Eu fiquei deveras motivado, mas afinal fazem assim ... como? Será que se inspirou nesta camisola!
Ou terá sido no desempenho exemplar deste membro do governo PSD/CDS?
Secretária do Governo apanhada em desfalque
28 de Junho, 2012por Felícia Cabrita e Joana Ferreira da Costa
Durante dois anos Ana Moura, vogal da comissão política do PSD de Setúbal, fingiu que pagava as rendas da antiga sede social-democrata, em Almada. Os 600 euros mensais foram sempre saindo da conta do partido, mas nunca chegaram às mãos da senhoria. Os cheques eram passados pela dirigente que depois os depositava na sua conta pessoal.O partido não desconfiou de nada. Fontes ligadas ao PSD de Almada, que está a fazer uma averiguação interna, revelaram ao SOL que há também suspeitas de que as facturas da electricidade e da água nessa sede do partido tenham tido o mesmo destino. No total, o PSD terá sido lesado em mais de 30 mil euros.
Ana Moura, de 49 anos, que até às eleições legislativas de 2011 foi vice-presidente do PSD Almada, estava a trabalhar no gabinete da secretária de Estado do Tesouro. Esta terça-feira, Maria Luís Albuquerque aceitou o pedido de demissão da sua secretária pessoal, que conheceu durante a campanha eleitoral e contratou, logo após a vitória, por 1.882,76 euros mensais.
Já aceite foi a demissão dos cargos que ocupava no PSD. Era actualmente vogal da comissão política do PSD/Setúbal.
Dívidas acumuladas
Licenciada em Marketing e Relações Públicas, Ana Dias de Moura tinha uma empresa de importação e exportação que foi à falência. E o seu nome consta da lista de devedores singulares às Finanças, com pagamentos em atraso entre os 25 mil e os 50 mil euros.
Incapaz de pagar as dívidas, Ana Moura – encarregue pela comissão política de fazer o pagamento das rendas e outras despesas da antiga sede de Almada – passou a usar este estratagema para angariar dinheiro. «Encontrava-se numa situação financeira difícil», disse ao SOL fonte do partido.
Em Novembro de 2009, a senhoria da sede do PSD de Almada recebeu a última renda. E em Fevereiro de 2012 desencadeou uma notificação judicial, reclamando o pagamento das rendas em atraso, para que fosse feito o despejo e execução da dívida.
Recibos falsificados
Foi apenas nessa altura que o partido se apercebeu da situação, tendo iniciado uma investigação interna, que ainda decorre.
O PSD-Almada continuava a receber recibos, que confirmavam o pagamento e que eram falsificados. Os documentos apresentados pela dirigente eram muito semelhantes aos originais. Mas os emitidos pela senhoria pertenciam à tipografia Tejo, enquanto que os falsificados pertenciam à tipografia Firmo.
No total, Ana Moura terá depositado 28 cheques nas sua conta bancária. Houve meses em que fazia mais do que um depósito de rendas, como em Fevereiro do ano passado, quando lhe caíram na conta 600 euros no início do mês e outro tanto no final.
A farsa continuou mesmo depois de a sede do PSD-Almada ter sido transferida para novas instalações, em Fevereiro do ano passado.
Perante as rendas em atraso, a senhoria da anterior sede recusou-se a receber de Ana Moura as respectivas chaves do edifício.
A dirigente social-democrata não pagou as contas em atraso e só conseguiu devolver as chaves um ano depois. Por isso, o PSD deverá ter ainda de pagar um ano de rendas, apesar de, durante esse tempo, já não ocupar aquele edifício.
Contactado pelo SOL, Nuno Matias, presidente da concelhia de Almada, afirma que a investigação interna está em curso e que as suas conclusões serão apresentadas ao secretário-geral do partido, que decidirá então a pena disciplinar a aplicar a Ana Moura.
«O que o PSD quer é que fique tudo esclarecido, para que não restem dúvidas sobre as responsabilidades financeiras do partido» – disse ao SOL aquele responsável que recusa fazer mais comentários até à conclusão do inquérito.
Caberá depois ao líder do PSD decidir pela abertura de um processo disciplinar e a apresentação de uma queixa às autoridades por crime de burla e falsificação.
O SOL tentou, sem êxito, obter um comentário de Ana Moura.
Ana Moura, de 49 anos, que até às eleições legislativas de 2011 foi vice-presidente do PSD Almada, estava a trabalhar no gabinete da secretária de Estado do Tesouro. Esta terça-feira, Maria Luís Albuquerque aceitou o pedido de demissão da sua secretária pessoal, que conheceu durante a campanha eleitoral e contratou, logo após a vitória, por 1.882,76 euros mensais.
Já aceite foi a demissão dos cargos que ocupava no PSD. Era actualmente vogal da comissão política do PSD/Setúbal.
Dívidas acumuladas
Licenciada em Marketing e Relações Públicas, Ana Dias de Moura tinha uma empresa de importação e exportação que foi à falência. E o seu nome consta da lista de devedores singulares às Finanças, com pagamentos em atraso entre os 25 mil e os 50 mil euros.
Incapaz de pagar as dívidas, Ana Moura – encarregue pela comissão política de fazer o pagamento das rendas e outras despesas da antiga sede de Almada – passou a usar este estratagema para angariar dinheiro. «Encontrava-se numa situação financeira difícil», disse ao SOL fonte do partido.
Em Novembro de 2009, a senhoria da sede do PSD de Almada recebeu a última renda. E em Fevereiro de 2012 desencadeou uma notificação judicial, reclamando o pagamento das rendas em atraso, para que fosse feito o despejo e execução da dívida.
Recibos falsificados
Foi apenas nessa altura que o partido se apercebeu da situação, tendo iniciado uma investigação interna, que ainda decorre.
O PSD-Almada continuava a receber recibos, que confirmavam o pagamento e que eram falsificados. Os documentos apresentados pela dirigente eram muito semelhantes aos originais. Mas os emitidos pela senhoria pertenciam à tipografia Tejo, enquanto que os falsificados pertenciam à tipografia Firmo.
No total, Ana Moura terá depositado 28 cheques nas sua conta bancária. Houve meses em que fazia mais do que um depósito de rendas, como em Fevereiro do ano passado, quando lhe caíram na conta 600 euros no início do mês e outro tanto no final.
A farsa continuou mesmo depois de a sede do PSD-Almada ter sido transferida para novas instalações, em Fevereiro do ano passado.
Perante as rendas em atraso, a senhoria da anterior sede recusou-se a receber de Ana Moura as respectivas chaves do edifício.
A dirigente social-democrata não pagou as contas em atraso e só conseguiu devolver as chaves um ano depois. Por isso, o PSD deverá ter ainda de pagar um ano de rendas, apesar de, durante esse tempo, já não ocupar aquele edifício.
Contactado pelo SOL, Nuno Matias, presidente da concelhia de Almada, afirma que a investigação interna está em curso e que as suas conclusões serão apresentadas ao secretário-geral do partido, que decidirá então a pena disciplinar a aplicar a Ana Moura.
«O que o PSD quer é que fique tudo esclarecido, para que não restem dúvidas sobre as responsabilidades financeiras do partido» – disse ao SOL aquele responsável que recusa fazer mais comentários até à conclusão do inquérito.
Caberá depois ao líder do PSD decidir pela abertura de um processo disciplinar e a apresentação de uma queixa às autoridades por crime de burla e falsificação.
O SOL tentou, sem êxito, obter um comentário de Ana Moura.