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segunda-feira, 12 de julho de 2010

Consultora diz que fim da Zona Euro abriria portas ao crescimento económico

Consultora diz que fim da Zona Euro abriria portas ao crescimento económico

O desmantelamento da zona euro poderia livrar as 16 nações que compõem a região de anos de estagnação económica, ao potenciar a competitividade dos membros mais fracos e a procura interna na Alemanha, indica um relatório da consultora Capital Economics.

"A ameaçadora rotura da zona euro, que muitos vêem como um potencial desastre, na verdade abriria a porta a um renovado crescimento económico, não apenas para os membros mais fracos da zona euro, mas para a Europa como um todo", indica o relatório dos analistas da Capital Economics, baseada em Londres.

A crise da dívida grega afetou o euro e forçou os governos - Espanha, Portugal e Itália, entre outros - a adotarem medidas de austeridade com vista a cortar os seus défices, o que prejudica o "outlook" de recuperação da maior recessão económicas nas últimas seis décadas.

A 08 de julho, o Fundo Monetário Internacional manteve a sua previsão de 1 por cento de crescimento da zona euro este ano, que no primeiro trimestre cresceu 0,2 por cento.

Ainda de acordo com a Capital Economics, as economias mais fracas da Europa enfrentam "anos de dificuldades económicas" à medida que são obrigadas a encolher custos e preços para voltar a ganhar competitividade face à Alemanha, que continua a gerir um excedente comercial e a restringir a procura interna.

A Itália, Espanha, Irlanda, Portugal e Grécia poderiam rapidamente reduzir o fosso de competitividade se voltassem às suas antigas moedas, que poderiam desvalorizar e permitir um crescimento das exportações, acrescenta o relatório.

"Isto ofereceria uma via de fuga às dificuldades através do crescimento económico, em vez de uma depressão", concluem os economistas da Capital Economics.

Uma saída total do euro também ajudaria a Alemanha, já que um readotado marco alemão valorizaria e forçaria o governo a expandir a procura interna para manter postos de trabalho e crescimento, o que em última análise melhoraria o nível de vida dos alemães. Por sua vez, isso potenciaria as importações dos outros países da zona euro, ajudando a reequilibrar a economia europeia.

Num outro relatório de 7 de julho do banco ING, vários economistas estimaram que as perdas acumuladas em caso de rotura da zona euro nos primeiros dois anos após a cisão seriam "perto de 10 por cento", ultrapassando em muito as perdas causadas pela queda do Lehman Brothers, em setembro de 2008.

(Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico)
Lusa

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