Previsão do Tempo

sexta-feira, 13 de março de 2015

António Melo nasceu em Lisboa a 13 de março de 1963



António Melo nasceu em Lisboa a 13 de março de 1963 e é um actor português.
Participou na série televisiva "Até amanha camaradas" baseada no romance homónimo de Manuel Tiago (pseudónimo de Álvaro Cunhal).
Ficou mais conhecido com a sua participação na série "Malucos do Riso" da SIC e em "Morangos Com Açúcar".
Na novela "Feitiço de Amor" desempenhou o papel de pai da personagem desempenhada por Rita Pereira.
Outros trabalhos: Ballett Rose- Vidas Proibidas (Procurador), A Febre do Ouro Negro (António Sousa), Malucos do Riso, Saber Amar (Joca), O Último Beijo (Artur Buzina), Inspector Max (Arnaldo), Até Amanhã, Camaradas (Cesário), João Semana (Joaquim do Telhado), Morangos com Açucar (Júlio Sousa), Casos da Vida (Inspector Simões/Zé Manel), A Minha Familia (Armando), Feitiço de Amor ( Manuel Santos e Belmonte).

Ilídio Esteves nasceu no concelho de Estarreja, a 3 de junho de 1924 e morreu em Oeiras a 13 de março de 2013



Ilídio Esteves nasceu no concelho de Estarreja, a 3 de junho de 1924 e morreu em Oeiras a 13 de março de 2013, foi em destacado membro do PCP, que dedicou toda a sua vida à luta da classe operária, dos trabalhadores e do povo português.
Ilídio Esteves foi membro do MUD Juvenil desde a sua fundação, entrando para o Partido em 1953, ano em que sofre a sua primeira prisão. Em 1954 entra para o quadro de funcionários do PCP.
«Um destacado membro do PCP, que dedicou toda a sua vida à luta da classe operária, dos trabalhadores e do povo português. Uma vida dedicada à luta contra o fascismo, pela liberdade, pela democracia, o socialismo e o comunismo.»
É desta forma que o Secretariado do Comité Central do PCP lembrou Ilídio Dias Esteves, quando do seu falecimento.
A 6 de Fevereiro de 1961 foi novamente preso, alcançando a liberdade a 4 de Dezembro desse mesmo ano, sendo um dos participantes da célebre fuga de Caxias, que envolveu outros destacados militantes comunistas.
A 6 de Outubro de 1965 voltou a ser preso, tendo sido libertado a 13 de Outubro de 1972.
Eleito membro suplente do Comité Central em 1965, passa a membro efectivo no VIII Congresso do PCP, realizado em 1976. Após o 25 de Abril foi membro da DORL e da DORAL do PCP, tendo nos últimos 25 anos desempenhado tarefas em organismos junto do Comité Central.
O Secretariado do CC também lembrou sua modéstia e discrição, salientando igualmente as «recordações de uma vida de dedicação e de exemplo de resistência ao fascismo, de luta pela liberdade e a democracia, um exemplo de coragem e firmeza na luta ao serviço da classe operária, dos trabalhadores, do povo e dos interesses nacionais».
Ilídio Esteves, foi um militante histórico do PCP, foi protagonista da fuga da prisão de Caxias em 1961 no carro blindado de Salazar.
Como militante e dirigente na clandestinidade, Ilídio Esteves foi responsável pela instalação de várias casas clandestinas, com a sua mulher, Albertina Esteves.
Ilídio Esteves também integrou a Direcção da Organização Regional de Lisboa e a Direcção da Organização Regional do Algarve.
Na fuga de 4 de Dezembro de 1961 fugiram do reduto norte do forte-prisão de Caxias, no carro blindado que tinha sido utilizado ao serviço de Salazar os militantes e dirigentes comunistas José Magro, Francisco Miguel, Domingos Abrantes, António Gervásio, Guilherme de Carvalho, Ilídio Esteves, Rolando Verdial e António Tereso (que conduziu o carro).
No funeral de Ilídio Esteves, o PCP esteve representado pelo secretário-geral, Jerónimo de Sousa, Francisco Lopes e por militantes destacados como Jaime Serra .
Referindo o artigo “Abrir uma fenda na muralha” a propósito da fuga de Caxias, refiro:
“Para Ilídio Esteves, há que destacar o papel de António Tereso, que «revelou um talento especial: fingir sentimentos que não tinha e ocultar sentimentos que tinha». Mas, destacou, a própria «descoberta do camarada Tereso e a sua aparente conversão em “rachado” nasce da discussão tida na direcção da organização prisional». E a ideia de o colocar na sala dos trabalhos nasce de um funcionário clandestino, o José Magro, acentuou”
“E esta organização, realçou, funcionava apesar dos carcereiros tudo fazerem para impedir e dificultar a organização do Partido no interior. Frequentemente, alteravam a composição das salas, lembra-se Ilídio Esteves. Mas nem isso impediu a fuga, pois as comunicações entre os comunistas na prisão eram frequentes e eficazes”
“Entre as preocupações dos comunistas quando eram presos, Ilídio Esteves realça uma, pouco referida: «aproveitar o tempo valorizando-nos». Assim, contou, «muitos camaradas camponeses e analfabetos saíam da prisão sabendo ler e muitos deles com condições para tirar a instrução primária». Um camponês do Couço, que conheceu, aprendeu a ler na prisão e chegou mesmo a tirar um curso superior”

quinta-feira, 12 de março de 2015

Tesourinhos de um Presidente

12 de Março de 1930: Mahatma Gandhi inicia a Marcha do Sal

12 de Março de 1938: Hitler anuncia o "Anschluss", união entre Alemanha e Áustria

12 de Março de 1514: Chega a Roma a embaixada do rei D. Manuel I ao papa Leão X

Embaixada de D. Manuel ao Papa




A faustosa embaixada enviada por D. Manuel I ao Papa, contava até com um elefante vivo entre as ofertas. O principal objetivo do monarca português era a conquista de favores políticos, numa operação que foi bem-sucedida.

A embaixada de D. Manuel foi recebida pelo Papa Leão X em 20 de Março de 1514.

Fez sensação nas ruas de Roma o desfile desta embaixada constituída por mais de uma centena de pessoas que transportava, para além de joalharia e tecidos, um cavalo árabe, uma onça de caça e até um elefante.

Para além de questões relacionadas com a organização da Igreja em Portugal o principal objetivo desta embaixada foi afirmar o poder político do país no quadro europeu e que se vieram a refletir na futura expansão do império.
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Liza May Minnelli nasceu em Los Angeles a 12 de março de 1946



Liza May Minnelli nasceu em Los Angeles a 12 de março de 1946 e é uma atriz e cantora americana.
É filha do diretor Vincent Minnelli e da atriz e cantora Judy Garland.
Eternizou-se no cinema como a dançarina Sally Bowles, no filme que lhe rendeu um Oscar de melhor atriz, “Cabaret”.
Liza Minnelli foi uma atriz precoce, participando no primeiro filme em 1949 (In the Good Old Summertime), aos quatorze meses de idade.
Com dezesseis anos, Liza foi para Nova Iorque por sua conta, para iniciar a carreira artística.
Em 1964, a mãe convidou-a para participarem juntas num espectáculo em Londres, que teve excelente repercussão.
Foi nessa ocasião que Liza conheceu o primeiro marido, o cantor e compositor australiano Peter Allen, amigo de Judy Garland.
Liza ganhou um prêmio Tony aos 19 anos de idade e, em 1969, aos 23 anos, foi indicada ao primeiro Oscar, pelo papel de Pookie Adams em The Sterile Cuckoo.
Os anos 1970 foram anos de muito trabalho para Liza. Actuou nos palcos, nas telas e na música.
Em 1972, Minnelli protagonizou um dos maiores sucessos da carreira, como Sally Bowles, no filme Cabaret, adaptação do musical homônimo.
O longa-metragem é também um dos maiores sucessos de bilheteria de Hollywood e projetou Liza como um dos maiores ícones do cinema mundial.
O talento como cantora foi reconhecido com a interpretação antológica da canção-tema homónima.
Minnelli venceu o Óscar de Melhor Atriz pelo desempenho e o Globo de Ouro de melhor atriz em comédia ou musical.
Além de Cabaret, uma das suas interpretações mais conhecidas é New York, New York, do musical de mesmo nome.
Com o amigo Halston, era frequentadora assídua do Studio 54, o mais famoso clube noturno do mundo.
Em 1974, participou como narradora do filme Isto é o espetáculo, com Fred Astaire e Gene Kelly.
Casou-se em 1974 com o produtor e diretor de televisão Jack Haley, Jr., e em 1979 com o escultor Mark Gero, mas os dois casamentos acabaram em divórcio.
Nos últimos anos, a carreira tem estado voltada mais para os palcos e para a música. Gravou com Frank Sinatra o CD Duets e Sammy Davis Jr.; juntou-se a eles para uma série de concertos e espetáculos na televisão, que tiveram óptima repercussão.
Em 1997, Liza sofreu uma cirurgia às cordas vocais, época em que começou a assistir a todos os filmes do pai adoptivo.
Isso levou-a a estrear um espetáculo na Broadway intitulado Minnelli on Minnelli.
Casou-se em 2002 com David Gest, promoter e produtor de televisão, e o divórcio ocorreu em 2007.
Em 2006 gravou a canção Mama em parceria com a banda My Chemical Romance.
Após a performance como Dudley Moore, na longa-metragem Arthur, Minnelli fez poucas aparições no cinema.

Raul Germano Brandão nasceu na Foz do Douro/Porto a 12 de Março de 1867



Raul Germano Brandão nasceu na Foz do Douro/Porto a 12 de Março de 1867 e morreu em Lisboa a 5 de Dezembro de 1930, com 63 anos.
Raul Brandão era militar, jornalista e escritor português, famoso pelo realismo das suas descrições e pelo liricismo da linguagem.
Raul Brandão era filho e neto de homens do mar, pelo que o oceano e os homens do mar foram um tema recorrente da sua obra.
Depois de uma passagem menos feliz por um colégio do Porto, Raul Brandão gravita para o grupo dos nefelibatas, sendo sobre o seu signo que desperta para o mundo das letras e publica as suas primeiras obras.
Em 1891, terminado o curso secundário e depois de uma breve passagem, como ouvinte, pelo Curso Superior de Letras, matricula-se na Escola do Exército.
Com este ingresso, ao que parece a contragosto, inicia uma carreira militar caracterizada por longas permanências no Ministério da Guerra envolvido na máquina burocrática militar.
Nas suas próprias palavras “no tempo em que fui tropa vivi sempre enrascado”.
Paralelamente, mantém uma carreira de jornalista e vai publicando uma extensa obra literária.
Em 1896 foi colocado no Regimento de Infantaria 20, em Guimarães, cidade onde conhece a sua futura esposa.
Casa no ano seguinte, iniciando a construção de uma casa, a Casa do Alto, na freguesia de Nespereira, arredores daquela cidade.
Aí se fixará em definitivo, gravitando toda a sua vida em torno daquela localidade, embora com prolongadas estadias em Lisboa e noutras cidades. Reformado no posto de capitão, em 1912, inicia a fase mais fecunda da sua produção literária.
Raul Brandão visitou os Açores no verão de 1924, no âmbito das visitas dos intelectuais então organizadas sob a égide dos autonomistas.
Dessa viagem resultou a publicação da obras “As ilhas desconhecidas - Notas e paisagens” (Lisboa, 1926), uma das obras que mais influíram na formação da imagem interna e externa dos Açores.
Basta dizer que é em As ilhas desconhecidas que se inspira o conhecido código de cores das ilhas açorianas: Terceira, ilha lilás; Pico, ilha negra; S. Miguel, ilha verde...
Ao longo de uma obra multifacetada, Raul Brandão viria a ser um dos escritores que, a par de Fernando Pessoa, mais influíram na evolução da literatura portuguesa do século XX, sendo eleito figura tutelar não apenas de gerações suas contemporâneas, como o grupo reunido em torno de Seara Nova, ou o chamado grupo da Biblioteca Nacional (Jaime Cortesão, Raul Proença, Aquilino Ribeiro, Câmara Reis), como de gerações posteriores para as quais a redescoberta da obra de Raul Brandão serviu de esteiro para o reformular de estruturas novelísticas tradicionais.
Faleceu a 5 de Dezembro de 1930, aos 63 anos de idade, deixando uma extensa obra literária e jornalística.
As principais obras publicadas foram Impressões e Paisagens (1890), História de um Palhaço (1896), O Padre (1901), A Farsa (1903), Os Pobres (1906) (eBook), El-Rei Junot (1912), A Conspiração de 1817 (1914), Húmus (1917) (eBook); Memórias (vol. I) (1919) (eBook), Teatro (1923), Os Pescadores (1923), Memórias (vol. II), (1925), As Ilhas Desconhecidas (1926), A Morte do Palhaço e o Mistério das Árvores (1926), Jesus Cristo em Lisboa, em colaboração com Teixeira de Pascoaes, (1927), O Avejão (1929) (teatro), Portugal Pequenino, em colaboração com Maria Angelina Brandão, (1930), O Pobre de Pedir (1931) e Vale de Josafat (vol. III das Memórias), (1933).

Ramón Espinosa Martín nasceu em Camajuaní/Las Villas/Cuba al 12 de março de 1939



Ramón Espinosa Martín nasceu em Camajuaní/Las Villas/Cuba al 12 de março de 1939 é general do exército das forças armadas revolucionárias de Cuba, herói da revolução cubana e membro do bureau político do PCC.
Combateu com as forças guerrilheiras nas montanhas do Escambray durante a Revolução Cubana, cumpriu missão internacionalista em Angola e na Etiópia, onde foi Chefe da Missão Militar Cubana em 1980. Actualmente é Vice-ministro das FAR.
Tem cinco filhos e três netos.
Despois do ataque ao Quartel Moncada ouve falar de Fidel. Antes tinha escutado algumas das intervenções de Eduardo Chibás. Começou a relacionar-se com alguns companheiros de Camajuaní que tinham nivel político.
A primeira tarefa que realizou foi vender bonos do 26 de Julho, nos finais de 1956.
Os seus companheiros explicam-lhe o que significava este Movimento e quem era Fidel.
Posteriormente, pedem-lhe a tarefa de recolher e transportar armas. Então realiza algumas sabotagens: queimam cana e algunos autocarros da linha Habana-Caibarién. Também deixam seriamente danificadas duas pontes.
A meados de 1958, com três companheiros, vão a um encontro com o Directório Revolucionário 13 de Março, embora pertencessem ao 26 de Julho.
Nessa altura o Che ainda não tinha chegado a Las Villas. Despois de dois dias de caminho, fizeram o primeiro contacto com a gente do Directório, até que chegaram ao acampamento Dos Arroyos, onde se encontravam Faure Chomón e Rolando Cubelas, ficando aí incorporados.
Dias depois foi enviado à guerrilha "Menelao Mora" que tinha como chefe o comandante José Moleón, no qual era o segundo chefe. Fizeram várias acções.
Uma delas foi a 13 de outubro, entrando em Fomento e Placetas.
Faure falou ao povo pela estação de rádio local. Estas operaciones fizeram-se para atrair o exército com a intenção de aliviar a situação do Che, que nesse dias chegaria a Escambray.
Também participou em combates em Fomento, Caracusey, Sopimpa, Placetas, Manicaragua, Trinidad, Santa Clara e outros. Terminou a guerra com o grau de primeiro tenente.
Escreveu o livro La Batalla de Cabinda, onde descreve a história da missão em que participou nesse território. Também é o autor de Siempre en Combate, onde narra passagens da luta contra a tirania de Fulgêncio Batista. O texto é uma recordação perssoal, não acabada, dos principais acontecimentos nos quais teve o privilégio de participar.
Entre as numerosas condecorações recebidas por Espinosa, destacamos o Título Honorífico de Héroi da República de Cuba e a Ordem Playa Girón.

quarta-feira, 11 de março de 2015

Astor Pantaleón Piazzolla nasceu em Mar del Plata/Argentina a 11 de março de 1921



Astor Pantaleón Piazzolla nasceu em Mar del Plata/Argentina a 11 de março de 1921 e morreu em Buenos Aires a 5 de julho de 1992.
Astor Piazzolla era filho dos imigrantes italianos Vicente Piazzolla e Asunta Manetti, foi um acordeonista e compositor argentino.
Aos quatro anos foi com a sua família viver em Nova York em busca de melhores condições de vida.
Neste período nos EUA tornou-se fluente em espanhol, inglês, italiano e francês e iniciou o seu interesse pela música.
Em 1929, com 8 anos, o pai deu-lhe o seu primeiro acordeão e, em 1933, começou a receber aulas de piano com Bela Wilde, um pianista húngaro discípulo de Serguéi Rachmaninov.
Em Nova York conheceu o cantor argentino de tango Carlos Gardel, enquanto este estava na cidade para rodar o filme “El día que me quieras”, onde actuou como um garoto entregador de jornais.
Foi o compositor de tango mais importante da segunda metade do século XX e estudou harmonia e música erudita com a compositora e diretora de orquestra francesa Nadia Boulanger.
Na sua juventude, tocou e realizou arranjos orquestrais para o acordeonista, compositor e diretor Aníbal Troilo.
Quando começou a fazer inovações no tango, no ritmo, no timbre e na harmonia, foi muito criticado pelos tocadores de tango mais antigos.
Ao voltar de Nova Iorque, Piazzolla já mostrava a forte influência do jazz na sua música, estabelecendo então uma nova linguagem, seguida até hoje.
Quando os mais ortodoxos, durante a década de 60, bradaram que a música dele não era de facto tango, Piazzolla respondia-lhes que era música contemporânea de Buenos Aires.
Para os seus seguidores e apreciadores, essa música certamente representava melhor a imagem da capital argentina.
Piazzola deixou uma discografia invejável, tendo gravado com Gary Burton, Tom Jobim, entre outros músicos que o acompanharam, como o também notável violinista Fernando Suarez Paz.
Entre seus mais destacados parceiros na Argentina estão a cantora Amelita Baltar e o poeta Horacio Ferrer, além do escritor Jorge Luís Borges.
Algumas de suas composições mais famosas são Libertango e Adiós Nonino.
Libertango é uma das mais conhecidas, sendo que esta e constantemente tocada por diversas orquestras de todo o mundo.
Em 1973, teve algumas músicas usadas como banda sonora do filme “Toda a Nudez Será Castigada”, dirigido por Arnaldo Jabor e adaptado da peça homónima de Nélson Rodrigues.
A principal delas foi Fuga nº 9, do disco Música contemporanea de la Ciudad de Buenos Aires, Vol 1 (1971).
Por conta disso, Piazzolla ganhou uma Menção Especial do Júri, como melhor banda musical, no Festival de Gramado do mesmo ano.
A canção Adiós Nonino, outra das mais conhecidas composições, foi feita em homenagem ao seu pai, quando este estava no leito de morte, Vicente “Nonino” Piazzolla em 1959.
Após vinte anos, Astor Piazzola diria “Talvez eu estivesse rodeado de anjos. Foi a mais bela melodia que escrevi e não sei se alguma vez farei melhor.”
Por muito tempo recusou escrever ou colocar uma letra na sua grande obra-prima, porém, aceitou a proposta da cantora argentina Eladia Blázquez, que lhe apresentou um poema que havia escrito sob a versão musical, e ele, comovido, concordou.
Resta referir que Eladia renunciou a quaisquer direitos de autor que podia reclamar, enaltecendo ainda mais esta grande obra do tango.
Nos seus últimos anos, Piazzolla preferiu apresentar-se em concertos como solista acompanhado por uma orquestra sinfônica com uma ou outra apresentação com seu quinteto.
Foi assim que percorreu o mundo e ampliou a magnitude de seu público em cada continente pelo bem e a glória da música de Buenos Aires.
Astor Piazzolla faleceu em Buenos Aires no dia 4 de julho de 1992, mas deixou como legado sua inestimável obra - que abrange uns cinquenta discos - e a enorme influência de seu estilo.
Na verdade, a produção cultural sobre Piazzolla parece não ter fim: se estende ao cinema e ao teatro, é constantemente reeditada pelas discográficas e ganha vida na Fundación Piazzolla, liderada por sua viúva, Laura Escalada.


José da Felicidade Alves nasceu em 11 de Março de 1925



José da Felicidade Alves nasceu em 11 de Março de 1925, em Vale da Quinta, freguesia de Salir de Matos, Caldas da Rainha, sendo filho de Joaquim Alves e Maria Felicidade. Todavia, o seu nascimento foi registado em 24 de Março, data constante nos seus documentos de identificação.
Após a instrução primária, entrou para o seminário com 11 anos. Em 1948 foi ordenado sacerdote. Destacando-se pela sua inteligência, foi colocado como professor no Seminário de Almada, e depois no dos Olivais.
Em 1956 foi nomeado pároco de Santa Maria de Belém, em Lisboa, onde se evidenciou pelo conteúdo das suas homilias, nas quais abordava temas incómodos ao poder político e ao eclesiástico como a guerra colonial, a perseguição política ou os problemas sociais.
Solidário com o grupo de católicos mais progressistas, o percurso de Felicidade Alves ficou definitivamente marcado após a comunicação que proferiu ao Conselho Paroquial de Belém, em 19 de Abril de 1968, na presença de várias dezenas de pessoas.
Sob o tema "Perspectivas actuais de transformação nas estruturas da Igreja", a comunicação de Felicidade Alves punha em causa a forma como a Igreja se apresentava à sociedade, a sua organização, e mesmo a maneira como eram transmitidos os ensinamentos cristãos e a abordagem da própria figura de Deus.
Defendendo uma profunda renovação da Igreja e das suas estruturas, as ideias de Felicidade Alves desagradaram ao cardeal Cerejeira. Em consequência, foi-lhe movido um longo processo que determinou, em Novembro de 1968, o afastamento das suas funções de pároco em Santa Maria de Belém, e, mais tarde, a suspensão das suas funções sacerdotais, terminando, em 1970, com a sua excomunhão.
Após o afastamento da paróquia de Belém, Felicidade Alves tornou-se no grande impulsionador, em conjunto com Nuno Teotónio Pereira e o padre Abílio Tavares Cardoso, da publicação dos Cadernos GEDOC, de que saíram onze números, entre 1969 e 1970.
Abordando criticamente questões ligadas à hierarquia católica e à guerra colonial, a publicação foi condenada pelo Cardeal Cerejeira e considerada ilegal pela PIDE, sendo instaurado um processo aos seus responsáveis, de que resultará, em 19 de Maio de 1970, a prisão de Felicidade Alves por “actividades contrárias à segurança do Estado”.
Felicidade Alves publicou também, em 1969, a obra “Católicos e Política”, na qual coligiu inúmeros documentos sobre as relações entre os católicos, a Igreja e o Estado, desde a campanha do general Humberto Delgado, em 1958.
Em 1970 redigiu as obras “Pessoas Livres” e “É Preciso Nascer de Novo”. Nesta última Felicidade Alves reflecte sobre o casamento, pouco antes de tomar a decisão de se casar civilmente.
Em 1 de Agosto de 1970 casou com Maria Elisete, nas Caldas da Rainha.
Depois do 25 de Abril de 1974, Felicidade Alves aderiu ao PCP, onde militou até morrer.
Afastado da Igreja, Felicidade Alves trabalhou em diversas empresas, como o Anuário Comercial e a editora Livros Horizonte. Continuará a sua produção literária, publicando estudos de natureza teológica e pastoral, mas também de carácter histórico. Publicou, por exemplo, um conjunto de estudos originais sobre o Mosteiro dos Jerónimos, coordenou uma colecção relativa à obra de Francisco de Holanda, e uma outra edição de textos históricos sobre a cidade de Lisboa. A sua actividade bibliográfica foi premiada pela Academia Nacional de Belas Artes, que o tornou seu académico em 1994.
Em 10 de Junho de 1994, foi agraciado com a Comenda da Ordem da Liberdade.
No ano seguinte recebeu o prémio Júlio de Castilho de Olisopografia.
Tendo casado civilmente em 1970, Felicidade Alves irá realizar o seu casamento pela Igreja em 10 de Junho de 1998, a poucos meses do seu falecimento, e na sequência de longo processo de redução ao estado laical junto do Vaticano, sendo o acto celebrado pelo Cardeal Patricarca de Lisboa.
Faleceu no dia 14 de Dezembro de 1998, com 73 anos.

Alberto Cortez nasceu em Rancul, na Pampa Argentina, a 11 de Março de 1940



Alberto Cortez nasceu em Rancul, na Pampa Argentina, a 11 de Março de 1940, é um importante cantor e autor argentino. Actualmente, Cortez e a sua mulher vivem em Madrid.
Ele fez a escolar primária e o conservatório Alberto Williams com 6 anos.
Tornou-se compositor de canções aos 12 anos, incluindo "Un cigarrillo, la lluvia y tú".
Mais tarde, entrou para a Escola Manuel Ignacio Molina de San Rafael, em Mendoza.
Depois continuou os estudos de música no Conservatório de Chopin em San Rafael.
Aos 17 anos Cortez tornou-se o leader da Orquesta Arizona e era conhecido como Chiquito García.
Aos 18 anos, quis estudar na escolar de Ciências Sociais and Leis de Buenos Aires e tocava em bares para pagar os seus estudos.
Mais tarde Cortez começou a cantar na orquesta de Mario Cardi e mais tarde foi contratado para cantar na orquesta de jazz de São Francisco.
Com esta viagem ele passou a usar o seu pseudónimo "Alberto Cortez”, cantando com a orquesta de Armando Pointier.
Cortez deixou a escolar e dedicou-se só à música!
Aos 20 anos Cortez viajou de barco para Genova e depois de comboio para Antuérpia, Belgica.
Aí bateu o seu primeiro record. "Sucu Sucu" atingiu o topo.
Cortez conheceu Renee Govaerts e mais tarde casou com ela.
Após um início dificil ele consolidou-se comlo um dos mais renomados compositors/cantores da América Latina, com "Mi árbol y yo", "Mariana", "Como el primer día", "A partir de mañana" e "Callejero".


O GOLPE MILITAR DE 11 DE MARÇO DE 1975



O GOLPE MILITAR DE 11 DE MARÇO DE 1975

O golpe militar de 11 de Março de 1975, que foi preparado com uma intensa acção política, conspiração militar e provocações falhou por acção do Povo e do MFA.
O bombardeamento e cerco do RAL.1 por pára-quedistas terminou com o povo a rodear, a dissuadir e a convencer os soldados e o comandante da unidade a negar a rendição.
Spínola fugiu para Tancos, de Tancos para Espanha e de Espanha para o Brasil, onde continuou a conspirar.
Derrotadas todas essas tentativas, um novo passo foi dado na escalada: o terrorismo bombista.
Desencadeado pela organização terrorista MDLP e incitado tanto por fascistas declarados como pelo CDS, o PPD e o PS desempenhou importante papel na acção contra-revolucionária.
Declarações de operacionais do terrorismo (Alpoim Calvão, Monteiro, R. Moreira e um ex-inspector da PIDE) confirmaram a chefia de Spínola e começaram a levantar o véu de compromissos e cumplicidades que não foram completamente confessadas.
O terrorismo bombista conjugado com conspirações militares, o anticomunismo do PSD e do PS, espectaculares provocações e um trabalho sistemático de intriga e divisão do campo democrático, deveria conduzir a um novo golpe visando a liquidação do MFA, o isolamento e repressão do PCP e à interrupção do processo de democratização do país.
Sucessivas divisões, confrontos, golpes internos, alterações hierárquicas, rupturas, sublevações dividiram e enfraqueceram progressivamente o MFA.
Enquanto os chamados "moderados" (Grupo dos Nove) apoiados pelo PS e PSD se aliaram à direita militar, a Esquerda militar sofria pressões e influências do esquerdismo aventurista.
Derrotado o golpe de Spínola, foram criadas as condições para o avanço da aliança Povo-MFA e a concretização de importantes conquistas revolucionárias que vieram a caracterizar a revolução do 25 de Abril, a reforma agrária, as nacionalizações, o poder local democrático, etc.

Otto Grotewohl nasceu em Braunschweig/Baixa Saxónia a 11 de março de 1894



Otto Grotewohl nasceu em Braunschweig/Baixa Saxónia a 11 de março de 1894 e morreu em Berlim a 21 de setembro de 1964, com 70 anos.
Otto Grotewohl foi o primeiro Chefe de Governo da República Democrática Alemã (RDA).
Membro do Partido Social Democrata da Alemanha (SPD), desde muito jovem, foi deputado do Reichstag entre 1920 e 1933, ano no que Hitler subiu ao poder.
Devido à repressão nazi passou vários anos em diferentes campos de concentração.
Libertado depois da vitória soviética na Segunda Guerra Mundial em 1945, dirigiu os social-democratas da zona oriental do país para a unificação com os comunistas, no Partido Socialista Unificado de Alemanha (PSUA), partido dirigente da RDA até 1990.
Ocupou juntamente com Wilhelm Pieck a secretaria geral do PSUA até 1950, e depois da criação da RDA em 1949 foi eleito Presidente do Conselho de Ministros, ocupando a chefia do governo até sua morte em 1964.

terça-feira, 10 de março de 2015

Boris Paul Vian nasceu em Ville-d'Avray/França a 10 de Março de 1920



Boris Paul Vian nasceu em Ville-d'Avray/França a 10 de Março de 1920 e morreu em Paris a 23 de Junho de 1959, tendo apenas 39 anos.
Boris Vian foi um engenheiro, escritor, poeta, tradutor e cantautor francês, identificado com o movimento surrealista.
Hoje em dia é sobretudo lembrado pelos seus romances e canções
O seu estilo caracterizou-se por ser altamente individual, com numerosas palavras inventadas e enredos surrealistas passados sempre num universo muito próprio do autor.
Como exemplo, o seu romance Outono em Pequim não se passa nem no Outono nem em Pequim!
Para além da sua veia literária, Vian foi também um membro muito influente no jazz francês, servido de elemento de ligação em Paris de Hoagy Carmichael, Duke Ellington e Miles Davis.
Escreveu inúmeros artigos para as revistas de jazz “Le Jazz hot” e “Paris Jaz” e até mesmo em revistas norte-americanas da especialidade.
Escreveu muitas canções que alcançaram e continuam a alcançar uma grande notoriedade fazendo hoje parte do património cultural francês como “Le Déserteur”, “La Java des bombes atomiques”.
Chegou a ter uma banda jazz formada por si e pelos seus dois irmãos que tocava no famoso clube de Jazz do Quartier Latin Le Tabou.
Vian foi o responsável pelo lançamento de vários interpretes da canção Francesa, nomeadamente Serge Reggiani e Juliette Gréco.
No inicio da segunda guerra mundial, Vian foi dado como inapto para todo o serviço militar devido ao su estado de saúde muito frágil.
Aproveitando o facto, ele inscreveu-se na Escola Central de Paris em Engenharia.
Com a invasão de França pelo exército alemão, Vian acompanhou a escola até Angoulême.
Em 1940 Vian conheceu Michèle Léglise, com casará em 1941.
Ela ensinou Boria a falar inglês e deu-lhe a conhecer a literatura americana.
Ainda em 1940, Vian conheceu Jacques Loustalot, que se tornará numa personagem recorrente – O Major – nas sua primeiras novelas e contos.
Em 1942, Vian e os seus irmãos juntam-se a uma orquestra Jazz sob a direcção de Claude Abbadie, que também será personagem no romance Vercoquin et Plancton.
Em 1942, Vian obteve o Diploma em Metalurgia pela Escola Central de Paris e nasceu o seu primeiro filho, Patrick.
Apesar do desenvolvimento da sua carreira literária, Vian nunca abandonou o Jazz.
Em 1947, abre na Rue Dauphine o “Le Tabou” que terá uma orquestra Jazz dirigida por Vian e seu irmão Alain.
Ainda em 1947, Viana apoia Charles Delaunay na cisão do Hot Clube de França.
Em 1948, nasce a sua filha Caroline Vian.
Boris abandona o Le Tabou e funda Club Saint German des Prés com um carácter mais elitista que o Le Tabou e onde por onde irão passar os grandes nomes do Jazz mundial como Duke Ellington, Charlie Parker, Kenny Clarke, Miles Davis, Django Reinhardt, etc.
Em 1950, Vian conhece Ursula Kluber, com a qual irá viver em 1951, e casar em 1954, após se ter divorciado de Michelle.
A ultima novela de Vian, “O Arranca-Corações” foi publicada em 1953 com poucos resultados comerciais o que leva a Vian abandonar a ficção e a dedicar-se à composição e interpretação de canções e à poesia. Ao contrário da escrita de ficção, Vian começou logo a obter sucesso no campo da canção.
Em 1954 ele inicia a sua primeira Tourné como cantor.
Em 1955, Vian foi contratado pela Philips- Edições discográficas, será nomeado director artístico em 1957, enquanto ao mesmo tempo se dedicava a vários campos, como a escrita de óperas, argumentos, peças de teatro.
O seu primeiro álbum – “Chansons Possibles et Impossibles” foi publicado nesse mesmo ano e imediatamente proibido devido à Canção “Le Déserteur”.
Ainda em 1956, Vian produz os primeiros discos de Rock and Roll francês, interpretados por Henry Salvador e Magali Noël em que as letras eram quase todas da autoria de Vian.
Em 1957 a sua Opera Le Chavalier de la Neige é estreada em Nancy com boa recepção por parte do público e da crítica. No ano seguinte escreverá o libreto da Opera Fiesta com música de Darius Milhaud que será estreada na Opera de Berlim em Outubro.
A 23 de Junho de 1959 no cinema Marbeuf, Boris Vian morre de enfarte do miocárdio durante uma projecção privada do filme “Irei cuspir-vos nos túmulos” durante a qual Vian se exaltou com os desvios que o filme tinha em relação à sua obra, recusando que o seu nome aparecesse no genérico.

José Antonio Labordeta Subías nasceu em Saragoça a 10 de março de 1935



José Antonio Labordeta Subías nasceu em Saragoça a 10 de março de 1935 e morreu também em Saragoça a 19 de setembro de 2010, com 75 anos.
Labordeta foi um cantor, compositor, escritor e político espanhol, deputado pela Chunta Aragonesista (VII e VIII legislaturas).
Poeta e cantautor espanhol considerado um dos principais exponentes da canção de autor durante os anos da transição política espanhola.
O seu primeiro disco de longa duração foi publicado em 1974, um ano antes da morte de Franco, com o título de “Cantar y callar”.
Nos anos 90 apresentou na televisão o programa cultural “Un país en la mochila”.
Comprometido desde sempre com a esquerda espanhola, foi em varias ocasiões deputado do Congresso.
Nos finais da década de sessenta, Labordeta começou a músicar alguns dos seus poemas.
Editou dois discos de curta duração, claramente marcados no que naqueles anos se conhecia como canção de protesto pelos seus conteúdos críticos e deu os seus primeiros recitais em auditorios universitarios.
Em 1974 publicou “Cantar y callar”, o seu primeiro álbum e, um ano depois, “Tiempo de espera”.
As sus canções começam a sonhar por toda a Espanha e o cantautor aragonés deu recitais em todo o território nacional e também noutros países como França, Alemanha, Inglaterra, Itália e Suecia.
Militante da esquerda desde a sua juventude, desde as primeiras eleições democráticas participou em diferentes candidaturas políticas nas listas ao Congresso e ao Senado.
Em 1977 apresentou a sua opcção à Câmara Baixa na formação da Unidade Socialista e, dois anos despois, repetiu a candidatura, desta vez como membro independiente do PCE.
Depois de dez anos fora da política activa, regresou em 1989 nas listas da Esquerda Unida ao Senado por Zaragoza.
Em 1996 optou por concorrer ao Congresso na lista da Chunta Aragonesista (CHA).
Labordeta morreu em 19 de setembro de 2010, na sequência de problemas com um cancro da próstata.

Irina Natanovna Press nasceu em Kharkov/URSS a 10 de março de 1939



Irina Natanovna Press nasceu em Kharkov/URSS a 10 de março de 1939 e morreu em Moscovo a 21 de fevereiro de 2004, com 64 anos.
Irina Press foi uma atleta da União Soviética, vencedora de duas medalhas de ouro olímpicas e multi-recordista mundial dos 80m barreiras e do pentatlo.
Irina nasceu na Ucrânia, sobreviveu à invasão e à ocupação nazi da URSS e às quatro batalhas travadas com o glorioso Exército Vermelho pelo controlo de Kharkov entre 1941 e 1943.
Com a sua irmã mais velha Tamara Press - conhecidas como "Irmãs Press" - compôs uma dupla familiar que venceu quase tudo que havia para disputar no atletismo feminino da primeira metade dos anos 60, nas provas de campo e pista.
Tamara e Irina colecionaram 26 recordes mundiais entre elas durante os seus anos no atletismo.
Ela sozinha bateu o recorde mundial do pentatlo oito vezes e dos 80 m barreiras cinco vezes e as duas foram as primeiras irmãs a ganharem medalhas de ouro nos mesmos Jogos Olímpicos.
Irina e Tamara fizeram parte dos atletas soviéticos de eleição, que mostraram nas pistas a razão da superioridade do socialismo, em que o desporto assentava na prática em todos os níveis escolares e no mais avançado desenvolvimento cientifico da metodologia do treino!
Atleta versátil, competia em provas de velocidade, saltos e lançamento de peso e, com isso, passou a dedicar-se ao pentatlo, então uma nova modalidade do atletismo feminino, que se estrearia como prova olímpica em Tóquio 1964, além da prova com barreiras.
Disputando os 400 m e o pentatlo desde os 16 anos, primeiro em Kharkov depois em Leningrado, para onde se mudou com a irmã por melhores condições de treino, Irina apareceu no cenário do atletismo internacional em 1958, aos 19 anos, quando conquistou a medalha de ouro no pentatlo, disputado pela primeira vez no Campeonato Europeu de Atletismo daquele ano, em Estocolmo.
Nos Jogos Olímpicos de Roma, em 1960, ela conquistou a sua primeira vitória olímpica, ao vencer os 80m barreiras, depois de bater o novo recorde olímpico, nas meias-finais, com 10s6.
Em 1962, depois de sucessivas vitórias e recordes, Irina lesionou-se no joelho e deixou as pistas, indo estudar engenharia para Moscovo.
Conseguiu recuperar das lesões graças aos cuidados e exercícios de seu técnico e mentor V.I.Alekseev e voltou ao atletismo no ano seguinte, com vista ao Jogos de Tóquio.
Durante o período de competições preparatórias, ela bateu por duas vezes o recorde mundial dos 80 m barreiras.
Em Tóquio 1964, mesmo não tendo sucesso nas barreiras individuais, versátil como era, ficaria em sexto lugar no lançamento de peso - vencido pela irmã Tamara - e ganharia o ouro no pentatlo, fazendo 5.246 pontos e estabelecendo novo record olímpico e mundial.
Após encerrar a carreira, formou-se em Educação Física e trabalhou como técnica no Dinamo e como chefe de departamento no Comitê de Estado para a Cultura Física da URSS.
Também trabalhou na Segurança e na Guarda de Fronteira da União Soviética.
Em novembro de 2001, foi condecorada com o título de "Trabalhadora Honorária da Cultura Física da Rússia".
Morreu quatro meses depois, em Moscovo, aos 64 anos

Alfredo Zitarrosa nasceu em Montevideu/Uruguai a 10 de março de 1936



Alfredo Zitarrosa nasceu em Montevideu/Uruguai a 10 de março de 1936 e faleceu também em Montevideu a 17 de janeiro de 1989, com 52 anos.
Zitarrosa foi um cantor, compositor, poeta, escritor e jornalista uruguaio.
É considerado uma das maiores figuras da música popular de seu país e de toda a América Latina.
Começou a carreira artística em 1954, numa emissora de rádio, como apresentador e animador, roteirista e ator de teatro.
Foi também escritor, poeta e jornalista.
Levado pelas circunstâncias, encontrava-se no Peru, quando fez sua estréia como cantor profissional em 1964, no dia 20 de Fevereiro, num programa que era transmitido pelo canal 13 (Panamericana de Televisión).
Assim começava uma carreira que não seria mais interrompida.
Zitarrosa relata a sua experiência: "No tenía ni un peso, pero sí muchos amigos. Uno de ellos, César Durand, regenteaba una agencia de publicidad y por sorpresa me incluyó en un programa de TV, y me obligó a cantar. Canté dos temas y cobré 50 dólares. Fue una sorpresa para mí, que me permitió reunir algunos pesos...".
Pouco tempo depois, voltando para o Uruguai, passou pela Bolívia, onde realizou vários programas na Rádio Altiplano da cidade de La Paz, estreando-se mais tarde, em Montevidéu, novamente em 1965, no auditório do SODRE (Servicio Oficial de Difusión Radioeléctrica).
A sua participação neste espaço serviu como um trampolim para ser convidado, no início 1966, para o já reconhecido Festival de Cosquín, na Argentina, e de novo em 1985.
Desde o início, estabeleceu-se como uma das grandes vozes da música popular latino-americana, com raízes claramente folclóricas.
Cultivava um estilo e conteúdo varonil, e sua voz grossa e de um acompanhamento típico de violão tornaram-se sua marca registrada.
Aderiu à Frente Ampla (coligação de partidos da esquerda uruguaia), o que o levou ao ostracismo e depois ao exílio durante os anos da ditadura militar.
As suas canções foram proibidas na Argentina, Chile e Uruguai durante os regimes ditatoriais que governaram esses países.
Viveu depois, sucessivamente, em Argentina, Espanha e México, a partir de 9 de Fevereiro de 1976.
Revogada a proibição da sua música, como de tantos outros artistas na Argentina após a Guerra das Malvinas, instala-se novamente em Buenos Aires, onde realizou três apresentações consideradas memoráveis no Estádio Obras Sanitarias, em 1983.
Quase um ano depois, regressou ao seu país, onde teve uma grande recepção no histórico 31 de Março de 1984, descrito por ele como "la experiencia más importante de mi vida".
O seu falecimento muito novo e de suspresa, em Montevideu a 17 de Janeiro de 1989, afectou profundamente o povo uruguaio, a comunidade hispânica e latinoamericana e em muitos países, “el mundo entero fue una limpia e inmensa lágrima”!


segunda-feira, 9 de março de 2015

Yuri Alekseievitch Gagarin nasceu em Kluchino/URSS a 9 de março de 1934



Yuri Alekseievitch Gagarin nasceu em Kluchino/URSS a 9 de março de 1934 e morreu em Kirjatch a 27 de março de 1968, vítima de acidente, com apenas 34 anos.
Yuri Gagarin foi um destacado cosmonauta soviético e o primeiro homem a viajar pelo espaço, em 12 de abril de 1961, a bordo da Vostok 1, que tinha 4,4 m de comprimento, 2,4 m de diâmetro e pesava 4.725 quilos kg.
Esta espaçonave possuía dois módulos: o módulo de equipamentos (com instrumentos, antenas, tanques e combustível para os retrofoguetes) e a cápsula onde ficou o cosmonauta.
Yuri Gagarin nasceu numa kolkhoz na localidade de Kluchino, distrito de Gjatski (mais tarde batizada de Gagárin, em sua homenagem), numa região a oeste de Moscovo, União Soviética.
Os seus pais, Aleksei Ivanovitch Gagarin e Anna Timofeievna Gagarina, trabalhavam numa kolkhoz, a mãe foi uma leitora voraz e seu pai um hábil carpinteiro.
Gagarin foi o terceiro de quatro filhos e sua irmã mais velha ajudou a criá-lo, enquanto seus pais trabalhavam.
Como milhões de pessoas na União Soviética, a família Gagarin sofreu durante a ocupação nazista na Segunda Guerra Mundial.
Os seus dois irmãos mais velhos foram deportados para a Alemanha Nazi em 1943, onde foram obrigados a trabalhar como escravos e não voltaram até depois da guerra.
Quando jovem, Gagarin passou a interessar-se pelo espaço e planetas, e começou a sonhar com sua turné pelo espaço que um dia se tornaria uma realidade.
Gagarin foi descrito pelos seus professores em Liubertsi, como inteligente e trabalhador. O seu professor de matemática e ciência tinha servido na Força Aérea Soviética durante a Segunda Guerra Mundial, o que provavelmente foi uma substancial influência para o jovem Gagarin.
Após iniciar um curso de moldador numa escola profissionalizante próxima a Moscovo e de iniciar um estágio em uma metalúrgica como fundidor, Gagarin foi selecionado para o ensino secundário técnico em Saratov.
Enquanto isso, juntou-se ao "AeroClub", aprendeu a pilotar um avião leve, um passatempo que assumiria uma proporção crescente de seu tempo.
Em 1955, após concluir a sua formação técnica, ele entrou para o treino de vôo militar na Escola de Pilotos de Orenburg.
Lá, ele conheceu Valentina Ivanovna Goryacheva, com quem se casou em 1957, após ganhar suas asas de piloto num MIG-15.
Após formado, foi enviado à base aérea de Luostari em Oblast de Murmansk, perto da fronteira norueguesa, onde o tempo terrível tornava os vôos arriscados.
Ele tornou-se tenente da Força Aérea Soviética em 5 de novembro de 1957 e em 6 de novembro de 1959 recebeu a patente de tenente sénior.
Em 1960, Gagarin foi um dos 20 pilotos seleccionados, após difíceis processos de selecção física e psicológica, para o programa espacial soviético e acabou por ser escolhido para ser o primeiro a ir ao espaço, pela sua excelente performance nos treinos, sua personalidade magnética e esfuziante e principalmente devido às suas características físicas – ele tinha 1,57 m de altura e 69kg8 – já que a nave programada para a viagem pioneira em órbita, a espaçonave Vostok (que em russo significa "Oriente"), tinha um espaço mínimo para o piloto.
Minutos antes do embarque na nave Vostok 1, Gagarin disse o seguinte:
“Queridos amigos, conhecidos e estranhos, meus queridos conterrâneos e toda a humanidade, em poucos minutos, possivelmente uma nave espacial irá levar-me para o espaço sideral”
“O que posso dizer-lhe sobre estes últimos minutos?”
“Toda a minha vida parece-me neste momento único e belo. Tudo que eu fiz e vivi foi para isso!”
Às nove horas e sete minutos da manhã (horário de Moscovo) do dia 12 de Abril de 1961, a cápsula com o foguete “Soyuz-R-7″ foi lançada de uma plataforma em Baikonur, no Cazaquistão. Neste vôo ele disse as famosas frases:
“A Terra é azul. Como é maravilhosa. Ela é incrível!” — Yuri Gagarin
“Olhei para todos os lados, mas não vi Deus” – Yuri Gagarin
Promovido de tenente a major enquanto ainda estava em órbita, foi com esta patente que a Agência Tass soviética anunciou este espetacular feito ao mundo, que assim tomava conhecimento de que entrava numa nova era, a Era Espacial, a partir daquele momento.
Após o feito, Gagarin tornou-se instantaneamente uma celebridade soviética e mundial e passou a viajar pelo mundo promovendo a tecnologia espacial do seu país, sendo recebido como herói por onde passava.
Com apenas 27 anos, Iuri Gagarin tornou-se o primeiro ser humano a ir ao espaço, a bordo da nave Vostok , na qual deu uma volta completa em órbita ao redor do planeta. Esteve em órbita durante 108 minutos, a uma altura de 315 km, num vôo totalmente automatizado, com uma velocidade aproximada de 28 000 km/h.
Pela proeza, Yuri Gagarin foi distinguido com a medalha da Ordem de Lenin!
Gagarin não voltou ao espaço e participou activamente no treino de outros cosmonautas!
A partir de 1962, ocupou o cargo de deputado no Soviete Supremo da União Soviética até voltar à Cidade das Estrelas, o centro espacial soviético, para trabalhar no design de novas espaçonaves.
Gagarin ainda voltou ao curso de treino de pilotos, para uma requalificação como piloto de caça nos novos caças MiG da Força Aérea Soviética.
Em 27 de março de 1968, durante um voo de treino de rotina com um caça MIG-15 sobre a localidade de Kirzhach, ele e o instrutor de vôo Vladimir Seryogin morreram na queda do jacto.
O inquérito sugeria que a turbulência de um avião interceptador Sukhoi Su-11 pode ter feito o avião de Gagarin sair do controle.
Gagarin e Seryogin receberam honras de Estado e foram enterrados na muralha do Kremlin.

Gerard de Robert "Bobby" Sands nasceu a 9 de março de 1954



Gerard de Robert "Bobby" Sands nasceu a 9 de março de 1954 e morreu a 5 de maio de 1981, com 27 anos, após greve da fome.
Bobby Sands foi um membro do exército republicano irlandês (IRA) provisório, que morreu em greve de fome enquanto preso no labirinto de prisão HM
Ele era o líder da greve de fome de 1981 em que prisioneiros republicanos irlandeses protestaram contra a remoção de status de categoria especial.
Durante a greve, ele foi eleito para o Parlamento britânico como um candidato Anti H-bloco.
A sua morte foi seguida por uma nova onda de recrutamento para o IRA Provisório e actividade.
A cobertura dos mídia internacionais trouxe a atenção para os grevistas de fome e o movimento republicano em geral, atraindo muitos elogios.
A sua luta e a luta de outros membros do IRA não foram em vão, a luta continuou e continua agora em novas condições!