Previsão do Tempo

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Marques Rebelo, pseudónimo literário de Edi Dias da Cruz, morreu a 26 de Agosto de 1973




Marques Rebelo, pseudónimo literário de Edi Dias da Cruz, nasceu no Rio de Janeiro em 1907. Escritor, jornalista, contista, novelista e romancista, publicou inúmeros livros, sendo que de "Cenas da Vida Familiar" extraímos os textos acima (Antologia de Humorismo e Sátira - Editora Civilização Brasileira - Rio de Janeiro,1957, pág. 385).Crítico da Academia Brasileira de Letras, acabou ocupando sua cadeira nº 09, para a qual foi eleito em 10 de dezembro de 1964. O autor projectara escrever uma grande obra intitulada O Espelho Partido, dividida em 7 volumes. Concebida para homenagear o Rio de Janeiro, que seria o personagem principal, a obra, no entanto, como assinalou Edilberto Coutinho, foi também evoluindo para "a autobiografia, a memória, o cronograma histórico, o cine-jornal e o documentário, e ganhou a forma de um diário". Mas o escritor só conseguiu escrever os três primeiros volumes, intitulados O Trapicheiro (1959), A Mudança (1962) e A Guerra Está em Nós (1968). Os três cobrem o período de 1936 a 1944.

Nasceu em Vila Isabel, zona norte do Rio de Janeiro, mas aos quatro anos já tinha  mudado com a família para Barbacena, em Minas Gerais – seu pai era Manuel Dias da Cruz Neto, químico, e sua mãe D. Rosa Reis Dias da Cruz. Desde muito novo, incentivado pelo pai, trava contacto com grandes clássicos literários.
Rebelo chegou, na década de 20, a iniciar o curso de Medicina, que abandona para trabalhar no comércio e no jornalismo. Com o Modernismo mudando o cenário da literatura brasileira, filia-se entre os autores que, retratando a vida urbana das cidades que cresciam, procuravam denunciar as desigualdades sociais. Seu primeiro livro, entretanto, foi escrito numa cama de hospital – ele aproveitava o tempo que ficou imobilizado, num acidente enquanto prestava o serviço militar, para escrever.
Rebelo aventurou-se, também, pela poesia, publicando-as em revistas. O pseudónimo, segundo o próprio autor, visava proteger a família das perseguições que as famílias sofriam, como reação ao Movimento.
Retratou como poucos a vida na cidade do Rio, em o período que viveu as agitações de seu crescimento.
Perguntado do porquê da adoção do pseudónimo de Marques Rebelo, Eddy Dias da Cruz explicou: "Nome de família muitas vezes atrapalha. Devido à campanha que fizeram contra os modernistas na Semana de Arte Moderna, justamente na época e por influência da mesma senti que tinha vocação para a literatura e resolvi adoptar esse pseudôónimo, evitando assim sofrimentos para a família."
Marques Rebelo viria a falecer a 26 de Agosto de 1973.

1 comentário:

  1. João, tenho interesse pessoal neste autor. Você lê os contos de Marques Rebelo?

    ResponderEliminar