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domingo, 1 de março de 2015

Harold George Belafonte, Jr. nasceu em Nova Iorque a 1 de março de 1927



Harold George Belafonte, Jr. nasceu em Nova Iorque a 1 de março de 1927, é um músico, cantor, ator, ativista político e pacifista norte-americano de ascendência jamaicana.
Um dos mais bem sucedidos artistas de origem caribenha da história, foi apelidado de "Rei do Calypso" por popularizar o ritmo caribenho nos Estados Unidos nos anos 50.
Durante sua carreira tem sido um consequente ativista político, envolvido em lutas pelos direitos civis e diversas causas humanitárias e um grande amigo da revolução cubana.
Belafonte nasceu no Harlem, o bairro negro pobre da cidade de Nova Iorque e na infância viveu na Jamaica, país natal de sua mãe.
De volta aos Estados Unidos, fez o colegial numa escola pública da cidade e serviu na marinha durante a Segunda Guerra Mundial.
No fim dos anos 40, começou a ter aulas de arte dramática junto com Marlon Brando, Tony Curtis e Sidney Poitier, enquanto trabalhava junto ao teatro negro americano.
Anos depois, receberia um Prêmio Tony por seu trabalho nos palcos da Broadway.
Belafonte iniciou sua carreira na música como cantor em night-clubs de Nova Iorque para pagar as suas aulas de ator.
O seu repertório misturava o pop com o folk ianque, pelo qual se interessou ao voltar da guerra.
Em 1952 conseguiu um contrato de gravação com a empresa RCA Victor e quatro anos depois seu álbum Calypso explodiu, sendo o primeiro LP a vender mais de um milhão de cópias no país.
Foi este disco que apresentou o Calypso ao público local e o consagrou como "Rei", apelido pelo qual ele tinha fortes reservas.
Durante os anos sessenta, além de ganhar dois prêmios Grammy e seis discos de ouro, introduziu diversos novos artistas ao público ianque, notadamente a cantora sul-africana Miriam Makeba com quem gravou diversas músicas anti-apartheid.
Um dos seus álbuns de sucesso, de 1962, traz a primeira gravação registada de um jovem tocador de harmónica chamado Bob Dylan.
Com a chegada dos Beatles aos Estados Unidos e a invasão do rock inglês nos espectáculos musicais, o sucesso de Belafonte começou a diminuir.
Mesmo sem o mesmo status de astro dos primeiros anos, ele continuou a fazer grandes shows pelo país e pelo mundo até 2003, quando anunciou que se retiraria dos palcos.
Belafonte sempre foi reconhecido como um dos grandes ativistas políticos dos Estados Unidos e dos mais consequentes. Apesar de famoso nas artes, isto nunca lhe protegeu da discriminação racial, especialmente no sul do país, onde se recusou a se apresentar entre 1954 e 1961. Neste período, como muitos outros, foi colocado na Lista Negra pelo Macartismo, tendo dificuldades para trabalhar.
Grande seguidor do Movimento dos Direitos Civis e um dos confidentes de Martin Luther King, levantou milhares de dólares para libertar sob fiança centenas de manifestantes presos e foi um dos organizadores da famosa Marcha sobre Washington.
Em 1968, ele e sua amiga, a cantora Petula Clark, protagonizaram uma cena pioneira na tv ianque, num programa especial da cantora britânica na rede NBC.
Durante a gravação, enquanto cantavam juntos e sorriam um para o outro, Petula, branca, segurou por instantes nos braços e ombros de Harry, levando o patrocinador, a marca de automóveis Plymouth, a querer retirar a cena da edição final, por medo da reação do público.
Petula recusou-se ameaçando impedir a transmissão do programa todo, pois ele era de sua propriedade (The Petula Clark Show) e a questão, entre a gravação e a exibição provocou grande discussão na imprensa.
Quando o show foi finalmente ao ar, sem cortes, provocando grandes índices de audiência, mostrava pela primeira vez na história duas pessoas de cores diferentes tendo contato físico carinhoso durante uma transmissão de televisão .
Em 1985 foi um dos organizadores do grupo de artistas que gravou a famosa música "We Are the World" que vendeu milhões de cópias em todo mundo e ganhou um Premio Grammy, e se apresentou ao vivo no super concerto Live Aid.
Em 1987 foi nomeado embaixador da boa vontade da Unicef.
Nesta função, foi a Ruanda e África do Sul, levantando fundos de ajuda e denunciando a miséria, exploração e racismo existente em grande escala no continente africano.
Desde o começo da carreira ele tem sido um feroz crítico da política externa ianque e, a partir dos anos 80, começou a dar declarações polémicas aos meios de comunicação, defendendo o fim do embargo económico a Cuba, elogiando as iniciativas de paz da ex-União Soviética, condenando a invasão de Granada, honrando a memória do Casal Rosenberg e elogiando Fidel Castro.
Harry Belafonte chamou a atenção por seus comentários políticos contra o governo Bush e a Guerra do Iraque.
Sendo um dos primeiros artistas a apoiar publicamente o jornalista e documentarista Michael Moore em sua cruzada cívica contra a eleição de George Bush e a invasão do Iraque, um de seus comentários mais ácidos foi feito durante uma entrevista a uma rádio de San Diego, quando acusou, usando palavras de um de seus mentores ideológicos, Malcom X, os então Secretários de Estado dos Estados Unidos, Colin Powell e Condoleeza Rice, de serem usados como serviçais úteis do governo branco e direitista de George Bush.
Frases famosas de Harry Belafonte:
“Não importa o que diga o grande tirano e terrorista do mundo, George W. Bush, estamos aqui para lhe dizer que não centenas, nem milhares, mas milhões de pessoas nos Estados Unidos apóiam o seu governo e a sua revolução” (dirigindo-se a Hugo Chaves quando de uma sua ida à Venezuela acompanhado de outro artista e activista Danny Glover)
“Qual a diferença entre uns terroristas e outros terroristas?” (comparando o governo americano aos autores dos atentados do 11 de Setembro)
“Harry Belafonte, o Patriota” (o que ele gostaria que aparecesse no seu epitáfio se pudesse escolher)

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