Irei falar de tudo e do nada. Histórias e estórias. Coisas pensantes e desconcertantes. Fundado a 30 de Novembro de 2009 numa 2ª Feira
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segunda-feira, 13 de outubro de 2014
Primeira Guerra Mundial - BBC - 1 º Capítulo - Às Armas! - Legendado - D...
Excelente série de documentários da TV Inglesa BBC sobre o Primeiro Grande Conflito Mundial que ocorreu entre os anos de 1914-1918.
Diferentemente dos documentários produzidos até hoje que sempre retrataram a Primeira Guerra Mundial sob a óptica norte-americana, este, retrata diferentes visões do conflito, mostrando a guerra na Rússia, Arábia, África entre outros países.
A Primeira Guerra Mundial, não se ateve somente aos seus 4 anos cronológicos, mas sim, teve conseqüências muito mais graves do que as milhares de mortes que causou. A pior dessas conseqüências foi à preparação para o maior conflito armado que a humanidade já viveu.
Ai implode, implode!
Ai implode, implode!
O país esboroa-se. Não é só o manto de empobrecimento que a quase todos cobriu. É, também, a degradação acelerada da vida democrática, das responsabilidades políticas, das instituições, dos mecanismos de escrutínio e de fiscalização. O mote é dado por um governo à deriva. Todos os dias correm notícias deste dramático esfarelamento ético, político, económico. O que há anos era considerado um escândalo nacional que fazia cair ministros, é hoje a rotina governativa, tal o ponto a que se degradou a nossa vida democrática. As responsabilidades políticas diluem-se até desaparecerem. Os responsáveis escondem-se uns atrás dos outros, num baile indecoroso. Não há no discurso político do poder o menor assomo de frontalidade. Nem de clareza. Muito menos de franqueza. Tudo se resume a um intricado e obscuro jogo de meias-verdades e meias-mentiras, onde até os tempos dos verbos são usados para enganar e para sacudir a água do capote.
A ministra da Justiça que, desde 1 de Setembro, lançou o caos nos Tribunais, ao estoirar com o sistema informático, quase a meio de Outubro, com ar de triunfo, anuncia que "já temos 14 comarcas a funcionar e amanhã teremos mais duas". De seguida, reduziu o descalabro à "muita desinformação" por se estar "em ano de eleições", sem demonstrar a menor consciência da sua irresponsabilidade. Por sua vez, o ministro da Educação, completamente desorientado, depois de várias tentativas frustradas, acha normal que, um mês depois de ter começado o ano lectivo, um professor seja colocado em 75 escolas (e muitos outros em 3, 5 ou 10 escolas). E que, em consequência, se fique a aguardar uma ou mais novas levas de colocações de professores.
Nuno Crato e Paula Teixeira da Cruz, que levaram até ao limite o exercício da incompetência técnica e da desfaçatez política, escondem-se atrás do primeiro-ministro que, orgulhoso, confere aval às suas desastradas actuações; o primeiro-ministro e a ministra das Finanças escondem-se atrás do governador do Banco de Portugal, a quem atribuem as decisões, e as respectivas consequências, sobre o desaparecimento do BES. Tudo se passa por detrás de uma espessa cortina de nevoeiro. Vai-se sabendo, como resultado de alguma investigação jornalística, que o Banco de Portugal soube da dimensão da exposição do BES ao Grupo Espírito Santo muitos meses antes de actuar, permitindo que o descalabro se ampliasse. Como se soube que foi permitida, durante dois dias, a venda de acções do BES quando já tinha sido tomada a decisão de mandar o banco para o lixo, facilitando a vida a quem tivesse acesso privilegiado a essa informação. O exercício do poder transformou-se na arte de enganar os cidadãos.
O resultado está à vista e até o senhor Presidente da República, que tem levado este governo aos ombros, se alarma, alertando para a possibilidade de "implosão do sistema partidário português". Não é para menos. O que chegou a ser o maior Banco privado português desapareceu num fim-de-semana de Agosto, tragado por uma "engenharia" inédita, à custa de dinheiro que os contribuintes vão amargar. Atrás seguiu a PT, a empresa portuguesa de excelência. Chegou a valer doze mil milhões de euros, vale agora milhão e meio e está à venda a retalho, com todas as consequências para o futuro dos milhares de trabalhadores e para a nossa economia.
O mito da boa gestão privada caiu com o BES, o GES e a PT. Os exemplos dados pelo governo, nomeadamente pelos ministros da Justiça e da Educação, incentivam à irresponsabilidade na gestão das empresas públicas. O país esboroa-se. Não há nenhuma "cultura de compromisso" que nos salve deste plano inclinado por onde deslizamos. O país precisa, urgentemente, de um governo com uma cultura democrática e com uma política que olhe para cada português como um cidadão e não como um mero número de contribuinte. Esta é a fasquia mínima para regressarmos à normalidade democrática e a uma existência decente. Senão, o sistema implode. Ai implode, implode!
Por Tomás Vasques
Jurista. Escreve à segunda-feira
Hoje para o Almoço será um Rancho à moda de Viseu.
Rancho à moda de Viseu
4 pessoas
Ingredientes
300 g de grão-de-bico
500 g de carne de vaca para cozer
100 g de toucinho entremeado
1 chouriço de carne
1 chouriço mouro
400 g de entrecosto
½ galinha
2 batatas
2 cenouras
1 couve portuguesa
100 g de macarronete
Sal e cominhos q.b.
Preparação
De véspera, coloque o grão de molho. Coza-o em água abundante temperada com sal, juntamente com a carne de vaca. Assim que o grão começar a ficar macio, adicione-lhe o toucinho, os chouriços, o entrecosto e a galinha; continue a cozedura. Entretanto, descasque as batatas e as cenouras; corte as primeiras em cubos e as segundas em rodelas. Escolha e arranje as folhas da couve ripando-as. Lave tudo e reserve. Depois de cozidas, retire as carnes e reserve. No mesmo caldo, coza os legumes. Um pouco depois de estarem a cozer junte-lhes a massa e rectifique os temperos. de seguida, corte as carnes em pedaços e junte-os de novo na panela. Envolva e certifique-se que o rancho tem bastante caldo; se necessário junte-lhe um pouco de água e deixe ferver. Polvilhe com cominhos e sirva.
Mais uma prova da riqueza da Língua Portuguesa!
A língua portuguesa, junto com a francesa, são as ÚNICAS línguas neolatinas na face da Terra que são completas em todos os sentidos... quem fala português ou francês de nascimento, é capaz de fazer proezas como esse texto com a letra "P". Só o português e o francês permitem isso... a língua inglesa, se comparada com a língua portuguesa, é de uma pobreza de palavras sem limites... portanto, antes de estudar uma outra língua, se aperfeiçoe na sua, combinado?!
A LETRA "P"
Apenas a língua portuguesa nos permite escrever isso...
Pedro Paulo Pereira Pinto, pequeno pintor português, pintava portas, paredes, portais. Porém, pediu para parar porque preferiu pintar panfletos. Partindo para Piracicaba, pintou prateleiras para poder progredir.
Posteriormente, partiu para Pirapora. Pernoitando, prosseguiu para Paranavaí, pois pretendia praticar pinturas para pessoas pobres. Porém, pouco praticou, porque Padre Paulo pediu para pintar panelas, porém posteriormente pintou pratos para poder pagar promessas.
Pálido, porém personalizado, preferiu partir para Portugal para pedir permissão para Papai para permanecer praticando pinturas, preferindo, portanto, Paris. Partindo para Paris, passou pelos Pirineus, pois pretendia pintá-los.
Pareciam plácidos, porém, pesaroso, percebeu penhascos pedregosos, preferindo pintá-los parcialmente, pois perigosas pedras pareciam precipitar-se principalmente pelo Pico, porque pastores passavam pelas picadas para pedirem pousada, provocando provavelmente pequenas perfurações, pois, pelo passo percorriam, permanentemente, possantes potrancas. Pisando Paris, permissão para pintar palácios pomposos, procurando pontos pitorescos, pois, para pintar pobreza, precisaria percorrer pontos perigosos, pestilentos, perniciosos, preferindo Pedro Paulo precaver-se.
Profundas privações passou Pedro Paulo. Pensava poder prosseguir pintando, porém, pretas previsões passavam pelo pensamento, provocando profundos pesares, principalmente por pretender partir prontamente para Portugal. Povo previdente! Pensava Pedro Paulo... Preciso partir para Portugal porque pedem para prestigiar patrícios, pintando principais portos portugueses. Paris! Paris! Proferiu Pedro Paulo.
Parto, porém penso pintá-la permanentemente, pois pretendo progredir. Pisando Portugal, Pedro Paulo procurou pelos pais, porém, Papai Procópio partira para Província. Pedindo provisões, partiu prontamente, pois precisava pedir permissão para Papai Procópio para prosseguir praticando pinturas.
Profundamente pálido, perfez percurso percorrido pelo pai. Pedindo permissão, penetrou pelo portão principal. Porém, Papai Procópio puxando-o pelo pescoço proferiu: Pediste permissão para praticar pintura, porém, praticando, pintas pior. Primo Pinduca pintou perfeitamente prima Petúnia. Porque pintas porcarias? Papai proferiu Pedro Paulo, pinto porque permitiste, porém, preferindo, poderei procurar profissão própria para poder provar perseverança, pois pretendo permanecer por Portugal.
Pegando Pedro Paulo pelo pulso, penetrou pelo patamar, procurando pelos pertences, partiu prontamente, pois pretendia pôr Pedro Paulo para praticar profissão perfeita: pedreiro! Passando pela ponte precisaram pescar para poderem prosseguir peregrinando.
Primeiro, pegaram peixes pequenos, porém, passando pouco prazo, pegaram pacus, piaparas, pirarucus. Partindo pela picada próxima, pois pretendiam pernoitar pertinho, para procurar primo Péricles primeiro. Pisando por pedras pontudas, Papai Procópio procurou Péricles, primo próximo, pedreiro profissional perfeito.
Poucas palavras proferiram, porém prometeu pagar pequena parcela para Péricles profissionalizar Pedro Paulo. Primeiramente Pedro Paulo pegava pedras, porém, Péricles pediu-lhe para pintar prédios, pois precisava pagar pintores práticos. Particularmente Pedro Paulo preferia pintar prédios. Pereceu pintando prédios para Péricles, pois precipitou-se pelas paredes pintadas. Pobre Pedro Paulo. Pereceu pintando...
Permita-me, pois, pedir perdão pela paciência, pois pretendo parar para pensar... Para parar preciso pensar. Pensei. Portanto, pronto pararei.
domingo, 12 de outubro de 2014
Porteiro do Ritz apresenta currículo à Tecnoforma
Porteiro do Ritz apresenta currículo à Tecnoforma
RICARDO ARAÚJO PEREIRA
Li com muito agrado a entrevista do antigo proprietário da V. excelente empresa, na qual elogia o vosso ex-funcionário Pedro Passos Coelho por, e cito, "abrir todas as portas". Confesso que me comovi quando constatei que a abertura de portas era, finalmente, valorizada como merece.
Desejo candidatar-me a um lugar na V. excelente empresa beneficiando do inovador modelo remuneratório que consiste na substituição do salário pelo pagamento de despesas de representação. Proponho representar a V. excelente empresa em vários sítios e ocasiões, a saber: em três refeições diárias; em todas as minhas deslocações; e num escritório localizado em minha casa, cujas renda, água, luz e telefone ficarão, por isso, a vosso cargo.
O facto de abdicar por completo de um salário não significa que o trabalho que desenvolverei não tenha valor - muito pelo contrário. Tenho várias ideias que gostaria de pôr em prática ao serviço de V. Exas. Acompanhei com interesse o processo através do qual a V. excelente empresa obteve financiamento no valor de 1,2 milhões de euros com o objectivo de formar cerca de 500 técnicos municipais para trabalharem em sete pistas de aviação e dois heliportos que têm hoje, no total, sete funcionários. O projecto falhou, e a Tecnoforma terá acabado por receber apenas 311 mil euros para formar 122 pessoas. Creio que o problema poderia ter sido resolvido com facilidade acrescentando à formação a formação de formadores. A formação é extremamente importante. Nessa medida, é fundamental garantir que os formadores estão aptos a ministrá-la correctamente. Como? Através da formação de formadores. Neste ponto, coloca-se um problema: como garantir que os formadores de formadores recebem formação de qualidade? A resposta é evidente: através da formação de formadores de formadores. E assim sucessivamente, numa espécie de mise en abyme formativo. Esta matrioska educacional permitiria não só esgotar o subsídio europeu de 1,2 milhões como também candidatar a empresa a novos subsídios, na medida em que a formação de formadores, por ser mais especializada, é mais cara do que a mera formação. O mesmo vale para a formação de formadores de formadores, em comparação com a simples formação de formadores.
Acresce a tudo isto que a V. excelente empresa formou funcionários para trabalharem em aeródromos sem actividade, ou com actividade residual. Ora, como é sabido, a gestão e controlo de aviões provoca forte ansiedade. Mas a gestão e controlo de aviões que não existem tem potencial para provocar ansiedade ainda maior. Trata-se de uma espécie de "À Espera de Godot" aeronáutico. É uma tarefa muito inquietante, e nessa medida deve requerer formação adicional. Por último, li com muito agrado a entrevista do antigo proprietário da V. excelente empresa, na qual elogia o vosso ex-funcionário Pedro Passos Coelho por, e cito, "abrir todas as portas". Confesso que me comovi quando constatei que a abertura de portas era, finalmente, valorizada como merece. Tendo em conta a minha experiência de cerca de 20 anos precisamente nessa área, creio que sou um bom candidato a desempenhar funções na Tecnoforma.
Aguardo notícias de V. Exas
IN REVISTA "VISÃO"
Desejo candidatar-me a um lugar na V. excelente empresa beneficiando do inovador modelo remuneratório que consiste na substituição do salário pelo pagamento de despesas de representação. Proponho representar a V. excelente empresa em vários sítios e ocasiões, a saber: em três refeições diárias; em todas as minhas deslocações; e num escritório localizado em minha casa, cujas renda, água, luz e telefone ficarão, por isso, a vosso cargo.
O facto de abdicar por completo de um salário não significa que o trabalho que desenvolverei não tenha valor - muito pelo contrário. Tenho várias ideias que gostaria de pôr em prática ao serviço de V. Exas. Acompanhei com interesse o processo através do qual a V. excelente empresa obteve financiamento no valor de 1,2 milhões de euros com o objectivo de formar cerca de 500 técnicos municipais para trabalharem em sete pistas de aviação e dois heliportos que têm hoje, no total, sete funcionários. O projecto falhou, e a Tecnoforma terá acabado por receber apenas 311 mil euros para formar 122 pessoas. Creio que o problema poderia ter sido resolvido com facilidade acrescentando à formação a formação de formadores. A formação é extremamente importante. Nessa medida, é fundamental garantir que os formadores estão aptos a ministrá-la correctamente. Como? Através da formação de formadores. Neste ponto, coloca-se um problema: como garantir que os formadores de formadores recebem formação de qualidade? A resposta é evidente: através da formação de formadores de formadores. E assim sucessivamente, numa espécie de mise en abyme formativo. Esta matrioska educacional permitiria não só esgotar o subsídio europeu de 1,2 milhões como também candidatar a empresa a novos subsídios, na medida em que a formação de formadores, por ser mais especializada, é mais cara do que a mera formação. O mesmo vale para a formação de formadores de formadores, em comparação com a simples formação de formadores.
Acresce a tudo isto que a V. excelente empresa formou funcionários para trabalharem em aeródromos sem actividade, ou com actividade residual. Ora, como é sabido, a gestão e controlo de aviões provoca forte ansiedade. Mas a gestão e controlo de aviões que não existem tem potencial para provocar ansiedade ainda maior. Trata-se de uma espécie de "À Espera de Godot" aeronáutico. É uma tarefa muito inquietante, e nessa medida deve requerer formação adicional. Por último, li com muito agrado a entrevista do antigo proprietário da V. excelente empresa, na qual elogia o vosso ex-funcionário Pedro Passos Coelho por, e cito, "abrir todas as portas". Confesso que me comovi quando constatei que a abertura de portas era, finalmente, valorizada como merece. Tendo em conta a minha experiência de cerca de 20 anos precisamente nessa área, creio que sou um bom candidato a desempenhar funções na Tecnoforma.
Aguardo notícias de V. Exas
IN REVISTA "VISÃO"
Zeinal Bava e o ‘strip-tease’ desnecessário…
A 4 de Junho de 2013, na sequência da fusão das empresas (Oi e PT) assumiu a presidência da Oi, em regime cumulativo com as funções na PT. A 7 de Outubro deste ano ZB renunciou ao cargo de presidente da Oi por não conseguir-se libertar de uma outra recente imagem (má gestão) resultante da aplicação de mais de 900 milhões de euros da PT em papéis da Rioforte (GES). Será, deste inglório modo, uma das primeiras vítimas (no 'estrelato da alta gestão') do caso BES/GES.
Ficamos a saber que o ex-gestor auferia um ordenado mensal de cerca de 150 000 euros e despediu-se (ou foi aconselhado a renunciar) com uma ‘compensação’ de 36 meses. O que associado a outras alcavalas perfaz a ‘módica’ quantia de 5 milhões de euros link.
Z B tem uma cláusula restritiva no seu contracto de rescisão: não poderá exercer funções em empresas de telecomunicações durante 3 anos. Trata-se de tentar precaver aspectos concorrenciais que dominam o mundo das telecomunicações.
Este o maravilhoso mundo da gestão e dos negócios (dos CEO's) onde as remunerações, participações nos lucros e as indemnizações dos cargos de topo são 'livres', generosas e em regra secretas.
Todavia, não ficam de fora do escrutínio dos cidadãos. Vivemos todos no mesmo País, estamos (aparentemente) no mesmo barco.
Bem, estamos num País em que a subida do Salário Minímo Nacional em 20 euros demorou tanto tempo e para ter acordo foi ‘compensada’ com uma descida da TSU das empresas, em que as indemnizações por despedimento desceram para 18 dias por cada ano de trabalho, em que não havendo cláusulas restritivas sobre exercício futuros a perda do posto de trabalho, se tivermos em consideração a idade do ex-gestor, é o desemprego de longa duração (definitivo?).
Sabemos, também, que a existir algum problema (e não existirá) este terá a ver, directamente, com os accionistas da empresa e, indirectamente, com os consumidores de serviços de telecomunicações. É nesta última qualidade que muitos portugueses não deixarão de ficar indignados com as prebendas e sinecuras atribuídas e interrogar-se como esta medida, e outras de igual teor, podem influenciar a factura mensal (dos consumidores).
Há ‘gestos compensatórios’ que só pela sua dimensão e desproporcionalidade entram no domínio da pornografia. E ninguém exige – ou vai exigir - que o ex-gestor faça um ‘strip tease’ (fiscal, entenda-se)…
Os contornos estão à vista e sua a pública exibição virou num espectáculo escandaloso...
MUNDO DOS NEGÓCIOS
O mundo corporativo é um ambiente cruel. A lei da selva impera, é todo mundo querendo foder o outro, e nem sempre só de forma metafórica. Se você der mole, o Anderson do Marketing leva teu cargo, salário, mulher e dignidade. E ninguém vai ter pena da você, pelo contrário, provavelmente eles irão dançar no seu túmulo depois que você se suicidar endividado e desgostoso. Pra sobreviver é necessário se impôr. Mostrar quem é o alfa, mijar no poste pra mostrar que é teu. Nesse caso, metaforicamente. Por isso a comunicação é um componente essencial para atingir seus objetivos. Suas palavras podem determinar seu sucesso ou fracasso. O importante é medir suas palavras e abusar das analogias e jargões. Quanto mais abstrato, melhor.
Virar a página
Virar a página por Tiago Antunes
Agora que a questão da liderança do PS está resolvida, importa olhar para o país. E olhar para o país implica, antes de mais, fazer um balanço da atual governação, uma análise retrospetiva do que foram os últimos três anos e meio, em Portugal, com o Governo de Pedro Passos Coelho aos comandos. O saldo, há que reconhecê-lo, dificilmente poderia ser mais negativo.Este foi um Governo sem palavra. Que jurou que a austeridade seria só sobre o Estado, não sobre as pessoas; e depois entreteve-se a aprovar sucessivas vagas de austeridade sobre praticamente todas as camadas sociais (funcionários públicos, pensionistas, desempregados, etc.), por vezes com requintes sádicos. Este foi o Governo do Primeiro-Ministro que, em campanha, afirmou que cortar salários era um disparate; e, mal chegou ao poder, cortou meio subsídio de Natal a toda a gente, cortando depois, no ano seguinte, dois ordenados à função pública. Este foi o Governo que iria fazer o ajustamento em 2/3 pelo lado da despesa; e que, na verdade, procedeu ao maior aumento de impostos alguma vez visto no nosso país (que o próprio ex-Ministro das Finanças apelidou de “brutal”).
Este foi um Governo ideologicamente fanático. Que quis “ir mais longe do que a troika”. Que impôs a “austeridade custe o que custar”. Que, com a proposta de alteração da TSU, pretendia retirar dinheiro aos trabalhadores para o entregar diretamente aos patrões. E que aumentou impostos para todos, baixando-os para as empresas.
Este foi um Governo sem qualquer respeito pela Lei Fundamental e pelos princípios basilares do Estado de Direito. Que violou reiteradamente a Constituição, pondo em causa valores como a igualdade ou a confiança. Que tentou pressionar descaradamente o Tribunal Constitucional. E que legislou às escondidas (com a conivência do PR, diga-se), impondo maldades aos Portugueses nas suas costas, algo nunca antes visto.
Este foi um Governo grosseiramente incompetente. Que proclamou que o tempo da impunidade tinha acabado, mas o melhor que conseguiu foi paralisar por completo os tribunais, instalando o caos (rectius, “transtornos”) no sistema judicial. Que, uma vez mais, não conseguiu colocar os professores a tempo e horas, deixando milhares de alunos sem aulas.
Este foi um Governo que insultou os Portugueses. Chamando-lhes piegas e aconselhando-os a emigrarem.
Este foi um Governo sem visão. Que admitiu que a sua solução para o país passava por “empobrecer”. Que destruiu ou paralisou todas as saudáveis iniciativas de modernização que estavam em curso, como o Plano Tecnológico, a aposta nas renováveis, o carro elétrico, a reconversão do Parque Escolar, etc. Que não adotou uma única medida relevante de desburocratização e simplificação administrativa, tendo, pelo contrário, regredido neste domínio. Que, por pura cegueira política, matou o programa de qualificação de adultos e de jovens (Novas Oportunidades) que tinha sido elogiadíssimo internacionalmente. Que praticamente deu cabo da Ciência em Portugal, estrangulando os centros de investigação e afunilando drasticamente as bolsas de doutoramento.
Este foi um Governo sem preocupações sociais. Que invocou a “ética na austeridade”, mas invariavelmente piorou as condições de vida dos mais desfavorecidos, deixando muitos totalmente desprotegidos. Que quis evitar um “cisma grisalho”, mas não fez outra coisa senão dificultar a vida aos reformados.
Este foi um Governo de enorme descaramento. Que, para se justificar, inventou um “desvio colossal” nas contas que vinham de trás, o qual nunca foi demonstrado. Cujo ex-Ministro das Finanças, do alto da sua arrogância e sobranceria, nos tratava a todos como atrasos mentais. E cuja Ministra das Finanças contratou swaps (e cujo ex-Secretário de Estado vendeu swaps), que depois foram “avaliados” pela própria, procurando assacar responsabilidades ao anterior Governo.
Este foi um Governo politicamente trapalhão. Um Governo que inventou os briefings, autênticos tiros nos pés que criaram mais problemas do que resolveram, tendo desparecido tão depressa quanto surgiram. Um Governo que transformou o irrevogável em revogável e que transpôs inúmeras linhas vermelhas. Um Governo em que os Ministros sistematicamente dizem e desdizem e entre eles se contradizem. Um Governo em que as decisões são anunciadas ou mesmo aprovadas em Conselho de Ministros, para depois ainda serem alteradas.
Este foi um Governo que teve Miguel Relvas como Ministro e Marco António Costa como Secretário de Estado.
É justo reconhecer que as condições em que o atual Executivo teve de governar foram particularmente difíceis. Mas isso não pode desculpar tudo. A verdade é que o PSD e o CDS não tiveram uma única ideia mobilizadora, resumindo toda a sua agenda à austeridade (e, mesmo assim, nunca conseguiram atingir os objetivos inicialmente propostos). Destruíram quase tudo o que estava a correr bem e não produziram qualquer legado duradouro. Enfim, deixaram-nos muito pior do que estávamos. Não procederam a qualquer reconversão estrutural da economia portuguesa, antes nos fizeram regredir em muitos aspetos. Por isso é urgente virar esta página negra. A boa notícia é que, como ontem disse António Costa, estamos a viver os primeiros dos últimos dias deste Governo de má memória.
Pavor no Vaticano
A conservadora "máfia" Vaticana tentou até agora bloquear as mudanças que o Papa Francisco quer fazer. Oxalá, ele consiga realizá-las. A situação actual, não é melhor do que a de quando reinava o Papa Rodrigo Borgia, aliás Alejandro VI. Há muitos e pesados interesses em jogo dentro do Vaticano.
Comentários que circulam entre a comunidade de inteligência em Roma, que indiciam que sectores radicais conservadores da Igreja Católica Romana, começaram a fazer duras críticas e ataques ferozes contra o Papa Francisco I, através dos meios de comunicação, sites, webs e redes sociais pela sua atitude reformista. Entre os argumentos de ataque dos radicais conservadores católicos, estão:
1. O Papa Francisco rompeu com a tradição e violou o rito vaticano ao realizar o lava-pés da Quinta-feira Santa fora dos muros vaticanos, na prisão dos menores "Casa de mármore", em Roma, incluindo dois muçulmanos e duas mulheres não católicas. Este é um facto inédito na história e tradição dos rígidos rituais da Igreja Romana. O ritualismo vaticano da Igreja Romana sempre, por séculos, desde a sua fundação, marginalizou a mulher nesses rituais.
Os conservadores olharam com horror o "sacrilégio" do sorridente Papa Francisco, a quem chamaram ironicamente de "Papa Adulador", expressão depreciativa que se refere a alguém que sorri sempre e se dá bem com todo mundo.
2. A negativa do Papa Francisco morar no apartamento papal no palácio do Vaticano, decidindo, para a sua segurança pessoal, morar na residência Santa Marta, o Hotel 4 estrelas do Vaticano, onde há muitas pessoas, e assim evitar o isolamento que rodeia o Papa, longe de tudo e todos. O Papa Francisco, quer estar ciente do que acontece ao seu redor e fora dos muros do Vaticano. No apartamento papal estaria guardado e vigiado, ou melhor, controlado e mediatizado e, o mais essencial desinformado e à mercê das "hienas vaticanas" que não interessa que o Papa saiba o que se passa no mundo.
3. No encontro de almoço com Bento XVI no Castelo Gandolfo, este confiou ao Papa Francisco, que uma das causas que influenciaram em sua renúncia foram as ameaças que recebeu e por receio de ser envenenado, pois já haviam tomado a decisão de matá-lo, pelo que Bento XVI, numa jogada para neutralizar esse atentado contra a sua vida, tornou pública a sua renúncia com a qual desarmou a tentativa do crime.
4. O alto poder fixado na cúpula vaticana está totalmente oposta aos planos do Papa Francisco de reformar, eliminar, modificar a pompa, o ritualismo e o luxo e ostentação da Igreja Católica Romana.
5. A Cúria Romana e os grupos de poder repudiam que o Papa Francisco tenha feito um convite público à Igreja Católica para estreitar o diálogo e as relações com o Islão.
Acusam-no de ser um relativista teológico.
6. O Papa Francisco marginalizou os mais altos cargos vaticanescos no acto e na cerimônia do lava-pés da Quinta-Feira Santa.
7. Acusam o Papa Francisco de ignorar as regras e normas da Igreja Católica Romana, já que, como Papa, está actuando sem consultar, nem pedir permissão a ninguém para fazer excepções sobre a forma com que as regras eclesiásticas se relacionam com ele.
8. A organização Opus Dei "Obra de Deus" proibiu (censurou) de todas as suas livrarias, quanto à venda do primeiro livro sobre o novo Papa Francisco I.
9. A Promotoria Romana Anti-corrupção fez importante confisco de centenas de caixas de documentos que comprometem e vinculam as finanças Vaticanas e as importantes personagens com a "máfia" italiana e gigantescas operações de lavagem de capitais e desvio de fundos do Vaticano num complicado mecanismo para fazer desaparecer dinheiro. Este escândalo será o "Sansão" que derrubará as colunas que sustentam a Capela Sistina e todos os edifícios da pomposa e luxuosa estrutura Vaticana.
10. Tanto a "Opus Dei", a "Maçonaria Iluminati ", importantes e influentes sectores bancários, os próprios Cardeais que formam a "máfia e o poder no Vaticano", sentem-se em iminente perigo pelo confisco destas caixas de documentos supremamente comprometedores por parte da Promotoria Romana Anti-corrupção e por parte do Papa Francisco que, tem toda a intenção de sanear e controlar as finanças Vaticanas e todos os negócios e investimentos deste multimilionário Estado Religioso.
11. Outra das situações que deixaram furiosos estes grupos que sempre foram o poder por trás do poder, é que o Papa Francisco não está de acordo em que delinquentes com batina vivam dentro de terreno do Vaticano, refugiados, escondidos, evadidos para não enfrentarem a lei. Por enquanto, enviou instruções para todo aquele com contas pendentes com processos ou acusações penais, saiam de solo Vaticano, já que no seu pontificado, o Vaticano não será santuário de infractores da lei. Imaginamos o que por aí vem. Deus o proteja dos lobos que em grande número já começam a rodeá-lo para caçá-lo.
Nota:
Francisco I ainda não foi assassinado, julgo eu (opinião muito pessoal), porque esses documentos da tal caixa de documentos valiosíssimos e comprometedores, confiscada por Francisco, estão algures bem guardados, com uma indicação simples mas muito frontal: Se eu for assassinado, coloquem em juizo e em publico toda esta lista de mafiosos aqui documentados. Os arquivos comprometedores do Vaticano, tornaram-se de um dia para o outro, por assim dizer, numa espécie de seguro de vida de D. Bergoglio. Se assim não fosse...
POR FERNANDO TAVARES
sábado, 11 de outubro de 2014
Gisela João - Meu Amigo Está Longe
Nem um poema, nem um verso, nem um canto,
Tudo raso de ausência, tudo liso de espanto
Amiga, noiva, mãe, irmã, amante,
Meu amigo está longe
E a distância é tão grande.
Nem um som, nem um grito, nem um ai
Tudo calado, todos sem mãe nem pai
Amiga noiva mãe irmã amante,
Meu amigo esta longe
E a tristeza é tão grande.
Ai esta magoa, ai este pranto, ai esta dor
Dor do amor sózinho, o amor maior
Amiga noiva mãe irmã amante,
Meu amigo esta longe
E a saudade é tão grande.
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