SERÁ QUE É POR ESTAS E POR OUTRAS QUE FAZ FALTA O FMI..???
Um grupito de Institutos que levam os dinheiros dos nossos impostos. Mas ainda falta pelo menos um. Tentem adivinhar o seu nome!
Ora tomem nota!
Estudo do Economista Álvaro Santos Pereira, Professor da Simon Fraser University, no Canadá. *
Portugal tem hoje 349 Institutos Públicos, dos quais 111 não pertencem ao sector da Educação. Se descontarmos também os sectores da Saúde e da Segurança Social, restam ainda 45 Institutos com as mais diversas funções.
Há ainda a contabilizar perto de 600 organismos públicos, incluindo Direcções Gerais e Regionais, Observatórios, Fundos diversos, Governos Civis, etc.) cujas despesas podiam e deviam ser reduzidas, ou em alternativa - que parece ser mais sensato - os mesmos serem pura e simplesmente extintos.
Para se ter uma noção do despesismo do Estado, atentemos apenas nos supra-citados Institutos, com funções diversas, muitos dos quais nem se percebe bem para o que servem.
Veja-se então as transferências feitas em 2010 pelo governo socialista de Sócrates para estes organismos:
ORGANISMOSDESPESA (em milhões de €)
Cinemateca Portuguesa3,9
Instituto Português de Acreditação4,0
Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos6,4
Administração da Região Hidrográfica do Alentejo7,2
Instituto de Infra Estruturas Rodoviárias7,4
Instituto Português de Qualidade7,7
Administração da Região Hidrográfica do Norte8,6
Administração da Região Hidrográfica do Centro9,4
Instituto Hidrográfico10,1
Instituto do Vinho do Douro10,3
Instituto da Vinha e do Vinho11,5
Instituto Nacional da Administração11,5
Alto Comissariado para o Diálogo Intercultural12,3
Instituto da Construção e do Imobiliário12,4
Instituto da Propriedade Industrial14,0
Instituto de Cinema e Audiovisual16,0
Instituto Financeiro para o Desenvolvimento Regional18,4
Administração da Região Hidrográfica do Algarve18,9
Fundo para as Relações Internacionais21,0
Instituto de Gestão do Património Arquitectónico21,9
Instituto dos Museus22,7
Administração da Região Hidrográfica do Tejo23,4
Instituto de Medicina Legal27,5
Instituto de Conservação da Natureza28,2
Laboratório Nacional de Energia e Geologia28,4
Instituto de Gestão do Fundo Social Europeu28,6
Instituto de Gestão da Tesouraria e Crédito Público32,2
Laboratório Militar de Produtos Farmacêuticos32,2
Instituto de Informática33,1
Instituto Nacional de Aviação Civil44,4
Instituto Camões45,7
Agência para a Modernização Administrativa49,4
Instituto Nacional de Recursos Biológicos50,7
Instituto Portuário e de Transportes Marítimos65,5
Instituto de Desporto de Portugal79,6
Instituto de Mobilidade e dos Transportes Terrestres89,7
Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana328,5
Instituto do Turismo de Portugal340,6
Inst. Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação589,6
Instituto de Gestão Financeira804,9
Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas920,6
Instituto de Emprego e Formação Profissional1.119,9
TOTAL5.018,4
- Se reduzissem em 20% as despesas com este - e apenas estes - organismos, as poupanças rondariam os 1000 milhões de €, e evitava-se a subida do IVA.
- Se fossem feitas fusões, extinções ou reduções mais drásticas a poupança seria da ordem dos 4000 milhões de €, e não seriam necessários cortes nos salários.
- Se para além disso mais em outros tantos Institutos se procedesse de igual forma, o PEC 3 não teria sequer razão de existir.
Irei falar de tudo e do nada. Histórias e estórias. Coisas pensantes e desconcertantes. Fundado a 30 de Novembro de 2009 numa 2ª Feira
Previsão do Tempo
domingo, 17 de abril de 2011
Manuel de Brito Camacho, um exemplo de vida
Biografia
Manuel de Brito Camacho nasceu no Monte das Mesas, arredores da aldeia de Rio de Moinhos, a alguns quilómetros da vila de Aljustrel, no seio de uma família de lavradores abastados. Foi meio-irmão de Inocêncio Camacho Rodrigues, o governador do Banco de Portugal aquando do escândalo causado pelas burlas de Alves dos Reis.
Depois de realizar estudos primários em Aljustrel, entre 1876 e 1880 frequentou o Liceu de Beja. Depois de concluído o curso liceal, partiu para Lisboa, onde frequentou os estudos preparatórios na Escola Politécnica, ficando à guarda de um seu tio residente em Lisboa.
Concluídos os estudos preparatórios, ingressou no curso de Medicina da Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, concluindo o curso em 1884. Iniciou nesse ano funções no Torrão.
Em 1891 ingressou no Exército Português como cirurgião-ajudante. Foi colocado seguidamente nas unidades militares de Tancos e Torres Novas, iniciando uma carreira como médico militar que o levaria ao posto de coronel.
A sua entrada na vida política activa ocorreu aquando das eleições gerais de 1893, quando se candidatou a deputado pelo círculo eleitoral de Beja nas listas republicanas. Publicou no periódico Nove de Junho, de Beja, artigos questionando as instituições monárquicas e em consequência, após as eleições, foi alvo de processo disciplinar, suspenso por um ano e transferido para a 2.ª Divisão Militar, em Viseu. Pouco depois foi colocado nos Açores como penalização pela sua adesão ao ideário republicano, aí permenecendo durante um ano.
Em 1894 regressou dos Açores, ficando colocado em Viseu, na sede da 2.ª Divisão Militar. Inicia então a colaboração regular na imprensa e um percurso como publicista que o tornaria numa das figuras mais notáveis do campo republicano durante os últimos anos da Monarquia Constitucional portuguesa. Logo em Abril de 1894 fundou, com Ricardo Pais Gomes e Ribeiro de Sousa, o periódico O Intransigente, um jornal de crítica política e propaganda republicana que manteve em publicação até Junho de 1895.
Nos anos de 18 96 e 1897 dedica-se à publicação e à colaboração com periódicos republicanos e desenvolve em Évora intensa acção política, realizando conferências e inúmeros comícios.
Em 1902 apresentou uma tese de doutoramento em Medicina na Universidade de Paris, mas nesse mesmo ano abandonou definitivamente a sua prática como médico militar e dedicou-se em exclusivo ao jornalismo e à política. Promoveu então uma conferência intitulada A Coroa substituída pelo chapéu de côco, criticando violentamente as instituições monárquicas.
Apesar de desligado da prática da Medicina, no ano de 1904 concorreu a um lugar de professor da Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa.
Funda com alguns correlegionários o periódico republicano A Lucta, que iniciou publicação no dia 1 de Janeiro de 1906. Aquele jornal converteu-se rapidamente no mais influente periódico republicano, vindo depois a transformar-se no órgão oficioso do Partido Unionista.
Nas eleições gerais realizadas após o Regicídio foi eleito deputado pela oposição republicana, transformando-se, no Parlamento e na imprensa no principal paladino do derrube da monarquia e num dos líderes do movimento de opinião pública que criou as condições para a implantação da República Portuguesa 5 de Outubro de 1910. a
Na preparação das revolução, Brito Camacho exerceu um importante papel de ligação entre os republicanos e os militares, dada a sua ligação ao Exército. Em resultado da sua acção política e ligação profunda ao movimento republicano, foi um dos mediadores na formação do governo provisório que se seguiu à implantação da República.
Logo a 23 de Novembro de 1910 foi nomeado Ministro do Fomento do Governo Provisório da República Portuguesa. Nestas funções leva a cabo importantes reformas, entre as quais a divisão do Instituto Industrial e Comercial de Lisboa para dar origem ao Instituto Superior Técnico e ao Instituto Superior de Comércio.
Para a instalação do Instituto Superior Técnico convidou o professor Alfredo Bensaúde, o qual estruturou os primeiros cursos de Engenharia leccionados naquela instituição, ainda hoje considerados como as especialidades básicas da engenharia portuguesa: Minas, Civil, Mecânica, Electrotecnia e Química Industrial. Para todas estas especialidades, os estudos iniciavam-se com uma estrutura de carácter geral de dois anos de duração, que era complementada com três anos de estudos da especialidade.
Em Dezembro de 1910 esteve na origem da ACAP e da fundação Associação de Classe Industrial de Veículos e Artes Correlativas.
Foi um dos membros do governo, que em conjunto com Joaquim Teófilo Braga, António José de Almeida, Afonso Costa, José Relvas, António Xavier Correia Barreto, Amaro de Azevedo Gomes e Bernardino Machado, subscreveu a Lei da Separação da Igreja do Estado de 20 de Abril de 1911.
Em Setembro de 1911, após as primeiras eleições republicanas, volta a integrar o Governo.
Em 1912 Brito Camacho reassumiu o cargo de director de A Lucta e foi um dos protagonistas da cisão do Partido Republicano Português. Liderou a facção mais à direita do partido que se autonomizou comoPartido da União Republicana. O jornal A Luta passou então a ser o órgão oficioso do novo partido.
Passou então a desenvolver uma intensa acção jornalística e política contra a hegemonia política do Partido Democrático, assumindo-se como o principal opositor dos sucessivos governos formados por aquele partido.
Em 1818, após a eleição de António José de Almeida para o cargo de Presidente da República, dá-se a fusão do Partido Unionista com o Partido Evolucionista, levando à criação do Partido Liberal Republicano. Em consequência, Brito Camacho inicia um processo de afastamento da actividade política, abandonando os cargos de liderança partidária. Esse afastamento leva a que em 1920 recuse o convite para formar um governo apoiado pelo Partido Liberal Republicano.
Entre de Março de 1921 e Setembro de 1923 exerceu as funções de Alto Comissário da República em Moçambique, embora apenas tenha permenecido em Lourenço Marques até 1922.
Em 1925, ainda nas funções de deputado, manifestou aos seus eleitores a vontade de abandonar a vida política activa. Passou então a promover a defesa dos ideais democráticos conferências da estabilidade política da República.
Em consequência da Revolução de 28 de Maio de 1926 foi obrigado a abandonar a actividade política, retirando-se para a vida privada.
Faleceu em Lisboa no dia 19 de Setembro de 1934.
MAnuel de Brito Camacho é autor de mais de trinta volumes publicados, entre os quais assumem particular interesse as narrativas e os quadros descritivos da sua terra natal e do Baixo Alentejo rural. Foi tão forte a presença da ruralidade alentejana nos seus escritos que Aquilino Ribeiro deu o título de Brito Camacho nas Letras e no Seu Monteao estudo que fez da vida e obra de Brito Camacho.
A 29 de Outubro de 1987, aquando da visita oficial do então Presidente da República Mário Soares, foi colocada uma lápide comemorativa na casa de Aljustrel onde viveu. Em 1999 foi atribuído o nome de Brito Camacho à Escola Básica de Aljustrel, de que é patrono.
.
Cronologia
12 de Fevereiro de 1862 — Nasce no Monte das Mesas, Aljustrel, filho de lavradores abastados.
1876 - 1880 — Frequentou o Liceu de Beja.
1880 — Frequentou a Escola Politécnica de Lisboa.
1880 - 1884 — Frequentou a Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa.
1884 — Formou-se em Medicina na Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa. Inicia funções no Torrão.
1891 - 1893 — Foi cirurgião-ajudante do Exército em Tancos e Torres Novas.
1893 — Foi candidato a deputado pelo círculo de Beja integrado nas listas republicanas.
1893 — Em consequência da defesa dos ideais republicanos, foi suspenso e depois transferido para os Açores.
1894 — Regressa dos Açores e fica colocado na 2.ª Divisão Militar, em Viseu
. Inicia a colaboração regular com a imprensa.
1896 - 1897 — Suspende as suas funções como militar e dedica-se ao jornalismo e à política, desenvolvendo em Évora intensa acção política de propaganda do republicanismo.
1902 — Apresenta uma tese de doutoramento em Medicina na Universidade de Paris.
1902 — Abandona definitivamente a sua prática médica e dedica-se em exclusivo ao jornalismo e à política.
1904 — Concorre a um lugar de professor da Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa.
1906 — Funda o jornal republicano A Lucta.
1908 — Nas eleições gerais realizadas após o Regicídio foi eleito deputado pela oposição republicana.
5 de Outubro de 1910 — Tem um papel relevante na preparação e condução da revolta que leva à implantação da República Portuguesa.
23 de Novembro de 1910 — Nomeado Ministro do Fomento do Governo Provisório da República Portuguesa.
20 de Abril de 1911 — Foi um dos membros do governo que subscreveu a Lei da Separação da Igreja do Estado.
1912 — Reassume o cargo de director de A Lucta e é um dos protagonistas da cisão do Partido Republicano Português, liderando a facção que deu origem ao Partido da União Republicana.
1912 - 1918 — Mantém intensa acção jornalística e política contra a hegemonia política do [[os "Democráticos" e o risco da sua hegemonia.
1818 — Em resultado da fusão do Partido Unionista com o Partido Evolucionista e da criação do Partido Liberal Republicano inicia um processo de afastamento da actividade política, abandonando os cargos de liderança partidária.
1920 — Recusa o convite para formar um governo apoiado pelo Partido Liberal Republicano.
1921 - 1923 — Exerce as funções de Alto Comissário da República em Moçambique.
1925 — Manifesta aos seus eleitores o desejo de se retirar da vida política activa.
1926 — Em consequência da Revolução de 28 de Maio de 1926 é obrigado a abandonar a actividade política.
19 de Setembro de 1934 — Falece, às 6:30 da manhã, em Lisboa.
Obra publicada
Para além de uma vultosa obra jornalísitica e de comentário político, dispersa por numerosos periódicos, Brito Camacho é autor das seguintes obras:
Impressões de Viagem (1902)
Contos e sátiras (Guimarães & C.ª, 1920)
A caminho d'Africa (Guimarães & C.ª, 1923)
Os amores de Latino Coelho (Guimarães & C.ª, 1923)
Quadros alemtejanos (Guimarães & C.ª, 1925)
Moçambique, Problemas Coloniais (1926)
Jornadas (Guimarães & C.ª, 1927)
D. Carlos, intimo(Guimarães & C.ª, 1927)
Gente rústica (Guimarães & C.ª, 1927)
Gente Vária (1928)
Cenas da Vida (1929)
De bom humor (Guimarães, 1930)
Gente bóer (Guimarães, 1930)
Por cerros e vales (Guimarães & C.ª, 1931)
A Linda Emília (1932)
Matéria vaga (Guimarães & C.ª, 1934)
Política Colonial (1936)
Rescaldo da guerra (Guimarães, 1936)
Questões nacionais (Guimarães, 1937)
WIKIPÉDIA
1902 — Apresenta uma tese de doutoramento em Medicina na Universidade de Paris.
1902 — Abandona definitivamente a sua prática médica e dedica-se em exclusivo ao jornalismo e à política.
1904 — Concorre a um lugar de professor da Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa.
1906 — Funda o jornal republicano A Lucta.
1908 — Nas eleições gerais realizadas após o Regicídio foi eleito deputado pela oposição republicana.
5 de Outubro de 1910 — Tem um papel relevante na preparação e condução da revolta que leva à implantação da República Portuguesa.
23 de Novembro de 1910 — Nomeado Ministro do Fomento do Governo Provisório da República Portuguesa.
20 de Abril de 1911 — Foi um dos membros do governo que subscreveu a Lei da Separação da Igreja do Estado.
1912 — Reassume o cargo de director de A Lucta e é um dos protagonistas da cisão do Partido Republicano Português, liderando a facção que deu origem ao Partido da União Republicana.
1912 - 1918 — Mantém intensa acção jornalística e política contra a hegemonia política do [[os "Democráticos" e o risco da sua hegemonia.
1818 — Em resultado da fusão do Partido Unionista com o Partido Evolucionista e da criação do Partido Liberal Republicano inicia um processo de afastamento da actividade política, abandonando os cargos de liderança partidária.
1920 — Recusa o convite para formar um governo apoiado pelo Partido Liberal Republicano.
1921 - 1923 — Exerce as funções de Alto Comissário da República em Moçambique.
1925 — Manifesta aos seus eleitores o desejo de se retirar da vida política activa.
1926 — Em consequência da Revolução de 28 de Maio de 1926 é obrigado a abandonar a actividade política.
19 de Setembro de 1934 — Falece, às 6:30 da manhã, em Lisboa.
Obra publicada
Para além de uma vultosa obra jornalísitica e de comentário político, dispersa por numerosos periódicos, Brito Camacho é autor das seguintes obras:
Impressões de Viagem (1902)
Contos e sátiras (Guimarães & C.ª, 1920)
A caminho d'Africa (Guimarães & C.ª, 1923)
Os amores de Latino Coelho (Guimarães & C.ª, 1923)
Quadros alemtejanos (Guimarães & C.ª, 1925)
Moçambique, Problemas Coloniais (1926)
Jornadas (Guimarães & C.ª, 1927)
D. Carlos, intimo(Guimarães & C.ª, 1927)
Gente rústica (Guimarães & C.ª, 1927)
Gente Vária (1928)
Cenas da Vida (1929)
De bom humor (Guimarães, 1930)
Gente bóer (Guimarães, 1930)
Por cerros e vales (Guimarães & C.ª, 1931)
A Linda Emília (1932)
Matéria vaga (Guimarães & C.ª, 1934)
Política Colonial (1936)
Rescaldo da guerra (Guimarães, 1936)
Questões nacionais (Guimarães, 1937)
WIKIPÉDIA
Durante a aula de Boas Maneiras, diz a professora:
Durante a aula de Boas Maneiras, diz a
professora:
- Rodrigo, se você estivesse namorando uma moça fina e educada e,durante o
jantar, precisasse ir ao banheiro, o que diria:
jantar, precisasse ir ao banheiro, o que diria:
- Segura as pontas aí que eu vou dar uma mijadinha.
- Isso seria uma grosseria, uma completa falta de educação.
Fernandinho, como você diria?
- Me desculpa, preciso ir ao banheiro, mas já volto.
- Melhor, mas é desagradável mencionar o banheiro durante
as refeições.
E você, Joãozinho, seria capaz de usar sua inteligência para,
ao menos uma
vez, mostrar boas maneiras?
- Eu diria :
- Minha princesa, peço a licença para ausentar-me por um momento, pois vou
estender a mão a um grande amigo que pretendo apresentar-lhe depois do jantar.
- Minha princesa, peço a licença para ausentar-me por um momento, pois vou
estender a mão a um grande amigo que pretendo apresentar-lhe depois do jantar.
SOLIDÃO VERSUS POBREZA
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João J. C.Couto
Ensinamentos das MÃES DE ANTIGAMENTE
Ensinamentos das MÃES DE ANTIGAMENTE:
Pra lembrar e rir.
Coisas que nossas mães diziam e faziam...
Uma forma, hoje condenada pelos educadores e psicólogos, mas funcionou com a gente e por isso não saímos seqüestrando a namorada, nem matando os outros por aí, nem matando os nossos pais só para ficar com a herança e achar q seria feliz para sempre com o namorado tb assassino...
Minha mãe ensinou a VALORIZAR O SORRISO...
"ME RESPONDE DE NOVO E EU TE ARREBENTO OS DENTES!"
Minha mãe me ensinou a RETIDÃO.
"EU TE AJEITO NEM QUE SEJA NA PANCADA!"
Minha mãe me ensinou a DAR VALOR AO TRABALHO DOS OUTROS..
"SE VOCÊ E SEU IRMÃO QUEREM SE MATAR, VÃO PRA FORA. ACABEI DE LIMPAR A CASA!"
Minha mãe me ensinou LÓGICA E HIERARQUIA..-.
"PORQUE EU DIGO QUE É ASSIM! PONTO FINAL! QUEM É QUE MANDA AQUI?"
Minha mãe me ensinou o que éMOTIVAÇÃO...
"CONTINUA CHORANDO QUE EU VOU TE DAR UMA RAZÃO VERDADEIRA PARA VC CHORAR!"
Minha mãe me ensinou a CONTRADIÇÃO...
" FECHA A BOCA E COME!"
Minha Mãe me ensinou sobre ANTECIPAÇÃO...
"ESPERA SÓ ATÉ SEU PAI CHEGAR EM CASA!"
Minha Mãe me ensinou sobre PACIÊNCIA...
"CALMA!... QUANDO CHEGARMOS EM CASA VOCÊ VAI VER SÓ..."
Minha Mãe me ensinou a ENFRENTAR OS DESAFIOS...
"OLHE PARA MIM! ME RESPONDA QUANDO EU TE FIZER UMA PERGUNTA!"
Minha Mãe me ensinou sobre RACIOCÍNIO LÓGICO...
"SE VOCÊ CAIR DESSA ÁRVORE VAI QUEBRAR O PESCOÇO E EU VOU TE DAR UMA SURRA!"
Minha Mãe me ensinou MEDICINA...
"PÁRA DE FICAR VESGO MENINO! PODE BATER UM VENTO E VOCÊ VAI FICAR ASSIM PARA SEMPRE."
Minha Mãe me ensinou sobre o REINO ANIMAL...
"SE VOCÊ NÃO COMER ESSAS VERDURAS, OS BICHOS DA SUA BARRIGA VÃO COMER VOCÊ!"
Minha Mãe me ensinou sobre GENÉTICA...
"VOCÊ É IGUALZINHO AO SEU PAI!"
Minha Mãe me ensinou sobre minhas RAÍZES...
"TÁ PENSANDO QUE NASCEU DE FAMÍLIA RICA É?"
Minha Mãe me ensinou sobre a SABEDORIA DE IDADE...
"QUANDO VOCÊ TIVER A MINHA IDADE, VOCÊ VAI ENTENDER."
Minha Mãe me ensinou sobre JUSTIÇA...
"UM DIA VOCÊ TERÁ SEUS FILHOS, E EU ESPERO ELES FAÇAM PRÁ VOCÊ O MESMO QUE VOCÊ FAZ PRA MIM! AÍ VOCÊ VAI VER O QUE É BOM!"
Minha mãe me ensinouRELIGIÃO...
"MELHOR REZAR PARA ESSA MANCHA SAIR DO TAPETE!"
Minha mãe me ensinou o BEIJO DE ESQUIMÓ...
"SE RABISCAR DE NOVO, EU ESFREGO SEU NARIZ NA PAREDE!"
Minha mãe me ensinou CONTORCIONISMO.-..
"OLHA SÓ ESSA ORELHA! QUE NOJO!"
Minha mãe me ensinou DETERMINAÇÃO..-.
"VAI FICAR AÍ SENTADO ATÉ COMER TODA COMIDA!"
Minha mãe me ensinou habilidades como VENTRÍLOGO...
"NÃO RESMUNGUE! CALA ESSA BOCA E ME DIGA POR QUE É QUE VOCÊ FEZ ISSO?"
Minha mãe me ensinou a SER OBJETIVO...
"EU TE AJEITO NUMA PANCADA SÓ!"
Minha mãe me ensinou a ESCUTAR ...
"SE VOCÊ NÃO ABAIXAR O VOLUME, EU VOU AÍ E QUEBRO ESSE RÁDIO!"
Minha mãe me ensinou a TER GOSTO PELOS ESTUDOS..
"SE EU FOR AÍ E VOCÊ NÃO TIVER TERMINADO ESSA LIÇÃO, VOCÊ JÁ SABE!..."
Minha mãe me ajudou na COORDENAÇÃO MOTORA...
"AJUNTA AGORA ESSES BRINQUEDOS!! PEGA UM POR UM!!"
Minha mãe me ensinou os NÚMEROS...
"VOU CONTAR ATÉ DEZ. SE ESSE VASO NÃO APARECER VOCÊ LEVA UMA SURRA!"
Brigadão Mãe !!!
Aí a briga começou...
Aí a briga começou...
Minha esposa sentou-se no sofá junto a mim, enquanto eu passava pelos canais.
Ela perguntou: - O que tem na TV?
Eu disse: - Poeira. Aí a briga começou...
===============================
Minha esposa estava dando dicas sobre o que ela queria para seu aniversário que estava próximo.
Ela disse: - Quero algo que vá de 0 a 100 em cerca de 3 segundos.
Eu comprei uma balança para ela.
Aí a briga começou...
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Quando cheguei em casa ontem à noite, minha esposa exigiu que a levasse a algum lugar caro.
Então eu a levei ao posto de gasolina.Aí a briga começou....
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Depois de aposentar-me, fui até o INSS para poder receber meu benefício. A mulher que me atendeu solicitou minha identidade para verificar minha idade. Chequei meus bolsos e percebi que a tinha deixado em casa. Disse à mulher que lamentava, mas teria que ir até minha casa e voltar depois. A mulher disse: - Desabotoe sua camisa.
Então, desabotoei minha camisa deixando exposto meus cabelos crespos prateados. Ela disse: - Este cabelo prateado no seu peito é prova suficiente para mim. E processou meu benefício.
Quando cheguei em casa, contei entusiasmado o que ocorrera para minha esposa.
Ela disse: - Por que você não abaixou as calças? Você poderia ter conseguido auxilio-invalidez também...
Aí a briga começou...
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Minha mulher estava nua, se olhando no espelho do quarto de dormir. Ela não está feliz com o que vê e diz: - Sinto-me horrível; pareço velha, gorda e feia. Eu realmente preciso de um elogio seu.
Eu disse: Sua visão está ótima!
Aí a briga começou...
===============================
Eu levei minha esposa ao restaurante. O garçom, por algum motivo, anotou meu pedido primeiro. - Eu vou querer churrasco, mal-passado, por favor.
Ele disse: - Você não está preocupado com a vaca louca ?
- Não, ela mesma pode fazer seu pedido.
Aí a briga começou...
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Voltei do médico após uma consulta e minha esposa toda preocupada, pergunta-me:
- E então, o que o médico lhe disse?
De pronto, eu respondi:
- A partir de hoje, não faremos mais amor, estou proibido de comer qualquer coisa gorda.
Aí a briga começou...
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Recebi este e-mail e repassei para minha esposa . . . .
Aí a briga começou...
O TRIUNFO DOS AGIOTAS - UMA HISTÓRIA DE GANGSTERS .
O TRIUNFO DOS AGIOTAS - UMA HISTÓRIA DE GANGSTERS
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1. «DUAS NAÇÕES». Benjamin Disraeli (1804-1881), aliás Lord Beaconsfield (desde 1876), foi um dos políticos ingleses mais notáveis do século XIX. Conservador e reformador com preocupações sociais, chegou a advogar uma aliança entre a aristocracia e a classe trabalhadora, sugerindo que os aristocratas deviam usar o seu poder para ajudar a proteger os mais pobres. Além de ter sido Primeiro Ministro da Rainha Vitória (e do Império Britânico) durante a década de 1870, foi um escritor popular que expressou em alguns dos seus romances as suas preocupações em relação à pobreza e à injustiça do sistema parlamentar, que ele ajudou a reformar com o apoio do Partido Liberal (já chefiado por William Gladstone, que viria a suceder-lhe como Primeiro Ministro). Num dos seus romances mais conhecidos, Sybil (1844), Disraeli descreve uma Inglaterra dividida em «duas nações», a dos ricos e a dos pobres, entre as quais «não há nem relacionamento nem simpatia». Cenário que se repetiria no século XX, com algumas adaptações, mas a mesma crueldade, durante os Governos de Margaret Thatcher, e que ameaça repetir-se no século XXI com o Governo de David Cameron.
Tal como essas «duas nações» inglesas de costas voltadas uma para a outra, também hoje se poderá falar de «duas Américas», de «duas Europas» ou, mesmo, de «duas nações» de costas voltadas em vários países da União Europeia. Estamos, de facto, a viver uma crise profunda e a assistir a uma degradação inquietante da democracia representativa. Há uma distância cada vez maior entre a classe política e os cidadãos, entre o povo e os seus representantes, entre a minoria dos muito ricos e o resto da sociedade, com uma classe média em erosão acentuada que vai engrossando as fileiras dos pobres e desempregados. O partido dos abstencionistas é cada vez maior e a representação política é cada vez mais a imagem inversa do país real.
Em sondagem recentemente publicada por vários jornais europeus, constata-se que aumentou significativamente a desconfiança dos cidadãos europeus na capacidade dos Governos e respectivas oposições para resolver os problemas económicos. Cresce a sensação de que os políticos nacionais já não têm autonomia para tomar as decisões indispensáveis para combater eficazmente a crise nos seus países, tal como a noção de que esses políticos foram substituídos pelos novos poderes fácticos: mercados e especuladores financeiros, bancos e agências derating, tecnocratas e políticos escolhidos em instâncias superiores, que tomam decisões além-fronteiras encerrados em «torres de marfim» (BCE, FED, Wall Street, City, Bruxelas, etc.).
Alguém lembrava recentemente uma famosa frase de um dos actores da Revolução Francesa, o abade Emmanuel-Joseph Sieyès: «O poder vem de cima, a confiança vem de baixo». Quando o topo e a base se afastam entre si excessivamente, o poder vai perdendo a autoridade à medida que a confiança se degrada. E vai tomando forma, entre o povo, o sentimento de que existem «duas nações» ou «dois países»: um país de cima, constituído pelos muito ricos, por uma minoria de pessoas moldadas na mesma matriz, que obedecem aos mesmos códigos e vivem encerradas na mesma «torre de marfim»; e um país de baixo, constituído pela grande maioria abandonada à sua sorte, esquecida pelos que tudo têm, pelas elites, vítima de uma espécie de desprezo de classe. Como salienta o filósofo esloveno Slavoj Zizek, «o capitalismo actual move-se segundo uma lógica de apartheid, em que uns poucos se sentem com direito a tudo e a grande maioria é constituída por excluídos». Sendo certo que, como ele também diz, «os capitalistas actuais são fanáticos religiosos que defendem a todo o custo os seus lucros, mesmo que causem a ruína de milhões de pessoas». É a lógica neoliberal.
Num texto publicado em 2000, A mão invisível dos poderosos,Pierre Bourdieu dizia que «a visão neoliberal é difícil de combater com eficácia porque, sendo conservadora, apresenta-se como progressista e pode remeter para o lado do conservadorismo, e até do arcaísmo, todas as críticas que lhe são dirigidas, nomeadamente aquelas que tomam por alvo a destruição das conquistas sociais do passado». Todavia, é um facto que «o neoliberalismo visa destruir o Estado social, a mão esquerda do Estado (que é fácil mostrar ser o melhor garante dos interesses dos dominados, desprovidos de recursos culturais e económicos, mulheres, etnias estigmatizadas, etc.)». Para os que praticam esta doutrina, é a Economia que está «no centro da vida» – e não o Homem. E acham que o mercado não se dá bem com a res publica.
De facto, o neoliberalismo está na base daquilo que alguns designam por «hipercapitalismo» e, evidentemente, na base da «financeirização da economia». A finança - que nunca devia ter deixado de ser um meio, um instrumento, uma alavanca - tornou-se um fim em si mesma. O dinheiro é rei e o homem é súbdito, a especulação financeira não conhece limites nem regras, o lucro imediato é o Santo Graal. Pior: a dívida é consubstancial, é indispensável ao bom funcionamento do sistema. A ganância e o egoísmo estão na essência do hipercapitalismo. São os agiotas, e não os políticos, que governam o mundo e estão a dar cabo da democracia representativa.
O hipercapitalismo, é bom lembrar, nasceu nos EUA e em Inglaterra durante a década de 1980, nos anos Reagan-Thatcher (e também teve como fiéis executores, através de férreas ditaduras militares, o general chileno Augusto Pinochet, assim como os generais brasileiros e argentinos, todos adeptos da doutrina neoliberal elaborada por Milton Friedman, acolitado pelos seus «Chicago boys»). Foi nessa altura que a progressão dos salários começou a ser bloqueada, o desemprego em massa gerou a precariedade e esta foi instituída em regra, ao mesmo tempo que os accionistas passaram a ser privilegiados em detrimento do factor trabalho. A acentuada diminuição da parte dos salários dos trabalhadores na redistribuição das riquezas, que partiu do mundo anglo-saxónico, alastrou em seguida a todos os países desenvolvidos e foi reforçada pela irrupção da China e da sua mão-de-obra barata. Só que, para a máquina continuar a funcionar, era preciso que os assalariados consumissem. Para tanto, urgia estimulá-los a endividar-se, e a sobreendividar-se, enquanto as desigualdades se iam acentuando. «Você não ganha o suficiente? Peça emprestado, consuma, sobretudo produtos importados baratos, e o mundo continuará a girar». O hipercapitalismo tem, estruturalmente, necessidade de um endividamento sempre crescente para prosperar. E as vítimas tanto são os indivíduos como os Estados.
Desregulamentação financeira, baixos salários, aumento do trabalho precário, feminização crescente da mão-de-obra (e da pobreza) a nível mundial, acesso do capital às reservas de mão-de-obra barata em todo o mundo – são algumas das características essenciais da doutrina neoliberal, que estão na base da famosa globalização e da subordinação dos governos às exigências do mercado. Ao Estado passou a estar reservada uma função essencial: a de usar o seu poder para proteger as instituições financeiras a qualquer preço (em contradição, aliás, com o não intervencionismo que é preconizado pela doutrina neoliberal). No fundo, trata-se - como salienta David Harvey «com toda a crueza» - de «privatizar os lucros e socializar os riscos», de «salvar os bancos e extorquir ao povo». A pretexto de não poder haver um risco sistémico, «os bancos comportam-se mal porque não têm de responsabilizar-se pelas consequências negativas dos seus comportamentos de alto risco». Como se viu nos EUA e no Reino Unido, a partir da brutal crise das hipotecas subprime, em 2008. E como se viu em Portugal, no caso absolutamente escandaloso do BPN. Mas há muitos mais exemplos.
É verdade o que diz Jean-Claude Trichet, presidente do BCE: «Os bancos teriam todos desaparecido se nós não os tivéssemos salvo». Mas o paradoxo é evidente: os Estados endividaram-se para evitar o colapso dos bancos, mas agora são os bancos que impõem aos Governos a adopção de políticas de austeridade brutais, que podem conduzir ao colapso dos Povos e dos Estados. Para tanto, socorrem-se das já famosas agências de rating, que «espancam» os Governos até estes atirarem «a toalha ao chão».
Apesar da veneração que suscitam entre os economistas e jornalistas especializados ao serviço do capital financeiro, as agências de rating não são entidades de direito divino. De facto, são empresas privadas ao serviço de interesses privados, que acumulam já, ao longo da sua história, muitos casos de manifesta incompetência, escandaloso favoritismo e oportunismo irresponsável. Além disso, não são avaliadas nem fiscalizadas por qualquer entidade reguladora e, ainda por cima, funcionam praticamente em regime de oligopólio: apenas três agências - Moody’s, Standard & Poor’s e Fitch - repartem entre si mais de 90 % do mercado e as duas primeiras quase 80 %. Para já nem falar dos óbvios conflitos de interesses em que incorrem.
O actual Presidente da República, Cavaco Silva, gostaria de impor um silêncio patriótico aos políticos e comentadores (infelizmente, poucos!) que criticam as agências de rating. Todavia, abundam os casos em que elas contribuíram para agravar as crises. Vejamos dois exemplos recentes.
Desde logo, o caso do magnata Bernard Maddoff, sem dúvida um dos maiores vigaristas do século, que exibia, no cartão de apresentação da sua entidade financeira, um rutilante triplo A (AAA), que é a classificação positiva máxima atribuída pelas agências de rating. Foi parar à cadeia.
Depois, o caso das famosas hipotecas subprime e dos tão sofisticados como «tóxicos» produtos financeiros que ajudaram a fabricar, que incluíam nomeadamente títulos de dívida (obrigações) do Lehman Brothers. Todos eles beneficiaram também de um rutilante triplo A. Mas foi precisamente a falência do Lehman Brothers que desencadeou a gigantesca crise financeira de 2008, nos EUA, que depois alastrou à Europa, e cujas consequências ainda hoje estamos a sofrer. Vale a pena lembrar aqui uma passagem do relatório final da Comissão de Investigação do Congresso dos EUA que foi constituída para apurar as causas da grave crise financeira. Reza assim:
«Concluímos que os erros cometidos pelas agências de qualificação de riscos (agências de rating) foram engrenagens essenciais na maquinaria de destruição financeira. As três agências foram ferramentas chave do caos financeiro. Os valores relacionados com hipotecas, no coração da crise, não se teriam vendido sem o selo de aprovação das agências. Os investidores confiaram nelas, na maioria dos casos cegamente. (…) Esta crise não teria podido ocorrer sem as agências de rating. As suas qualificações (máximas) ajudaram o mercado a disparar, e quando tiveram de baixá-las (até ao nível de «lixo»), em 2007 e 2008, causaram enormes estragos».
O relatório salienta que a Moody’s - que em 2006 foi uma autêntica fábrica de atribuição de classificações máximas a títulos hipotecários - deve ser considerada como um case study sobre as más práticas que provocaram a crise. De facto, entre os anos 2000 e 2007, a Moody’s considerou como de máxima solvência (AAA) nada menos do que 45.000 valores relativos a hipotecas. O relatório refere a existência de modelos de cálculo desfasados, as pressões exercidas por empresas financeiras e a ânsia de ganhar quota de mercado que se sobrepôs à qualidade das qualificações atribuídas.
Mas, apesar destas conclusões devastadoras para a credibilidade das agências de rating, estas não hesitaram em aumentar os salários e prémios dos seus executivos, já depois de conhecido o relatório. O caso da Moody’s foi o mais escandaloso. O seu presidente executivo, Raymond Mc Daniel, recebeu em 2010 um aumento de 69 % do seu salário anual, que trepou até aos 9,15 milhões de dólares (cerca de 6,4 milhões de euros). Um motivo invocado, entre outros, foi o facto de ter ajudado a «restaurar a confiança (!) nas qualificações atribuídas pela Moody’s Investors Service, ao elevar o conhecimento sobre o papel e a função dessas qualificações».
Raymond Mc Daniel foi chamado a testemunhar perante a Comissão de Inquérito acompanhado pelo principal accionista da Moody’s, Warren Buffet. Mas este lavou as mãos, como Pilatos, declarando que não fazia a menor ideia sobre a gestão da agência, e que nunca lá tinha posto os pés. Explicou, no entanto, que tinha investido na empresa porque o negócio das agências de rating era «um duopólio natural, o que lhe dava um incrível poder sobre os preços»! Na transcrição do depoimento de Raymond Mc Daniel perante a Comissão de Inquérito do Congresso também surge uma declaração surpreendente. Disse ele: «Os investidores não deveriam confiar nas qualificações (das agências) para comprar, vender ou manter valores»! Não foi ingenuidade. Foi insolência e hipocrisia. Infelizmente, em relação a Portugal, ninguém seguiu o conselho deste senhor Raimundo…
«E já!». Perceberam? Foi assim, sem qualquer pudor, que o ultimato foi anunciado, que a «pistola» foi apontada à cabeça da vítima que já estava na fila de espera para ser «garrotada» pelo Fundo Monetário Internacional e pelo Fundo Europeu de Estabilização Financeira. Cerca de 24 horas depois, já tínhamos direito a ouvir o sr. Olli Rehn (criatura finlandesa em quem não votámos e que fala inglês aos soluços) a explicar à Europa e ao Mundo o que é bom para Portugal - e não necessariamente para a grande maioria os portugueses. Olli Rehn é comissário europeu para os Assuntos Económicos e Monetários. Trabalha, portanto, sob a direcção (!?) do sr. Durão Barroso, ex-presidente do PSD e ex-primeiro-ministro, que foi «sovado» pelo PS (de Ferro Rodrigues) nas eleições europeias de 2004 e que, a seguir, abandonou o Governo que chefiava «com o rabo entre as pernas», pouco depois de ter prometido ao país que não o faria, para ir ocupar em Bruxelas o cargo de presidente da Comissão Europeia, que lhe foi oferecido pela direita.
Como escreveu Pierre Bourdieu há onze anos: «Temos uma Europa dos bancos e dos banqueiros, uma Europa das empresas e dos patrões, uma Europa das polícias e dos polícias, teremos em breve uma Europa das forças armadas e dos militares» (esta está quase!). Infelizmente, ainda não existe um movimento social europeu unificado, capaz de reunir diferentes movimentos, sindicatos e associações de diferentes naturezas, e capaz de resistir eficazmente às forças dominantes, a essa «Europa que se constrói em torno dos poderes e dos poderosos e que é tão pouco europeia».
Ao contrário do que algumas vozes bem intencionadas andaram a proclamar, a gravíssima crise económica e financeira desencadeada pelas más práticas do hipercapitalismo não deu origem a um «novo paradigma». Paralisada (e neutralizada) pelas sucessivas concessões que fez à doutrina neoliberal, a social-democracia europeia assiste, política e ideologicamente desarmada, ao que alguns já designam como «nova contra-revolução social thatchero-reaganiana». Até onde poderá ela ir? Nesta verdadeira guerra dos «mercados» contra os Estados, foi manifesta a incapacidade dos europeus para definir uma estratégia progressista comum para enfrentar a crise. Isso foi perfeitamente percebido pelos «mercados», que decidiram aproveitar essa sua vantagem para atacar frontalmente os Estados mais frágeis, com o objectivo de desregular ainda mais os mercados internos e de exigir mais privatizações. E é exactamente isso que está a acontecer aqui e agora.
A estratégia europeia de saída da crise mundial é clara: desregulação dos mercados de trabalho, deflação salarial, desemprego estrutural, menor protecção no emprego, restrições orçamentais, privatizações em massa, etc.
É uma estratégia aparentemente paradoxal, que torna ainda mais vorazes os «mercados», que exigem sempre tudo e nunca se sentem saciados. Mas é também uma estratégia fundamentalmente recessiva, que pode provocar um aumento significativo das reivindicações sociais e políticas. «Neste braço-de-ferro, o estatuto do euro é um teste definitivo», dizem os entendidos. E a questão está em saber se «será, finalmente, posto ao serviço da promoção de um modelo social sustentável» ou «irá tornar-se o vector da destruição do que resta do Estado de bem-estar europeu». Os exemplos da Grécia, da Irlanda e de Portugal não auguram nada de bom para o Estado social.
Como já se noticia, a «ajuda» financeira do FEEF e do FMI servirá, essencialmente, para Portugal «pagar o que deve aos credores, sobretudo bancos estrangeiros que, ao longo de décadas, foram fornecendo fundos aos bancos nacionais e que estes depois canalizavam para a compra de casas, carros e créditos às empresas» («DN», 08/04/2011). Para além de cortes em salários, pensões, subsídios de desemprego e outras prestações sociais, fala-se em «reformas mais profundas do mercado de trabalho, menor protecção no emprego, maior abertura da Educação e da Saúde aos privados, subida dos impostos». (O dr. Passos Coelho deve estar radiante!). Também se diz que «mal as condições melhorem, o Estado deve começar a sair (privatizar) das empresas de transportes. Casos da ANA, TAP, CP, Refer, Carris, Metro de Lisboa e do Porto». Não haverá mais nada para privatizar? Claro que há! Um Estado bem desmantelado dá para enriquecer vários oligarcas.
Enfim, temos este país pronto a morrer da cura. Graças ao «trabalho sujo» das agências de rating (os «gangsters» desta história) ao serviço dos «mercados» (os agiotas). Mas também graças aos «bons ofícios» do actual Presidente da República, à «ansiedade do pote» de Pedro Passos Coelho e Paulo Portas, e ao extraordinário «sentido de oportunidade» de Jerónimo de Sousa e Francisco Louçã. Sem esquecer as evidentes responsabilidades de José Sócrates, que não resistiu às sucessivas concessões que foi fazendo ao «blairismo» e ao «neo-centrismo», ou seja, à doutrina neoliberal.
Observação final. Várias são as vozes que afirmam que o FMI não é nenhum papão e não mete medo a ninguém, porque já cá esteve no século passado e tudo correu às mil maravilhas. É quase verdade, mas esquecem-se de um pequeno pormenor que faz toda a diferença: é que, quando o país sair exausto e exangue dos próximos anos de brutal austeridade, não haverá mais uma CEE à nossa espera para «inundar» Portugal com as «catadupas» de fundos comunitários que fizeram a felicidade do cavaquismo!
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Lisboa, 9 de Abril de 2011
(Publicado no «i» de 16 de Abril de 2011)
Tal como essas «duas nações» inglesas de costas voltadas uma para a outra, também hoje se poderá falar de «duas Américas», de «duas Europas» ou, mesmo, de «duas nações» de costas voltadas em vários países da União Europeia. Estamos, de facto, a viver uma crise profunda e a assistir a uma degradação inquietante da democracia representativa. Há uma distância cada vez maior entre a classe política e os cidadãos, entre o povo e os seus representantes, entre a minoria dos muito ricos e o resto da sociedade, com uma classe média em erosão acentuada que vai engrossando as fileiras dos pobres e desempregados. O partido dos abstencionistas é cada vez maior e a representação política é cada vez mais a imagem inversa do país real.
Em sondagem recentemente publicada por vários jornais europeus, constata-se que aumentou significativamente a desconfiança dos cidadãos europeus na capacidade dos Governos e respectivas oposições para resolver os problemas económicos. Cresce a sensação de que os políticos nacionais já não têm autonomia para tomar as decisões indispensáveis para combater eficazmente a crise nos seus países, tal como a noção de que esses políticos foram substituídos pelos novos poderes fácticos: mercados e especuladores financeiros, bancos e agências derating, tecnocratas e políticos escolhidos em instâncias superiores, que tomam decisões além-fronteiras encerrados em «torres de marfim» (BCE, FED, Wall Street, City, Bruxelas, etc.).
Alguém lembrava recentemente uma famosa frase de um dos actores da Revolução Francesa, o abade Emmanuel-Joseph Sieyès: «O poder vem de cima, a confiança vem de baixo». Quando o topo e a base se afastam entre si excessivamente, o poder vai perdendo a autoridade à medida que a confiança se degrada. E vai tomando forma, entre o povo, o sentimento de que existem «duas nações» ou «dois países»: um país de cima, constituído pelos muito ricos, por uma minoria de pessoas moldadas na mesma matriz, que obedecem aos mesmos códigos e vivem encerradas na mesma «torre de marfim»; e um país de baixo, constituído pela grande maioria abandonada à sua sorte, esquecida pelos que tudo têm, pelas elites, vítima de uma espécie de desprezo de classe. Como salienta o filósofo esloveno Slavoj Zizek, «o capitalismo actual move-se segundo uma lógica de apartheid, em que uns poucos se sentem com direito a tudo e a grande maioria é constituída por excluídos». Sendo certo que, como ele também diz, «os capitalistas actuais são fanáticos religiosos que defendem a todo o custo os seus lucros, mesmo que causem a ruína de milhões de pessoas». É a lógica neoliberal.
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2. NEOLIBERALISMO. Não se trata de uma fantasia imaginada por esquerdistas. Como nos explica David Harvey, no seu livro O enigma do capital e as crises do capitalismo (Editorial Bizâncio, 2011), o termo neoliberalismo «refere-se a um projecto de classe que foi tomando forma durante a crise da década de 1970». «Mascarado por muita retórica sobre liberdade individual, autonomia, responsabilidade pessoal e as virtudes da privatização, do mercado livre e do comércio livre, o termo neoliberalismo legitimou políticas draconianas concebidas para restaurar e consolidar o poder da classe capitalista. Projecto que tem sido bem sucedido, a julgar pela incrível concentração de riqueza e poder que se verifica em todos os países que enveredaram pela via neoliberal. E não há provas de que esteja morto» – ao contrário do que pensam os que não se cansam de falar de um «novo paradigma», mas não conseguem sequer defini-lo ou explicá-lo.Num texto publicado em 2000, A mão invisível dos poderosos,Pierre Bourdieu dizia que «a visão neoliberal é difícil de combater com eficácia porque, sendo conservadora, apresenta-se como progressista e pode remeter para o lado do conservadorismo, e até do arcaísmo, todas as críticas que lhe são dirigidas, nomeadamente aquelas que tomam por alvo a destruição das conquistas sociais do passado». Todavia, é um facto que «o neoliberalismo visa destruir o Estado social, a mão esquerda do Estado (que é fácil mostrar ser o melhor garante dos interesses dos dominados, desprovidos de recursos culturais e económicos, mulheres, etnias estigmatizadas, etc.)». Para os que praticam esta doutrina, é a Economia que está «no centro da vida» – e não o Homem. E acham que o mercado não se dá bem com a res publica.
De facto, o neoliberalismo está na base daquilo que alguns designam por «hipercapitalismo» e, evidentemente, na base da «financeirização da economia». A finança - que nunca devia ter deixado de ser um meio, um instrumento, uma alavanca - tornou-se um fim em si mesma. O dinheiro é rei e o homem é súbdito, a especulação financeira não conhece limites nem regras, o lucro imediato é o Santo Graal. Pior: a dívida é consubstancial, é indispensável ao bom funcionamento do sistema. A ganância e o egoísmo estão na essência do hipercapitalismo. São os agiotas, e não os políticos, que governam o mundo e estão a dar cabo da democracia representativa.
O hipercapitalismo, é bom lembrar, nasceu nos EUA e em Inglaterra durante a década de 1980, nos anos Reagan-Thatcher (e também teve como fiéis executores, através de férreas ditaduras militares, o general chileno Augusto Pinochet, assim como os generais brasileiros e argentinos, todos adeptos da doutrina neoliberal elaborada por Milton Friedman, acolitado pelos seus «Chicago boys»). Foi nessa altura que a progressão dos salários começou a ser bloqueada, o desemprego em massa gerou a precariedade e esta foi instituída em regra, ao mesmo tempo que os accionistas passaram a ser privilegiados em detrimento do factor trabalho. A acentuada diminuição da parte dos salários dos trabalhadores na redistribuição das riquezas, que partiu do mundo anglo-saxónico, alastrou em seguida a todos os países desenvolvidos e foi reforçada pela irrupção da China e da sua mão-de-obra barata. Só que, para a máquina continuar a funcionar, era preciso que os assalariados consumissem. Para tanto, urgia estimulá-los a endividar-se, e a sobreendividar-se, enquanto as desigualdades se iam acentuando. «Você não ganha o suficiente? Peça emprestado, consuma, sobretudo produtos importados baratos, e o mundo continuará a girar». O hipercapitalismo tem, estruturalmente, necessidade de um endividamento sempre crescente para prosperar. E as vítimas tanto são os indivíduos como os Estados.
Desregulamentação financeira, baixos salários, aumento do trabalho precário, feminização crescente da mão-de-obra (e da pobreza) a nível mundial, acesso do capital às reservas de mão-de-obra barata em todo o mundo – são algumas das características essenciais da doutrina neoliberal, que estão na base da famosa globalização e da subordinação dos governos às exigências do mercado. Ao Estado passou a estar reservada uma função essencial: a de usar o seu poder para proteger as instituições financeiras a qualquer preço (em contradição, aliás, com o não intervencionismo que é preconizado pela doutrina neoliberal). No fundo, trata-se - como salienta David Harvey «com toda a crueza» - de «privatizar os lucros e socializar os riscos», de «salvar os bancos e extorquir ao povo». A pretexto de não poder haver um risco sistémico, «os bancos comportam-se mal porque não têm de responsabilizar-se pelas consequências negativas dos seus comportamentos de alto risco». Como se viu nos EUA e no Reino Unido, a partir da brutal crise das hipotecas subprime, em 2008. E como se viu em Portugal, no caso absolutamente escandaloso do BPN. Mas há muitos mais exemplos.
É verdade o que diz Jean-Claude Trichet, presidente do BCE: «Os bancos teriam todos desaparecido se nós não os tivéssemos salvo». Mas o paradoxo é evidente: os Estados endividaram-se para evitar o colapso dos bancos, mas agora são os bancos que impõem aos Governos a adopção de políticas de austeridade brutais, que podem conduzir ao colapso dos Povos e dos Estados. Para tanto, socorrem-se das já famosas agências de rating, que «espancam» os Governos até estes atirarem «a toalha ao chão».
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3. «GANGSTERISMO». Parece-me ser a expressão mais adequada para descrever a actividade das agências privadas de qualificação de riscos, mais conhecidas como agências de rating. Trabalham para quem lhes paga, sobretudo os bancos, proporcionando aos especuladores financeiros, e aos investidores oportunistas de alto calibre, juros sempre mais elevados para os seus empréstimos. Para tanto, «sovam» os Governos de vários países em sérias dificuldades económicas e financeiras, até eles não aguentarem mais «espancamentos». E se continuarem a resistir, apontam-lhes uma «pistola» à cabeça e ameaçam: «Ou cedes ou morres de bancarrota»! As agências de rating são, assim, uma espécie de gangsters ao serviço da agiotagem.Apesar da veneração que suscitam entre os economistas e jornalistas especializados ao serviço do capital financeiro, as agências de rating não são entidades de direito divino. De facto, são empresas privadas ao serviço de interesses privados, que acumulam já, ao longo da sua história, muitos casos de manifesta incompetência, escandaloso favoritismo e oportunismo irresponsável. Além disso, não são avaliadas nem fiscalizadas por qualquer entidade reguladora e, ainda por cima, funcionam praticamente em regime de oligopólio: apenas três agências - Moody’s, Standard & Poor’s e Fitch - repartem entre si mais de 90 % do mercado e as duas primeiras quase 80 %. Para já nem falar dos óbvios conflitos de interesses em que incorrem.
O actual Presidente da República, Cavaco Silva, gostaria de impor um silêncio patriótico aos políticos e comentadores (infelizmente, poucos!) que criticam as agências de rating. Todavia, abundam os casos em que elas contribuíram para agravar as crises. Vejamos dois exemplos recentes.
Desde logo, o caso do magnata Bernard Maddoff, sem dúvida um dos maiores vigaristas do século, que exibia, no cartão de apresentação da sua entidade financeira, um rutilante triplo A (AAA), que é a classificação positiva máxima atribuída pelas agências de rating. Foi parar à cadeia.
Depois, o caso das famosas hipotecas subprime e dos tão sofisticados como «tóxicos» produtos financeiros que ajudaram a fabricar, que incluíam nomeadamente títulos de dívida (obrigações) do Lehman Brothers. Todos eles beneficiaram também de um rutilante triplo A. Mas foi precisamente a falência do Lehman Brothers que desencadeou a gigantesca crise financeira de 2008, nos EUA, que depois alastrou à Europa, e cujas consequências ainda hoje estamos a sofrer. Vale a pena lembrar aqui uma passagem do relatório final da Comissão de Investigação do Congresso dos EUA que foi constituída para apurar as causas da grave crise financeira. Reza assim:
«Concluímos que os erros cometidos pelas agências de qualificação de riscos (agências de rating) foram engrenagens essenciais na maquinaria de destruição financeira. As três agências foram ferramentas chave do caos financeiro. Os valores relacionados com hipotecas, no coração da crise, não se teriam vendido sem o selo de aprovação das agências. Os investidores confiaram nelas, na maioria dos casos cegamente. (…) Esta crise não teria podido ocorrer sem as agências de rating. As suas qualificações (máximas) ajudaram o mercado a disparar, e quando tiveram de baixá-las (até ao nível de «lixo»), em 2007 e 2008, causaram enormes estragos».
O relatório salienta que a Moody’s - que em 2006 foi uma autêntica fábrica de atribuição de classificações máximas a títulos hipotecários - deve ser considerada como um case study sobre as más práticas que provocaram a crise. De facto, entre os anos 2000 e 2007, a Moody’s considerou como de máxima solvência (AAA) nada menos do que 45.000 valores relativos a hipotecas. O relatório refere a existência de modelos de cálculo desfasados, as pressões exercidas por empresas financeiras e a ânsia de ganhar quota de mercado que se sobrepôs à qualidade das qualificações atribuídas.
Mas, apesar destas conclusões devastadoras para a credibilidade das agências de rating, estas não hesitaram em aumentar os salários e prémios dos seus executivos, já depois de conhecido o relatório. O caso da Moody’s foi o mais escandaloso. O seu presidente executivo, Raymond Mc Daniel, recebeu em 2010 um aumento de 69 % do seu salário anual, que trepou até aos 9,15 milhões de dólares (cerca de 6,4 milhões de euros). Um motivo invocado, entre outros, foi o facto de ter ajudado a «restaurar a confiança (!) nas qualificações atribuídas pela Moody’s Investors Service, ao elevar o conhecimento sobre o papel e a função dessas qualificações».
Raymond Mc Daniel foi chamado a testemunhar perante a Comissão de Inquérito acompanhado pelo principal accionista da Moody’s, Warren Buffet. Mas este lavou as mãos, como Pilatos, declarando que não fazia a menor ideia sobre a gestão da agência, e que nunca lá tinha posto os pés. Explicou, no entanto, que tinha investido na empresa porque o negócio das agências de rating era «um duopólio natural, o que lhe dava um incrível poder sobre os preços»! Na transcrição do depoimento de Raymond Mc Daniel perante a Comissão de Inquérito do Congresso também surge uma declaração surpreendente. Disse ele: «Os investidores não deveriam confiar nas qualificações (das agências) para comprar, vender ou manter valores»! Não foi ingenuidade. Foi insolência e hipocrisia. Infelizmente, em relação a Portugal, ninguém seguiu o conselho deste senhor Raimundo…
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4. PORTUGAL. Cumpriu-se o fado. O destino marca a hora. Como na famosa canção de Tony de Matos: «Se o destino nos condena / Não vale a pena / Lutarmos mais». Portugal foi «sovado» pelas agências de rating até à exaustão. Estava marcado para «morrer de bancarrota» se não cedesse às exigências do capital financeiro. No dia 5 de Abril de 2011, o «Jornal de Negócios» noticiava: «Bancos cortam crédito ao Estado». E explicava: «Os banqueiros reuniram-se ontem no Banco de Portugal. Não vão financiar mais o Estado. Querem um pedido de ajuda intercalar de 15 mil milhões – e já! O Governo tem de pedir e o PSD e o PP têm de subscrever».«E já!». Perceberam? Foi assim, sem qualquer pudor, que o ultimato foi anunciado, que a «pistola» foi apontada à cabeça da vítima que já estava na fila de espera para ser «garrotada» pelo Fundo Monetário Internacional e pelo Fundo Europeu de Estabilização Financeira. Cerca de 24 horas depois, já tínhamos direito a ouvir o sr. Olli Rehn (criatura finlandesa em quem não votámos e que fala inglês aos soluços) a explicar à Europa e ao Mundo o que é bom para Portugal - e não necessariamente para a grande maioria os portugueses. Olli Rehn é comissário europeu para os Assuntos Económicos e Monetários. Trabalha, portanto, sob a direcção (!?) do sr. Durão Barroso, ex-presidente do PSD e ex-primeiro-ministro, que foi «sovado» pelo PS (de Ferro Rodrigues) nas eleições europeias de 2004 e que, a seguir, abandonou o Governo que chefiava «com o rabo entre as pernas», pouco depois de ter prometido ao país que não o faria, para ir ocupar em Bruxelas o cargo de presidente da Comissão Europeia, que lhe foi oferecido pela direita.
Como escreveu Pierre Bourdieu há onze anos: «Temos uma Europa dos bancos e dos banqueiros, uma Europa das empresas e dos patrões, uma Europa das polícias e dos polícias, teremos em breve uma Europa das forças armadas e dos militares» (esta está quase!). Infelizmente, ainda não existe um movimento social europeu unificado, capaz de reunir diferentes movimentos, sindicatos e associações de diferentes naturezas, e capaz de resistir eficazmente às forças dominantes, a essa «Europa que se constrói em torno dos poderes e dos poderosos e que é tão pouco europeia».
Ao contrário do que algumas vozes bem intencionadas andaram a proclamar, a gravíssima crise económica e financeira desencadeada pelas más práticas do hipercapitalismo não deu origem a um «novo paradigma». Paralisada (e neutralizada) pelas sucessivas concessões que fez à doutrina neoliberal, a social-democracia europeia assiste, política e ideologicamente desarmada, ao que alguns já designam como «nova contra-revolução social thatchero-reaganiana». Até onde poderá ela ir? Nesta verdadeira guerra dos «mercados» contra os Estados, foi manifesta a incapacidade dos europeus para definir uma estratégia progressista comum para enfrentar a crise. Isso foi perfeitamente percebido pelos «mercados», que decidiram aproveitar essa sua vantagem para atacar frontalmente os Estados mais frágeis, com o objectivo de desregular ainda mais os mercados internos e de exigir mais privatizações. E é exactamente isso que está a acontecer aqui e agora.
A estratégia europeia de saída da crise mundial é clara: desregulação dos mercados de trabalho, deflação salarial, desemprego estrutural, menor protecção no emprego, restrições orçamentais, privatizações em massa, etc.
É uma estratégia aparentemente paradoxal, que torna ainda mais vorazes os «mercados», que exigem sempre tudo e nunca se sentem saciados. Mas é também uma estratégia fundamentalmente recessiva, que pode provocar um aumento significativo das reivindicações sociais e políticas. «Neste braço-de-ferro, o estatuto do euro é um teste definitivo», dizem os entendidos. E a questão está em saber se «será, finalmente, posto ao serviço da promoção de um modelo social sustentável» ou «irá tornar-se o vector da destruição do que resta do Estado de bem-estar europeu». Os exemplos da Grécia, da Irlanda e de Portugal não auguram nada de bom para o Estado social.
Como já se noticia, a «ajuda» financeira do FEEF e do FMI servirá, essencialmente, para Portugal «pagar o que deve aos credores, sobretudo bancos estrangeiros que, ao longo de décadas, foram fornecendo fundos aos bancos nacionais e que estes depois canalizavam para a compra de casas, carros e créditos às empresas» («DN», 08/04/2011). Para além de cortes em salários, pensões, subsídios de desemprego e outras prestações sociais, fala-se em «reformas mais profundas do mercado de trabalho, menor protecção no emprego, maior abertura da Educação e da Saúde aos privados, subida dos impostos». (O dr. Passos Coelho deve estar radiante!). Também se diz que «mal as condições melhorem, o Estado deve começar a sair (privatizar) das empresas de transportes. Casos da ANA, TAP, CP, Refer, Carris, Metro de Lisboa e do Porto». Não haverá mais nada para privatizar? Claro que há! Um Estado bem desmantelado dá para enriquecer vários oligarcas.
Enfim, temos este país pronto a morrer da cura. Graças ao «trabalho sujo» das agências de rating (os «gangsters» desta história) ao serviço dos «mercados» (os agiotas). Mas também graças aos «bons ofícios» do actual Presidente da República, à «ansiedade do pote» de Pedro Passos Coelho e Paulo Portas, e ao extraordinário «sentido de oportunidade» de Jerónimo de Sousa e Francisco Louçã. Sem esquecer as evidentes responsabilidades de José Sócrates, que não resistiu às sucessivas concessões que foi fazendo ao «blairismo» e ao «neo-centrismo», ou seja, à doutrina neoliberal.
Observação final. Várias são as vozes que afirmam que o FMI não é nenhum papão e não mete medo a ninguém, porque já cá esteve no século passado e tudo correu às mil maravilhas. É quase verdade, mas esquecem-se de um pequeno pormenor que faz toda a diferença: é que, quando o país sair exausto e exangue dos próximos anos de brutal austeridade, não haverá mais uma CEE à nossa espera para «inundar» Portugal com as «catadupas» de fundos comunitários que fizeram a felicidade do cavaquismo!
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Lisboa, 9 de Abril de 2011
(Publicado no «i» de 16 de Abril de 2011)
AFIXADO POR ALFREDO BARROSO
Tom Vinícius Toquinho e Miúcha 15 - Berimbau / Chega de Saudade / Canto ...
Show antológico gravado em 18 de outubro de 1978 em Milão, na Itália, com a dupla Jobim e Vinícius, acompanhada pelo violão de Toquinho e pela voz de Miúcha (que para os que não sabem, é irmã do Chico Buarque).
Passei todos os clipes direto do DVD e resolvi dividir com o pessoal. Inclusive deixei as legendas para o pessoal acompanhar as falas em italiano, e pra gringaiada tentar cantar junto =]
Quaisquer cortes repentinos entre uma música e outra não é culpa minha, é a divisão de capítulos do próprio dvd. Divirtam-se!
Passei todos os clipes direto do DVD e resolvi dividir com o pessoal. Inclusive deixei as legendas para o pessoal acompanhar as falas em italiano, e pra gringaiada tentar cantar junto =]
Quaisquer cortes repentinos entre uma música e outra não é culpa minha, é a divisão de capítulos do próprio dvd. Divirtam-se!
Pontes de Mudança
Uma breve apresentação (com música) do livro "Pontes de Mudança: Sociedades Sustentáveis e Solidárias" de Sofia Vilarigues e Edgar Silva.
Mais em http://eco-fenix.blogspot.com !
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Os gatos e os ratos
Os gatos e os ratos Nas últimas décadas; Portugal foi governado por dois partidos políticos, o Partido Socialista e o Partido Social Democrata, doravante designados por PS/D. Estes dois partidos que se conseguiram enraizar na sociedade portuguesa, conseguiram partir o país de maneira gravosa e deixando-o num estado quase comatoso. Os portugueses que beneficiam destes dois partidos, seja nas empresas públicas ou nas autarquias locais, continuam a votar e a influenciar em todas os seus círculos sociais, para que se mantenha este status quo, são milhares... Por via dos ordenados que auferem, que nada têm a ver com a realidade económica e financeira do país, a crise passa-lhes ao lado. Continuam a entupir o Allgarve, as zonas costeiras do Brasil onde as agências de viagens canalizam toda esta borregada, principalmente Pipa e Porto Galinhas, Cabo Verde, Cancun e Rep. Dominicana, fechados nos resorts, esmagados pelos buffets e bebidas tropicais, onde podem tirar muitas fotografias para o Facebook. Aos jovens que são iludidos por cursos universitários, que mais não que servem para compensar as tesourarias das faculdades, aos quais compram os suplementos das licenciaturas, os mestrados que muitos deles diga-se em boa verdade, não servem para quase nada. Pergunta o jovem licenciado em Direito - Onde está o meu gabinete? Universidades e Politécnicos na Guarda e na Covilhã, mas a realidade dura e crua, é que não há tecido empresarial que absorva todas estas fornadas que saem prontas, tal como, carne para canhão. O empresariado português, tal como, o resto da população subsídio-dependente, não se habituou a lutar, a procurar suas armas, fica-se pelos direitos, sem ter a percepção que o dinheiro ou as verbas são finitas. Os governos maioritários de Cavaco, que recebeu fundos da C.E.E. para tudo e alguma coisa, além de serem muito mal geridos, isto na óptica do interesse do país, habituaram mal, parte da economia portuguesa, enquanto o português profissional dos expedientes, encheu os bolsos à conta desses capitais que na sua génese tinham outros fins. Agora choram o FMI, sem saberem muito bem o que é o FMI. Esta instituição vai ganhar bom dinheiro à custa das incompetentes governâncias portuguesas realizadas pelo o PS/D, os juros são mais baixos, mas o lucro que vamos pagar é bom. É a terceira vez que vêm cá e é preciso explicar, que são os nossos governos que o chamam e contratualizam. Ainda há poucos meses, Sócrates dizia que a execução orçamental tinha superado as expectativas, mas logo a seguir, apresentou um PEC IV, para corrigir os objectivos orçamentais. O próprio se contradiz, é mentiroso e interprete de gestão danosa, punível segundo as leis da república portuguesa. Essa com o nome na lama, sem credibilidade externa, com risco elevado de incumprimento e sem honra. Vêm agora, alguns países do norte da europa, questionar a ajuda financeira a Portugal. Constatam que os gregos fizeram uns Jogos Olímpicos, com investimentos brutais, os portugueses fizeram estádios novos para ganhar pó, compraram submarinos para caçar piratas e os irlandeses por via dos incompetentes gestores bancários comprometeram o país. Não é de somenos importância, que quem cuida das suas finanças públicas com zelo, regras e ética, questione por que há-de emprestar a indigentes crónicos. Empresas públicas portuguesas com dívidas de milhões, por exemplo, a CP ou o Metro de Lisboa, com administrações ricamente pagas, com hierarquias intermédias, pululadas por um número quase infinito de engenheiradas, com tudo pago, telemóveis e carros de serviço e depois a culpa é dos maquinistas. Portugal está virado do avesso, onde há muita boa gente que ganha muito bem, não se sabe se têm a consciência da enorme falta de vergonha que têm na cara. As asneiras, nada têm a ver com boa educação, nem todos estudaram em colégio anglais, tem a ver com a real percepção da actualidade. E pelo que vemos, isto está do caralho! Somos governados por coninhas da merda, que vendem os nossos parcos recursos a investidores internacionais que se estão a cagar para a população portuguesa. Os nossos governantes, com capacidade de decisão, não são mais do que uns filhas da puta do caralho, anti-patriotas da merda que vendem o futuro do país a prestações. Esta é a realidade... O vídeo em baixo é uma metáfora de Tommy Douglas, pai do sistema de saúde do Canadá. Canadá e Noruega que disputam entre si há alguns anos, o lugar cimeiro do índice de desenvolvimento humano. O que é que nos está a escapar? Publicado em simultâneo no Cheira-me a Revolução! |
João J. C.Couto
Para começar o dia bem disposto, vamos rir
Navegavam há meses e os marujos não tomavam banho nem trocavam de roupa. O que não era novidade na Marinha Mercante britânica, mas o navio fedia!
O Capitão chama o Imediato:
- Mr. Simpson, o navio fede, mande os homens trocarem de roupa!
Responde o Imediato:
- Aye, Aye, Sir, e parte para reunir os seus homens e diz:
- Sailors, o Capitão está se queixando do fedor a bordo e manda todos trocarem de roupa.
- David troque a camisa com John, John troque a sua com Peter, Peter troque a sua com Alfred, Alfred troque a sua com Jonathan ... e assim prosseguiu.
Quando todos tinham feito as devidas trocas, volta ao Capitão e diz:
- Sir, todos já trocaram de roupa.
O Capitão, visivelmente aliviado, manda prosseguir a viagem
É MAIS OU MENOS ISSO QUE VAI ACONTECER EM PORTUGAL
NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES
O Capitão chama o Imediato:
- Mr. Simpson, o navio fede, mande os homens trocarem de roupa!
Responde o Imediato:
- Aye, Aye, Sir, e parte para reunir os seus homens e diz:
- Sailors, o Capitão está se queixando do fedor a bordo e manda todos trocarem de roupa.
- David troque a camisa com John, John troque a sua com Peter, Peter troque a sua com Alfred, Alfred troque a sua com Jonathan ... e assim prosseguiu.
Quando todos tinham feito as devidas trocas, volta ao Capitão e diz:
- Sir, todos já trocaram de roupa.
O Capitão, visivelmente aliviado, manda prosseguir a viagem
É MAIS OU MENOS ISSO QUE VAI ACONTECER EM PORTUGAL
NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES
sábado, 16 de abril de 2011
Portugal vai da mentira ao disparate pegado
Portugal vai da mentira ao disparate pegado
Vou começar pelo disparate, "Se soubesse como o país ia ficar, não fazia a Revolução", com todo o respeito que me merecem ele e as pessoas que tornaram possível o 25 de Abril, isto só pode ser visto como um disparate dito por alguém que está a perder a noção da realidade, é verdade que a situação é complicada, mas mesmo no meio de toda esta crise, não há comparação possível... é muito diferente um país com alguma miséria que um país que é uma miséria.
Quanto às mentiras, bom, o difícil é escolher, os líderes dos dois maiores partidos têm-nos brindado cada dia com um novo capítulo de uma telenovela mexicana que à medida que o tempo passa vai descendo de nível. Toda esta história do PEC IV e da sua discussão ou não antes da sua apresentação pelo governo, é de bradar aos céus. E o mais incrível é que já é difícil perceber se o mais mentiroso é o Sócrates, que nos dizia que estava a correr tudo bem e que não eram necessárias mais medidas ao mesmo tempo que discutia e preparava mais um PEC, ou o Passos Coelho, que primeiro não sabia de nada, depois tinha sabido por telefone, e afinal tinha estado a discutir a coisa com o ainda Primeiro ministro... isto para já não falar do "deitamos o governo abaixo porque as medidas são más demais", que agora se transformou num, "As medidas apresentadas pelo governo no PEC eram insuficientes"
Segundo as últimas sondagens, o PS e PSD no seu conjunto tem mais coisa menos coisa, 70% das intenções de voto dos portugueses... alguém me explica o que se está aqui a passar? como é que as pessoas conseguem pensar em eleger algum destes senhores?, como é que alguém pode pensar em votar em quem diz e desdiz como se nada fosse?, como podem querer a governar pessoas que brincam assim com o futuro do país e de todos nós?
Não sou dos que acham que os políticos são um bando de corruptos e mentirosos, mas o que é demais é moléstia, e o triste espectáculo que estes dois senhores tem dado ao país é tão evidente que nem tem nome... será que as pessoas não vêem?
Jorge Soares
Vou começar pelo disparate, "Se soubesse como o país ia ficar, não fazia a Revolução", com todo o respeito que me merecem ele e as pessoas que tornaram possível o 25 de Abril, isto só pode ser visto como um disparate dito por alguém que está a perder a noção da realidade, é verdade que a situação é complicada, mas mesmo no meio de toda esta crise, não há comparação possível... é muito diferente um país com alguma miséria que um país que é uma miséria.
Quanto às mentiras, bom, o difícil é escolher, os líderes dos dois maiores partidos têm-nos brindado cada dia com um novo capítulo de uma telenovela mexicana que à medida que o tempo passa vai descendo de nível. Toda esta história do PEC IV e da sua discussão ou não antes da sua apresentação pelo governo, é de bradar aos céus. E o mais incrível é que já é difícil perceber se o mais mentiroso é o Sócrates, que nos dizia que estava a correr tudo bem e que não eram necessárias mais medidas ao mesmo tempo que discutia e preparava mais um PEC, ou o Passos Coelho, que primeiro não sabia de nada, depois tinha sabido por telefone, e afinal tinha estado a discutir a coisa com o ainda Primeiro ministro... isto para já não falar do "deitamos o governo abaixo porque as medidas são más demais", que agora se transformou num, "As medidas apresentadas pelo governo no PEC eram insuficientes"
Segundo as últimas sondagens, o PS e PSD no seu conjunto tem mais coisa menos coisa, 70% das intenções de voto dos portugueses... alguém me explica o que se está aqui a passar? como é que as pessoas conseguem pensar em eleger algum destes senhores?, como é que alguém pode pensar em votar em quem diz e desdiz como se nada fosse?, como podem querer a governar pessoas que brincam assim com o futuro do país e de todos nós?
Não sou dos que acham que os políticos são um bando de corruptos e mentirosos, mas o que é demais é moléstia, e o triste espectáculo que estes dois senhores tem dado ao país é tão evidente que nem tem nome... será que as pessoas não vêem?
Jorge Soares
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