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domingo, 14 de junho de 2015

A 14 de Junho de 1985 - O Governo português entrega a urna com os restos mortais do Régulo Gungunhana a uma delegação da República Popular de Moçambique.


Gungunhana, o gigante e temido rei de Moçambique, era o homem que todos queriam. Mouzinho de Albuquerque, o oficial da cavalaria portuguesa, ambicionava honra e fama. Ao iniciar a marcha até Chaimite tinha como missão capturar o régulo africano e submeter as populações locais ao poder da bandeira nacional. Sousa, senhor de possessões em terras moçambicanas, junta-se a Mouzinho de Albuquerque com um único e secreto objetivo: matar, com as suas próprias mãos, Gungunhana e vingar-se da traição da sua mulher Kali, que fugiu para se tornar amante do Leão de Gaza, como era conhecido. Já Pedro, braço direito do comandante português, tinha sede de aventura e descoberta. Talvez assim conseguisse esquecer um desgosto de amor que lhe atormentava a alma. O autor Manuel Ricardo Miranda transporta-nos, neste empolgante romance, para o universo africano dos finais do século XIX. Pela sua escrita vivemos as cerimónias iniciáticas, assistimos às grandes caçadas de elefantes, aos combates entre tribos, sentimos o cheiro do capim. E percebemos que África é um território com alma própria, mística, onde a realidade muitas vezes não é o que parece. Após uma marcha de três dias, as tropas portuguesas alcançam, cercam Chaimite e prendem o último rei de Moçambique. Mouzinho tinha nas mãos o homem que sempre desafiou a soberania e as autoridades portuguesas, não olhando a meios para atingir os seus fins. Sem recear inimigos ou os revesses do destino. Em Portugal todos festejam o enorme feito.

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