Previsão do Tempo

domingo, 27 de março de 2011

Ser feliz ou ter razão. Excelente!!!

 

 

Assunto: Ser feliz ou ter razão?

O TEXTO É BEM PEQUENININHO E INTERESSANTE P/PENSAR A RESPEITO

SER FELIZ OU TER RAZÃO?


     Oito da noite, numa avenida movimentada. O casal já está atrasado
para jantar na casa de uns amigos. O endereço é novo e ela consultou no
mapa antes de sair. Ele conduz o carro. Ela orienta e pede para que vire,
na próxima rua, à esquerda. Ele tem certeza de que é à direita. Discutem.
Percebendo que além de atrasados, poderiam ficar mal-humorados, ela
deixa que ele decida. Ele vira à direita e percebe, então, que estava
errado.
Embora com dificuldade, admite que insistiu no caminho errado,
enquanto faz o retorno. Ela sorri e diz que não há nenhum problema se chegarem
alguns minutos atrasados. Mas ele ainda quer saber: - Se tinhas tanta
certeza de que eu estava indo pelo caminho errado, devias ter insistido um pouco
mais... E ela diz: - Entre ter razão e ser feliz, prefiro ser feliz.
Estávamos à beira de uma discussão, se eu insistisse mais, teríamos
estragado a noite!


 

MORAL DA HISTÓRIA


 

    Esta pequena história foi contada por uma empresária, durante uma
palestra sobre simplicidade no mundo do trabalho. Ela usou a cena para ilustrar
quanta energia nós gastamos apenas para demonstrar que temos razão,
independentemente, de tê-la ou não. Desde que ouvi esta história,

tenho me perguntado com mais freqüência: 'Quero ser feliz ou ter razão?

    Outro pensamento parecido, diz o seguinte: "Nunca se justifique; os amigos
não precisam e os inimigos não acreditam".

    Passe este e-mail aos seus amigos, para ver se o mundo melhora

    Eu já decidi... EU QUERO SER FELIZ e você?


     "Nunca se justifique. Os amigos não precisam e os inimigos não acreditam."


    SENSACIONAL!!!!!

 

 


 

 

 







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João J. C.Couto

sábado, 26 de março de 2011

Aula da GNR...





PUXA!!! Ainda dizem que são broncos!!

Ora bem...!!!!!!!!!!       Vejam lá se conseguem discernir as diferenças se fachavor.   
 
 
 
 

Um advogado conduzia distraído quando, num sinal de STOP, passa sem parar, em frente a uma viatura da GNR.

GNR: - Ora muito boa tarde. Documentos e carta de condução, fáchavor...

Advogado: - Mas por quê, Sr Guarda?
GNR: - Não parou no sinal de STOP, ali atrás.
Advogado: - Eu abrandei, e como não vinha ninguém...
GNR: - Exactamente... Documentos e carta de condução, fáchavor...
Advogado: - Você sabe qual é a diferença jurídica entre abrandar e parar?
GNR: - A diferença é que a lei diz que num sinal de STOP, deve-se parar completamente. Documentos e carta de condução, fáchavor...
Advogado: - Ou não, Sr Guarda. Eu sou advogado e sei das suas limitações na interpretação de texto de lei. Proponho-lhe o seguinte: Se você conseguir explicar-me a diferença legal entre abrandar e parar, eu mostro-lhe os documentos e você pode multar-me. Senão, vou-me embora sem multa.
GNR: - Afirmativo, concordo... Pode fazer o favor de sair da viatura, Sr. Advogado?
O advogado desce e então a patrulha da GNR saca dos cacetes, e aquilo é porrada que até ferve, para cima do Advogado. Socos pra tudo quanto é lado, lambadas, biqueiradas nos dentes...
O advogado grita por socorro, e implora para pararem.
E o GNR pergunta:

- Quer que eu pare ou que abrande...!?
Advogado: - PARE!... PARE!... PARE!...
GNR: - Afirmativo, Documentos e carta de condução, fáchavor...
 

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João J. C.Couto

Irlanda - O preço da felicidade, o custo da desgraça


Irlanda - O preço da felicidade, o custo da desgraça








por Colm Tóibín

Devia ser o verão de 1965, ou talvez um ano antes, e estávamos na praia na costa leste da Irlanda. Eu tinha 9 ou 10 anos. Minha mãe e meus irmãos provavelmente tinham ido nadar e isso significa que eu estava deitado no tapete escutando a conversa do meu pai com a irmã da minha mãe. A irmã da minha mãe gostava de discutir grandes assuntos como religião e política. Agora ela estava perguntando a meu pai, que era um membro ativo do partido do governo, o Fianna Fáil – que desde 1932 esteve quase sempre no poder – se ele apoiava todas as políticas e decisões de seus correligionários. Meu pai disse que sim, e isso me pareceu certo, pois nunca imaginara que ele pudesse pensar de outro modo. Eu sabia a opinião dele sobre o outro partido – o Fine Gael, principal partido oposicionista – que era a de que você podia cumprimentar seus membros quando cruzava com eles na rua, mas se alguma vez votasse neles sua mão direita gangrenaria e seria amputada.

O pai do meu pai era um nacionalista irlandês e tinha lutado contra os britânicos. Participou da rebelião de 1916, que, mesmo sendo derrotada, tornou-se o início do fim do domínio britânico na Irlanda. Em 1922, quando finalmente se retiraram, os ingleses decidiram dividir a Irlanda, ficando com o norte do país, que tinha uma população protestante maior e não queria se separar da Grã-Bretanha. E homens como meu avô eram totalmente contrários a esse arranjo. Meu avô e seus amigos queriam tudo ou nada, uma república formada por toda a ilha; os da outra facção, até ali seus camaradas na luta contra o domínio britânico, queriam aceitar a proposta britânica de uma Irlanda dividida. As duas facções, incluindo irmãos, travaram uma feroz guerra civil. Noventa anos depois, os dois principais partidos – Fianna Fáil e Fine Gael – descendem dessa guerra.

A política de ambos os lados era nacionalista, anti-imperialista e não propriamente de esquerda. O ideário não ia além da vaga noção de uma Irlanda autossuficiente. A guerra que travaram não foi uma guerra de classes. Assim, enquanto alguns ingleses partiram e perderam suas propriedades, a burguesia irlandesa não foi afetada pela independência. Os proprietários rurais mantiveram suas terras; os lojistas, suas lojas; os banqueiros, seus bancos. E a revolução irlandesa foi também comandada principalmente por católicos. O fim da guerra civil viu crescer, ao sul da fronteira, um Estado católico insular profundamente conservador e, ao norte, numa imagem especular, um estado protestante insular profundamente conservador. O partido do meu avô, Fianna Fáil, do qual meu tio também era membro, e no qual meu pai logo ingressaria, tomou o poder no sul em 1932; tornou-se ainda mais conservador e mais católico do que o outro partido, Fine Gael. O Partido Trabalhista continuou pequeno, sempre a terceira força; o movimento sindical também era conservador, e quase não tinha influência.

O problema para o novo Estado irlandês era como proporcionar trabalho à população. Os melhores empregos eram no funcionalismo público. Quase não havia indústria; a Irlanda era ainda um país basicamente agrícola. Dos anos 20 em diante muitos jovens emigraram para a Grã-Bretanha e Estados Unidos em busca de trabalho. Em 1939 Seán Lemass, que se tornaria primeiro-ministro vinte anos mais tarde, disse que os problemas econômicos da Irlanda tinham “criado uma situação em que o desaparecimento da raça era uma possibilidade que não podia ser ignorada”. O isolamento do país se acentuou ainda mais por causa da posição de neutralidade que assumiu durante a Segunda Guerra Mundial. Depois da guerra, enquanto a Europa era reconstruída com dinheiro do Plano Marshall, a Irlanda ficou, assim como a Espanha e Portugal, à margem da nova prosperidade.

Era, nos anos 50, um lugar atrasado, do qual era um alívio, quase um prazer, emigrar. Quatro em cada cinco crianças nascidas na Irlanda entre 1931 e 1941 emigraram. No final daquela década estava claro que era preciso fazer algo para modernizar o país. Em 1958 foi publicado o Primeiro Programa para a Expansão Econômica. A Irlanda tinha sido admitida no Banco Mundial e no Fundo Monetário Internacional em 1957. A partir de 1958, o país se abriu para o investimento estrangeiro e para o capital externo, predominantemente americano.

A década de 60 foi, então, um tempo de mudanças na Irlanda. Não apenas o pensamento econômico se liberalizou, como também a influência da Igreja começou a declinar, sob pressão, por exemplo, do movimento feminista. O avanço da televisão e a suspensão da draconiana censura a livros contribuíram para a mudança. A Irlanda do Norte também começou a mudar com o avanço do movimento pelos direitos civis, que exigia maior igualdade para os católicos. Isso levou no norte à ascensão do IRA, que estava disposto a matar e mutilar pelo fim da divisão do país e pela derrubada do domínio britânico na região.

Meu pai morreu em 1967. Tinha apoiado integralmente a abertura da economia irlandesa, e eu muitas vezes me perguntei como ele teria reagido diante da violência na Irlanda do Norte. Homens da sua geração insistiam que queriam um único Estado na ilha, mas o que eles realmente queriam era estabilidade e progresso econômico ao sul da fronteira (a Irlanda foi declarada uma república em 1949). Assim, quando começou a década de 70, o sul decidiu ignorar a violência no norte e passou a olhar para fora. Queria ingressar na Comunidade Econômica Europeia ao mesmo tempo que a Grã-Bretanha. Depois de prolongadas negociações e de uma vitória esmagadora num referendo, a República da Irlanda entrou na CEE, como era então chamada, em 1973.

Foi aí que começou a verdadeira mudança. Os gastos públicos aumentaram em todas as áreas. A frequência escolar triplicou. A proibição da venda de anticoncepcionais foi declarada inconstitucional em 1973. O número de mulheres a integrar a força de trabalho duplicou em uma década. Com dinheiro europeu, novas estradas foram construídas, dando lugar a uma infraestrutura mais moderna.

Mas algumas coisas não mudaram. O político para o qual meu pai trabalhava em épocas de eleição tinha lutado na rebelião de 1916 e ainda era membro do Parlamento em 1969. Seu filho se tornou senador. Seu neto é, no momento, membro do Parlamento Europeu. Na Irlanda hoje, em 2011, o primeiro-ministro, o vice-primeiro-ministro, o ministro das Finanças e o líder da oposição, que se tornará o próximo primeiro-ministro, são todos filhos de políticos. Não tiveram que fazer quase nada, ou sequer pensar muito, antes de entrar na política. Era como se tivessem herdado dos pais os assentos no Parlamento e a filosofia política. Em outras áreas, como a carreira médica, a carreira jurídica ou a financeira, pouco mudou. Todos vêm de famílias da alta burguesia, estudaram em escolas de elite e nutrem o sentimento de que o poder lhes é devido, e isso nenhuma transformação social ou econômica parece abalar. Ao mesmo tempo em que a Irlanda mudava e cresciam as oportunidades, o país continuava curiosamente estagnado em termos sociais, e curiosamente conservador em termos políticos, com os dois partidos da guerra civil, ambos conservadores e convencionais, garantindo a estabilidade.

Era um pouco estranho viver aqui, um lugar que não teve Renascença, que quase não teve Reforma, nem Iluminismo, nem Revolução Industrial. Somente uma história de violência, pobreza e emigração. Um lugar governado até 1922 pelo Império Britânico, seguido de quatro décadas de estagnação cultural e econômica antes da integração ao império europeu, por assim dizer, em 1973. E, no entanto, havia também um surpreendente fascínio em torno da Irlanda, em especial de Dublin, onde o mundo da escrita – o poema, o romance, a peça de teatro, o artigo de jornal – era tratado com uma espécie de reverência e seriedade que só se encontra em sociedades nas quais faltam muitas outras coisas. Isso foi algo de que o governo se deu conta no final dos anos 60, compreendendo que a imagem da Irlanda era criada por escritores e cantores, e que essa imagem era tão importante quanto as políticas econômicas da Irlanda para atrair investimento estrangeiro. Subitamente, Yeats, Joyce e Beckett ficaram na moda, e a política governamental com relação à cultura se tornou esclarecida.

Foi Margaret Thatcher quem percebeu que, na verdade, a República da Irlanda não cobiçava territórios na Irlanda do Norte. Queríamos estabilidade ali, e o fim da violência, mais ainda do que queriam os britânicos. Então, a partir de 1985, e da assinatura do Acordo Anglo-Irlandês, os governos britânico e irlandês trabalharam juntos, e esse trabalho levou, uma década depois, ao fim da campanha do IRA no norte.

Nesse ínterim, a República da Irlanda se tornou uma economia aberta, dependendo cada vez menos da agricultura e cada vez mais do investimento estrangeiro. As multinacionais estavam satisfeitas conosco: nosso movimento sindical não era combativo; tínhamos uma mão de obra escolarizada e flexível; falávamos inglês; éramos membros da União Europeia; e nossa taxação sobre os seus lucros era mais baixa que a de qualquer outro país da UE.

Em 1984 comprei uma casa em Dublin. Foi difícil. Embora eu tivesse um emprego seguro, nenhum banco, em princípio, quis me dar um empréstimo. Notei o quanto os gerentes eram cautelosos, como se mostravam desconfiados diante de qualquer coisa fora do normal. A casa ficava numa área da cidade que na época não era considerada boa, e isso os deixava intrigados a meu respeito. Finalmente consegui o empréstimo. Os juros eram altos. Em dois anos o valor da casa tinha caído 20%. E então os preços começaram a subir, mas os gerentes de banco continuaram no caminho da prudência. Em 1997 quando decidi me mudar de novo, tive um bocado de dificuldade para conseguir um segundo empréstimo, embora tivesse quase terminado de pagar o primeiro.

No início do novo século, porém, com os preços das casas subindo por toda a Irlanda, descobri que os bancos irlandeses estavam jogando dinheiro na mão da gente. Os velhos gerentes tinham se aposentado; agora havia uma geração nova e impetuosa. Para meu espanto, consegui sem dificuldade um empréstimo para comprar uma casa na frente da praia. Quase não me fizeram perguntas. E houve ainda uma sugestão para que eu pegasse mais dinheiro emprestado para investir em novas propriedades; por pura preguiça não aceitei essa oferta.

A essa altura, a Irlanda estava integrada ao euro, introduzido em janeiro de 2002. Pelo fato de a moeda ser efetivamente controlada pela Alemanha, as taxas de juros estavam e permaneceriam baixas, assim como os índices de inflação. Fazer parte do euro me deixava orgulhoso. Me lembro que estava em Ibiza com amigos escoceses em 1º de janeiro de 2002 e usei meu cartão naquela manhã para sacar cédulas novinhas e me gabar de que a Irlanda, como membro do euro, era mais europeia que a Grã-Bretanha.

Se a gente não parasse para pensar, o euro parecia uma boa ideia. Oferecia estabilidade, e isso significava que a Europa poderia competir com os Estados Unidos, que o euro poderia se tornar uma moeda internacional mais poderosa que o dólar. Contribuía para o sentimento de que a Europa era agora um lugar sem barreiras, onde era possível ir de carro de Portugal até o leste da Alemanha e depois descer para a Itália sem trocar dinheiro e sem ser parado pela polícia em nenhuma fronteira.

O problema era que o euro era regulado pelo Banco Central Europeu, com sede em Frankfurt, mas cada Estado tinha sua própria política econômica, suas próprias forças e fraquezas. Ficou claro desde o começo que alguns países no sistema do euro – Alemanha, França, Holanda – tinham economias muito mais fortes do que outros – Irlanda, Espanha, Portugal, Grécia. Esperava-se que a regulação e a prosperidade crescente criassem aos poucos uma Europa mais equilibrada, e que o euro acelerasse esse processo.

No início, operaram-se maravilhas na Irlanda, com a ajuda de um aumento da atividade multinacional norte-americana. Atingimos pleno emprego. A todo momento eu via estatísticas demonstrando que a Irlanda tinha se tornado um país de sucesso, uma lição para o resto do mundo. Políticos, incluindo alguns dos maiores idiotas que a Irlanda já produziu, competiam entre si reivindicando o crédito pelo que ficaria conhecido como o Tigre Celta.

E naqueles mesmos anos outras mudanças estavam ocorrendo. Em 1988, a Corte Europeia de Direitos Humanos ordenou que o governo irlandês mudasse a lei contra o homossexualismo. Nos anos 90, a proibição do divórcio também foi retirada da Constituição. (A proibição do aborto, inserida nos anos 80, permaneceu.) E também teve início algo inimaginável. O Estado enfrentou a Igreja, que até então era todo-poderosa, sentindo-se acima da lei. Padres foram acusados, condenados e presos por abuso sexual de menores. No começo do novo século, apareceram muitos relatórios oficiais provando que o abuso e a violência selvagem cometidos por padres e membros das ordens religiosas contra aqueles sob sua guarda – frequentemente órfãos ou crianças pobres – tinham sido sistemáticos e encobertos com cuidado pelas autoridades eclesiásticas. As pessoas estavam furiosas com a Igreja. De repente, o poder da Igreja Católica na Irlanda virou coisa do passado.

Assim, à medida que a primeira década do século XXI avançava, as pessoas começaram a se perguntar se essa onda de prosperidade e secularização transformaria a Irlanda e afetaria, por exemplo, a literatura irlandesa, se nos faria produzir um tipo diferente de romance ou poema ou peça de teatro, se tornaria mais leve o nosso tom, ou mais comerciais as nossas obras. Já que tudo tinha se tornado comercial, por que não a cultura também?

Seria possível que a Irlanda fosse tão frágil que a chegada da prosperidade pudesse mudar fundamentalmente a sua cultura? Naqueles anos, eu fiquei à espreita dessa possibilidade. Vi como os novos-ricos se tornaram extravagantes e vulgares, e como o consumo ostensivo parecia adicionar uma aura de histeria à atmosfera do país. Mas isso era só na superfície, entre os poucos que podiam se dar ao luxo de ter helicópteros particulares ou motoristas. Para o resto do país, o dinheiro trouxe prazer e um certo conforto. Notei, ao viajar com frequência aos Estados Unidos, que os aviões estavam todos lotados, não de turistas americanos, nem de empresários irlandeses, mas de consumidores irlandeses com o bolso cheio de cartões de crédito na viagem de ida e sacolas cheias de compras reluzentes na viagem de volta. A maioria era gente irlandesa comum e notei o quanto eles se divertiam, como imediatamente, a exemplo dos imigrantes do passado, eles encontravam em Nova York um bar, um restaurante ou um hotelzinho, geralmente administrado por irlandeses, onde se sentiam à vontade.

Em casamentos e enterros, eu prestava atenção para ver se notava alguma diferença. As festas de casamento eram maiores, gastava-se mais, e a vida era melhor porque a maioria dos convidados morava na Irlanda, e não tinha que viajar da América ou da Grã-Bretanha ou da Austrália para estar presente. Mas os homens se encostavam no balcão do bar do mesmo jeito de sempre; a música continuava péssima, e os chapéus que algumas mulheres usavam talvez fossem mais caros, mas revelavam o mesmo mau gosto de sempre. As pessoas ficavam bêbadas do mesmo jeito. Isso ao menos não tinha mudado, ainda que agora bebessem mais vinho e menos Guinness.

Algumas das mudanças vinham de longa data. Desde o final dos anos 60, a frequência das missas semanais vinha caindo; continuou a cair. Desde o final da década de 60, os supermercados tinham mais produtos estrangeiros – mais massa, patês, azeite de oliva – e a dieta irlandesa continuava a se aproximar da dieta da França ou da Espanha. Nos enterros, especialmente na cidadezinha onde nasci e cresci, não parecia ter havido mudança alguma; as pessoas se comportavam nas pequenas comunidades exatamente da mesma maneira, com a mesma reverência pelo corpo, o mesmo zelo pelos parentes e amigos, a mesma seriedade diante da morte.

E ainda que as oportunidades de ganhar muito dinheiro aumentassem, a ideia de se tornar escritor, ator ou músico ainda merecia profundo respeito. Em 2006 fui indicado pelo governo para o Conselho das Artes e examinei todos os pedidos de subvenção. Era como se nada tivesse acontecido. Pequenas companhias teatrais ainda estavam sendo criadas, trabalhando não por dinheiro, nem sequer pela fama. Jovens músicos, tanto na música tradicional irlandesa quanto na clássica, continuavam a surgir. E o mais estranho, talvez, foi que a geração que chegou à idade adulta com essa nova prosperidade produziu um bom número de jovens escritores – Claire Keegan, Paul Murray, Kevin Barry, Clare Kilroy, Christian O’Reilly – que exploravam os mesmos temas de Joyce ou Beckett, Edna O’Brien e John Banville. Escreviam sobre famílias irlandesas e infância irlandesa, a escuridão e o isolamento da Irlanda. Usavam um idioma que haviam herdado; e escreviam principalmente para o seu próprio país e eram lidos avidamente.

Eu me perguntava então se o dinheiro que veio nos anos 90 e durou por uns quinze anos não teria servido apenas para tornar as pessoas mais felizes, dando a elas um pouco mais de segurança. Parecia que a prosperidade que chegou à Irlanda significava que pais e avós podiam ficar tranquilos sabendo que a nova geração permaneceria no país, encontraria trabalho, criaria raízes, e isso os deixava felizes. Além disso, neste país do norte com seus longos invernos e chuvosos verões, todos adoram viajar para o sul, e naqueles anos, nas manhãs de sábado, havia uma felicidade palpável no aeroporto, de onde famílias inteiras partiam para a Grécia, Portugal ou Espanha. Às vezes, porém, era tudo excessivo: os novos restaurantes, de preços abusivos e comida não muito boa, ficavam lotados todas as noites; as pessoas pareciam sentir prazer em atingir o limite de seus cartões de crédito; o preço das casas tornou-se tópico de intermináveis discussões; os irlandeses compravam apartamentos na Espanha e em Portugal sem se preocupar em aprender uma palavra da língua local.

Mas uma coisa fundamental não mudou. Entrando em qualquer bar de Dublin, via-se que continuavam as conversas e risadas, a sensação quase de performance, o modo caloroso e divertido como as pessoas se relacionavam umas com as outras – um clima muito diferente do comportamento frio num bar de Londres ou de Paris. Observando turistas irlandeses num aeroporto nos Estados Unidos ou na Grã-Bretanha, via-se nos seus rostos uma profunda desconfiança em relação às autoridades constituídas, uma espécie de retraimento, uma falta de segurança. A música que se ouvia naqueles anos, os poemas e romances escritos, as peças encenadas, tudo isso era feito com a mesma sensação de que a palavra era importante. Também na Irlanda daqueles anos o esporte permaneceu no centro das coisas, incluindo os dois esportes nacionais amadores: o hurling[1] e o futebol gaélico. Era possível assistir a uma partida, mesmo em Dublin, e ter a impressão de ter voltado aos anos 50.

Em outras palavras, o dinheiro era só dinheiro, e ao mesmo tempo em que as pessoas gastavam muito, e viviam sem prudência, elas também usufruíam dessa prosperidade, da segurança que ela trazia, das viagens ao exterior, das reuniões familiares, das roupas vistosas, das refeições em restaurantes, das casas de férias, do sentimento vertiginoso de que a vida nunca tinha sido melhor. Mas quem examinasse com cuidado aqueles anos descobriria facilmente que a nova riqueza na Irlanda era quase ilusória e não duraria.

Em 2006 fui convidado a debater essa relação entre o milagre econômico irlandês e a cultura irlandesa num simpósio nos Estados Unidos. Decidi observar primeiro a anatomia do milagre econômico, e algumas coisas que descobri me chocaram. Eis o que escrevi na época: “Um grande volume de atividade econômica na Irlanda está concentrado não no comércio ou na consolidação da produção, mas na construção civil. A Irlanda é, de acordo com o Bank of Ireland, a segunda nação mais rica do mundo, atrás do Japão. E, observa o banco, um aspecto crucial dessa riqueza é que é riqueza de primeira geração, criada nos últimos dez anos. Se analisarmos a riqueza da Irlanda, veremos que não é como a riqueza em outros lugares. Os irlandeses estão gastando e tomando empréstimos à vontade, mas não investem em áreas como pesquisa e desenvolvimento, que criariam mais prosperidade no futuro, mas em imóveis, que dependem dos preços do mercado imobiliário para manter seu valor.”

Os irlandeses estavam viajando muito, mas poucos iam para a Alemanha, e pouquíssimos chegaram a compreender que a Alemanha tinha mudado, e que essa mudança seria prejudicial para o futuro da Irlanda quando a economia irlandesa entrasse em dificuldades. Os alemães do Leste ingressaram na UE ao mesmo tempo em que se integraram à Alemanha Ocidental. Diferentemente dos húngaros, digamos, ou dos tchecos, entraram na UE sem pensar duas vezes. Concentraram-se unicamente nos benefícios que a reunificação traria para eles. A Alemanha, por sua vez, concentrou-se em fazer a reunificação funcionar. De uma hora para outra, a Alemanha Ocidental ganhou uma nova população, em boa parte qualificada, e isso significava que os salários baixariam ou ficariam estáveis. O governo alemão tomou o cuidado de não superaquecer a economia; os impostos continuaram elevados. Os bancos alemães, apesar das baixas taxas de juros, não franquearam seus cofres aos investidores alemães. Eles emprestaram a outros bancos.

Naqueles anos, por todo o continente, a outrora poderosa ideia de que a Europa era uma cultura única e deveria se tornar cada vez mais uma economia única estava murchando. Acreditava-se que a diluição da soberania nacional tinha ocorrido rápido demais, sem debate suficiente. Havia uma visão de que a Europa era um superestado, mas não uma democracia, que sua burocracia de salários excessivos não prestava contas a ninguém, e que cada Estado nacional tinha direitos e tradições que mereciam ser protegidos. Na Alemanha, disseminou-se a opinião de que não era mais tarefa dos países ricos ajudar os países pobres.

Em 2008, quando o governo americano permitiu que o banco de investimentos Lehman Brothers falisse, o Banco Central Europeu decidiu que isso não aconteceria com os seus bancos. Os riscos eram grandes demais. Na Irlanda, um banco em especial – o Anglo Irish Bank – vinha crescendo muito, especialmente na área de crédito imobiliário. E devido à frouxa regulamentação na Irlanda e, ao que parece, a uma regulamentação quase inexistente por parte da UE, o Anglo Irish estava arriscando demais. Não obstante, os seus diretores eram tratados como príncipes num país sem realeza. Escrevia-se sobre eles como se fossem lordes. Dizia-se que eram eles que tinham a capacidade de levar a Irlanda para o futuro, onde se veria livre da pobreza e da emigração, livre de seu passado de colônia.

Assim, quando os banqueiros procuraram o governo em setembro de 2008 para dizer que precisavam desesperadamente de ajuda estatal, o governo tinha dois motivos para ouvi-los. Primeiro, o Banco Central Europeu tinha deixado claro que nenhum banco deveria falir, e os políticos irlandeses não tinham experiência alguma em finanças internacionais ou interesse algum em desafiar uma organização tão venerável, sediada na Alemanha. Segundo, os políticos gostavam dos banqueiros e os admiravam, e não desconfiaram que as cifras que lhes eram apresentadas estavam completamente erradas. Não sabiam que, se o Estado irlandês salvasse do naufrágio os seus bancos, os custos representariam o dobro da receita anual com impostos. E inocentemente se dispuseram a garantir os bancos.

Nesse ínterim, a bolha imobiliária tinha estourado. A receita governamental em 2009 foi de 35 bilhões, enquanto os gastos foram de 55 bilhões. A Irlanda precisaria pedir dinheiro emprestado em 2010 e nos três ou quatro anos seguintes. O país estava vulnerável porque o custo de salvar os bancos era inimaginável; os políticos pareciam temer divulgar a cifra e os banqueiros obviamente também não a revelavam. (Os banqueiros agora tinham caído em desgraça. Segundo consta, nem em partida de golfe alguém queria ser visto ao lado deles.)

Num ataque especulativo ao euro, a Irlanda era o elo mais fraco. A Grécia já tinha sido salva do naufrágio, para grande consternação do contribuinte alemão. E logo, parecia, tanto a Espanha como Portugal iriam precisar de ajuda. Os bancos irlandeses estavam sobrevivendo com dinheiro do Banco Central Europeu; a Comissão Europeia também tinha um fundo para ajudar países necessitados, mas isso traria consigo o Fundo Monetário Internacional, como ocorrera na Grécia, e a ajuda só seria fornecida sob as mais severas condições. A chegada da Comissão e do FMI significaria que a Irlanda, poucos anos antes um dos países mais ricos do mundo, era agora uma economia moribunda.

Os políticos continuavam a se comportar como se fossem competentes. Estavam dia e noite no rádio e na televisão, exalando controle e uma estranha certeza de que ainda tinham legitimidade para comandar. Lentamente, a população despertou para o que estava acontecendo. A ira contra o Fianna Fáil, o partido de meu pai e meu avô, não é corriqueira. Quando a eleição vier, o partido será dizimado. Porque representavam, desde os anos 60, tanto o patriotismo como o pragmatismo, e porque fracassaram em ambos os campos. Eles se tornaram alvo fácil depois de cederem a soberania da Irlanda ao FMI, uma soberania pela qual lutaram os nossos antepassados.

Enquanto isso, a emigração recomeçou, e os jovens estão se mudando para a Grã-Bretanha, a Austrália e o Canadá. Estamos perdendo mais uma geração. Mas estamos também perplexos, com um misto de choque e vergonha. Como pudemos acreditar que um pequeno país como a Irlanda, com uma história de pobreza e fracasso, pudesse ser rico e permanecer rico? Por que compramos casas que custavam tão caro e agora valem tão pouco? Como confiamos que a Europa viria nos salvar, sem pensar que viria também nos punir por nossa insensatez? Como confiamos no Fianna Fáil, cujos ministros não sabem coisa alguma de economia, e entraram na política só por causa de suas famílias?

As noites escuras do inverno serão um bom momento para romancistas, dramaturgos e poetas. É fácil deixar a televisão e o rádio desligados. Já ouvimos o bastante; conhecemos as más notícias. No início dos anos 1890, quando a Irlanda também estava de
joelhos, e os padres e políticos também tinham feito o que há de pior, o poeta W. B. Yeats viu o futuro da Irlanda como cera mole, um lugar que podia ser moldado, no qual a vida da imaginação poderia vir a assumir o primeiro plano. Talvez isso seja possível de novo, talvez nossos romances, peças e poemas passem a importar mais, já que não há nada aqui, exceto preocupação, desespero e riso soturno. Essa abertura para a imaginação poderia parecer, em momentos de devaneio, uma coisa boa. Mas é um alto preço a pagar pelo que foi feito ao nosso país, ou pelo que o país fez a si mesmo. Embora o estrago, ao que me parece, esteja na superfície, e afetará apenas o nosso orgulho e o nosso bolso; o espírito das coisas aqui continua o mesmo, a cultura da Irlanda não mudou nos anos do boom e não mudará agora que temos diante de nós uma década de relativa pobreza.

[1] Hurling: literalmente, arremesso. Jogo tradicional irlandês semelhante ao hóquei (N.T.).

Viriato, Caudillo Lusitano [HD]

Viriato contra Roma

Sugestões para o novo Governo

Sugestões para o novo Governo

Transcrição de texto recebido por e-mail que se julga de interesse para quem tem responsabilidade de governar Portugal:

A guerra contra a chulice, está a começar. Não subestimem o povo que começa a ter conhecimento do que nos têm andado a fazer, do porquê de chegar ao ponto de ter de cortar na comida dos filhos!

Nenhum governante fala em:

1. Reduzir as mordomias vitalícias (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores, suportes burocráticos respectivos, carros, motoristas, etc.) dos três Presidentes da República retirados; 

2. Redução dos deputados da Assembleia da República e seus gabinetes, profissionalizando-os como nos países a sério. Reforma das mordomias na Assembleia da República, como almoços opíparos, com digestivos e outras libações, tudo à custa do pagode (ver filme anexo, como vivem, trabalham e ganham os políticos na Suécia);

3. Acabar com centenas de Institutos Públicos e Fundações Públicas que não servem para nada e, têm funcionários e administradores com 2º e 3º emprego;

4. Acabar com as empresas Municipais, com Administradores a auferir milhares de euro/mês e que não servem para nada, antes, acumulam funções nos municípios, para aumentarem o bolo salarial respectivo.

Por exemplo as empresas de estacionamento não são verificadas porquê? E os aparelhos não são verificados porquê? É como um táxi, se uns têm de cumprir porque não cumprem os outros? se não são verificados como podem ser auditados?

5. Acabar com as Fundações!!! E as mordomias todas dos tipos que se encostam às Fundações pagas pelos impostos de gente honesta!

6. Redução drástica das Juntas de Freguesia. Acabar com o pagamento de 200 por presença de cada pessoa nas reuniões das Câmaras e 75 nas Juntas de Freguesia;

7. Acabar com o Financiamento aos partidos, que devem viver da quotização dos seus associados e da imaginação que aos outros exigem, para conseguirem verbas para as suas actividades;

8. Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, etc, das Câmaras, Juntas, etc., que se deslocam em digressões particulares pelo País;

9. Acabar com os motoristas particulares 20 h/dia, com o agravamento das horas extraordinárias... para servir suas excelências, filhos e famílias e até, os filhos das amantes...

10. Acabar com os inúmeros assessores dos vereadores municipais, já que os municípios têm trabalhadores capazes;

11. Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros do Estado e entes públicos menores, mas maiores nos dispêndios públicos;

12. Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado. Não permitir de modo algum que carros oficiais façam serviço particular tal como levar e trazer familiares e filhos, às escolas, ir ao mercado a compras, etc;

13. Acabar com o vaivém semanal dos deputados dos Açores, Madeira, Europa e resto do mundo e respectivas estadias em Lisboa em hotéis de cinco estrelas pagos pelos contribuintes que vivem em tugúrios inabitáveis....

14. HÁ QUADROS (directores gerais e outros) QUE, EM VEZ DE ESTAREM NO SERVIÇO PÚBLICO, PASSAM O TEMPO NOS SEUS ESCRITÓRIOS DE
ADVOGADOS A CUIDAR DOS SEUS INTERESSES, QUE NÃO DOS DÁ COISA
PÚBLICA....;

15. Acabar com as administrações numerosíssimas de hospitais públicos que servem para garantir tachos aos apaniguados do poder – há hospitais de província com mais administradores que pessoal administrativo. Antigamente os serviços eram chefiados por chefes de secção e de Repartição e agora são administradores (ganhando fortunas para aquilo que fazem e demais para o que sabem)... pertencentes ás oligarquias locais do partido no poder...

16. Acabar com os milhares de pareceres jurídicos, (até porque dentro da administração pública há quadros mais do que capazes de fazer isso) caríssimos, pagos sempre aos mesmos escritórios que têm canais de comunicação fáceis com o Governo, no âmbito de um tráfico de influências que há que criminalizar, autuar, julgar e condenar;

17. Acabar com as várias reformas por pessoa, de entre o pessoal do Estado e entidades privadas, que passaram fugazmente pelo Estado. Em vez de 2, 3, 4 reformas, passar a ser uma só;

18. Pedir o pagamento dos milhões dos empréstimos dos contribuintes ao BPN e BPP;

19. Perseguir os milhões desviados por Rendeiros, Loureiros e Quejandos, e também do pequeno fugitivo do fisco, onde quer que estejam e por aí fora.

20. Acabar com os salários milionários da RTP e os milhões que a mesma recebe todos os anos.

21. Acabar com os lugares de amigos e de partidos na RTP que custam milhões ao erário público.

22. Acabar com os ordenados de milionários da TAP, com milhares de funcionários e empresas fantasmas que cobram milhares e que pertencem a quadros do Partido Único (PS + PSD).

23. Acabar com o regabofe da pantomina das PPP, que mais não são do que formas habilidosas de uns poucos patifes se locupletarem com fortunas à custa dos papalvos dos contribuintes, fugindo ao controle seja de que organismo independente for e fazendo a "obra" pelo preço que "entendem"...;

24. Criminalizar, imediatamente, o enriquecimento ilícito, perseguindo, confiscando e punindo os biltres que fizeram fortunas e adquiriram patrimónios de forma indevida e à custa do País, manipulando e aumentando preços de empreitadas públicas, desviando dinheiros segundo esquemas pretensamente "legais", sem controlo, e vivendo à tripa forra à custa dos dinheiros que deveriam servir para o progresso do país e para a assistência aos que efectivamente dela precisam;

25. Controlar a actividade bancária por forma a que, daqui a mais uns anitos, não tenhamos que estar, novamente, a pagar "outra crise";

26. Controlar todos os gerentes, administradores e demais trabalhadores que ganham determinado montante e apenas são declarados vencimentos mínimos nacionais, esta lei que tal permite, é do tempo de Salazar!!!;

27. Não deixar um único malfeitor de colarinho branco impune, fazendo com que paguem efectivamente pelos seus crimes, adaptando o nosso sistema de justiça a padrões civilizados, onde as escutas VALEM e os crimes não prescrevem com leis à pressa, feitas à medida;

28. Impedir os que foram ministros/secretários de estado de virem a ser gestores de empresas que tenham beneficiado de fundos públicos ou de adjudicações decididas pelos ditos.

29. Fazer um levantamento geral e minucioso de todos os que ocuparam cargos políticos, central e local, de forma a saber qual o seu património antes e depois.

30. Pôr os Bancos (trabalham com o nosso dinheiro e cobram-nos taxas de manutenção, etc) e as Seguradoras a pagar impostos equivalentes aos que pagam os cidadãos.

31. Acabar com os vencimentos principescos dos gestores públicos (porque há-de o governador do Banco de Portugal ganhar mais do que o Presidente da reserva federal Norte-Americana?)

32. Acabar com as nomeações de assessores, chefias intermédias cada vez que muda um governo. Os amigos e apaniguados políticos ajudaram na campanha por serem amigos e membros do partido, não são nossos amigos.

Assim e desta forma Sr. Ministro das Finanças recuperaremos depressa a nossa posição e sobretudo, a credibilidade tão abalada pela corrupção que grassa e pelo desvario dos dinheiros do Estado ;

Ao "povo", pede-se o reencaminhamento deste texto.

António José S.C.Correia
Cordiais Saudações
Até Sempre
Bom dia

Onde está a crise?

Com o Vara é só varejar...

Esta noite muda a hora



Á uma serão:
Em conformidade com a legislação, a hora legal em Portugal continental e na Madeira será adiantada de 60 minutos à 1 hora de tempo legal (1 hora UTC) do dia 27 de Março.
Em conformidade com a legislação, a hora legal na Região Autónoma dos Açores será adiantada de 60 minutos às 0 horas de tempo legal (1 hora UTC) do mesmo dia.

A invasão chinesa.



Mansão reservada para o "Grande jogador Chinês", que em breve chegará a Alvalade.

Chegada de chineses para verem jogar o Sporting

Paulo Futre apresenta o seu projecto (por Rui Unas)


Prefiro o video real, tem mais graça. Desculpa Rui Unas.

Vara «provinciano deslumbrado» com sucesso

Vara «provinciano deslumbrado» com sucesso

Título de notícia do PÚBLICO:

Vara recebeu 822.192 euros do BCP em 2010

Equivale a 130 anos de trabalho com salário mínimo nacional!!!!!!

A isso há que acrescentar o que recebeu da Caixa Geral de Depósitos, os «robalos» que o sucateiro Manuel Godinho lhe ofereceu, os lucros do monte alentejano preparado com a «ajuda» dos técnicos do GEPI, a reforma por ter sido secretário de Estado, no MAI, etc.

Enfim, é um homem de sucesso, à semelhança de muitos outros políticos

Mas… devemos estar felizes pela forma como os bancos usam o dinheiro dos nossos depósitos (Não será melhor guardar o dinheiro na gaveta???) e o dos nossos impostos cada vez mais pesados !!!!!!!!!!!.

Notícias de Sábado, 26 de Março de 2011

Jornais do Dia enviado para Abaciente
Jornais do Dia


Bom dia Abaciente,

Enviamos-lhe as capas dos jornais e as principais notícias de Sábado, 26 de Março de 2011.

Capa do Correio da Manhã Correio da Manhã

Euromilhões: Português ganha 66,5 milhões
Intérpretes adaptam concerto de The Gift
ERTA: Dois presidentes no activo
Alcoutim: Praia candidata-se
EN125: Velocidade causa despiste

Capa do Público Público

Eleições do PS: Sócrates ultrapassa os 90%
"Famosa má disposição" de Sócrates não intimida PSD
PS: Passos faz "leitura benigna" do FMI
Líbia: Rebelião acredita na reconquista de Ajdabiya
Barreira de pagamentos do NY Times tem buracos

Capa do Diário de Notícias Diário de Notícias

PSD não se vai deixar intimidar pela "famosa má disposição" do PM
Relógio adianta uma hora esta madrugada
Cabras vão limpar espaços públicos
As eleições e o candidato
É preciso ter calma

Capa do Jornal de Notícias Jornal de Notícias

Sócrates ultrapassa os 90% no primeiro dia de directas no PS
Bruno César negoceia transferência para o Benfica
Tribunais mantêm condenação de médicos e hospital
James Dean foi molestado por um padre em criança
GNR faz levantamento do isolamento de idosos

Capa do i i

Vitalino diz que apelo de Seguro "não tem condições para ser correspondido"
Passos Coelho assume discordância com Merkel sobre chumbo do PEC
Carlos Carreiras: Passos Coelho está preparado para ser primeiro-ministro
Defensor Moura indisponível para se recandidatar pelo PS e vai reformar-se
Ele resiste. Eleições não vão ser "favas contadas"

Capa do Diário Económico Diário Económico

Governo demissionário tem poder para pedir ajuda externa
Que futuro para o Sporting?
"O caminho não é o de aumentar impostos"
Cavaco diz que ouviu partidos para resolver "dificuldades políticas"
"Dia 5 de Junho é o mais adequado para a realização de eleições"

Capa do Jornal Negócios Jornal Negócios

Passos Coelho: "Lutarei por uma maioria absoluta"
Passos Coelho diz que modelo de avaliação de professores era "monstruoso e kafkiano"
Passos Coelho: "FMI existe para ajudar os países a superarem crises de pagamentos"
Passos Coelho: Governo de gestão tem competências para pedir ajuda externa
Passos Coelho confiante que até ao Verão haverá um Governo capaz de "deitar mão ao défice"

Capa do A Bola A Bola

Dez horas para decidir futuro do Sporting
Não vão estar sozinhos!
Chile com crise no ataque
«Quero dar muitas alegrias aos adeptos» – Bruno César
À atenção de Portugal

Capa do Record Record

A frescura dos 40
Futre: «Quero o Sporting a lutar pela Champions»
Salvio: «Feliz no Benfica»
Ninguém se entende em Espanha
África entra em ação

Capa do O Jogo O Jogo




Cumprimentos,

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Homens da Luta - "Zé Socras" (tem mais encanto)

2011 03 25 debate completo suspensão parlamento avaliação ARtv



O debate no Parlamento - a suspensão da avaliação do modelo de avaliação de professores.

01:16 Ana Drago (BE)
04:59 José Manuel Rodrigues (CDS-PP)
09:44 Miguel Tiago (PCP)
12:58 Pedro Duarte (PSD)
16:50 Eloísa Apolónia (PEV)
21:12 Paula Barros (PS)
23:50 Jorge Lacão (Ministro dos Assuntos Parlamentares)
27:51 Ana Drago (BE)
30:16 Miguel Tiago (PCP)
33:26 Pedro Duarte (PSD)
35:50 Jorge Lacão (Ministro dos Assuntos Parlamentares)
36:34 Francisco Assis (PS)
39:19 Pedro Duarte (PSD)
41:57 Francisco Assis (PS)
43:28 Bernardino Soares (PCP)
44:00 Votações

Destaques
Jorge Lacão relembra o acordo entre o ministério e os sindicatos aos 36:00(aos 43:28 Bernardino Soares responde)
Francisco Assis fala da reunião do grupo parlamentar do PSD com os Bloguers aos 38:00

As ideias de Futre para o novo sportem


Vejam e ouçam as ideias de Paulo Futre para o Sporting.

Queda do governo português


Queda do governo português


Quarta-feira passada, o primeiro-ministro português apresentou a sua demissão, depois do chumbo do PEC 4, na Assembleia da República.
Depois de o governo negociar, actualizar e elaborar um novo pacote de medidas com os técnicos do BCE e da Comissão Europeia, que iria torcionar ainda mais os mesmos de sempre, acrescentava entre outras, as pensões mais baixas dos idosos, a pobreza mais atroz, a que não se manifesta, a que vive sozinha, a que tem mais dificuldades para preencher impressos para usufruir de subsídios. Tristeza de um povo que põe de parte, seus cidadãos e cidadãs, por não ver neles qualquer tipo de rentabilidade.

A queda era desejada por todos, a oposição em geral e o governo em particular. Aqui entramos no campo perverso da política dos últimos anos e que paulatinamente tem levado o país ao descalabro total.
Logo após o chumbo, Sócrates, assessores e porta-vozes do PS, desdobrando-se em comunicações nos media, repetem os mesmos termos freneticamente e anteriormente combinados; coligação negativa, oposição irresponsável, quando todos os parceiros europeus tinham elogiado as medidas, empenho total para evitar a "ajuda" externa. Repetindo estes termos-chave até à exaustão. Termos que se voltarão aos próprios.
Quando o país à beira da bancarrota e este governo grande responsável por isso, não querendo tomar o ónus de pedir formalmente a tal "ajuda", encena este palaciano golpe de teatro, forçando a oposição em peso a derrubar o governo, para logo a partir daí passar à fase seguinte da dramatização "o mais possível", de que tentaram salvar o país da "ajuda", mas a oposição é que não deixou.

Discutir, se é José ou Pedro, ou outrora, Cherne ou Guterres, ou Santana e Ferro, é lateral ao que se passa de facto. A política é a mesma, alimentar os clientelismos partidários, e eles são vorazes, e os outros interesses que financiam tudo isto, para obter lucros bem chorudos.

Este PS que (des)governou o país nos últimos seis anos, seguiu inocentemente a política do endividamento mórbido, duplicou a dívida externa, sem a contrapartida do PIB/per capita, aumentou desmesuradamente o rácio da distribuição da riqueza, cada vez menos a terem mais.
E há medida que saíam mais medidas de austeridade, cada vez mais se questionavam acerca da justeza dessas medidas. Empresas públicas com prejuízos crónicos a pagaram chorudos prémios de gestão, administradores públicos com todas as mordomias enquanto ao mesmo tempo se cortavam ordenados, aumentava-se o IVA, cortava-se no abono de família e no subsídio de desemprego.
Além de dificultar a vida de milhões de portugueses que recebem pouco mais de meia-dúzia de centenas de euros, em profundo contraste com as vigarices de milhões e milhões de euros que no lado privado, como por exemplo, no BPN se fizeram. Para estes o Estado é fraco e paga-lhes as brincadeiras com bancos virtuais. Quando se fala tanto em mercado livre, é de estranhar que os ex-ministros do PSD "das maiorias" do actual presidente da república, não cubram os prejuízos. Ao que parece nem um cêntimo pagaram.
Então o mercado livre é muito bom! Muito bom para receber e usufruir dos lucros, se houver prejuízo, o povão que pague, pois sistematicamente vota neles.
Não consegue se desamarrar, de que é tudo marketing, nada mais.

No plano internacional, o Eurogrupo, já tem um pacote prontinho e à medida das necessidades de Portugal, 75 mil milhões. Que número tão redondo e bem definido.
Até parece, que já andavam a algum tempo a prepara-lo!
Até parece, que existe algo de mais profundo, nesta questão do abate do euro! Primeiro, a Grécia, depois os holofotes viraram-se para a Irlanda, de seguida Portugal ficou na berlinda e enquanto esperneia, já se apontam a Espanha e a Bélgica.
Nesta página, de uma insuspeita entidade internacional, pode-se constatar o montante da nossa dívida, acima da Rússia, da China, do Brasil, da Finlândia, do México, da Indonésia e da Argentina, só como exemplo.

Já Eça de Queiroz escrevia em 1867 algo que parece, escrito hoje, provando que o tempo é relativo:
"Ordinariamente todos os ministros são inteligentes, escrevem bem, discursam com cortesia e pura dicção, vão a faustosas inaugurações e são excelentes convivas. Porém, são nulos a resolver crises. Não têm a austeridade, nem a concepção, nem o instinto político, nem a experiência que faz o Estadista. É assim que há muito tempo em Portugal são regidos os destinos políticos. Política de acaso, política de compadrio, política de expediente. País governado ao acaso, governado por vaidades e por interesses, por especulação e corrupção, por privilégio e influência de camarilha, será possível conservar a sua independência?"
(Eça de Queiroz, 1867 in "O distrito de Évora")

Em concomitância com tais factos reais, mesmo que José Sócrates, aparecesse em palco travestido de "loira poderosa" a cantar no melhor inglês técnico que lhe ocorresse, "Tell it to My Heart", a maior parte teria ainda enormes dificuldades em despertar.
E nestas moengas existem muitos Josés Sócrates...






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João J. C.Couto