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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

A Revolta de Fevereiro de 1927 no Porto

A Revolta de Fevereiro de 1927, por vezes também referida como Revolução de Fevereiro de 1927, foi uma rebelião militar que ocorreu entre 3 e 9 de Fevereiro de 1927, desencadeada no Porto, cidade onde estava instalado o posto de comando dos insurrectos e se travaram os principais recontros, estendendo-se a partir do dia 5 a Lisboa.
Na génese deste levantamento terá estado o chamado «Grupo da Biblioteca Nacional». Alguns dos seus elementos tinham manifestado um sentimento de expectativa, quase de apoio, relativamente ao golpe militar de 28 de Maio de 1926, pois, como muitos outros portugueses, entendiam que era preciso pôr alguma ordem no caos que se vinha agudizando na vida política, económica e social do País.
No entanto, Ditadura Nacional, depressa começou a abandonar o seu carácter de medida transitória de normalização, como fora prometido, e a assumir um carácter protofascista, com o apoio da Igreja Católica e de algumas franjas sociais e intelectuais.
Alguns, logo se tinham apercebido desse perigo e, menos de um mês depois do golpe de Gomes da Costa, já o aludido grupo, onde pontificavam intelectuais como Raúl Proença e Jaime Cortesão, ambos ligados à «Seara Nova», conspirava activamente. Outro elemento desta conspiração era o general Adalberto Gastão de Sousa Dias, que se fizera notar na oposição ao putsch de 28 de Maio.
Se a conspiração começou em Lisboa, por que foi o Porto escolhido para desencadear a Revolta? Por diversas razões. O general Sousa Dias, indigitado comandante da revolta, estava internado, sob prisão no Hospital Militar do Porto. Existia naquela cidade um forte núcleo de republicanos, incluindo comandantes e oficiais de unidades militares ali sediadas. Em Lisboa, os comandos das unidades eram de cooptação mais complicada, o núcleo de democratas sendo mais vasto, era menos coeso. Sendo o levantamento bem sucedido no Porto, logo as adesões da capital seriam mais fáceis, acreditava-se. Finalmente, uma razão simbólica – o 31 de Janeiro de 1891, data em honra da qual se pensava iniciar a rebelião nesse dia, em 31 de Janeiro de 1927. E no Porto.
Ao general Sousa Dias, no comando, foram agregados o comandante Jaime de Morais, o capitão Sarmento Pimentel e o tenente João Pereira de Carvalho, Jaime Cortesão, capitão-médico à altura, pertencente ao núcleo duro da conspiração e que viera de Lisboa. E é com a ajuda de João Sarmento Pimentel e com a suas «Memórias do Capitão» que vou escrever este texto. Recorrerei, por vezes, às suas palavras.
Designado como elemento de ligação entre os dois pólos, Raul Proença partiu para o Porto no dia 21 de Janeiro, participando no planeamento das operações. Sarmento Pimentel, aliciado para o levantamento pelo general Simas Machado, logo dissera que só aderia «se a revolução rebentasse simultaneamente no Porto e em Lisboa». Simas Machado concordou com essa opinião, prometendo transmiti-la e apoiá-la. Como vamos ver, a questão da simultaneidade ficou afastada logo à partida.
Por razões imprevistas, a data inicial e simbolicamente marcada para 31 de Janeiro, foi adiada para 3 de Fevereiro, ficando decidido que começaria no Porto e que 12 horas depois Lisboa se sublevava também. Sarmento Pimentel, Jaime Cortesão, o comandante Jaime de Morais e José Domingues dos Santos assinaram a Proclamação Revolucionária que desencadeava formalmente o movimento.
De acordo com uma bem gizada ordem de operações, na madrugada de 3 de Fevereiro, o Regimento de Caçadores 9, saiu do quartel e começou a tomar posições em pontos estratégicos da cidade. Uma companhia da GNR aquartelada na Bela Vista em breve se lhe juntou. O Regimento de Cavalaria 6, de Penafiel, chegou também, embora sem a totalidade dos seus efectivos. De outras unidades da cidade que não haviam aderido ao movimento, foram chegando também oficiais, sargentos e praças que se identificavam com os objectivos do levantamento. Já no dia 4, chegou o Regimento de Artilharia de Amarante.
Dos respectivos quartéis os revoltosos dirigiram-se para a zona da Batalha, onde estavam as sedes do Quartel-General e do Governo Civil e onde ficava a mais importante estação do telégrafo. De acordo com o plano traçado, as posições no terreno começaram a ser ocupadas. Já no dia 4, no topo da Rua de 31 de Janeiro, na esquina com a Rua de Santa Catarina, foi colocada uma metralhadora, cobrindo as duas importantes vias do centro da cidade e vedando o eventual avanço das forças lealistas. Chamaram-lhe a “trincheira da morte”.
Mostro uma fotografia em que se vê a «trincheira». O oficial em pé e de capote é nem mais nem menos do que Emídio Guerreiro. Na manhã de 4, juntaram-se aos revoltosos o Regimento de Artilharia de Amarante, cujas peças de artilharia obrigaram as forças do Governo a refugiar-se no Monte da Virgem, prosseguindo a flagelação das posições rebeldes. Ainda na manhã do dia, o Regimento de Cavalaria 8, vindo de Aveiro, leal ao Governo, conseguiu atravessar a Ponte de D. Luís sob o fogo rebelde, mas foi detido pelas barricadas que defendiam a Praça da Batalha.
Outra metralhadora foi colocada por detrás da barricada erguida na junção das ruas de Cima da Vila e da Madeira. A Rua do Cativo estava coberta também por uma arma pesada, colocada à esquina do Hospital da Ordem do Terço. Também ao cimo da Rua do Corpo da Guarda, cobrindo o largo que época tinha o mesmo nome, foi montado um dispositivo idêntico. Duas peças de artilharia foram postas em prontidão na confluência da Alexandre Herculano (cujo pavimento foi levantado) com a Rua de Entreparedes. Efectivos de infantaria 6, de Penafiel, e da GNR, ocuparam a Rua Chã.
Basicamente, este era o dispositivo de defesa que foi rapidamente montado no perímetro pré-definido. Passou-se à vertente política – Em nome do «Comité Revolucionário do Norte», foi enviado um ultimato ao presidente da República, general Óscar Fragoso Carmona. Dizia: «Forças revolucionárias de todo o Norte impõem demissão do Gabinete Militar que abusivamente quis governar em nome do Exército, desejando a sua substituição por um Governo Nacional republicano e o regresso à Constituição».
No Porto, permaneceram fiéis à Ditadura, elementos do Regimento de Infantaria 18, do Regimento de Cavalaria 9 e o Regimento de Artilharia 5 , instalado em Gaia, na Serra do Pilar. A GNR declarou-se neutral, declarando-se disposta a garantir o policiamento das ruas da cidade. Informadas do que se passava, as forças fiéis ao Governo, mais numerosas e dispondo de mais meios, iam, mesmo antes de receber reforços, preparando o cerco.
Logo às primeiras horas de sedição, houve esporádicas trocas de tiros nas Ruas de Barros Lima e Montebelo (actual Avenida de Fernão de Magalhães); no Marquês de Pombal; na Praça dos Poveiros e no Largo do Padrão. Porém, os 12 feridos do primeiro dia de revolta atestam a brandura dos primeiros confrontos. Na madrugada do dia 3, a artilharia da Serra do Pilar entrou em acção. Dois obuses atingiram, na Rua de Gonçalo Cristóvão o quartel de Sapadores Bombeiros.
As forças governamentais, depois de algumas horas de desorganização, passaram a ser constituídas por uma parte reduzida do Regimento de Infantaria 18, que tinha como comandante o coronel Raul Peres, o Regimento de Cavalaria 9 e o Regimento de Artilharia 5, este aquartelado na Serra do Pilar. Na tarde do dia 3 de Fevereiro, sob o comando do coronel João Carlos Craveiro Lopes, chefe do estado-maior da Região Militar e governador militar da cidade, concentraram-se no quartel da Serra do Pilar e abriram fogo de artilharia contra os revoltosos.
Na própria manhã de 3 de Fevereiro, o Ministro da Guerra, coronel Passos e Sousa, saiu de Lisboa num comboio com destino a Vila Nova de Gaia, onde chegou ao fim da tarde. Assumiu o comando das forças governamentais até então comandadas pelo coronel Craveiro Lopes.
Durante essa primeira manhã da sedição, chegaram aos revoltosos reforços vindos de Valença. Desembarcaram na estação da Boavista, na Avenida da França, e marchando pela Carvalhosa, Cedofeita, Clérigos, Praça da Liberdade, Rua de 31 de Janeiro, atingiram a Batalha, onde se juntaram às forças rebeldes.
O cerco ia-se apertando, no entanto. O navio “Infante de Sagres” aportou a Leixões com reforços. Em Valbom, tropas governamentais tinham atravessado o rio e dirigiam-se a marcha forçada para o centro do Porto. Os combates tornavam-se, de hora para hora, mais renhidos. Violentos tiroteios ouviam-se perto da Batalha, no Bonfim, em Santo André (Poveiros), Padrão, Campo de 24 de Agosto, Rua do Duque de Loulé, Fontainhas, S. Lázaro…
No dia 4 de Fevereiro, e nos dias imediatos, juntaram-se aos revoltosos do Porto forças vindas de Penafiel, Póvoa do Varzim, Famalicão, Guimarães, Valença, Vila Real, Régua e Lamego. Vinda de Amarante chegou mais artilharia, a qual foi posicionada perto de Monte Pedral. A artilharia da Figueira da Foz foi detida na Pampilhosa quando se dirigia para o Porto. Começaram a chegar notícias de adesão de diversas unidades: Viana do Castelo, Figueira da Foz e Faro, Olhão, Tavira e Vila Real de Santo António. No entanto, a notícia mais esperada, a da adesão da guarnição de Lisboa não chegava e esses levantamentos locais foram jugulados rapidamente.
Às quatro da tarde do dia 5 houve intenso fogo de artilharia nas duas margens do Douro, um combate que causou baixas nos dois lados. Nessa manhã falhara uma tentativa de os combates pararem, com o comandante Jaime de morais e o major Severino (previamente vendados) a deslocar-se ao posto de comando governamental, instalado num edifício da Avenida das Devezas, em Gaia. O ministro foi inflexível: ou a rendição ou o bombardeamento e a destruição das posições rebeldes.
Finalmente, de Lisboa chegou a notícia da adesão de algumas unidades. Travavam-se duelos de artilharia na capital. No Porto, a esperança renasceu.
A partir de 5 de Fevereiro de 1927 começaram a verificar-se em Lisboa greves e agitação nos meios operários, solidários com os revoltosos do Porto. Os trabalhadores, pelo menos os mais politizados, sentiam-se revoltados com a imobilidade dos militares que, sabendo o que se estava a passar no Porto, salvo raras excepções, se mantinham nos quartéis. Operários socialistas, anarquistas, comunistas, de uma forma geral, organizados na Confederação Geral dos Trabalhadores, incitaram os militares a sair para as ruas.
Na verdade, o que estava planeado era que, 12 horas depois do levantamento militar do Porto, a revolta deveria eclodir em Lisboa, onde as unidades militares apoiadas por civis enquadrados pelas organizações operárias e democráticas, deveriam boicotar o envio de reforços às tropas governamentais no Norte, e imobilizar o aparelho militar e repressivo, dando tempo a que se consolidasse a situação no Porto o movimento se estendesse a unidades de outras regiões. Nada disso aconteceu
A realidade, sendo trágica, aparecia aos olhos dos trabalhadores lisboetas com dimensões ainda mais catastróficas – os democratas do Porto estavam a ser chacinados, constava. A agitação cresceu no dia 6 de Fevereiro quando grupos de civis se amotinaram, sendo reprimidos pela Polícia e pela GNR. O Café Brasileira e outros pontos, foram encerrados pela polícia, sob o pretexto de que eram locais onde se realizavam comícios revolucionários.
Os marinheiros do Arsenal, honrando as tradições da Armada, revoltaram-se e, acompanhados por civis armados, assaltaram a Brigada do Alfeite. Ao mesmo tempo, os ferroviários do Sul-e-Sueste declararam no Barreiro uma greve geral, paralisando o tráfego de comboios a sul do Tejo. O Governo respondeu com a ocupação militar das estações e vias férreas.
No dia 7, quando no Porto o movimento agonizava, apareceram as primeiras adesões entre os militares. Adesões hesitantes, movidas mais pela solidariedade com os militares do Porto do que pela consciência revolucionária. «Revolução do remorso», classificou-a Sarmento Pimentel quando se referia ao estertor da Revolta no Porto: «Nós, os do Porto, chamámos àquele levante tardio de Lisboa, a “Revolução do remorso”. É claro que a ditadura, podendo bater os seus inimigos, primeiro um e, depois deste vencido, o outro, esmagou este retardatário impiedosamente. Deu-se até ao desporto de andar a caçar a tiro, nas ruas de Lisboa, os republicanos tresmalhados, como quem caça coelhos».
O comandante Agatão Lança foi o líder militar do levantamento, tendo como segundo comandante o coronel José Mendes dos Reis. Face à recusa de adesão das principais unidades do Exército, estas forças eram constituídas por marinheiros, unidades da Guarda Nacional Republicana, e, por civis armados, alguns deles ex – membros da Movimento da Formiga Branca.
Dando lastro e peso militar ao movimento, aderiram alguns vasos de guerra, como, por exemplo o cruzador Carvalho Araújo, sob o comando do comandante João Manuel de Carvalho e a canhoneira Ibo. Concentrados no Arsenal, os rebeldes foram atacados pelos aviões do Exército (a Força Aérea Portuguesa só foi constituída como ramo independente em 1952, pela junção da Aeronáutica Militar – Exército – e Aviação Naval – Marinha).
Em Lisboa a defesa governamental teve o comando do general Luís Manuel Domingues e, depois do dia 9, do ministro da Guerra, Passos e Sousa, regressado do Porto. As principais unidades apoiaram o Governo, deixando os revoltosos isolados e pobremente municiados, apesar de terem assaltado o Depósito de Material de Guerra e a Fábrica das Armas.
Na noite de 8, o Ministro da Guerra entrara em Lisboa, num ambiente de euforia dos seus apoiantes, dada a vitória no Porto. Com ele vieram tropas disponibilizadas, depois de jugulada a rebelião na Invicta. Assumiu o controlo das forças leais e apertou o cerco aos revoltosos de Lisboa, aos quais exigiu, como no Porto, a rendição incondicional.
Na tarde seguinte, a 9 de Fevereiro, pelas 19.30 horas, já sem munições, Mendes dos Reis aceitou a render-se sem condições. A ameaça de fuzilamento sumário dos civis que fossem encontrados armados, que já fora feita no Porto, cumpriu-se em Lisboa: no dia 9, junto ao chafariz do Largo do Rato, vários civis e marinheiros foram executados por fuzilamento. Em Lisboa, os combates, que cessaram no dia 10, causaram cerca de 90 mortos e mais de 400 feridos.
Logo o Núncio Apostólico transmitiu ao Governo da Ditadura Militar, em nome dos países com embaixada em Lisboa, as felicitações por ter restabelecido a ordem e a normalidade. Também algumas associações patronais se apressaram a louvar o Governo e o Exército.
Em 15 de Fevereiro, por decreto governamental, todos os funcionários públicos de algum modo envolvidos nos acontecimentos do Porto e de Lisboa, foram demitidos. Outro decreto, com a mesma data, dissolvia todas as unidades do Exército e da GNR que houvessem tomado parte na Revolta. Todos os partidos e organizações políticas que se tivessem associado ao movimento, foram igualmente dissolvidos.
No dia 16, Raul Proença e Jaime Cortesão, ligados à «Seara Nova» e à estrutura política e militar do movimento, foram demitidos, respectivamente, dos cargos de Director Geral e de Director dos Serviços Técnicos da Biblioteca Nacional. O mesmo aconteceu a muitos outros intelectuais.
Em 26 de Março foi criado em Lisboa uma polícia política – a Polícia Especial de Informações, embrião da polícia política do Estado Novo (a futura PVDE, depois, PIDE), sendo recrutados agentes da extinta Polícia Preventiva de Segurança do Estado. Em 11 de Abril é igualmente criada uma Polícia Especial de Informações no Porto. Em 27 de Maio, o Governo decretou a dissolução da Confederação Geral dos Trabalhadores. O órgão oficial da CGT, A Batalha, fora assaltado por manifestantes no dia 6 de Maio.
Em conclusão: a Revolução de Fevereiro de 1927 foi talvez mais útil para o Governo que, saído do golpe militar de 28 de Maio de 1926, se ia consolidando, pois lhe permitiu dar vários passos no sentido de instaurar um regime autoritário que correspondia aos desejos de amplos sectores da sociedade, nomeadamente da Igreja Católica, e das classes possidentes, comerciantes e industriais. Havia também gente que, perfilhando o ideal republicano e democrático, entendia que era tempo de fazer uma pausa e arrumar a casa.
O movimento de Fevereiro de 1927 permitiu à Ditadura, como dizia, começar a criar um aparelho repressivo a todos os níveis, aparelho que iria constituir a pedra angular do Estado Novo. Considerando a Ditadura a única alternativa aos caos da Democracia, até alguns republicanos entenderam que este punho firme era a solução para os problemas nacionais.
Os que apoiavam a Ditadura, a criação de um Estado autoritário e despótico, não perderam tempo – em 9 de Fevereiro, ainda se trocava tiros em Lisboa, foi criada a Confederação Académica da União Nacional, o primeiro movimento civil de apoio à ditadura, criado por Vicente de Freitas. Embrião da União Nacional, o partido único que iria durar até 1969, quando Marcelo Caetano o crismou de Acção Nacional Popular, teve desde logo o apoio da imprensa de direita e, claro, da Igreja Católica.
Militares e civis deportados na sequência da Revolta de Fevereiro de 1927.
No entanto, a Oposição teve também algumas vantagens. Em 12 de Março de 1927 foi criada em Paris a Liga de Defesa da República, integrando exilados políticos de diversas tendências – António Sérgio, Afonso Costa, Jaime Cortesão, entre muitos outros.
Mas o chamado «Reviralhismo» não parou – logo em Junho de 1927, com o desacordo dos «liguistas», um grupo de oficiais exilados na Galiza, enviava clandestinamente a Portugal o capitão Jaime de Morais, para tentar chegar a um acordo com a União dos Oficiais Republicanos, dirigida pelo tenente-coronel Ribeiro de Carvalho e pelo comandante Cunha Aragão. Liderado pelo general Norton de Matos, foi criado um comité para uma novo movimento revolucionário.
A bem dizer, o espírito reviralhista, alimentado pela chama da Revolta de Fevereiro de 1927, consumou-se em 25 de Abril de 1974.

Muerte y resurrección de Keynes

Primeiras páginas de alguns diários de hoje 02/02/2011

GENERALISTAS

Correio da Manhã


Jornal de Notícias-País


Público


Diário de Notícias

i

O Primeiro de Janeiro

Destak

Metro - Lisboa


A Bola

DESPORTIVOS
Record


O Jogo


ECONÓMICOS

Diário Económico


Jornal de Negócios


Oje- Portugal

PONTE DE SEQUEIROS




PONTE DE SEQUEIROS

A Ponte de Sequeiros localiza-se na freguesia do Vale Longo, concelho do Sabugal, distrito da Guarda, em Portugal.

Trata-se de exemplar de ponte fortificada sobre o rio Côa, que permite a travessia do rio numa vertente de grandes afloramentos graníticos, constituindo-se estes, por si próprios, numa defesa natural.

De construção provável no século XIII, esta ponte seria um marco de fronteira antes da incorporação das terras do Riba-Côa no território nacional pelo Tratado de Alcanices.

Em estilo românico, a ponte é sustentada por três arcos plenos, sendo o central de maior diâmetro. Em um de seus lados apresenta uma torre de planta quadrada com vão também em arco pleno. O seu pavimento é lageado com continuidade em calçada.

Teorema do Burro... Há cálculos que nunca falham :)


TEOREMA DO BURRO

Afinal a matemática é simples, nós é que não sabemos aplicar bem as fórmulas...

Equação 1
Humano = comer + dormir + trabalhar + curtir
Burro = comer + dormir

Então:
Humano = Burro + trabalhar + curtir

Portanto:
Humano - curtir = Burro + trabalho

Por outras palavras,

Um Humano que não sabe curtir = Burro que trabalha.


Equação 2


Homem = comer + dormir + ganhar dinheiro
Burro = comer + dormir



Então:
Homem = Burro + ganhar dinheiro


Portanto:
Homem - ganhar dinheiro = Burro


Por outras palavras,


Um Homem que não ganha dinheiro = Burro.



Equação 3


Mulher = comer + dormir + gastar dinheiro
Burro = comer + dormir



Então:
Mulher = Burro + gastar dinheiro


Portanto:
Mulher - gastar dinheiro = Burro



Por outras palavras,


Uma Mulher que não gasta dinheiro = Burro


Podemos concluir através das equações 1 e 2:


Um Homem que não ganha dinheiro = Uma mulher que não gasta dinheiro



Então:

Postulado 1:


O Homem ganha dinheiro para que a mulher não se torne burra!


Postulado 2:


A Mulher gasta dinheiro para que o Homem não se torne burro!

Assim, temos:

Homem + Mulher = Burro + ganhar dinheiro + Burro + gastar dinheiro


Por último, dos postulados 1 e 2, podemos concluir que:


Homem + Mulher = 2 Burros que vivem felizes juntos!


--
João J. C.Couto

Fantástico comercial de cerveja


Este comercial de cerveja japonesa é detalhado, incrível / fantasia
Sério, essa propaganda de cerveja japonesa é como assistir a um filme de aventura.

Para o dia bem disposto

Um elefante vê uma cobra pela primeira vez. Muito intrigado pergunta:
- Como é que fazes para te deslocar? Não tens patas!...
- É muito simples responde a cobra - rastejo, o que me permite avançar.
- Ah... E como é que fazes para te reproduzires? Não tens tomates!..
.- É muito simples responde a cobra já irritada ponho ovos.
- Ah... E como é que fazes para comer? Não tens mãos nem tromba para levar a comida à boca!...
- Não preciso! Abro a boca assim, bem aberta, e com a minha enorme garganta engulo a minha presa directamente
.- Ah... Ok! Ok! Então, resumindo.... Rastejas, não tens tomates e só tens garganta... És Deputado de que partido?

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Puto Inteligente



A professora estava com dificuldades com um dos alunos.

- Lucas, qual é o problema?

- Sou demasiado inteligente para estar no primeiro ano. A minha irmã está no
terceiro ano e eu sou muito mais inteligente do que ela, quero ir para o
terceiro ano também!

A professora vê que não vai conseguir resolver o problema e manda-o para o
conselho directivo.

Enquanto Lucas está na sala de espera, a professora explica a situação ao
director, este decide fazer um teste ao miúdo.

A professora então chama o Lucas e explica-lhe que lhe vão fazer um teste e
caso ele responda correctamente a todas as perguntas passará automaticamente
para o terceiro ano.

O Director começa:

- Lucas, quantos são 8 vezes 3?
- 24.

 - E quantos são 6 vezes 9?

- 54.

- Qual é o rio que separa a Galiza da província do Minho e onde desagua?

- O rio Minho que desagua em Caminha.

-Qual o nome e cognome do ultimo rei da 1ª dinastia?

- D. Fernando, o Formoso.

 E o director continua com as perguntas a que um aluno do terceiro ano deve
saber responder e Lucas não erra nada. O director diz para a professora:


- Acho que vamos mesmo ter que passar o Lucas para o terceiro ano.

- Posso fazer algumas perguntas também, Sr.Director? Pergunta a professora.


O director concorda e a professora começa:

- A vaca tem quatro e eu só tenho duas o que é?

Lucas pensa um instante e responde:

- Pernas.

Ela faz-lhe outra pergunta:

- O que é que tu tens nas tuas calças que eu não tenho nas minhas?

O director arregala os olhos, mas não tem tempo de interromper...

- Bolsos. Responde Lucas.

- O que é que entra na frente da mulher e que só pode entrar atrás no homem?

Estupefacto com as questões, o director prende a respiração...

- A letra "M". Responde o miúdo.

A professora continua o questionário:

- Onde é que a mulher tem o cabelo mais encaracolado?

- Em África.

- O que é que é mole, mas na mão das mulheres fica duro?

- O verniz.

- O que é que as mulheres têm no meio das pernas?

- Os joelhos.

- O que é que a mulher casada tem mais larga que a solteira?

- A cama.

- Qual o monossílabo técnico que começa com a letra C e termina com a Letra
U e ora está sujo ora está limpo?

- O céu.

- O que é que começa com C tem duas letras, um buraco no meio e eu já dei a
várias pessoas?

- CD.

Não se contendo mais, o director interrompe, respira aliviado e diz à
professora:

- Ponha o Lucas no quarto ano. Até agora EU errei todas!

--
João J. C.Couto

Los jardines de Versalles (Les jardins du Versailles)

Palacio de Versalles Segunda Parte

Palacio de Versalles, Parte primera

La Europa del Rey Sol

Presentación Luis XIV

Para um dia bem disposto

O carteiro que roubava os cheques das reformas aos velhos pensionistas, morre e vai para o inferno. Lá encontra o Diabo que lhe diz:
- Como castigo pelos teus pecados em vida, vais ficar uma eternidade dentro de um imenso tanque cheio de merda e atolado até ao queixo.
Ele olha para o lado e vê o Ministro Teixeira dos Santos, dentro do mesmo tanque com a merda só pela cintura.
O carteiro irritado, chama o demónio e reclama:
- Desculpa lá!! Assim não dá!! Tem dó, eu não roubei tanto assim! Só roubei o dinheiro dos reformados de Vila Nova de Gaia, mas nunca ninguém conseguiu provar nada contra mim e estou aqui quase afogado em merda, enquanto o Ministro Teixeira dos Santos que roubou o ordenado e a reforma a tantos funcionários públicos e pensionistas, está atolado em merda só até à cintura?
O diabo, muito zangado, olha para o Ministro Teixeira dos Santos e grita:
- Teixeira dos Santos! Sai já de cima da cabeça do Sócrates!!!!!

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Curiosidades


 

CURIOSIDADES...

 



Se   gritares durante   8 anos, 7 meses e cinco dias, terás produzido energia sonora suficiente para aquecer uma xícara de café.


(Não parece valer a pena.)



O coração humano produz pressão suficiente para jorrar o sangue para fora do corpo a uma distância de 10 metros .


(Uau!)



O orgasmo de um porco dura 30 minutos.



(Porque é que a natureza foi tão generosa logo com o porco?)



Uma barata pode sobreviver 9 dias sem  cabeça até morrer de fome.



(Ainda não consegui esquecer o porco)



Bater com a cabeça contra a parede continuamente gasta em média 150 calorias por hora.



(Não tente isso em casa; talvez no trabalho!)



O louva-deus macho não pode copular enquanto a sua cabeça estiver ligada ao corpo. A fêmea inicia o acto sexual arrancando-lhe a cabeça.



(Aí está a origem do ditado: perde-se a cabeça por um bom ....')



A pulga pode pular até 350 vezes o comprimento do seu próprio corpo. É como se um homem pulasse a distância de um campo de futebol.



(Trinta minutos...que porco sortudo! Dá pra imaginar?)



O bagre tem mais de 27 000 papilas gustativas.



(O que é que pode haver de tão saboroso no fundo de um rio?)



Alguns leões  acasalam até 50 vezes  num dia.



(Que porco sortudo....qualidade é melhor que quantidade!)



As borboletas sentem o gosto com os pés.



(Isso eu sempre quis saber)



O músculo mais forte do corpo é a língua.



(Hmmmmmmmm...)



Pessoas destras vivem em média 9 anos mais do que as canhotas.



(E se a pessoa for ambidestra?)



Elefantes são os únicos animais que não conseguem pular.



(E é melhor que seja assim!)



A urina dos gatos brilha quando exposta à luz negra.



(E alguém foi pago para descobrir isso?!)


O olho de uma avestruz é maior do que o seu cérebro.


(Conheço gente assim)



As Estrelas-do-mar não têm cérebros.



(Conheço gente assim também)



Ursos polares são canhotos.



(Se eles começarem a usar o outro lado, viverão mais)



Os seres humanos e golfinhos são as únicas espécies que fazem sexo por prazer.



(E aquele porco???)


Agora que  já deste pelo menos uma risadinha, é hora de mandar esses factos malucos para alguém que mereça rir também, ou seja... TODO MUNDO!

 


 

MAS QUE SORTE A DO PORCO, HEIN! 

heheheheh


--
João J. C.Couto

Anda tudo a pé

Um pai tinha 3 filhos.

O mais velho pediu:

-Oh pai, queria 1 carro! Na faculdade só eu não tenho!

-Só quando eu pagar o tractor.

Vem o outro:

-Oh pai quero uma moto!

-Só quando eu pagar o tractor.

A seguir vem  o mais novo.

-Pai quero uma bicicleta!

-Só quando eu pagar o tractor.

O miúdo vai pró quintal amuado, vê o galo em cima da galinha, dá-lhe  um
pontapé e diz:

-Nesta casa, enquanto o pai não pagar o tractor, anda tudo a pé!!!*

Orinoco Flow - Enya *NICE QUALITY* Twitter: @rodsmuller

Edith Piaf - Non, Je ne regrette rien

Marlene Dietrich Lili Marleen

Lili marleen

Lili Marlene

A cor do horto gráfico






 A cor do horto gráfico

aprovado pela nova Ministra do saber



Última actualização do dicionário de língua portuguesa - novas entradas:

Testículo: Texto pequeno
Abismado: Sujeito que caiu de um abismo
Pressupor: Colocar preço em alguma coisa
Biscoito: Fazer sexo duas vezes
Coitado: Pessoa vítima de coito
Padrão: Padre muito alto
Estouro: Boi que sofreu operação de mudança de sexo
Democracia: Sistema de governo do inferno
Barracão: Proíbe a entrada de caninos
Homossexual: Sabão em pó para lavar as partes íntimas
Ministério: Aparelho de som de dimensões muito reduzidas
Detergente: Acto de prender seres humanos
Eficiência: Estudo das propriedades da letra F
Conversão: Conversa prolongada
Halogéneo: Forma de cumprimentar pessoas muito inteligentes
Expedidor: Mendigo que mudou de classe social
Luz solar: Sapato que emite luz por baixo
Cleptomaníaco: Mania por Eric Clapton
Tripulante: Especialista em salto triplo
Contribuir: Ir para algum lugar com vários índios
Aspirado: Carta de baralho completamente maluca
Assaltante: Um 'A' que salta
Determine: Prender a namorada do Mickey Mouse
Vidente: Aquilo que o dentista diz ao paciente
Barbicha: Bar frequentado por gays
Ortográfico: Horta feita com letras
Destilado: do lado contrário a esse
Pornográfico: O mesmo que colocar no desenho
Coordenada: Que não tem cor
Presidiário: Aquele que é preso diariamente
Ratificar: Tornar-se um rato
Violentamente: Viu com lentidão


E

Língua "perteguesa"... PORQUE O SABER NÃO OCUPA LUGAR!

Prontus
Usar o mais possível. É só dar vontade e podemos sempre soltar um 'prontus'! Fica sempre bem.


Númaro

Também com a vertente 'númbaro'. Já está na Assembleia da República uma proposta de lei para se deixar de utilizar a palavra NÚMERO, a qual está em claro desuso. Por mim, acho um bom númaro!


Pitaxio
Aperitivo da classe do 'mindoím'.


Aspergic

Medicamento português que mistura Aspegic com Aspirina
 

Alevantar
O acto de levantar com convicção, com o ar de 'a mim ninguém me come por parvo!... alevantei-me e fui-me embora!'.


Amandar

O acto de atirar com força: 'O guarda-redes amandou a bola para bem longe'



Assentar

O acto de sentar, só que com muita força, como fosse um tijolo a cair no cimento.


Capom

Tampa de motor de carros que quando se fecha faz POM!


Destrocar

Trocar várias vezes a mesma nota até ficarmos com a mesma.


Disvorciada

Mulher que diz por aí que se vai divorciar.


É assim...

Talvez a maior evolução da língua portuguesa. Termo que não quer dizer nada e não serve para nada. Deve ser colocado no início de qualquer frase.


Entropeçar

Tropeçar duas vezes seguidas.


Êros

Moeda alternativa ao Euro, adoptada por alguns portugueses.

Também conhecida por "aéreos"



Falastes, dissestes...

Articulação na 4ª pessoa do singular. Ex.: eu falei, tu falaste, ele falou, TU FALASTES...


Fracturação

O resultado da soma do consumo de clientes em qualquer casa comercial. Casa que não fractura... não predura.


Há-des

Verbo 'haver' na 2ª pessoa do singular: 'Eu hei-de cá vir um dia; tu há-des cá vir um dia...'


Inclusiver

Forma de expressar que percebemos de um assunto. E digo mais: eu inclusiver acho esta palavra muita gira. Também existe a variante 'Inclusivel'.



A forma mais prática de articular a palavra MEU e dar um ar afro à língua portuguesa, como 'bué' ou 'maning'. Ex.: Atão mô, tudo bem?


Nha

Assim como Mô, é a forma mais prática de articular a palavra MINHA. Para quê perder tempo, não é? Fica sempre bem dizer 'Nha Mãe' e é uma poupança extraordinária.



Parteleira

Local ideal para guardar os livros de Protuguês do tempo da escola.


Perssunal

O contrário de amador. Muito utilizado por jogadores de futebol. Ex.: 'Sou perssunal de futebol'. Dica: deve ser articulada de forma rápida.


Prutugal

País ao lado da Espanha. Não é a Francia.


Quaise

Também é uma palavra muito apreciada pelos nossos pseudo-intelectuais... Ainda não percebi muito bem o quer dizer, mas o problema deve ser meu.


Stander

Local de venda. A forma mais famosa é, sem dúvida, o 'stander' de automóveis. O 'stander' é um dos grandes clássicos do 'português da cromagem'...


Tipo

Juntamente com o 'É assim', faz parte das grandes evoluções da língua portuguesa. Também sem querer dizer nada, e não servindo para nada, pode ser usado quando se quiser, porque nunca está errado, nem certo. É assim... tipo, tás a ver?


Treuze

Palavras para quê? Todos nós conhecemos o númaro treuze.
 

João J. C.Couto

Irmãos Catita - Sem Pés Nem Cabeça, in Mundo Catita

Vitor Miranda - O Fado da Meia Laranja

Fado do Barnabé - Irmãos Catita

Irmãos Catita: Drogado

Mais um poema de excelente qualidade!...

Irmãos Catita - Eu Vi Um Porco (feat Miss Suzy) (audio)


Que dizer de uma letra tão erudita!

O 31 de Janeiro De 1891

Trinta e Um de Janeiro de 1891

Trinta e Um de Janeiro de 1891



No decorrer da segunda metade do século XIX, a Europa conhece um forte desenvolvimento económico com um correspondente aumento da produção. Esta situação exige das potências europeias, como a Inglaterra, a Alemanha ou a França, a exploração de novos mercados e de novas fontes de matérias-primas. É neste contexto que se afirma o crescente interesse destes países pelo continente africano e pelo expansionismo colonial.
Alertados para essas pretensões, sobretudo após a Conferência de Berlim (1884-85), alguns portugueses têm a pretensão de formar um vasto território na África Central, um novo Brasil, ligando os litorais de Angola e Moçambique - o chamado "Mapa cor-de-rosa". No entanto, esta pretensão chocava com os planos do expansionismo inglês. Daí que a Inglaterra responda com um ultimato ao governo português que este acaba por acatar.
A humilhação subsequente da população portuguesa desemboca na revolta republicana ocorrida na guarnição militar do Porto, na madrugada de 31 de Janeiro de 1891. Sendo o culminar de uma onda de descontentamento que o ultimato de Janeiro de 1890 gerara em todo o país, foi a primeira revolta de cariz republicano a abanar as estruturas monárquicas.
Após o Ultimato inglês, generaliza-se um pouco por todo o país, e sobretudo entre as classes mais esclarecidas, a crença de que o sistema republicano seria a única tábua de salvação.
Nas cidades de Lisboa e Porto, com especial incidência nesta última, conspirava-se por todo o lado, de forma aberta e participada por vários sectores da cidade, em que se destacaram estudantes, jornalistas, juristas e sargentos. A impunidade com que os republicanos portuenses se moviam e proclamavam os seus ideais fê-los crer que a revolta teria a adesão das forças militares estacionadas no Porto. Este facto explica a precipitação e a profusão de erros estratégicos cometidos pelos revoltosos.
Assim, ao contrário do esperado pelos republicanos, a maior parte dos regimentos não saiu dos quartéis. Só o batalhão de Caçadores 9, comandado por sargentos, a que mais tarde se juntou o alferes Malheiro e alguns batalhões chefiados pelo capitão Leitão, aderiram à intentona, concentrando-se no Campo de Santo Ovídio, hoje Praça da República. Daí, dirigiram-se aos Paços do Conselho por entre vivas à República. Aí foi proclamada por Alves da Veiga a implantação da República e anunciada a constituição de um Governo Provisório.
Parecia que a revolta estava terminada, apesar da fraca adesão dos militares, em especial do corpo de oficiais da cidade.
No entanto, quando as tropas revoltosas subiram a rua de Santo António, hoje 31 de Janeiro, para se juntarem à Guarda Municipal, esta abriu fogo do cimo da rua sobre os revoltosos e civis que os acompanhavam.
Os revoltosos ainda se refugiam no edifício da Câmara, mas a derrota estava consumada.

A Revolta de 31 de Janeiro de 1891

Foi há 120 anos



A Revolta de 31 de Janeiro de 1891 foi o primeiro movimento revolucionário que teve por objectivo a implantação do regime republicano em Portugal.
A revolta teve lugar na cidade do Porto, registando-se um levantamento militar contra as cedências do Governo (e da Coroa) ao Ultimatum inglês por causa do Mapa Cor-de-Rosa, que pretendia ligar, por terra, Angola a Moçambique. As figuras cimeiras da "Revolta do Porto" foram o capitão Leitão, o alferes Malheiro, o tenente Coelho, o dr. Alves da Veiga, o actor Verdial e Santos Cardoso, além de vultos eminentes da cultura como João Chagas, Aurélio da Paz dos Reis, Sampaio Bruno, Basílio Teles, entre outros.

Os revoltosos descem a Rua do Almada, até à Praça de D. Pedro, (hoje Praça da Liberdade), onde, em frente ao antigo edifício da Câmara Municipal do Porto, ouviram Alves da Veiga proclamar o governo provisório da República, e hastear uma bandeira vermelho e verde. Com fanfarra, foguetes e vivas à República, a multidão decide subir a Rua de Santo António, em direcção à Praça da Batalha, com o objectivo de tomar a estação de Correios e Telégrafos.

No entanto, o festivo cortejo foi bruscamente interrompido por uma forte carga de artilharia e fuzilaria da Guarda Municipal, posicionada na escadaria da igreja de Santo Ildefonso, no topo da rua, vitimando indistintamente militares revoltosos e simpatizantes civis. Terão sido mortos 12 revoltosos e 40 feridos.

A reacção oficial seria implacável, tendo os revoltosos sido julgados por Conselhos de Guerra, a bordo de navios de guerra, ao largo de Leixões. Para além de civis, foram julgados 505 militares. Seriam condenados a penas entre 18 meses e 15 anos de prisão mais de duzentas pessoas.

Em memória desta revolta, logo que a República foi implantada em Portugal, a então designada Rua de Santo António foi rebaptizada para Rua de 31 de Janeiro.



Primeiras páginas de alguns diários de hoje 31/1/2011

GENERALISTAS

Correio da Manhã


Jornal de Notícias-País


Público

Diário de Notícias

i


O Primeiro de Janeiro

Destak


Metro - Lisboa

DESPORTIVOS

A Bola


Record


O Jogo


ECONÓMICOS

Diário Económico


Jornal de Negócios

Oje- Portugal

domingo, 30 de janeiro de 2011

Barragem do Alqueva.avi

Parva que sou - Deolinda @ Coliseu do Porto, 23 de Janeiro de 2011


Que Parva que sou - letra da nova canção do grupo Deolinda


Sou da geração sem remuneração
e não me incomoda esta condição.
Que parva que eu sou!
Porque isto está mal e vai continuar,
já é uma sorte eu poder estagiar.
Que parva que eu sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.

Sou da geração ‘casinha dos pais’,
se já tenho tudo, pra quê querer mais?
Que parva que eu sou
Filhos, maridos, estou sempre a adiar
e ainda me falta o carro pagar
Que parva que eu sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.

Sou da geração ‘vou queixar-me pra quê?’
Há alguém bem pior do que eu na TV.
Que parva que eu sou!
Sou da geração ‘eu já não posso mais!’
que esta situação dura há tempo demais
E parva não sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.


Eu sou o PM (Rui Unas feat Claudia Semedo ou José Socrates feat Rihanna)

Ex-deputado em uniao gay

Ex-deputado em uniao gay