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quinta-feira, 22 de julho de 2010

Vital Lima nasceu em Belém do Pará, no dia 23 de Julho de 1955




Vital Lima nasceu em Belém do Pará, no dia 23 de julho de 1955. Neto de músico e embalado por canções na doce e afinada voz materna, que dedilhava um violão, muito cedo aprendeu a tocar o instrumento, até conhecer Nilson Chaves, com quem passou a partilhar o gosto nascente pela música, dando início a uma amizade sólida, que viria a dar muitos frutos, numa parceria que hoje goza do respeito e reconhecimento geral na terra natal. Ainda adolescentes, estudaram teatro e passaram a compor, até a época em que Nilson Chaves mudou-se para o Rio de Janeiro e Vital Lima cursou a Faculdade de Direito na época em que fervilhavam talentos novos, geralmente dados a conhecer por meio dos Festivais de Música que davam a cor e o som a toda uma geração que não dispunha de meios de comunicação nos moldes atuais.

E assim, nas asas do vento sudeste, eclodiram os Festivais de Música em Belém do Pará, como foi o caso do Festival de Música e Poesia Universitária do Pará, que deu a "Por tua causa n.º 2", um 2º lugar, na voz da estreante Maria de Fátima Palha Figueiredo, que logo se tornaria nacionalmente conhecida como Fafá de Belém. Por obra e graça do destino, um dos jurados era Hermínio Bello de Carvalho, produtor musical, compositor e poeta, que deu ao novel compositor as noções básicas da técnica do violão e o conhecimento da arte de tantos cantores e compositores que sedimentaram a música popular brasileira. Remonta a essa época ainda, a descoberta da música amazônica na pessoa do notável compositor e maestro Waldemar Henrique, que seria a inspiração para um disco inteiramente composto de suas canções, intitulado Waldemar.

No ano seguinte, é escolhida para o repertório do show "Te Pego Pela Palavra", de Marlene, a música "Rock'n'Roll", de Vital, sua primeira música registrada em disco; o show de Marlene resultou num excelente LP ao vivo.Nessa época, transferiu residência para o Rio de Janeiro, onde foi decisiva a orientação de Hermínio Bello de Carvalho, formando-se uma dupla de belas canções, que resultaram no LP "Pastores da Noite", gravado pela Tapecar em 1978 e lançado em CD em 2005 na caixa comemorativa dos 70 anos de Hermínio Bello de Carvalho, pela Biscoito Fino. A música título tornou-se tema da novela "Memórias de amor", da TV Globo. 

Participou, como músico, da fase inaugural do Projeto Seis e Meia, projeto musical dirigido por Hermínio Bello de Carvalho, em 1976, no Rio de Janeiro, no Teatro João Caetano, ao lado de Marluí Miranda e Osvaldo Montenegro, no show denominado "Cantoria". Em seguida, percorrendo diversas cidades brasileiras com o "Projeto Pixinguinha", divide o palco com a rainha do baião, Carmélia Alves, e com o músico Antônio Adolfo, e mais Belchior e Marília Barbosa, Fafá de Belém e Walter Queiróz.. Apresentou-se ainda na sala Funarte no Rio de Janeiro com o Grupo Terra Trio no show "Bandidos e bandidos". E ao lado de Emílio Santiago, viria a se apresentar no Teatro Carlos Gomes (RJ). 

Em 1980 gravou seu segundo disco, o LP "Cheganças", que contou com a participação especial do conterrâneo Nilson Chaves no lançamento do disco em Brasília. No mesmo ano obteve classificação no Festival MPB-80 da TV Globo. Convidado por Antonio Adolfo, gravou as faixas 'Forrobodó' e 'Abre Alas' (com Nilson Chaves), para o LP em homenagem a Chiquinha Gonzaga. Em julho de 1984, vence o Festival Regional da Canção Popular de Cascavel (PR) com a música “Vale a Pena”.

Em 1985, Vital Lima grava, com Nilson Chaves, o LP “Interior”, o qual considera um marco nas carreiras de ambos. A parceria aborda a temática amazônica, valendo destacar as canções que até hoje são entoadas em uníssono pelo público, quando apresentadas: "Flor do destino" e "Tempodestino". Após o sucesso do disco, Vital continuou a produzir; em 1990 lançou o LP "Vital". 

Ainda na década de 1990, dividiu com Nilson Chaves a concepção e interpretação da obra do compositor amazônico Waldemar Henrique no LP ”Waldemar”, (1992), em homenagem ao maestro Waldemar Henrique, que, relançado comercialmente em CD em 1994, foi considerado um dos dez melhores lançamentos do ano pela crítica do jornal “O Globo”, do Rio de Janeiro. Lança "Chão do Caminho" (1998), uma coletânea de seus sucessos, o que trouxe o artista de volta ao público, depois de uma pausa em sua carreira. No disco, duas canções novas: "Leopardo", nova em sua voz, pois fora gravada por Marisa Gatta Mansa e "Chão do Caminho", canção-título do CD. 

Constam da relação dos intérpretes de suas músicas artistas como Marlene, Wanderléa, Simone, Andréa Pinheiro, Lucinnha Bastos, Ademilde Fonseca, Elizeth Cardoso, Fafá de Belém, Emílio Santiago, Nilson Chaves, Lucinha Araújo, Lula Carvalho, Zé Renato, Zeca do Trombone, Grupo Quintais, Alaíde Costa, Magno, Delço Tainará, Marco André, Walter Bandeira, Amadeu Cavalcante, Marisa Gata Mansa e Alaíde Costa, dentre outros. 

Volta aos palcos, de onde se fazia ausente, a pedido de Leila Pinheiro, em um show no Rival, no início de 2000, seguido de apresentações no Bar Saideira e no Espaço Cultural Correia Lima, no Rio de Janeiro.

Em maio de 2001, quando completava 25 anos de carreira, foi realizado um espetáculo em Belém, idealizado e dirigido por Vanja Lima, no Teatro Margarida Schiwazzapa. O “Canto Vital” levou ao palco, em noite memorável, 16 intérpretes da nata musical paraenses, num ambiente de forte carga emocional em torno da obra de Vital Lima, que teve gravação ao vivo, resultando em CD lançado em 2002, com o mesmo título da homenagem.

Vital possui composições para peças de teatro, destacando-se as trilhas das peças “O Cândido Chico Xavier” e “Bonequinha de Pano”, de Ziraldo, estrelada por Zezé Fassina, com letras de Jamil Damous e de Ziraldo. O trabalho recebeu o prêmio Maria Clara Machado de Melhor canção/trilha de Teatro Infantil de 2003, concedido pela Prefeitura do Rio de Janeiro.

Em Belém, em agosto de 2004, foi gravado o CD “Das Coisas Simples da Vida”, com os músicos paraenses Adelbert Carneiro, Edivaldo Cavalcante, Marcio Jardim, Edgar Matos, Esdras de Souza, Luiz Pardal e Delclay de Souza, produzido por Marco André e Idan Góes, masterizado no Magic Master, no Rio de Janeiro.

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