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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

A 12 de Novembro de 1991, deu-se o Massacre de Stª Cruz




No dia 28 de outubro de 1991, pouco mais de um mês depois de completar 18 anos, o estudante Sebastião Gomes foi morto por militares da Indonésia dentro da igreja de Motael, em Díli.

Sebastião participava do movimento estudantil que lutava pela libertação de Timor Leste, ocupado pela Indonésia desde 1975.

Quinze dias depois da morte de Sebastião, no dia 12 de Novembro, cerca de três mil pessoas fizeram uma passeata da igreja até o cemitério de Santa Cruz para homenagear Sebastião.

O acto havia sido organizado por líderes estudantis.

Durante a passeata, bandeiras dos movimentos clandestinos de libertação foram exibidas e palavras de ordem gritadas.

Quando a multidão chegou ao cemitério, soldados da Indonésia aguardavam do outro lado da rua.

Esperaram as pessoas entrarem e abriram fogo.

Desesperada, a multidão correu para o fundo do cemitério.

Tropeçavam nos túmulos, pisavam umas sobre as outras.

Os que conseguiram se salvar, pularam os muros laterais e dos fundos do cemitério.

Quem ficou pelo chão levou tiros, facadas e foi espancado

Pelo menos 271 pessoas morreram.

O episódio ficou conhecido como o Massacre de Santa Cruz e serviu para fortalecer o movimento de libertação e a pressão internacional contra a ocupação indonésia do Timor Leste.

Algo que só aconteceu 11 anos depois.

Outros massacres vieram.

Quando os timorenses votaram pela independência num plebiscito realizado em 1999, soldados indonésios queimaram cerca de 80% de Díli.

Entre 1975 e 2002, quando Timor Leste finalmente se tornou independente, os soldados indonésios mataram entre 200 mil e 300 mil timorenses.

Cerca de um terço da população do país, que hoje está em torno de um milhão de pessoas.

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