Previsão do Tempo

sábado, 26 de julho de 2014

Pois... Era uma vez um país!...



Era uma vez um país
"Lá num canto desta velha Europa,
era uma vez um país
vivia à beira do mal "prantado",
mas apodrecia na raíz

Reza a história que foi saqueado
mesmo por debaixo do nariz
Triste sina, oh que triste fado,
era uma vez um país

Os mandantes que por lá passavam
eram só ares de "bon vivant"
Viviam à grande e à francesa
como se não houvesse amanhã

Havia quem avisasse o povo
p´ra não dar cavaco a imbecis
Mas caíram na asneira de novo,
era uma vez um país

Esta fábula do imaginário
tão próxima do que é real
Canção de maledicente escárnio
à república do bananal

Que se encontrava em tão mau estado,
andava a gente tão infeliz
E o polvo já tão infiltrado,
era uma vez um país

E lá se vão sucedendo os casos,
grita o povo: "agarra que é ladrão!"
Mas passam belos dias à sombra do loureiro
Enquanto o Duarte lima as grades da prisão

E nunca se esgotam personagens
neste faz de conta que é assim
Raposas com passos de coelho no mato
e até um corta relvas de madeira no jardim

Entre campeões de assalto à vara
e filósofos de pacotilha
Entram nas portas dos submarinos azeiteiros de oliveira às costas
com o ouro da nação p'ra por nas ilhas Cai-mão, cai-pé,
baixa os braços e as calças e a cabeça e o nariz,
aqui finda esta história que não tem final feliz"
(era uma vez um país)


Prémio Ary dos Santos -- Poesia
Tema -- Era uma Vez um País
Autor - Miguel Calhaz
Intérprete -- Miguel Calhaz

Novo anúncio do BPI, uma leitura crítica

terça-feira, 22 de julho de 2014

Machu Picchu, Peru - Ontem e hoje




COISAS DO DIRECTO!...


COISAS DO ACORDO ORTOGRÁFICO OU NÃO!...



Então "excepto" passou a "exceto" e "afecto" não passou a "afeto" porquê?

domingo, 20 de julho de 2014

Balada da neve



Batem leve, levemente,
como quem chama por mim.
Será chuva? Será gente?
Gente não é, certamente
e a chuva não bate assim.

É talvez a ventania:
mas há pouco, há poucochinho,
nem uma agulha bulia
na quieta melancolia
dos pinheiros do caminho...

Quem bate, assim, levemente,
com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem é gente,
nem é vento com certeza.

Fui ver. A neve caía
do azul cinzento do céu,
branca e leve, branca e fria...
. Há quanto tempo a não via!
E que saudades, Deus meu!

Olho-a através da vidraça.
Pôs tudo da cor do linho.
Passa gente e, quando passa,
os passos imprime e traça
na brancura do caminho...

Fico olhando esses sinais
da pobre gente que avança,
e noto, por entre os mais,
os traços miniaturais
duns pezitos de criança...

E descalcinhos, doridos...
a neve deixa inda vê-los,
primeiro, bem definidos,
depois, em sulcos compridos,
porque não podia erguê-los!...

Que quem já é pecador
sofra tormentos, enfim!
Mas as crianças, Senhor,
porque lhes dais tanta dor?!...
Porque padecem assim?!...

E uma infinita tristeza,
uma funda turbação
entra em mim, fica em mim presa.
Cai neve na Natureza
e cai no meu coração.

Coisas lindas e boas!...









Mesmo com tempo impróprio para a época (chuva e baixas temperaturas em pleno verão), as ameixas aos poucos vão ficando irresistíveis à vista e à boca.

A não perder! Ricardo Paes Mamede e a crise no BES





Mas será melhor não ver o vídeo, se quiser ficar mais tranquilo com este assunto

A lenda do eclípse!...

sábado, 19 de julho de 2014

As várias Casas da Mariquinhas





Seis fados que têm como ponto central a famosa Casa e sua dignissima residente: Mariquinhas. A letra original, cantada por Alfredo Marceneiro, é da autoria do poeta Silva Tavares.

Alfredo Marceneiro - A Casa da Mariquinhas
Amália Rodrigues - Vou Dar de Beber à Dor
Hermínia Silva - Vou Dar de Beber à Alegria
Fernando Maurício - O Leilão da Casa da Mariquinhas
Ricardo Ribeiro e Rabih Abou-Khalil - Casa da Mariquinhas
Gisela João - (A Casa da) Mariquinhas

Como se faz um canalha - José Afonso


Como Se Faz Um Canalha

Conheci-te ainda moço
Ou como tal eu te via
Habitavas o Procópio
Ias ao Napoleao
Mas ninguém sabia ao certo
Como se faz um canalha
Se a memória me nao falha
Tinhas o mundo na mao
Alguma gente enganaste
(A fé da muita amizade
Tem também as suas falhas
Hoje fazes alianças
A bem da Santa Uniao
Em abono da verdade
A tua Universidade
Tem mesmo um nome: Traiçao
Um social-democrata
Nao foge ao Grao-Timoneiro
Basta citar o paleio
O major psicopata
Já sao tantos namorados
Só falta o Holden Roberto
Devagar se vai ao longe
Nunca te vimos tao perto
Nunca te vimos tao longe
Daquilo que tens pregado
Nunca te vimos tao fora
Da vida do Zé Soldado
Ninguém mais te peça meças
No folgor dos gabinetes
Hás-de acabar às avessas
Barricado até aos dentes
És um produto de sala
Rasputim cá dos Cabrais
Estas sempre em traje de gala
A brincar aos carnavais
Nos anais do mundanismo
A nossa história recente
Falará com saudosismo
Dum grande Lugar-Tenente
Sao tudo favas-contadas
No país da verborreia
Uma brilhante carreira
Dá produto todo o ano
Digamos pra ser exacto
Assim se faz um canalha
Se a memória nao me falha
Já te mandei prò Caetano.

Na Região Douriense em pleno mês de Julho o regresso do Inverno.




Dia invernoso com chuva e temperaturas baixas para a época.

O norte de Portugal


Nature in Porto and the North of Portugal from Porto Convention Visitors Bureau on Vimeo.

Covilhã e Serra da Estrela - Portugal


A Covilhã e a Serra da Estrela- Time Lapse from João Pedro Jesus on Vimeo.

Portugal


Portugal - Terra Trailer from aidnature.org on Vimeo.