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sexta-feira, 6 de março de 2015

Miguel Augusto Bombarda nasceu no Rio de Janeiro a 6 de Março de 1851



Miguel Augusto Bombarda nasceu no Rio de Janeiro a 6 de Março de 1851 e morreu em Lisboa a 3 de Outubro de 1910, foi um médico, cientista, professor e político republicano português
Miguel Bombarda nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 1851, então capital do Império do Brasil. Formou-se na Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, tendo defendido uma tese sobre o "Delírio das Perseguições".
Empregou-se como lente naquela instituição em 1880, onde ocupou, por largos anos, a cadeira de Fisiologia e Histologia; em 1903, passou para a cadeira de Fisiologia Geral e Histologia.
Nestas funções, deu um importante contributo para a reforma dos estudos médicos.
Colaborou, igualmente, com esta instituição, tendo contribuído para a construção do seu edifício e para a aquisição de material científico.
Dedicou-se, especialmente, às enfermidades do sistema nervoso, tendo, por este motivo, sido convidado para dirigir o Hospital de Rilhafoles, posição que começou a ocupar em 1892; reorganizou e melhorou esta instituição, tendo aberto um curso livre de psiquiatria em 1896.
Aí exerceu igualmente as funções de cirurgião hospitalar e ao reorganizar a sua gestão acabou por o dirigir, desde 1892. Foi, igualmente, médico no Hospital de São José.
Fez parte de várias instituições nacionais e estrangeiras, como o Conselho Superior de Higiene, a Sociedade Portuguesa de Ciências Naturais, da qual foi presidente e o Conselho de Medicina Legal; também exerceu a posição de secretário geral da Liga Nacional contra a Tuberculose, tendo organizado vários congressos.
Presidiu, igualmente, à Academia Real das Ciências Médicas de Lisboa. Nas funções de secretário-geral, foi responsável por organizar o XV Congresso Internacional de Medicina, que se realizou na cidade de Lisboa, em 1906.
Publicou várias dezenas de volumes e cerca de meio milhar de ensaios, a debruçar-se sobre os problemas clínicos terapêuticos e sanitários e sobre a Psiquiatria.
Defensor do anticlericalismo e do monismo naturalista e materialista, provocou polémica quando editou o livro “A Consciência e o Livre Arbítrio”, em 1897, e realizou várias conferências, como a Ciência e Jesuitismo e a Réplica a Um Padre Sábio.
Fundou, junto com Sousa Martins e Manuel Bento de Sousa, o jornal Medicina Contemporânea; dirigiu este periódico até à sua morte e colaborou frequentemente, tendo publicado vários artigos sobre as ciências médicas. Também colaborou na revista Brasil-Portugal (1899-1914).
Iniciou a sua carreira na política em 1908, como deputado adjudicado a Francisco Joaquim Ferreira do Amaral, então Presidente do Conselho; de tendências liberais e anticlericais, declarou-se abertamente como republicano, e começou a colaborar nos planos para um golpe de Estado para derrubar a Monarquia. No entanto, dois dias antes daquele que se dá o inicio da Implantação da República Portuguesa, em 3 de Outubro de 1910, foi assassinado no seu gabinete do Hospital de Rilhafoles, por um doente mental.
Fundou, em 1901, a Junta Liberal, e foi um membro do Comité Revolucionário, em 1909.

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