, Unita e a Fnla.

          - O Conselho de Segurança da Onu determina os princípios gerais para a retirada sul-africana no território namibiano e exige eleições gerais sob a "a fiscalização e controle da Onu" .


1979 - A minoria branca rodesiana (actual Zimbabwe) aprova uma nova constituição que entrega, virtualmente, o controle do país a maioria negra.


1980 - Realizam-se as primeiras eleições locais, em dez anos, nas Filipinas.


1981 - Um comando sul-africano ataca uma residência do Congresso Nacional Africano (ANC), na Matola (Moçambique), matando sete pessoas.


1984 - O presidente norte-americano, Ronald Reagan, anuncia oficialmente que se recandidatara a presidência dos EUA.


1987 - Morre o poeta catalão Josep Vicens Foix aos 94 anos de idade.


1989 - O automovel "daimler-benz", construido em 1939 na Alemanha, por encomenda de Himmler (um dos mais próximos colaboradores de Hitler), e utilizado em acções de contra-espionagem, é descoberto na cidade uruguaia de Las Piedras.

          - Encerramento da Embaixada americana em Cabul, Afeganistão.


1991 - Na sequência do ataque a cidade saudita de Khafji, o Iraque anuncia a "mãe de todas as batalhas" contra os aliados.


1993 - O Conselho de Segurança das Nações Unidas renova para mais três meses, até 30 de Abril, o mandato da Missão de Verificação da Onu em Angola (Unavem-II).

           - O governo de Angola apresenta "provas irrefutáveis" do envolvimento de entidades sul-africanas no conflito angolano.


1996 - Morre Jerry Siegel aos 81 anos de idade, autor de "superman", o primeiro super heroi da banda desenhada.


1998 - A Eta assassina a tiro o veriador do Partido Popular de Sevilha Alberto Jimenez Belleno e a mulher deste


1999 - Toma posse o novo governo angolano de Unidade e Reconciliação Nacional.


2001 - Morre o actor francês Jean-Pierre Aumont aos 90 anos de idade.


2003 - A França apreende um Boeing da Varig por falta de pagamento do contrato de leasing.


2005 - Os 250 deputados moçambicanos tomam posse, numa cerimónia realizada na Assembleia Nacional. Sendo 160 da Frelimo e 90 da Coligação da Resistência Nacional (Renamo-União Eleitoral).


2007 - Morre Sidney Sheldon, escritor norte-americano.

          - A Microsoft lança o Windows Vista.

          
            Este é o trigésimo dia do ano. Faltam 335 dias acabar 2010.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Índia - Gal Costa

REGINALDO ROSSI - Mon Amour,Meu bem ,Ma Femme (visite no Orkut conheço tudo de músicas bregas)

Carmen Silva--Adeus Solidão

Tristeza, pé no chão - Clara Nunes

La danza di Zorba (Zorba the greek) - Dalida (1965)

PolíTica EconóMica E Social Das Democracias Ocidentais

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Sociedade De Consumo

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Efemérides do dia 29 de Janeiro de 2010


Principais acontecimentos registados a 29 de Janeiro, na Historia do Mundo:


904 - Eleição do Papa Sérgio III.


1676 - Na sequência da morte do seu pai, Alexis, Teodoro III ascende ao trono de Czar das Rússias.


1712 - Início das negociações do Tratado de Utrecht que pôs fim à guerra de sucessão espanhola.


1749 - Nasce rei Christian VII da Dinamarca.


1801 - A França e a Espanha impõem um ultimato a Portugal, exigindo o fim da aliança com a Inglaterra.


1820 - Morre Jorge III do Reino Unido.


1843 - Nasce William McKinley, 25º presidente dos Estados Unidos.


1886 - Karl Benz, inventa o primeiro motor automóvel movido à gasolina.


1888 - Um incêndio destrói o Teatro Variedades de Madrid (Espanha).


1889 - Suicida-se o arquiduque Rudolfo, príncipe herdeiro do império Austro-húngaro.


1890 - Equador e os Estados Unidos da América reconhecem a República do Brasil.


1910 - Uma lei cria a comissão de reforma penal e prisional, e abole o sistema de degredo para as colónias portuguesas.


1919 - Aprova-se a 18ª emenda à Constituição dos Estados Unidos da América, que ficou conhecida como "Lei Seca".


1923 - O Papa Pio XI proclama S. Francisco de Sales patrono dos jornalistas.


1924 - Morre Teófilo Braga, primeiro presidente do governo provisório da República Portuguesa.


1929 - Leon Trotski chega a Istambul (Turquia) após ser expulso da União Soviética.


1931 - Nasce Ferenc Mádl, presidente da Hungria.


1942 - Homologa-se o protocolo do Rio de Janeiro (Brasil) que estabeleceu fronteiras provisórias entre o Equador e Peru.


1943 - Os presidentes Roosevelt, dos EUA, e Getúlio Vargas, do Brasil, se encontram na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte. Tratam, entre outras, do envio de tropas brasileiras para combater na Europa.


1948 - O delegado soviético do Conselho de Segurança da ONU, Andrei Gromyko, pede a destruição de todas as bombas atómicas existentes no mundo.


1960 - O presidente brasileiro, Juscelino Kubitschek, recebe Dwight Eisenhower, presidente dos Estados Unidos, em Brasília. A visita do líder norte-americano foi um dos pontos marcantes do seu governo.


1963 - A Comunidade Económica Europeia recusa o pedido de ingresso da Grã-Bretanha.  


          - Morre Isaías de Noronha, presidente do Brasil, da junta governamental.


1964 - O Panamá queixa-se a Organização dos Estados Americanos (OEA) por alegada agressão por parte dos EUA.


1969 - O Iraque afirma que as tropas israelitas estão a preparar-se para atacar o país, mas Israel nega.


1973 - Os EUA, a URSS e 17 outros países concordam, em Viena (Áustria), em reunir-se para se tentar chegar a acordo sobre a redução de forças armadas na Europa.


1976 - A URSS anuncia que está disposta a aceitar um acordo político sobre a questão angolana.


1980 - O Canadá encerra definitivamente a sua embaixada em Teerão (Irão), repatriando todo o seu pessoal.


1981 - Demite-se o primeiro-ministro espanhol, Adolfo Suarez.


1985 - Um delegado do ministério Público pede, em Varsóvia (Polónia), a pena de morte para o capitão da polícia secreta Grzegorz Piotrowski, acusado de ter organizado e dirigido o rapto e assassínio do padre Popieluszko


1986 - Um avião DC-3 da Aerocalifórnia cai perto do aeroporto de Mochis (México), causando a morte dos seus 21 ocupantes.


1989 - A estação interplanetária "Phobos" entra no planeta Marte, depois de ter viajado 470 milhões de quilómetros, tornando-se no primeiro satélite artificial a entrar na órbita do "planeta vermelho". 


          - O governo angolano aceita a data de 6 e 7 de Fevereiro 1991, proposta pela mediação portuguesa para a realização da sexta ronda de conversações com a Unita, para se encontrar a paz em Angola.


1991 - Ao mesmo tempo que lança um ataque contra a cidade fronteiriça saudita de Khafji, o Iraque apela "Guerra Santa".


          - O congresso da Somália Unificada nomeia Ali Mahdi Mohamed como novo presidente do país.


1992 - A delegação de Angola acusa o governo sul-africano de contiunar a apoiar a rebelião armada no país, apresentando várias provas de violações, durante a reunião da Comissão Conjunta dos acordos de Nova Iorque, realizada na África do Sul. 


          - O presidente russo Boris Ieltsine defende a eliminação de todas as armas de destruição maciça existentes no mundo, afirmando que a Rússia está disposta a faze-lo.


         - O Líder Zulu sul-africano, Mangosuthu Buthelesi, exige ao ANC o reconhecimento do seu partido como organização independente do governo e o fim da linguagem de violência, durante um encontro com Nelson Mandela.


1993 - O presidente dos EUA, Bill Clinton, anula a lei que impede a entrada de homossexuais no exército norte-americano.


           - Morre Leo Lowental, filósofo alemão, um dos fundadores da Escola de Frankfurt.


1996 - O presidente de França, Jacques Chirac, anuncia o fim definitivo dos testes nucleares franceses.


           - Um incêndio destrói, por completo, o grande teatro La Fenice, em Veneza (Itália).


1997 - O neto do Mahatma Ghandi lança ao rio Ganges as cinzas do estadista, depois destas terem sido encontradas, em 1996, numa urna depositada num cofre de um banco.


1999 - Um quadro de Velásquez é adquirido por um coleccionador anónimo, nas comemorações em sua homenagem dos 400 anos após a sua morte. O primeiro acto ocorreu quando a Christie's leiloou o quadro Santa Rufina por 8,1 milhões de dólares.


2005 - Pelo menos oito milhões de iraquianos, dos mais de 14,2 inscritos, votam nas primeiras eleições democráticas do país em mais de 50 anos.


             Este é o vigésimo nono dia do ano. Faltam 336 dias para acabar 2010.