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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

José Eduardo dos Santos, nasceu a 28 de Agosto de 1942



José Eduardo dos Santos (São Tomé e Príncipe28 de Agosto de 1942) é um engenheiro e político angolano e actual presidente da República de Angola, cargo que exerce desde 10 de Setembro de 1979.
Enquanto presidente do país, José Eduardo dos Santos é também comandante em chefe das Forças Armadas Angolanas (FAA) e presidente do MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola), o partido que sustenta o governo angolano.
José Eduardo dos Santos é filho de Eduardo Avelino dos Santos e de Jacinta José Paulino, uma família imigrante oriunda e natural de São Tomé e Príncipe, à época colónia portuguesa, tal como Angola. Frequentou a escola primária do seu bairro em Luanda e fez o ensino secundário no Liceu Salvador Correia. Iniciou a sua actividade política integrando grupos clandestinos que se constituíram nos bairros suburbanos da capital, na sequência da criação em 10 de Dezembro de 1956 do Movimento Popular de Libertação de Angola, MPLA.
Após a eclosão da luta contra o governo português, em 4 de Fevereiro de 1961, José Eduardo dos Santos abandonou em Novembro desse mesmo ano Angola e passou a coordenar na segurança do exílio a actividade da Juventude do MPLA, organismo de que é um dos fundadores.
Integrou, em 1962, o Exército Popular de Libertação de Angola (EPLA) e, em 1963, foi o primeiro representante do MPLA em Brazzaville, no Congo. Em Novembro do mesmo ano, beneficiou de uma bolsa de estudo para o Instituto de Petróleo e Gás de Baku, na antiga União Soviética, tendo-se licenciado em Engenharia de Petróleos em Junho de 1969. Foi aí que nasceu Isabel dos Santos, primeira filha de José Eduardo dos Santos e da sua primeira mulher, natural do Azerbaijão. Ainda na URSS, depois de terminados os estudos superiores, frequentou um curso militar de Telecomunicações, que o habilitou a exercer, de 1970 a 1974, funções nos Serviços de Telecomunicações na 2ª Região Político-Militar do MPLA, em Cabinda.
De 1974 a meados de 1975, José Eduardo dos Santos voltou a desempenhar a função de Representante do MPLA em Brazzaville. Em Setembro de 1974, no Moxico, foi eleito membro do Comité Central e do Bureau Político do MPLA. Em Junho de 1975, passou a coordenar o Departamento de Relações Exteriores do MPLA e, cumulativamente, também o Departamento de Saúde do MPLA.
Com a proclamação da Independência de Angola, a 11 de Novembro de 1975, foi nomeado Ministro das Relações Exteriores. A nível partidário, no período de 1977 a 1979, foi secretário do Comité Central do MPLA.
Com o falecimento de Agostinho Neto, primeiro presidente de Angola, José Eduardo dos Santos foi eleito presidente do MPLA a 20 de Setembro de 1979 e investido, no dia seguinte, nos cargos de presidente do MPLA - Partido do Trabalho, de presidente da República Popular de Angola e comandante-em-chefe das FAPLA (Forças Armadas Populares de Libertação de Angola).
De 1986 a 1992, José Eduardo dos Santos esteve envolvido na crise transfronteiriça na região, que culminaria no repatriamento do contingente cubano, na independência da Namíbia, e na retirada das tropas sul-africanas de Angola.
Com o fim da Guerra Fria e pressionado pela comunidade internacional, José Eduardo dos Santos procurou uma solução negociada com a UNITA, permitiu o pluralismo político, a economia de mercado e organizou as primeiras eleições democráticas multi-partidárias. Realizadas nos dias 29 e 30 de Setembro de 1992 sob supervisão internacional, as eleições deram a vitória ao MPLA com maioria absoluta. No entanto, José Eduardo dos Santos não foi eleito presidente da República na primeira volta, tendo conseguido somente 49% dos votos. A grave crise que se seguiu, provocada pela recusa da UNITA em aceitar os resultados alegando fraude, impossibilitou a realização da segunda volta. José Eduardo dos Santos dirigiu pessoalmente uma intensa actividade diplomática que culminou no reconhecimento do governo angolano pelos Estados Unidos em 19 de Maio de 1993.
Os resultados eleitorais não foram aceites por Jonas Savimbi que reiniciou a Guerra Civil Angolana que terminou em 2002 com a sua morte a 22 de Fevereiro e a assinatura dos acordos de paz no dia 4 de Abril do mesmo ano, no qual se uniram as Forças Armadas Angolanas e as Forças Militares da UNITA para pôr termo a 27 anos da guerra civil.
1 de Agosto de 2006 José Eduardo dos Santos concluiu o Memorando de Entendimento para a Paz e Reconciliação na província de Cabinda formalmente assinado pelo ministro da Administração do Território de Angola, Virgílio de Fontes Pereira, e pelo presidente do Fórum Cabindês para o Diálogo (FCD), general António Bento Bembe, no Salão Nobre da Câmara da cidade de Namibe, na presença de governantes, políticos e diplomatas acreditados na capital angolana, líderes religiosos e tradicionais, para além de representantes da sociedade civil. Este acordo veio pôr definitivamente fim à luta armada iniciada em 1975 pela separação do território pela FLEC e estender a paz a todo o país.
Sob o governo de José Eduardo dos Santos, mantiveram-se elevados níveis de corrupção, com os meios de comunicação social e as instituições financeiras controlados por elementos próximos do presidente. Hoje em dia Angola encontra-se na lista dos países mais corruptos do mundo e com o menor índice de desenvolvimento humano, isto num país com um dos maiores crescimentos económicos do mundo.
Nas eleições legislativas em Angola em Setembro de 2008, (as primeiras eleições legislativas desde 1992), o MPLA de José Eduardo dos Santos venceu com 81,64% dos votos, conquistado 191 dos 220 lugares da Assembleia Nacional de Angola. No entanto, ainda não estão agendadas as próximas eleições presidenciais. José Eduardo dos Santos parece ser "o candidato único" do MPLA nas próximas presidenciais, mas dentro to MPLA há varias opiniões que sugerem outras opções, até candidatos independentes.
José Eduardo dos Santos casou várias vezes. Ana Paula dos Santos é a sua actual mulher.

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