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terça-feira, 10 de março de 2015

Boris Paul Vian nasceu em Ville-d'Avray/França a 10 de Março de 1920



Boris Paul Vian nasceu em Ville-d'Avray/França a 10 de Março de 1920 e morreu em Paris a 23 de Junho de 1959, tendo apenas 39 anos.
Boris Vian foi um engenheiro, escritor, poeta, tradutor e cantautor francês, identificado com o movimento surrealista.
Hoje em dia é sobretudo lembrado pelos seus romances e canções
O seu estilo caracterizou-se por ser altamente individual, com numerosas palavras inventadas e enredos surrealistas passados sempre num universo muito próprio do autor.
Como exemplo, o seu romance Outono em Pequim não se passa nem no Outono nem em Pequim!
Para além da sua veia literária, Vian foi também um membro muito influente no jazz francês, servido de elemento de ligação em Paris de Hoagy Carmichael, Duke Ellington e Miles Davis.
Escreveu inúmeros artigos para as revistas de jazz “Le Jazz hot” e “Paris Jaz” e até mesmo em revistas norte-americanas da especialidade.
Escreveu muitas canções que alcançaram e continuam a alcançar uma grande notoriedade fazendo hoje parte do património cultural francês como “Le Déserteur”, “La Java des bombes atomiques”.
Chegou a ter uma banda jazz formada por si e pelos seus dois irmãos que tocava no famoso clube de Jazz do Quartier Latin Le Tabou.
Vian foi o responsável pelo lançamento de vários interpretes da canção Francesa, nomeadamente Serge Reggiani e Juliette Gréco.
No inicio da segunda guerra mundial, Vian foi dado como inapto para todo o serviço militar devido ao su estado de saúde muito frágil.
Aproveitando o facto, ele inscreveu-se na Escola Central de Paris em Engenharia.
Com a invasão de França pelo exército alemão, Vian acompanhou a escola até Angoulême.
Em 1940 Vian conheceu Michèle Léglise, com casará em 1941.
Ela ensinou Boria a falar inglês e deu-lhe a conhecer a literatura americana.
Ainda em 1940, Vian conheceu Jacques Loustalot, que se tornará numa personagem recorrente – O Major – nas sua primeiras novelas e contos.
Em 1942, Vian e os seus irmãos juntam-se a uma orquestra Jazz sob a direcção de Claude Abbadie, que também será personagem no romance Vercoquin et Plancton.
Em 1942, Vian obteve o Diploma em Metalurgia pela Escola Central de Paris e nasceu o seu primeiro filho, Patrick.
Apesar do desenvolvimento da sua carreira literária, Vian nunca abandonou o Jazz.
Em 1947, abre na Rue Dauphine o “Le Tabou” que terá uma orquestra Jazz dirigida por Vian e seu irmão Alain.
Ainda em 1947, Viana apoia Charles Delaunay na cisão do Hot Clube de França.
Em 1948, nasce a sua filha Caroline Vian.
Boris abandona o Le Tabou e funda Club Saint German des Prés com um carácter mais elitista que o Le Tabou e onde por onde irão passar os grandes nomes do Jazz mundial como Duke Ellington, Charlie Parker, Kenny Clarke, Miles Davis, Django Reinhardt, etc.
Em 1950, Vian conhece Ursula Kluber, com a qual irá viver em 1951, e casar em 1954, após se ter divorciado de Michelle.
A ultima novela de Vian, “O Arranca-Corações” foi publicada em 1953 com poucos resultados comerciais o que leva a Vian abandonar a ficção e a dedicar-se à composição e interpretação de canções e à poesia. Ao contrário da escrita de ficção, Vian começou logo a obter sucesso no campo da canção.
Em 1954 ele inicia a sua primeira Tourné como cantor.
Em 1955, Vian foi contratado pela Philips- Edições discográficas, será nomeado director artístico em 1957, enquanto ao mesmo tempo se dedicava a vários campos, como a escrita de óperas, argumentos, peças de teatro.
O seu primeiro álbum – “Chansons Possibles et Impossibles” foi publicado nesse mesmo ano e imediatamente proibido devido à Canção “Le Déserteur”.
Ainda em 1956, Vian produz os primeiros discos de Rock and Roll francês, interpretados por Henry Salvador e Magali Noël em que as letras eram quase todas da autoria de Vian.
Em 1957 a sua Opera Le Chavalier de la Neige é estreada em Nancy com boa recepção por parte do público e da crítica. No ano seguinte escreverá o libreto da Opera Fiesta com música de Darius Milhaud que será estreada na Opera de Berlim em Outubro.
A 23 de Junho de 1959 no cinema Marbeuf, Boris Vian morre de enfarte do miocárdio durante uma projecção privada do filme “Irei cuspir-vos nos túmulos” durante a qual Vian se exaltou com os desvios que o filme tinha em relação à sua obra, recusando que o seu nome aparecesse no genérico.

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