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segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Luiz José de Mattos Chaves Lavrador nasceu a 3 de Janeiro de 1860


Luiz José de Mattos Chaves Lavrador
nasceu na Cidade de Chaves, Província de Trás-os-Montes, Portugal, a 3 de Janeiro de 1860; filho de José Lavrador, espanhol e de D. Casemira Julia de Mattos Chaves.
Aos 13 anos, em 1873, partiu para o Brasil, desembarcando no Rio de Janeiro, onde o esperava o seu irmão Victorino de Mattos Lavrador.
Cedo se tornou independente e adquiriu considerável fortuna.
Luíz de Mattos era dotado de uma inteligência incomum, tudo assimilava com incrível facilidade, prestimoso, pontualissimo, activo e trabalhador, considerado nas suas relações sociais humanitárias e politicas, com muita facilidade se tornou um dos fazendeiros mais conceituados e de irresistível pretígio. Fundador de alguns Serviços humanitários, benemérito, por indole, foi ainda jovem incluído no número dos grandes benfeitores. Grande abolicionista, empreendedor, um criador, um reformador e amigo de grandes escritores da epoca.
Dizia-se naquele tempo que depois que descobriu a Verdade passou a explanar a Doutrina de Cristo,” compreendeu e se convenceu de que Pátria apenas uma existia – O UNIVERSO – e que a seleção de povos e raças era, como continua a ser, uma conseqüência da ignorância em que viviam, e vivem ainda, todos os povos do planeta Terra.”
Luíz de Mattos foi um homem de uma cultura exemplar, possuia uma biblioteca riquíssima, um excelente pai, dedicado à Família e a sua Patria. De personalidade e de caracter austero, mas de uma bondade sem limites, metódico e disciplinado. Não tinha religião, mas analisou as diversas religiões e através dos tempos.
A tudo se dedicou e estudou, até de medicina se interessou e no inicio de seus estudos espirituais, Luiz de Mattos, que abominava o Espiritismo, até nesta area se inteirou e procurou conhecer toda a verdade.
Foi apartir deste momento que o seu estudo e raciocínio sobre a Força e Matéria se iniciou, surgindo assim a Doutrina Racionalista Cristã.
Acompanhado de seu amigo Luiz Tomaz, também desejoso de conhecer a verdadeira vida espiritual.
Iluminado e intuído por forças do Astral Superior, o Grande Padre António Vieira, Luíz de Camões, e muitas mais almas, Luíz de Mattos Doutrinou numa reunião aonde presidia, explicando a uma alma desencarnada Loyola:

“que no Universo apenas existem Força e Matéria e que na Terra, os encarnados são instrumentos simplesmente do bem ou do mal. Portanto, se o que eu te disse te espantou, eu nada mais fui que porta-voz das Forças Superiores, que a seu encargo têm a remodelação do planeta e tu a elas precisas pertencer.
Grande foi o diálogo havido, porém, o resumimos e damos apenas uma idéia de como se iniciou o Chefe do Racionalismo Cristão nesta bela doutrina:
Enquanto Luiz de Mattos dissertava, com a sua voz de trovão, de orador, de impulsionador, Loyola cada vez mais iluminava a sua alma e, rompendo o véu de negrura em que estava envolvido ia vendo, luminoso, radiante, o espírito de Luiz de Mattos, assistido por Antônio Vieira, Camões, São Pedro, Custódio Duarte e tantas outras almas suas conhecidas.
Reconhecendo-se vencido pelas verdades que havia proferido Luiz de Mattos, pede-lhe que irradie sobre a sua alma, reconhecendo que foi o maior dos desgraçados, que se sentia sem coragem para olhar para o quadro das suas obras, já agora tão nitidamente gravadas na sua aura e que, ao rememorar o passado, não via outra coisa senão barbaridades; que o ajudasse, com sua irradiação de valor, pois queria, desejava, precisava, entrar em lutas para o bem geral, onde mais depressa pudesse descontar as suas faltas.
Retirando-se Loyola, esclarecido, havia dado Luiz de Mattos o primeiro passo para a explanação da Verdade, tão desejada por Cristo.
Os companheiros e amigos de Luiz de Mattos, presentes àquela Sessão, disseram-lhe que estavam impressionados com o que dele ouviram, ao que ele respondeu não mais se recordar do que dissera, e que tudo aquilo lhe viera de momento, não sabendo mesmo explicar como se prestara a definir a Inteligência Universal, quando nem em Cristo ele acreditava.
Agora, porém, analisando a sua obra, concluía ter sido ele um homem lutador, valoroso e apto a reagir a todos os insultos no terreno da luta.
Além destes fenômenos, muitos outros foram precisos para que a alma investigadora de Luiz de Mattos não vacilasse. E assim levou ele ano e meio em consecutivos estudos, até que um dia o Guia, Pinheiro Chagas, lhe disse:
— Meu filho, é necessário que te disponhas a iniciar a Obra, pois estás demorando muito.
Nessa altura já o Centro não era no casebre, mas sim numa boa casa, de propriedade de Luiz Thomaz.
Luiz de Mattos, entretanto, ressentia-se ainda da prevenção que tinha com o baixo Espiritismo e, como via todos que nele se metiam acabar na miséria, pensava na Família, pensava no que era preciso despender com a criação de um Centro à altura de tão bela Doutrina, e receava não poder arcar com tamanha responsabilidade.
O Astral Superior, vendo-lhe na aura a preocupação, insiste, por intermédio do Guia, Custódio Duarte, em que era preciso caminhar. Assim assediado, responde Luiz de Mattos.
—Sim…estou pronto para a luta, contando que aos meus nada venha a faltar. — Satisfaz-nos a tua resposta, disse Custódio Duarte, e certo podes estar, que nada te faltará a ti nem aos teus, tudo há de aumentar e àqueles que junto de ti viverem nada faltará. A ti, a parte espiritual, a Luiz Thomaz, a parte material. Sois os dois responsáveis por esta Doutrina. Caminhai unidos, e por vós zelaremos, uma vez que em pensamentos procureis religar-vos a nós.
Assim foi iniciada a Doutrina da Verdade, em 1910, na cidade de Santos, construindo-se um edifício para a sua explanação na Avenida Ana Costa, 67, inaugurado em 1912, ano em que foi inaugurado também o Racionalismo Cristão, no Rio de Janeiro, na Rua Jorge Rudge, 121, para onde, por ordem Superior, passou a Chefia da Doutrina Racionalista Cristã, visto ser a Capital do país.
Compreendida esta Doutrina por Luiz de Mattos, a ela se entregou, de corpo e alma, como lutador incansável, sem a menor dúvida ou vacilação.
Luiz de Mattos desencarnou no dia 15 de janeiro de 1926, quando completava, exatamente, 66 anos e 12 dias de vida física.”

Do Livro “Assim surgiu o Racionalismo Cristão”, que se encontra na Biblioteca digital do RC.

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