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domingo, 8 de novembro de 2015

A 08 de Novembro de 2003 - Morreu Álvaro Augusto Martins dos Santos



Álvaro Augusto Martins dos Santos, intérprete de guitarra portuguesa, compositor e letrista, morreu em Padrão da Légua, Matosinhos, no dia 8 de Novembro de 2003. Nascera na mesma localidade em 27 de Maio de 1918. O seu nome é desconhecido para a maioria das pessoas devido ao facto de ter feito grande parte da sua carreira fora de Lisboa. Acompanhou grandes nomes do fado e deixou mais de uma centena de trabalhos editados.
Foi na barbearia do pai que começou a tocar aos 5 anos de idade. Naquela época, nas barbearias, era frequente haver uma guitarra portuguesa e uma viola para os clientes e/ou os barbeiros tocarem. Mais tarde, começou a tocar noutros estabelecimentos e a acompanhar João Gago, um dos tocadores de viola com quem mais tocou. Aos 12 anos, Álvaro Martins tocou pela primeira vez na antiga Emissora Nacional.
Nos anos 1950, José Maria Nóbrega, uma das grandes violas do fado, estabeleceu-se no Padrão da Légua como alfaiate. Conheceu Álvaro Martins e começaram a tocar juntos. No final desta década, em 1959, a sua música “Noite” foi incluída no disco “Amália Rodrigues” e acompanhou Fernando Farinha no Coliseu do Porto em 25 de Outubro.
Em 1965, Álvaro Martins conheceu o poeta Torre da Guia no restaurante típico A Candeia. Tornaram-se numa dupla criadora de grandes fados, como “Pão de Gestos”, que se tornou um sucesso popular nos anos 1980, nas vozes de Beatriz da Conceição e de Rodrigo, ou “Olhai a Noite”, que foi cantado por inúmeros fadistas.
Durante a sua carreira, Álvaro Martins fez muitas digressões pelas comunidades de emigrantes portugueses, não só como acompanhador de fados mas também como solista. Esteve nos Estados Unidos da América, no Brasil, em França e em Moçambique, entre outros países.
Salientam-se alguns grandes fadistas que foram acompanhados à guitarra portuguesa por Álvaro Martins: Amália Rodrigues, Fernando Farinha, Fernando Maurício e Tristão da Silva.
Com o passar do tempo, a sua obra ganhou cada vez mais importância. Actualmente, é conhecido nos meios fadistas do Porto como “o Mestre”. Faleceu aos 85 anos de idade.

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