Previsão do Tempo

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Andreas Vesalius, morreu a 15 de Outubro de 1564

Andreas Vesalius

 Maior anatomista da Renascença, belga nascido em Bruxelas, cujo nome de origem era Andries van Wesel, considerado o fundador da anatomia humana, que ele renovou, e que em De humani corporis fabrica, Basiléia (1543). Membro de uma família de médicos e filho de um farmacêutico, estudou e formou-se em medicina em Louvain, transferiu-se para a Faculdade de Medicina da Universidade Paris, onde iniciou sua especialização (1533-1536) e aprendeu a dissecar animais e cadáveres humanos e estudou medicina árabe. Foi para a Universidade de Pádua (fundada desde 1222), a mais importante da Europa, na época (1537), onde recebeu o grau de doutor com louvor, passando ao posto de assistente em cirurgia e anatomia. Passou a lecionar nas universidades de Bolonha e de Pádua, na Itália, onde demonstrou (1539) que as descrições anatômicas de Galeno, fisiologista grego que viveu em Roma, referiam-se a macacos e não a homens, pois naquela época a dissecação de cadáveres humanos era rigorosamente proibida por motivos religiosos. Para isso desenvolveu dissecações de corpos humanos e com a descrição de suas descobertas ajudou a corrigir noções equivocadas que prevaleciam desde a antiguidade e estabeleceu os fundamentos da moderna ciência da anatomia, tornando-se, sem dúvida, o principal sábio histórico desta ciência e consagrado como o pai da anatomia científica moderna. Sua principal obra foi De humanis corporis fabrica libri septem (1543), em sete volumes, sobre a estrutura do corpo humano, considerado o mais bem acabado livro publicado na Renascença, dividido em sete volumes, com várias ilustrações de página inteira, feitas por Jan van Calcar, e mais de seiscentas páginas, na mais fina impressão da época. Era uma obra prima da ciência médica e simbolizou o encerramento do galenismo, dividindo a Anatomia em antes e depois do autor. Após esta publicação foi escolhido como médico da família imperial de Charles V, Santo Imperador Romano, concedendo-lhe uma pensão vitalícia e o título de conde. Após a abdicação de Carlos, seu filho, Filipe II, nomeou-o um de seu médicos (1559). Após vários anos na corte imperial em Madri, foi condenado à morte, pela Inquisição, por ter dissecado um corpo humano. Para escapar à fogueira, sua pena foi comutada numa peregrinação obrigatória até Jerusalém,.na Terra Santa. Na viagem de volta, adoeceu e morreu na ilha de Zante ou Zacyn, na então república de Veneza, na costa da Grécia.

Sem comentários:

Enviar um comentário