Irei falar de tudo e do nada. Histórias e estórias. Coisas pensantes e desconcertantes. Fundado a 30 de Novembro de 2009 numa 2ª Feira
Previsão do Tempo
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
É como dar viagra a um eunuco
Eu não sei fazer uma conta de dividir e tenho uma relação dúbia com o conceito de "economia". Para mim, "mercado" é só aquele período estival que marca a saída de jogadores do Benfas. Mas, apesar deste óbvio handicap no mundo dos números, gostava muito de comentar a descida da taxa social única (TSU) para as empresas (não estou a falar da subida da taxa para o trabalhador) . Há um economista da escola taxista em cada português, e eu não sou exceção. Em teoria, a coisa parece certa, porque é necessário baixar os custos do trabalho, que cresceram muito acima da nossa produtividade ao longo dos últimos anos. Se pagarem menos à segurança social, as empresas ficam com mais dinheiro na tesouraria (alívio a curto prazo) e, em teoria, podem contratar mais pessoas (ação a médio prazo). Ora, tudo isto parece muito bonito no papel, mas esquece um pormenor: o aqui e agora, a realidade. Neste momento, as empresas não têm acesso ao financiamento bancário, e sem esse impulso têm poucas oportunidades de lançar investimento criador de emprego. Descer a TSU num contexto de escassez de crédito para as empresas é o mesmo que plantar um belo jardim e esquecer a água, é o mesmo que dar viagra a um eunuco. Mas isto sou eu, que não percebo nada de economia e de números. Para falar verdade, eu ainda acho que "produtividade" é o número de golos a dividir pelo número de jogos do Cardozo.PS: esta medida só terá efeitos no emprego se conseguir atrair uma onda de investimento externo, assim ao estilo de três Auto-Europa e alguns trocos. Eu não sou um dos apocalípticos de plantão , mas confesso que não estou a ver essa onda no horizonte, até porque temos um espanta-estrangeiro incorrigível: a lentidão da justiça e da administração pública.
Henrique Raposo
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/e-como-dar-viagra-a-um-eunuco=f752059#ixzz26GHHTTsi
A todos os Vila-realenses!
Vila-realenses, não fiquem em casa resignados. Dia 15 de Setembro, que se lixe a Troika!
Estes são os filhos do País!
O ministro Relvas delegou no ministro sombra António Borges a resolução da privatização da RTP/RDP. Afinal já não se privatiza: extingue-se a 2 e as outras (Memória, África, Notícias), rasga-se o contrato com a Euronews e, ao mesmo tempo, dá-se o negócio da 1 a privados que passam a receber o que nós pagamos (como acontece com o BPN!).Grandes filhos do país!
O presidente da Carris, que há um ano disse que seria uma catástrofe fundir a Carris e o Metro, foi nomeado pelo Governo para fazer exactamente isso mesmo, ou seja: fundir Carris e Metro.Grandes filhos do país!
O antigo director da Universidade Autónoma, de nome Almaça, demitido por passar o filho sem fazer exames, foi nomeado pelo Governo para ser o presidente do Instituto de Seguros de Portugal (Entidade Reguladora do Sector). Este professor, especialista em vulgaridades, acaba de ser catapultado para a grande finança.Grandes filhos do país!
E o sub-director do SIED (vulgo serviços de espionagem), que havia sido acusado pela Procuradoria Geral da República do crime de abuso de poder, foi nomeado, claro está, para os serviços de apoio ao Conselho de Ministros.
Grandes filhos do país!
Não restam dúvidas de que estamos bem entregues.
Amílcar Cabral nasceu a 12 de Setembro de 1924
Amílcar Cabral nasceu em Bafatá, em 1924. Em 1932, muda-se com a família para Cabo Verde, na Ilha de Santiago, onde faz os estudos primários. Mais tarde estabelece-se no Mindelo, São Vicente, onde completa o Liceu, em 1943, regressando posteriormente para Santiago, onde trabalha na Imprensa Nacional. Com bolsa de estudo, chega a Lisboa em 1945, matriculando-se no curso de agronomia, do Instituto Superior de Agronomia.
Em Lisboa frequenta meios nacionalistas africanos e a cria as bases para o seu envolvimento nacionalista. Regressa a Bissau em 1952, a contrato do Ministério do Ultramar, onde desempenha o cargo de director da Granja Pessubé, cargo em que realiza o censo agrícola da província. Regressa a Lisboa em 1956, e juntamente com antigos colegas do Instituto, desloca-se várias vezes e Angola em comissão, contactando de várias formas as células de subversão que mais tarde estariam na génese do MPLA. Em 1959, juntamente com Aristides Pereira, Luís Cabral, Fernando Fortes, Júlio de Almeida e Elisée Turpin, funda o PAIGC, cujas as forças, em 1963, ataca o quartel de Tete, dando começo a luta de libertação armada. Nos anos que se seguem Amilcar Cabral torna a Guiné o mais bem sucedido campo de subversão armada que o exército português tinha de confrontar em África. No plano social, cria as zonas libertadas, enquanto que no diplómatico participa em vários foruns internacionais, chegando a ser recebido pelo Papa Paulo VI, com mais Agostinho Neto e Marcelino dos Santos, e por congressistas americanos. Em 21 de Novembro escapa a um atentado - não se encontrava na Guiné-Conacry – conduzido por tropas portuguesas, comandos guineenses, e opositores de Sékou Touré. A 20 de Janeiro é assassinado em Conacri, por membros do seu próprio partido numa conspiração, nunca eslcarecida, mas que contou com a apoio do exército português e da PIDE.. A independêncua da Guiné, tarefa que o ocupou nos últimos tempos de vida, é proclamada a 24 de Setembro de 1973 e a de Cabo Verde 5 de Julho de 1975.
O Tratado de Alcanises foi assinado a 12 de Setembro de 1297
Tratado de Alcanises
Tratado de Alcanises D. Dinis de Portugal
O Tratado de Alcanises foi assinado a 12 de Setembro de 1297 entre D. Dinis de Portugal e D. Fernando IV de Castela, na povoação fronteiriça que lhe deu o nome (Alcanises), próximo de Miranda do Douro. Através deste tratado foram fixados os limites do território português: aos portugueses eram entregues as povoações de Olivença, Ouguela e Campo Maior de São Félix, em troca de Aroche e Aracena. O rei de Castela renunciava ainda às povoações beirãs de Sabugal, Castelo Rodrigo, Vila Maior, Castelo Bom, Almeida, Castelo Melhor, Monforte, Valência, Ferreira, Esparregal e Aiamonte. O tratado estabelecia também dois casamentos reais, nomeadamente o casamento entre D. Fernando IV com D. Constança, filha de D. Dinis, e o casamento do futuro rei portugues D. Afonso IV com D. Beatriz, irmã do rei castelhano.
Tratado de Alcanises D. Dinis de Portugal
O Tratado de Alcanises foi assinado a 12 de Setembro de 1297 entre D. Dinis de Portugal e D. Fernando IV de Castela, na povoação fronteiriça que lhe deu o nome (Alcanises), próximo de Miranda do Douro. Através deste tratado foram fixados os limites do território português: aos portugueses eram entregues as povoações de Olivença, Ouguela e Campo Maior de São Félix, em troca de Aroche e Aracena. O rei de Castela renunciava ainda às povoações beirãs de Sabugal, Castelo Rodrigo, Vila Maior, Castelo Bom, Almeida, Castelo Melhor, Monforte, Valência, Ferreira, Esparregal e Aiamonte. O tratado estabelecia também dois casamentos reais, nomeadamente o casamento entre D. Fernando IV com D. Constança, filha de D. Dinis, e o casamento do futuro rei portugues D. Afonso IV com D. Beatriz, irmã do rei castelhano.
A 12 de Setembro de 1940, um grupo de dolescentes descobre as Grutas de Lascaux, em França
Há 72 anos quatro jovens trazem à luz do dia uma das maiores maravilhas paleolíticas do mundo: a Gruta de Lascaux e as pinturas rupestres que datam de cerca de 17.000 anos. Os cientistas a chamaram de "Capela Sistina da arte rupestre" e compreende-se o porquê quando observamos a primeira parte da gruta, a salle des Taureaux (sala dos touros).
A salle des Taureaux (sala dos touros)
Abriga cerca de 130 figuras dentre as quais este famoso unicórnio. Localizada na entrada da Rotonde, ela parece empurrar os outros animais da parede para o fundo da galeria. Atualmente, nenhuma explicação satisfatória foi dada para essa figura.
Esta representação mede 3,5 metros. Os detalhes anatómicos são extremamente bem preservados: os chifres, os órgãos genitais... Os contornos superiores foram traçados com um pincel, enquanto que os de baixo foram criados por pulverização de pigmentos.
O primeiro cavalo vermelho
Esta imagem se localiza sobre o painel vermelho do divertículo axial e por boas razões, um bom número de representações estão lá na cor vermelha. Este cavalo apresentado acima foi pintado por pulverização de pigmento como qualquer outro de seu painel, mas ele se difere no nível da qualidade de sua forma.
O primeiro grande touro
Este touro mede aproximadamente 3 m de altura e 3,5 m de comprimento. A cabeça está rodeada por muitos cavalos e veados, o que certamente explica porque o animal não foi representado por inteiro. Esta pintura se difere dos outros touros pelo destaque da cernelha, mas também pelos chifres vermelhos.
O veado preto
Os cientistas acreditam que este magnífico veado da parede direita está gritando. As duas pistas que levam a tal hipótese estão à disposição por trás da madeira e a presença de uma nuvem vermelha ao redor da boca sugerem um suspiro.
Localizada na Dordogne, região sudoeste da França, próxima à pequena cidade deMontignac-sur-Vézère, a gruta atrai pesquisadores e turistas do mundo, no entanto, as visitas estão fechadas ao publico desde 1963 quando foram constatadas algas verdes se alastrando pela gruta. Mas felizmente, desde 1983, ainda é possível “conhecer” a gruta: Lascaux II. Uma réplica idêntica de Lascaux, Lascaux II está localizada a poucos metros da gruta original, recebendo 220.000 visitante todos os anos para vislumbrar este maravilha paleolítica assim como as demais grutas e museus que retratam os períodos.
12 DE SETEMBRO: AS HISTÓRIAS DESTE DIA
terça-feira, 11 de setembro de 2012
Antero de Quental morreu a 11 de Setembro de 1891
Antero espalhou saber pela poesia, filosofia e política. Estudou direito em Coimbra, onde brilhou como líder estudantil. Foi o guia espiritual da geração de 70, um agitador político a “tempo inteiro”, que se afirmou pelo desejo de intervenção e renovação da vida política e cultural portuguesa. Tinha uma personalidade complexa, que oscilava entre a euforia e a mais profunda depressão, acabando em suicido.
Antero de Quental herdou, em 1873, uma quantia considerável de dinheiro, o que lhe permitiu viver desafogadamente, dos rendimentos dessa fortuna.
Em 1852, com 13 anos, vem com a sua mãe, para Lisboa. Em Julho de 1858 matriculou-se na Faculdade de Direito, de Coimbra. O primeiro ano decorreu de forma atribulada. Um excesso cometido durante a praxe aos caloiros custou a Antero de Quental oito dias de prisão. Era muito popular no meio académico. Concluiu o curso em Julho de 1864.
Em 1865, foi um dos principais envolvidos na polêmica conhecida por Questão Coimbra, em que humilhou António Feliciano de Castilho, seu antigo professor e renomado crítico literário que se tinha por cânone para os escritores nacionais: ao livro Odes modernas de Antero, Castilho respondeu com críticas duras sobre o aventureirismo de um jovem tolo que escrevia de forma assaz estranha e de gosto muito duvidoso.
Antero respondeu com o opúsculo bom senso e bom gosto, a que definia a sua literatura por oposição à instituída: ao Ultra-Romantismo decadente, torpe, beato, estupidificante e moralmente degradado, Antero opunha o Realismo, a exposição da vida tal como ela era, das chagas da sociedade, da pobreza, da exploração: estas preocupações sociais levaram-no a co-fundar o Partido Socialista Português: Antero defendia a poesia como Voz da Revolução, como forma de alertar as consciências para as desigualdades sociais e para os problemas da humanidade.
A polémica só terminou com um duelo entre Antero de Quental e Ramalho Ortigão travado, a 6 de Fevereiro de 1866, no Jardim de Arca d'Água, no Porto, que se saldou por ferimentos ligeiros.
Ainda em 1866 foi viver em Lisboa, onde experimentou a vida de operário, trabalhando como tipógrafo. Uma profissão que exerceu também em Paris, em janeiro e fevereiro de 1867. Em 1868 regressou a Lisboa, onde formou o Cenáculo, de que fizeram parte, entre outros, Eça de Queirós e Ramalho Ortigão. Em 1874 adoeceu de psicose maníaco-depressiva (doença bipolar), que desde então o afligiu. Foi convidado pelo Partido Republicano para candidatar-se como deputado, mas teve de recusar.
Em 1890, devido à reacção nacional contra o ultimato inglês, de 11 de Janeiro, aceita presidir à Liga Patriótica do Norte, mas a existência da Liga é efémera. Quando regressou a Lisboa, em Maio de 1891, instalou-se em casa da irmã, Ana de Quental. Neste momento o seu estado de depressão era permanente. Passado um mês, em Junho de 1891, regressa a Ponta Delgada, acabando por suicidar-se dia 11 de Setembro de 1891, com um tiro na cabeça, disparado num banco de jardim.
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