Previsão do Tempo

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Arnold Schoenberg, morreu em Los Angeles em 1951 a 13 de Julho





ARNOLD SCHOENBERG (1874-1951)

Arnold Schoenberg nasceu em Viena em 1874 e naturalizou-se americano em 1941. Durante a juventude aprendeu violoncelo e violino e, apesar de autodidacta em teoria, chegou a receber de Zemlinsky lições de contraponto. Começou a compor cedo, tendo estreado em 1897 um quarteto de cordas e algumas canções. Foi ganhando a vida orquestrando operetas de outros compositores. Em 1899 compôs Verklärte Nacht e em 1900 começou a trabalhar nos Gurrelieder, ambas num estilo romântico pós-wagneriano. Como reconhecimento do mérito dos Gurreliederobteve uma bolsa e o lugar de professor no Conservatório Stern de Berlim, recomendado por Richard Strauss. Durante esse período compôs o poema sinfónico Pelleas und Melisande. Regressou a Viena em 1903. Durante um ensaio da sua música de câmara pelo Quarteto Rosé conheceu Mahler. Nesta época, entre os seus alunos contavam-se alguns que se tornariam seus discípulos vitalícios — Webern, Berg, Wellesz e Erwin Stein. Nas composições efectuadas entre 1903 e 1907, Schoenberg explorou até ao limite a
harmonia cromática e as estruturas tonais tornaram-se cada vez mais indefiníveis até que, 1909, chegou à 
atonalidade com as 3 Peças para Piano, op. 11 e o ciclo de canções Das Buch der hängenden Gärten. As apresentações destas obras foram recebidas com veemente hostilidade e com igual veemência foram aplaudidas pelos seus apoiantes. Em 1911 publicou o seu magistral Tratado de Harmonia. Nesta época
dedicou-se também à pintura, adoptando o estilo «expressionista». Em 1912 compôs o 
Pierrot Lunaire para a actriz Albertine Zheme, uma obra para voz declamada Sprechstimme e conjunto de câmara. A sua apresentação em Viena voltou a ser recebida com hostilidade, mas a primeira audição nesta cidade de uma obra de estilo menos avançado como os Gurrelieder foi um sucesso.As 5 Obras para Orquestra foram tocadas pela primeira vez na íntegra em Londres (1912). Em 1918 fundou em Viena a Sociedade para Execuções Musicais Privadas, de cujos concertos eram excluídos os críticos, e onde nenhum programa podia ser previamente anunciado e o aplauso era proibido. Pouco escreveu no período compreendido 1913-21, e quando em 1923 apareceram suas novas obras completas — as 5 Peças para Piano, op. 23 e 
a Serenata, op. 24—, introduziram pela primeira vez o método de composição dodecafónica que constituía a técnica de Schoenberg para organizar música atonal. A sua Suite para Piano, op. 25, foi a primeira obra integralmente escrita segundo os princípios dodecafónicos. A par deste procedimento revolucionário, Schoenberg regressou a um uso estrito das formas tradicionais. Em 1925 foi convidado para ensinar Composição na Academia Prussiana de Artes, onde permaneceu até 1933, data em que foi demitido pelos nazis e abandonou a Alemanha. Reconvertido ao judaísmo em Paris (1933), emigrou para os E.U.A. Fixou-se em Los Angeles, ensinou na Univ. da Calif. (1936-44). Por essa época decidiu substituir no seu nome a grafia Schönberg pela de Schoenberg. Nos 18 anos seguintes compôs simultaneamente em estilo dodecafónico e em linguagem tonal, com grande desilusão dos seus seguidores mas não de si próprio, pois afirmava que todos os compositores variavam os seus estilos para seguir as suas necessidades e propósitos criativos. Também reviu as suas primeiras obras e escreveu várias peças de música sacra, retomando as duas obras mais importantes que abandonara na Europa, a oratória Die Jakobsleiter, que ficou incompleta, e a ópera Moses und Aron, da qual apenas 2 dos 3 actos foram completados. A música de Schoenberg, plena de interesse melódico e lírico, é também extremamente complexa, levando cada elemento (ritmo, estrutura e forma) até aos últimos limites e fazendo exigindo muito do ouvinte. Mas há cada vez mais ouvintes que reconhecem que esse esforço compensa. A sua grandeza não se esgota no seu legado musical, prolonga-se na coragem artística e na contínua e poderosa influência que exerceu na música do séc. XX. Permanecerá sempre controverso, venerado e um músico revolucionário. Foi também um pintor de talento. Como compositor, maestro e professor foi sem dúvida uma das figuras preponderantes na história da música. Morreu em Los Angeles em 1951. 
A

Sem comentários:

Enviar um comentário