Há poucos dias, o governo português apresentou o
PEC 4 - Programa de Estabilização e Crescimento, enquanto todo um mundo à sua volta, se encontra em notória instabilidade por variadíssimos factores de ordem.
Este governo actual, em evidente falência política resume-se à dupla, José Sócrates, o Primeiro-Ministro, e o Ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, que por vezes se desdobra em quatro, juntando se, o encarniçado Ministro da Defesa, Augusto Santos Silva e o homem dos contactos, que prospecta Negócios Estrangeiros, Luís Amado. O destino de Portugal, nas suas decisões centrais, passam por estes actores.
Vem agora, este quarteto maravilha, encenar uma aludida orquestração, para que, imagine-se a patologia profunda, continuarem no poder. Uma orquestração, que dentro das cabeças destas figuras, se acham os salvadores da pátria.
E não falam a verdade, estes batoteiros. O mantra repetido de que evitam
de toda a maneira a ajuda externa é falso, Portugal tem sido "ajudado" pelo o FMI e pelo BCE de
maneira informal.
Pela
maneira informal, às vezes é mesmo infernal
. Não é por acaso que o computador portátil do BPN que fazia empréstimos à tripa forra, tenha feito certa jurisprudência nas
dermaches de processos.
Ao mesmo tempo que se desmultiplicam por todos os lados na comunicação social, analistas e comentadores, a falarem de
miles milhões para aqui e para ali, sem terem a noção da realidade prática da vida do dia-a-dia do país, como também desbundam em todo o tipo de cenários.
No meio destas ressacas governativas, misturas de pseudo-genialidades, pois acham-se geniais, e clamorosos meter a "pata na poça", vêm anunciar aquilo que deveria ser a
última coisa a ser mexida; as pensões mais baixas e as comparticipações dos medicamentos.
Estas medidas irão afectar a zona mais frágil da sociedade, a pobreza escondida dos idosos, principalmente a das mulheres, que sobrevivem sozinhas, viúvas, com pensões de algumas centenas de euros, que não se manifestam, que já não podem trabalhar, que têm dificuldades de mobilidade, que têm dificuldade em preencher os impressos, que mal sabem escrever, muitas por terem começado a trabalhar ainda crianças, no duro, na fábrica ou na lavoura coberta pela geada da madrugada. Estas mulheres deram à luz muitas vidas, trabalharam que só, e são muitas que fazem o singelo favor de viver. As que não acumularam boas poupanças e sobrevivem com o pragmatismo natural de quem tem o gene bem inculcado de existir, foram esquecidas pelos familiares, numa sociedade cada vez mais desenraízada.
Estas vestutas senhoras, carregam em si a experiência da vida, a sabedoria do tempo, e são muitas, apesar de estarem longe dos holofotes, por circunstâncias da vida, vivem em apartamentos das grandes urbes, nas cidades satélites das grandes Lisboa e Porto. São umas heroínas... das vicissitudes que a idade acarreta.
Para estes governantes estas
questões são de lana caprina e daí se revela a pobreza de espírito destes pujés.
Significado de Lana-caprina:
substantivo feminino; insignificância, pouca monta, menor importância, bagatela, questões de lana-caprina (do latim lana + caprinus). Origem:
A expressão vem do Latim «lana caprina» (lã de cabra). De facto, a lã de cabra é de qualidade inferior à lã de ovelha, o que propiciou a evolução semântica da expressão. James Last - Latin America