Previsão do Tempo

domingo, 31 de dezembro de 2017

E para terminar o ano 2017 deixo uma redacção quiçá inédita.



Redacção feita por uma aluna de Letras, que obteve a vitória num concurso interno promovido pelo professor da cadeira de Gramática Portuguesa.

Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador.
Um substantivo masculino, com aspecto plural e alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. O artigo, era bem definido, feminino, singular. Ela era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal. Era ingénua, silábica, um pouco átona, um pouco ao contrário dele, que era um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanático por leituras e filmes ortográficos.
O substantivo até gostou daquela situação; os dois, sozinhos, naquele lugar sem ninguém a ver nem ouvir. E sem perder a oportunidade, começou a insinuar-se, a perguntar, conversar. O artigo feminino deixou as reticências de lado e permitiu-lhe esse pequeno índice.
De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro.
Óptimo, pensou o substantivo; mais um bom motivo para provocar alguns sinónimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeçou a movimentar-se. Só que em vez de descer, sobe e pára exactamente no andar do substantivo.
Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela no seu aposento.
Ligou o fonema e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, suave e relaxante. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela.
Ficaram a conversar, sentados num vocativo, quando ele recomeçou a insinuar-se. Ela foi deixando, ele foi usando o seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo.
Todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo directo.
Começaram a aproximar-se, ela tremendo de vocabulário e ele sentindo o seu ditongo crescente. Abraçaram-se, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples, passaria entre os dois.
Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula.
Ele não perdeu o ritmo e sugeriu-lhe que ela lhe soletrasse no seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por essas palavras, pois estava totalmente oxítona às vontades dele e foram para o comum de dois géneros.
Ela, totalmente voz passiva. Ele, completamente voz activa. Entre beijos, carícias, parónimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais.
Ficaram uns minutos nessa próclise e ele, com todo o seu predicativo do objecto, tomava a iniciativa. Estavam assim, na posição de primeira e segunda pessoas do singular.
Ela era um perfeito agente da passiva; ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular.
Nisto a porta abriu-se repentinamente.
Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo e entrou logo a dar conjunções e adjectivos aos dois, os quais se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas.
Mas, ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tónica, ou melhor, subtónica, o verbo auxiliar logo diminuiu os seus advérbios e declarou a sua vontade de se tornar particípio na história. Os dois olharam-se; e viram que isso era preferível, a uma metáfora por todo o edifício.
Que loucura, meu Deus!
Aquilo não era nem comparativo. Era um superlativo absoluto. Foi-se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado aos seus objectos. Foi-se chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo e propondo claramente uma mesóclise-a-trois.
Só que, as condições eram estas:
Enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria no gerúndio do substantivo e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino.
O substantivo, vendo que poderia transformar-se num artigo indefinido depois dessa situação e pensando no seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história. Agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, atirou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva.

Fernanda Braga da Cruz

sábado, 2 de dezembro de 2017

Um vídeo que vai mexer com quem o vê!...



Num pequenissimo video de apenas 4 minutos, o autor conseguiu elaborar um pequeno resumo do que somos como humanos.
O que há de bom e mau com a nossa espécie, e é sem duvida uma video que todos deveriam ver pois dá que pensar e certamente irá mudar muitas das nossas atitudes!

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Fernando Pessoa deixou-nos há 82 anos!




Poeta, escritor, publicitário, astrólogo, crítico literário, inventor, empresário, tradutor, correspondente comercial, filósofo e comentarista político português, Fernando Pessoa deixou-nos a 82 anos!

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Ideologia de género. A que ponto se chegou na Europa.









A  GERAÇÃO ASSEXUADA

SERÁ QUE VÃO COMEÇAR ASSIM TODAS AS DECLARAÇÕES PARLAMENTARES?



Deputado alemão recebe críticas por começar os seus discursos com "senhoras e senhores"... e não contemplar o terceiro sexo. Então, tendo tomado a palavra, vejam como ficou a saudação depois das críticas...



Um parlamentar alemão ridicularizou um projecto de lei que pretende reconhecer “distintos tipos de género” em seu pronunciamento no parlamento de Brandenburgo. Steffen Königer, do partido Alternativa para a Alemanha (AfD, na sigla alemã), começou a tradicional saudação no início do discurso dizendo: “Caro senhor presidente da câmara, senhoras e senhores, caros homossexuais, caras lésbicas, caros andróginos, caros bigéneros” e não parou até enunciar dezenas de “identidades de género”, em uma saudação que levou mais de dois minutos. Em dado momento da extensa introdução, o presidente da assembleia interrompeu o parlamentar dizendo: “O senhor me permite interpor uma pergunta?”, mas Königer respondeu: “Ainda não terminei minha introdução, senhor presidente. Desculpe-me”, fazendo rir os presentes e dando continuidade aos seus cumprimentos. Ao terminar a saudação, Königer disse apenas: “A AfD rejeita a sua proposta. Obrigado”, e se dirigiu ao seu assento. A proposta foi apresentada pelo Partido Verde alemão. Königer disse ao jornal Junge Freiheit que sua intenção era ilustrar qual seria o resultado de aceitar tamanha diversidade de géneros. “Poderia ter lido cem ou mais, mas teria sido entediante”, afirmou ele, que citou cerca de sessenta géneros reconhecidos actualmente na tribuna. O parlamentar disse ter usado a lista de géneros que o Facebook oferece para que o usuário preencha o seu perfil.

domingo, 5 de novembro de 2017

Quando eu for grande...



Um grupo de jovens encontra-se de férias. No entanto têm um texto com o titulo "quando eu for grande" para fazer, pois terá de ser entregue quando iniciarem a escola. Só que as brincadeiras, estão em primeiro lugar....

terça-feira, 24 de outubro de 2017

NÃO SEJA IMPACIENTE!...


Espectacular!...


63 anos separam estes dois vídeos.


...nem se conseguem notar as "diferenças"!!! Veja se consegue ???

Mónica Narrado, na Catedral da Sagrada Família !!!


UM BELO ESPECTÁCULO !!!


Concerto celebrado na Catedral da Sagrada Família, em Barcelona.

Interpretação de Mónica Narrando, da célebre prece “Amazing Grace”,
acompanhada pela Orquestra Sinfónica Jovem de Barcelona, da Banda de Gaitas  Xuntanza da Catalunha e da Polifonia de Puig-Reig.

A intervenção das gaitas de foles é surpreendente !

A mais perfeita campanha eleitoral!...


sábado, 30 de setembro de 2017

Fragada



Filmado em 2013 entre os Estevais e a Cardanha- Moncorvo

Qual Bomba mãe? Eis a mortífera arma de defesa!...

É para ver até ao fim.

Esta é de profissionais!...


Só visto!...


FAÇO MINHAS ESTAS PALAVRAS...

      FAÇO MINHAS ESTAS PALAVRAS...


Cantor Pedro Barroso confessa que não consegue ser “gay” mas que se sente bem assim
                                                              O cerco
Venho aqui pedir desculpa
de não ser evoluído,
apesar destas campanhas
na rádio, na televisão,
em toda a parte, insistindo
na urgência do assunto…
Eu não consigo gostar;
- não consigo mesmo, pronto.
Sei que pertence ser gay,
toda a gente deve ser.
Mas eu, lamentavelmente
não sou como toda a gente;
Como aconteceu... não sei,
peço desculpa por isso,
mas confesso: sou… diferente.
Sei que vos pode ofender
esta minha enfermidade,
pois um gajo que assim pensa
hoje em dia, não tem nexo;
deveria ser banido,
expulso da comunidade.
É uma vergonha indecente
Gostar de mulher, ter filhos
Casar, afagar, perder-se
Com pessoa doutro sexo!
Uma nojeira repelente;
Dar-lhe, até, beijos na boca
em público! E declarar
Esta sua preferência
Que eu nem sei classificar!
Tenho uma vergonha louca
E desejo penitência
por tal desconformidade,
retardamento, machismo,
doença, fatalidade!
Já tentei tudo: - inscrevi-me
em saunas, aulas de dança
cursos de perfumaria
origami, greco romana,
ioga - para ter ousadia
boxe - p’ra ganhar confiança...
Mas quando chega o momento
De optar… sou… decadente,
Recorrente e insistente.
Opróbrio raro e demente,
Ver uma mulher seduz-me,
Faz-me vibrar, deslumbro.
Vê-la falar, elegante;
Vê-la deslizar, sensual
Como vestal, deslumbrante
Seu peito assim, saltitante
Sua graça embriagante
olho com gosto, caramba,
lamento ser tão ...normal.
Mas eu confesso que sinto
- neste corpo tão cansado
Que da vida já viu tanto...
Ainda sinto um desejo
Que m’ envergonha bastante
Por ser já tão deslocado
tão antigo, assim tão fora
do mais moderno critério.
Valia mais estar calado
Mas amigos, já agora
Assumo completamente:
- Tenho esse problema sério.
Nunca integrarei partidos
Onde não sou desejado.
No planeta das tais cores
não tenho dia aprazado,
nem bandeira, nem veado,
nem “orgulho” especial!
Sou mesmo do “outro lado”
dito “heterossexual”
e já me chateia um bocado
Ter que dizer, embaçado,
que me atrai o feminino
e sou apenas “normal”!
- e, portanto, avariado.
Mas… mesmo assim, - saudosista,
imensamente atrasado,
terrivelmente cercado,
conservador nesse ponto,
foleiro, desajustado...
perdoai-me tal pecado
- Não me sinto ...assim tão mal!

Os verdadeiros amigos!


Cuide de si em cinco minutos por dia.