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terça-feira, 17 de novembro de 2015

A 17 de Novembro de 1927 - Nasceu Rogério Paulo





Rogério Paulo nasceu em Angola a 17 de Novembro de 1927 e morreu em Carnaxide a 25 de Fevereiro de 1993, faz hoje 21 anos, foi um encenador e actor português com presença marcante em Portugal desde nas décadas de cinquenta, sessenta e setenta, no teatro, no cinema e na política.
Ainda aluno do Conservatório Nacional, juntou-se em 1950 à Companhia Rey Colaço-Robles Monteiro.
Trabalhou com Amélia Rey Colaço, Palmira Bastos, Nascimento Fernandes e Maria Matos.
Estreou-se no cinema em “A Garça e a Serpente” (1952).
Adquire estatuto de galã na comédia “O Costa de África” (1954) e contracenou com Vasco Santana, Laura Alves, Anna Paula e Ribeirinho.
Foi um cidadão politicamente activo desde a juventude, acérrimo opositor do regime fascista de Oliveira Salazar, que sempre combateu e militante do PCP.
Em 1957 integrou as listas da oposição democrática ao regime. Foi militante do Partido Comunista Português desde 1953.
Teve tarefas importantes na "fuga de Peniche", com Álvaro Cunhal e outros dirigentes comunistas, a 3 de Janeiro de 1960.
Quando Marcelo Caetano ascende ao poder, redigiu um documento, assinado por cento e setenta actores, que protesta contra o estado do teatro em Portugal e contra a censura, que há muito impedia a liberdade de expressão, espartilhando a criação artística no país.
Depois da Revolução de Abril, foi um participante activo no sentido da resolução dos problemas dos trabalhadores do teatro e da sua acção para a democratização cultural do povo português.
Entre 1975 e 1976 foi deputado na Assembleia Constituinte, a primeira eleita em liberdade depois da revolução.
Luta pelo socialismo e pelo comunismo.
A Revolução dos Abril dá-lhe asas ao sonho. Torna-se presidente da Associação Portugal-Cuba.
Tenta realizar actividades que dignifiquem os desfavorecidos, como o do cooperativismo.
No teatro, passa à acção e estabelece solidárias relações com actores de intervenção, como o cubano Alfonso Sastre.
Destaca-se em filmes como O Crime da Aldeia Velha (1964), de Manuel Guimarães, A Recompensa (1979), de Arthur Duarte, Verde por Fora, Vermelho por Dentro (1980), de Ricardo Costa e Sem Sombra de Pecado (1983), de José Fonseca e Costa. Na televisão fica marcada a sua passagem com o personagem ‘’Mimoso das Sardinhas’’ na telenovela Chuva na Areia (1985).
Em 1963 é-lhe atribuído, tal como a Laura Alves, o Prémio da Imprensa (Teatro Moderno de Lisboa, em peça de Bernardo Santareno).
Em 1990, ao fazer quarenta anos de vida teatral, recebe a Medalha de Mérito Cultural, atribuída pelo Governo.
Eunice Muñoz considera-o como «uma criatura muito honesta e um grande companheiro, para além de ser um grande actor».


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