Previsão do Tempo

domingo, 28 de fevereiro de 2010

FInal da Taça de Portugal - 1992/93 - Benfica 5 - Boavista 2

Faz hoje 44 anos que nasceu Paulo Futre. Vamos vê-lo com a camisola do GLORIOSO.

Pronuncia do Norte

Faz hoje 55 anos que nasceu Rui Reininho. Vamos ouvir uma das sua canções.

Faz hoje 485 anos que Hernan Cortés executou o último imperador Azteca

Hernán Cortés (Fernando Cortês)
"Vim aqui para descobrir ouro, e não para cultivar a terra como um
simples camponês!". Foram estas palavras que proferiu quando
desembarcou no Haiti.
Cortés, nasceu em Medelín, em 1485, e cedo partiu para a América
para fazer fortuna, fosse a que preço fosse.. Em Cuba evidenciou-se
desde logo a dizimar a população indigena. Mas não lhe bastava. Não
tardou a partir para o México. Logo após o desembarque inicia o
massacre das populações locais e nunca mais parou. Sob as ordens
foram destruídas as brilhantes civilizações Olmecas, Toltecas,
Astecas e Maia. Milhões de pessoas foram barbaramente mortas. Em
1540, Carlos V, horrorizado com as descrições dos seus massacres
chama-o a Espanha e exila-o na Extremadura, em Castileja de la
Cuesta, onde morreu em 1547 e de cuja região nunca devia ter saído..

FAFÁ DE BELÉM - VERMELHO - SLB - BENFICA ao Vivo no Casino da Póvoa 2005

Uma prenda para este clube especial, SLB.
Viva o Benfica

Benfica - Hymn / Hino - Ser Benfiquista

No dia de aniversário do SLB não podia faltar o Hino.
Parabéns BENFICA

Benfica 09/10 - Uma Nova Era

FORÇA BENFICA!

Benfica 09/10

ANO APÓS ANO SEMPRE A VOAR.

Sport Lisboa e Benfica - RUMO AO TÍTULO 2009/2010

PARABÉNS BENFICA E MUITOS, MUITOS ANOS DE VIDA.

Faz hoje 106 anos que nasceu o SPORT LISBOA e BENFICA

O Sport Lisboa e Benfica é um clube multidesportivo sediado em Lisboa. O seu eclectismo, historial e forte base de adeptos faz do S.L.Benfica o maior e mais significativo de Portugal e um dos mais prestigiados a nível mundial. As estimativas em relação ao número de adeptos apontam para cerca de 14 milhões espalhados por todo o mundo. Segundo o Guiness, o Benfica é o clube do mundo com mais sócios activos, cerca de 178.000, na altura, atingindo agora os 200.000 sócios. É considerado pela IFFHS como o nono melhor clube do século XX.
Além do futebol, este clube distingue-se também noutras modalidades. Utiliza como cores principais o vermelho e o branco e como símbolo uma águia, chamada Vitória.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Efemérides do dia 28 de Fevereiro de 2010

1525 - América Colonial: o espanhol Hernán Cortés executa último imperador asteca, Cuauhtémoc.
1644 - Brasil Colonial: Holandeses abandonam São Luís do Maranhão, que volta ao domínio português.
1736 - Por decreto, a Coroa portuguesa, obriga a que o transporte de ouro, diamantes e outras pedras preciosas do Brasil, se faça exclusivamente nos cofres das frotas.
1854 - O primeiro desfile de carros alegóricos durante o carnaval aconteceu no Rio de Janeiro.
1904 - Fundado o Sport Lisboa e Benfica, um dos mais importantes clubes de Portugal.
1912 - No Missouri (EUA) Albert Perry, capitão norte-americano realizou o primeiro salto de pára-quedas de um avião.
1922 - A independência do Egito foi reconhecida pelo Reino Unido, que mesmo assim continuou com o controle do Canal de Suez.
1930 - Na Paraíba, Brasil, o coronel José Pereira rebelou-se contra a decisão de João Pessoa, governador do Estado, de desarmar coronéis do sertão, fato que ficou conhecido como o Levante da Princesa.
1964 - Paulínia é emancipada, separando-se de Campinas.
1966 - Foi fechado definitivamente o local das primeiras apresentações dos Beatles, o bar Cavern Club.
1974 - Depois de sete anos de desentendimentos, Estados Unidos e Egito restabelecem relações diplomáticas.
1986 - com medidas para conter a inflação e estabilizar a economia foi decretado no Brasil o Plano Cruzado. A nova moeda substitui o cruzeiro, com o corte de três zeros (mil cruzeiros passaram a valer um cruzado).
1994 - Aviões americanos abateram quatro aviões iugoslavos na Bósnia, na primeira ação militar da OTAN.
1996 - No Reino Unido a princesa Diana concordou em se divorciar do príncipe Charles.
2000 - É publicado o jogo de mais vendas no mundo, The Sims.
2002 - A lira italiana deixa oficialmente de circular, dando lugar ao euro.
2003 - O time de basquete dos EUA New York Knicks aposenta a camisa 33, em homenagem a Patrick Ewing.

Nascimentos

1533 - Michel Eyguem de Montaigne, filósofo francês (m. 1592).
1683 - René-Antoine Ferchault de Réaumur, cientista francês (m. 1757).
1824 - Karl-Maria Kertbeny, escritor e tradutor húngaro (m. 1882).
1846 - Giovanni Marinelli, geógrafo italiano (m. 1900).
1880 - Maria Olívia da Silva, mulher mais velha do mundo na atualidade.
1901 - Linus Pauling, químico norte-americano (m. 1994).
1915 - Peter Brian Medawar, cientista inglês, ganhador do Prêmio Nobel de Medicina em 1960 (m. 1987).
1921 - Pierre Clostermann, aviador francês (m. 2006).
1929 - Frank Gehry, arquiteto canadense.
1931 - Pietro Armani, político italiano (m. 2009).
1932 - Luis Vinício, ex-futebolista e ex-treinador de futebol brasileiro.
1940 - Mario Andretti, ex-piloto americano de Fórmula 1, campeão em 1978.
1942 - Dino Zoff, ex-goleiro italiano, campeão mundial em 1982.
1943 - António Livramento, ex-jogador português de hóquei em patins.
1944 - Sepp Maier, ex-goleiro alemão, campeão mundial em 1974.
1947 - Włodzimierz Lubański, ex-futebolista polonês.
1948 - Steven Chu, físico norte-americano.
1953
Ingo Hoffmann, ex-piloto brasileiro de automobilismo.
Levir Culpi, treinador brasileiro de futebol.
1955
Rui Reininho, músico português, vocalista do GNR.
Rupert Keegan, ex-piloto inglês de F-1.
Jimmy Calderwood, ex-futebolista e treinador de futebol escocês.
1956 - Tommy Remengesau Jr., político palauano.
1957
John Turturro, ator norte-americano.
Jan Ceulemans, ex-futebolista e treinador de futebol belga.
1961 - Eric Bachelart, ex-piloto belga de corridas.
1963 - Manuel da Fonseca, editor e cineasta português.
1964 - Djamolidine Abdoujaparov, ciclista uzbeque.
1966 - Paulo Futre, ex-futebolista e empresário português.
1968
Teresa Cristina, cantora brasileira.
Eric Van Meir, ex-futebolista belga.
1969 - Patrick Monahan, músico norte-americano.
1973
Amaral, futebolista brasileiro.
Nicolas Minassian, piloto francês de automobilismo.
1974
Lee Carsley, futebolista irlandês.
Alexander Zickler, futebolista alemão.
1976
Ali Larter, atriz e modelo norte-americana.
Rogério, futebolista brasileiro.
1977 - Artur Wichniarek, futebolista polonês.
1978 - Rowen Fernández, goleiro sul-africano.
1979
Andriy Nesmachniy, futebolista ucraniano.
Sébastien Bourdais, piloto francês de automobilismo.
Hélder Rodrigues, motociclista português.
Ivo Karlović, tenista croata.
1980
Christian Poulsen, futebolista dinamarquês.
Piotr Giza, futebolista polonês.
1981
Florent Serra, tenista francês.
Nicolas Puydebois, goleiro francês.
1982 - Jonathan Aspas, futebolista espanhol.
1984
Karolina Kurkova, modelo tcheca.
Fredrik Stoor, futebolista sueco.
1985
Diego, futebolista brasileiro.
Jelena Janković, tenista sérvia.
1986 - Jajá, futebolista brasileiro.
1987
Antonio Candreva, futebolista italiano.
Kerrea Gilbert, futebolista inglês.
Michelle Horn, atriz norte-americana.
1990
Philipp Eng, piloto austríaco de corridas.
Vladislav Ryzhkov, futebolista russo.
Sebastian Rudy, futebolista alemão.

Falecimentos

468 - Papa Hilário
1105 - Raimundo IV de Toulouse, conde de Trípoli e um dos líderes da Primeira Cruzada (n. 1041 ou 1042)
1458 - Isabel, Duquesa da Lorena.
1732 - André-Charles Boulle, mestre de marqueteria do estilo Luís XIV (n. 1642).
1873 - Joaquim Caetano, diplomata e professor brasileiro, patrono da Academia (n. 1810).
1916 - Henry James, escritor estadunidense (n. 1843).
1935 - Chiquinha Gonzaga, compositora brasileira (n. 1847).
1963 - Rajendra Prasad, 1º presidente da Índia (n. 1884)
1975 - Camillo de Jesus Lima, poeta do Brasil (n. 1912)
1989 - Aurélio Buarque de Hollanda Ferreira, lexicógrafo, filólogo e ensaísta brasileiro (n. 1910).
2006 - Owen Chamberlain, prêmio Nobel de física estadunidense (n. 1920).

Nos 500 anos da conquista de Goa pelos Portugueses

BREVE HISTÓRIA DE GOA
O passado histórico de Goa é vastíssimo. Não se resume aos quase 500 anos de permanência portuguesa, mas com ela adquiriu uma especial identificação e como tal distingue-se muito especialmente do resto da Índia.
Goa sempre foi uma "pérola" no Oceano Índico e uma região cobiçada por diferentes povos, devido à sua localização estratégica e prosperidade em recursos naturais e também devido a uma extensa rede de comunicação fluvial com o interior pelos rios Tiracol, Chaporá, Mandovi e Zuari.

Ano Acontecimento
cerca de 2000 anos a.C. Colonos neolíticos estabelecem-se nas zonas costeiras de Goa em grutas. Dedicam-se à agricultura e à criação de gado. Produzem objectos em cerâmica e trabalham com ferramentas em pedra; o metal é-lhes desconhecido.

cerca de 500 anos a.C. As "Purânas" (velhas escritas sagradas) relatam que Vishnu (deus hindu) na sua sexta encarnação teria conquistado a terra Gomanta (Goa) ao mar e a teria colonizado com tribos arianas e brâmanes. Esta descrição mítica não pôde ser provada pela arqueologia.

séc. 3 a.C. Supõe-se que Goa tenha estado integrada no reino do grande Ashoka sob o nome de Aparanta (sign. "para lá das fronteiras"). Interpretando escritas em rochas, chegou-se à conclusão de que dinastias como a dos Bhojas em Chandrapur (hoje Chandor) dominavam a zona costeira do Concão seguindo as regras do rei Ashoka.

séc. 8 - 11 Krishna I entrega ao seu vassalo dos Silharas a região de Goa. Os Silharas tornam em ca. de 250 anos Goa num centro florescente do comércio marítimo com a península arábica.

973-1162 Os Kadambas conquistam Goa. O seu líder Sashtadeva I estabelece-se em Chandrapur (Chandor), a velha capital dos Bhojas. Baptiza o seu novo reino de Gopakkapattana. Pela primeira vez, Goa torna-se numa região politicamente autónoma que é governada separadamente do resto do Konkan.

ca. de 1049 Os filhos de Sashtadeva II (ca. 1008-42) , que tinha consolidado o comércio marítimo com Zanzibar, Bengala e Ceilão, transferem a capital de Chandrapur para Gopaka/Govapuri (hoje Goem/Goa Velha). Govapuri desenvolve-se rapidamente numa cidade próspera com templos, palácios e muitas insituições sociais financiadas pela casa reinante.

1310-67 Os Iadavas - que tinham invadido Goa em 1237 - são expulsos pelos muçulmanos do sultanato de Deli. Kamadeva, cunhado de um ex-rei Kadamba, consegue a soberania de um parte do ex-reino Kadamba, mas desiste da capital Gopaka/Govapuri que tinha sido destruída pelas forças mouras. Volta então para Chandrapur.

1347 O Afgão Ala-ud-din Hasan cria a dinastia dos Bahmani de Gulbarga (1347-1489). Esta dinastia será a maior oposição ao reino de Vijayanagara no Decano e no Konkan.

1356 O Afgão Ala-ud-din Hasan cerca Goa.

1358-75 Mahmud Shah Bahmani I (muçulmano) persegue a religião hindu. Muitos hindus são obrigados a fugir de Goa.

1370 Os muçulmanos são expulsos de Goa pelo hindu Harihara I do império de Vijayanagar que então dominava a região de Goa.

1380 Madhav, ministro do rei de Vijayanagar, fortalece Goa contra a ameaça muçulmana. Durante quase 100 anos a casa reinante de Vijayanagar nomeia vice-reis para Goa. Os portos, o comércio marítimo e os pólos comerciais de Goa garantem a importação de cavalos árabes, e ao mesmo tempo, estes funcionam sob influência directa da grande dinastia hindu.

1472 Os muçulmanos da dinastia de Bahmani reconquistam Goa ao império hindu de Vijayanagar.

1489 Yusuf Adil Shah de Bijapur cria a casa reinante de Bijapur. A dominância da dinastia dos Bahmani em Goa enfraquece. Belgaum (cidade a noroeste de Goa), Goa e regiões vizinhas caem no poder de Yusuf Adil Shah. Govapuri é feita segunda capital.

1488 Bartolomeu Dias dobra o Cabo da Boa Esperança

1498 Vasco da Gama chega a Calicut. O monopólio árabe do comércio marítimo sofre um duro golpe.

1502 Segunda expedição de Vasco da Gama para a costa ocidental indiana. Uma feitoria em Cochim e uma fortificação em Cannanore são o resultado de relações diplomáticas com os Rajas. Os Rajas esperavam poder contar com o apoio dos portugueses na luta pela sua independência do soberano de Calicut. Afonso de Albuquerque fica a comandar um dos barcos que são deixados para controlar a costa.

1510 Afonso de Albuquerque alia-se com Krishna Deva Raja de Vijayanagar contra os reinantes muçulmanos de Calicut e Bijapur. Em fins de Fevereiro de 1510 Afonso de Albuquerque conquista a actual Panjim e Ela (hoje Velha-Goa) sem encontrar grande resistência. Depois da morte de Yusuf Adil Shah, é o ministro de estado Kamal Khan que toma conta da casa de Bijapur. Kamal Khan ordena a reconquista de Goa. As suas tropas conseguem fazer retirar os portugueses para os seus barcos, mas com o apoio de novas embarcações chegadas de Portugal, Afonso de Albuquerque consegue depois de alguma luta entrar em Ela (Velha-Goa) no dia de St.ª Catarina, designada a padroeira de Goa (25.11.1510).

1512 Afonso de Albuquerque conquista mais um bastião dos Bijapurs (Banastarim) e reforça a fortaleza existente.

1515 Ormuz passa para os portugueses e consolida-se assim a posição privilegiada de Portugal no Mar Árabe. Depois da sua vitória em Ormuz Afonso de Albuquerque falece em Goa. Em 1556 os seus restos mortais são levados para Lisboa.

1534 Os portugueses conquistam Diu; Goa é feita capital do império português na Ásia.

1542 O co-fundador da Ordem dos Jesuítas, Francisco Xavier, visita Goa por dez meses, antes de partir para outras viagens missionárias para China e outros lugares asiáticos.

1543 Os distritos de Salcete e Bardez passam para os portugueses, depois da derrota infligida a Ibrahim Adil Shah.

1556 Os jesuítas estabelecem a primeira impressora de toda a Índia em Goa. São impressas escritas de Francisco Xavier, obras de Luís Vaz de Camões, uma gramática de Concanim e textos bíblicos traduzido para Marati e Concanim.

1557 Macau entra para o domínio dos portugueses. Goa torna-se arcebispado.

1560 É introduzida a Inquisição em Goa.

1580-1640 Portugal é anexado à Espanha. Os holandeses aliciam diversas possesões portuguesas na Ásia. Em 1603 os holandeses bloqueiam infrutiferamente Goa. Portugal perde diversos pontos comerciais para outras potências europeias. É o início da decadência da "cidade dourada" de Velha-Goa.

1695 Transferência da residência do vice-rei de Velha-Goa para Panelim (entre Velha-Goa e Pangim).

1737-39 Conflito militar com os Maratas. Margão é ocupada pelas tropas maratas. O recuo das forças ocupantes e um acordo de paz são comprados por somas avultadas de dinheiro.

1759 O vice-rei muda-se para o Idalcão em Pangim.

1774 O Marquês de Pombal abole a Inquisição em Goa.

1778 D. Maria I volta a introduzir a Inquisição.

1797-1813 Napoleão planeia ocupar Goa com ajuda do sultão Tipu. Os ingleses ofereçem ajuda às forças portuguesas. Diversos fortes são tomados pelos ingleses.

1814 É reabolida a Inquisição.

1821-35 A monarquia parlamentar permite a Goa que passe a ser representada por seis deputados no parlamento português.

1843 Pangim é declarada capital de Goa.

1881 Começo da construção dos caminhos-de-ferro em Goa, dos primeiros na Índia, ligando a cidade portuária de Mormugão à fronteira do interior com a Índia Inglesa.

1910 Revolução em Portugal (5 de Outubro). É proclamada a República. Estado e Igreja são separados. Também em Goa entra em vigor a liberdade religiosa.

1933 António Oliveira Salazar torna-se chefe-de-estado português. É o Estado Novo.

1947 Independência da Índia.

1961 Em 18/19 de Dezembro tropas indianas invadem os teritórios de Goa, Damão e Diu.

1967 Os goeses votam contra a integração no estado de Maharastra e a favor do estatuto de Território da União.

1986 O Papa João Paulo II visita Goa. Meio milhão de pessoas assistem a este acontecimento.

Efemérides do dia 27 de Fevereiro de 2010

Principais acontecimentos registados a 27 de Fevereiro, na História do Mundo:

1500 - Nasce, em Lisboa, dom João de castro

1510 - Ter-se-à iniciado a conquista de Goa
1560 - Assina-se o Tratado de Berwyck entre a Inglaterra e os lordes escoceses, o qual exige a expulsão dos franceses das terras da Escócia.

1666 - Nasce Luísa de Gusmão, rainha de Portugal.

1700 - O navegador inglês William Dampier descobre a ilha da Nova Bretanha, no Sudoeste do Pacífico.

1801 - Espanha declara guerra a Portugal, no âmbito da aliança com a França de Napoleão Bonaparte.

1814 - Nova vitória de Wellington sobre Soult, durante as invasões francesas, na Guerra de Orthez.

1844 - A República Dominicana consegue a sua independência do Haiti.

1861 - Ocorre o Massacre de Varsóvia, quando tropas russas disparam contra uma multidão que se manifestava contra o governo russo.

1882 - Realiza-se em Londres, (Grã-Bretanha) uma reunião sobre a promoção da emigração das mulheres solteiras ou em condições difíceis para o Canadá.

1900 - Funda-se o Partido Trabalhador britânico. Ramsey MacDonald é nomeado o primeiro secretário-geral.

1906 - Morre Samuel Pierpont Langley, astrónomo e físico norte-americano, pioneiro da aviação.

1928 - Nasce Ariel Sharon, político israelita.

1923 - Nasce Dexter Gordon, músico de jazz norte-americano.

1932 - Nasce Elizabeth Taylor, actriz norte-americana.

1933 - Incêndio no edifício do Reichstag, o parlamento alemão, de origem criminosa, que destrói o edifício. Um holandês, mentalmente desequilibrado, Marius van der Lubbe, foi apontado como culpado do incêndio, tendo sido executado.

1936 - Nasce Ivan Petrovich Pavlov, fisiólogo e psicólogo russo.

1939 - Grã-Bretanha e França reconhecem o governo fascista de Francisco Franco, em Espanha.

1942 - Batalha do Mar de Java com a derrota das Marinhas Americana, Inglesa, Holandesa e Australiana pela Marinha Imperial Japonesa, em que abre o caminho a estes para a invasão das Índias Orientais Holandesas, na II Guerra Mundial.

1945 - Os Fuzileiros dos EUA ocupam a segunda pista de aviação na ilha de Iwo Jima, durante a II Guerra Mundial.

1950 - O general Chiang Kai-Shek é eleito Presidente da República da China, nome oficial da China Nacionalista sediada em Taiwan.

- A Índia apresenta a Oliveira Salazar a primeira proposta de negociação para a reintegração dos territórios de Goa, Damão e Diu na União Indiana. A proposta é recusada.

1951 - A 22ª Emenda da Constituição dos EUA é ratificada, limitando o mandato presidencial a dois mandatos de quatro anos.

1952 - Realiza-se a primeira reunião da ONU na sua sede permanente em Nova Iorque.

1967 - Adopta-se a bandeira de Antigua e Barbuda.

1996 - Lança-se no Japão os primeiros jogos da série multimilionária da Nintendo: Pokémon.

1968 - O parlamento britânico aprova uma lei que visa restringir a entrada de imigrantes de cor no país.

1974 - O governo etíope demite-se na sequência do amotinamento de várias unidades militares, que haviam capturado a cidade de Asmara.

1976 - Após a retirada das tropas espanholas, a Frente Polisário proclama a República Árabe Saharaui Democratica (RASD).

1977 - Morre, em Conacry (Guiné), Diallo Telli, o primeiro secretário-geral da Organização de Unidade Africana (OUA).

1978 - O Egipto restringe os privilégios especiais dos palestinianos que vivem no país.

- A Presidência, a Assembleia e o Governo da República Portuguesa repudiam o pedido do dirigente líbio Mohamar Kadhafipara a independência da ilha da Madeira, considerada pela Organização de Unidade Africana como pertencendo a África.

1980 - A comunidade negra da Rodésia, actual Zimbabwe, inicia a votação de um governo de maioria, que levaria a última colónia britânica a independência.

1986 - O Cruzeiro, moeda brasileira que há 40 anos, é substituida pelo "Cruzado".

1990 - O parlamento da Checoslováquia aprova uma nova lei que possibilita a realizaçao de eleições livres no país, após 40 nos de monopólio do poder do partido comunista.

- Adopta-se a bandeira da Letónia.

1991 - Na alvorada, tropas koweitianas entram na cidade do Koweit, enquanto as forças aliadas anunciam a destruição de 27 das 42 divisões iraquianas e a captura de 45.000 prisioneiro. Bagdad aceita todas as resoluções da ONU. O presidente norte-americano George Bush anuncia o fim da libertação do Kuwait.

1993 - O governo angolano aceita a proposta da representante especial do secretário-geral da ONU em Angola, Margareth Anstee, de uma "trégua" no conflito nacional.

1995 - O chefe da máfia, Salvatore "Toto" Rina e outros 47 suspeitos, membros da organização criminosa, vão a julgamento, sob a acusação de cumplicidade em 48 assassinatos na Sicília.

- O Banco de Inglaterra intervém no Berings, o sexto maior banco inglês de investimento. A instituição encontra-se à beira da falência, devido aos investimentos especulativos de um corretor no mercado de futuros de Singapura.

1996 - O governo angolano protesta formalmente a UNAVEM-III pelo derrube de uma aeronave do tipo Antonov-12, ocorrido na Lunda Norte.

2000 - Termina o XXII Congresso do PSD, com reeleição de Durão Barroso.

2001 - A destruição das estátuas dos Budas, no Afeganistão é defendida pelo líder talibã Muhammad Omar.

2005 - Pela primeira vez em 26 anos de pontificado, João Paulo II, não faz a oração dominical na Praça de São Pedro, no Vaticano.

2006 - O Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos, ordena a instauração de uma sindicância ao Serviço de Inteligência Externa.

- Guiné-Equatorial e Gabão decidem delimitar as fronteiras, nomeadamente a questão de soberania sobre as Ilhas de Mbanié, Cacotiers e Conga.

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Este é o quinquagésimo oitavo dia do ano. Faltam 307 dias para acabar 2010.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Recriação Histórica das Invasões Francesas

Comemoração dos 200 anos da defesa da ponte de Amarante, durante as invasões francesas, ano de 2009.

As Invasões Francesas em Portugal.

Mariza - Maria Lisboa (Torre de Belém)

Maria Lisboa e a voz de Mariza

Amália Rodrigues - Maria Lisboa (1961)

O poema de David Mourão Ferreira a voz de Amália Rodrigues

Alfama - Igreja de Santo Estêvão

E agora uma outra voz e o mesmo fado. E ouvir e comparar.

Fado, Fernando MaurIcio- Igreja de Santo Estevao

Conferência De Berlim

125 anos depois da assinatura

Faz hoje 58 anos que Winston Churchill anunciou a criação da Bomba Atómica pela Inglaterra

A corrida pela bomba atómica
Nos bastidores da Segunda Guerra Mundial, físicos nucleares a serviço dos Aliados e dos nazistas travaram uma das maiores batalhas científicas da história: a busca pela arma definitiva
por François Kersaudy
© UNIVERSITY OF CHICAGO/AMERICAN INSTITUTE OF PHYSICS/SPL/LATINSTOCK

Enrico Fermi, um dos pais da bomba atômica americana, em seu laboratório na Universidade de Chicago
No início do século XX, a pesquisa atômica era uma aventura emocionante, cuja única finalidade era desvendar os grandes segredos da matéria. Essa nova ciência tinha seus templos e papas: Ernest Rutherford em Cambridge, Niels Bohr em Copenhague, Max Born e Jacob Franck em Göttingen, Marie Curie em Paris e Albert Einstein em Berlim. Seus discípulos constituíam uma espécie de fraternidade poliglota de jovens superdotados: os ingleses John Cockcroft e Ernest Walton; os russos Georgi Gamow e Piotr Kapitza; os alemães Carl Friedrich von Weiszäcker, Otto Hahn e Werner Heisenberg; os austríacos Fritz Houtermans e Lise Meitner; os americanos Linus Pauling e Robert Oppenheimer; os italianos Enrico Fermi e Emilio Segrè, os húngaros Leo Szilard, Edward Teller e Eugene Wigner e os franceses Irene Curie e Frédéric Joliot.

Os pesquisadores mais experientes e ilustres, como Marie Curie, Ernest Rutherford, Niels Bohr e Albert Einstein, haviam aberto o caminho no início do século com a descoberta da radioatividade do rádio, a descrição do núcleo do átomo e do elétron e, evidentemente, a teoria da relatividade. Seus discípulos dariam continuidade aos trabalhos: em 1932, o inglês James Chadwick comprovou a existência do nêutron. Dois anos depois, Frédéric e Irène Joliot-Curie geraram radioatividade artificial bombardeando átomos de alumínio com partículas alfa (ver glossário), enquanto o italiano Enrico Fermi utilizaria os nêutrons descobertos por Chadwick para bombardear o urânio, desencadeando assim uma emissão de energia. Em 1938, os alemães Otto Hahn e Fritz Strassman, com base na experiência de Fermi, provocariam a cisão do núcleo de urânio em duas partes, como conseqüência da emissão de nêutrons desacelerados. Caberia, enfim, à austríaca Lise Meitner e a seu sobrinho Otto Frisch medir a intensidade da energia assim emitida, e dar ao fenômeno um nome: a fissão.

Tudo isso só foi possível graças a uma colaboração exemplar entre os centros de pesquisa do mundo inteiro. Porém, a partir dos anos 30, essa cooperação internacional não conseguiria resistir ao nacional-socialismo. Na Alemanha de Hitler, a economia, a indústria e a pesquisa militarizaram-se progressivamente, isolando-se do mundo exterior.
DIVULGAÇÃO

Niels Bohr (à esq.) e Albert Einstein em 1925. Durante a guerra, os dois papas da física nuclear trabalharam para lados opostos: Einstein para os Aliados e Bohr para os nazistas
As relações com os pesquisadores estrangeiros foram definitivamente cortadas em 1939. Bem antes disso, porém, a pesquisa atômica alemã seria violentamente atingida pelas perseguições anti-semitas, que excluíram os judeus dos serviços públicos na Alemanha a partir de 1933. Inicialmente, o regime evitou perseguir os físicos mais renomados, mas as humilhações e as intimidações organizadas pelos militantes nazistas não os pouparam e, entre 1933 e 1939, os principais pesquisadores alemães partiram para o exílio: Albert Einstein, Max Born, Jacob Franck, Fritz Haber, Leo Szilard, Edward Teller, Eugene Wigner, Hans Bethe, John Von Neumann, Stanislaw Ulman, Lise Meitner, Klaus Fuchs, Otto Frisch, Rudolf Peierls e muitos outros.

A partir de 1938, o regime de Mussolini, imitando servilmente o de Hitler, promulgou suas próprias leis racistas. Como a esposa do maior físico italiano, Enrico Fermi, era judia, ele também emigrou e seus colegas do Grupo de Roma o seguiram.

Muitos desses emigrados foram para os Estados Unidos, pois o país possuía universidades e laboratórios muito bem equipados, permitindo que os cientistas continuassem seus trabalhos em boas condições. Além disso, Albert Einstein havia imigrado para lá em 1933, o que influenciou seus colegas. Assim, Teller, Wigner, Bethe, Franck, Szilard, Fermi, Segrè, Ulman e Von Neumann desembarcaram, um por um, no Novo Mundo.

Esses pesquisadores, no entanto, não deixaram de se interessar pelo que se passava no Velho Continente. Enquanto físicos nucleares compreenderam imediatamente as implicações da descoberta de Hahn e Strassmann: caso essa fissão que gerava uma grande quantidade de energia pudesse ser reproduzida várias vezes por meio de uma reação em cadeia, a tecnologia poderia permitir a fabricação de um potente artefato explosivo. Sendo judeus, sabiam que Hitler não deixaria de utilizar essa descoberta para aniquilar seus adversários.
HAHN-MEITNER-INSTITUT, BERLIM

A física austríaca Lise Meitner (à esq.) e o químico alemão Otto Hahn trabalhando juntos em Berlim nos anos 20
Em março de 1939 surgiu o primeiro indício de que as previsões dos físicos alemães estavam corretas. Ao ocupar a Tchecoslováquia, os nazistas interromperam as exportações de minério de urânio proveniente das minas de Joachimsthal. Até então, esse minério servia apenas para colorir o cristal da Boêmia e fabricar letreiros luminosos. A interrupção das exportações só poderia significar que a Alemanha pretendia utilizar o urânio exclusivamente para a pesquisa atômica.

Nessa época, Szilard e os físicos exilados nos Estados Unidos já estavam convencidos de que os alemães estavam construindo sua própria bomba. Diante disso, o pesquisador se convenceu de que “só nos restava uma coisa a fazer: desenvolvermos a nossa”. O plano, porém, esbarrava no orçamento limitado dos laboratórios nos quais trabalhavam esses refugiados. Era preciso fazer com que o governo americano se interessasse pelo assunto.

O contato entre os físicos e o governo dos Estados Unidos foi um refugiado judeu chamado Alexandre Sachs, que trabalhava como conselheiro econômico do presidente Franklin Roosevelt. Após uma reunião com Szilard no final de julho de 1939, Sachs decidiu preparar uma carta redigida a quatro mãos (por ele, Szilard, Teller e Einstein) que deveria ser entregue ao presidente Roosevelt. O objetivo era convencer as autoridades militares americanas a financiarem as pesquisas atômicas no país.

O documento foi assinado pelo próprio Albert Einstein e entregue a Roosevelt no dia 11 de outubro de 1939, cinco semanas depois do início da guerra na Europa. A carta informava sobre a possibilidade de desenvolver a bomba atômica e alertava sobre o suposto estado adiantado das pesquisas na Alemanha, pedindo, ao final, uma “ação rápida da parte dos poderes públicos”.
DEPARTAMENTO DE ENERGIA DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA

Uma das instalações do Projeto Manhattan, a usina de Oak Ridge era responsável pela separação isotópica do urânio 235. Ao lado dos laboratórios de Hanford e Los Alamos, formava o complexo construído para fabricar a bomba atômica nos Estados Unidos
Em resposta à carta, Roosevelt criou um comitê consultivo para o urânio que contaria com representantes do exército e da marinha – todos americanos – e teria Szilard, Fermi, Teller, Wigner e Sachs como membros associados. Seria concedida uma soma de 6 mil dólares para as pesquisas iniciais. Tudo isso era evidentemente simbólico e teria continuado assim se o destino não tivesse seguido por outros caminhos.

ALERTA VERMELHO Enquanto a comunidade de físicos exilados nos Estados Unidos pressionava Roosevelt, um grupo de cientistas também alertava o governo britânico. Em março de 1940, dois físicos nucleares exilados na Inglaterra, Otto Frisch e Rudolf Peierls, enviaram ao conselheiro científico do Ministério da Aviação britânico, sir Henry Tizard, um memorando no qual mencionavam, pela primeira vez, a possibilidade de construir uma super-bomba produzindo uma explosão equivalente a mil toneladas de dinamite.

Diante do alerta, os ingleses também criaram um comitê consultivo, o Maud Committee. Inicialmente céticos quanto à possibilidade de desenvolver a bomba atômica, os britânicos mudaram de opinião depois que os serviços de informação de Sua Majestade detectaram indícios do avanço das pesquisas alemãs: em agosto de 1939, Werner Heisenberg, aluno de Niels Bohr e Prêmio Nobel de Física, foi nomeado diretor do Instituto Kaiser Wilhelm de Berlim, o principal centro de pesquisas nucleares alemão. Ao mesmo tempo, o instituto foi requisitado pelo Hilfswaffenamt, o escritório de armas auxiliares nazista. Também se soube, na primavera de 1940, que agentes alemães haviam tentado comprar dos noruegueses toda sua produção de água pesada (ver glossário), que só poderia servir para a fabricação da bomba.

Em agosto de 1941, Winston Churchill finalmente deu sinal verde ao programa atômico inglês, que a partir de então recebeu o codinome de Tube Alloys. Contudo, a batalha do Atlântico estava no auge, e os meios materiais e financeiros continuavam insuficientes para concluir um projeto de tamanha envergadura.
© RUE DES ARCHIVES/RDA

O físico Robert Oppenheimer (à esq.) e o general Leslie Groves visitam uma área de testes atômicos no deserto do Novo México
A solução viria de um membro do Maud Committee, o professor Marcus Oliphant. Em visita aos Estados Unidos algumas semanas depois, esse físico australiano causou pânico nas altas esferas americanas ao assegurar que os alemães empregavam recursos consideráveis para obter uma reação em cadeia, e que a Inglaterra corria o risco de ser incinerada antes que seus próprios trabalhos pudessem frutificar. Disse-lhes que somente os Estados Unidos, com seus meios consideráveis e seu território a salvo da guerra, seriam capazes de ter êxito. Entre os ouvintes, estava o físico Vannevar Bush, diretor do Escritório de Pesquisa e Desenvolvimento Científico, que supervisionava o comitê consultivo para o urânio.

Bush enviou dois físicos americanos para se informarem do estado dos trabalhos na Grã-Bretanha, e, no dia 9 de outubro de 1941, ele explicou a situação ao presidente americano: “A vitória será de quem tiver a bomba primeiro”. Se fossem os nazistas, a Grã-Bretanha seria riscada do mapa e os Estados Unidos deveriam capitular antes mesmo de entrar na guerra. Desta vez, Roosevelt entendeu: era uma questão de vida ou morte. O presidente decidiu criar imediatamente o Top Policy Group, um comitê restrito composto por ele mesmo, o vice-presidente Henry Wallace, o ministro da Guerra, Henry Stimson, o chefe do estadomaior, George Marshall e os físicos Bush e James Bryant Conant. Nada de fazer economias: o programa gozaria de um fundo ilimitado. Dois dias depois, Roosevelt escrevia para Churchill propondo-lhe “uma ação conjunta”.

Nessa nova etapa das pesquisas, os cientistas americanos e imigrados, que até então desenvolviam suas pesquisas de modo isolado, deveriam coordenar seus trabalhos a fim de produzirem uma reação em cadeia controlada até julho de 1942.

No dia 20 de junho de 1942, Roosevelt e Churchill reuniram-se em Hyde Park, Nova York. Os relatórios dos cientistas indicavam que o princípio de uma reação em cadeia controlável estava definitivamente ao alcance dos pesquisadores. Os dois líderes, então, selaram um acordo segundo o qual as usinas de produção seriam construídas nos Estados Unidos e os ingleses instalariam um centro de pesquisas urânio-água pesada perto de Montreal.
NARA

A hora da verdade: os Aliados temiam que os nazistas respondessem ao desembarque na Normandia com um ataque nuclear
AMEAÇA CLARA Os Aliados corriam contra o relógio. Os serviços de informação britânicos haviam descoberto que as forças de ocupação alemãs na Noruega exigiam que a produção de água pesada do complexo hidrelétrico de Vemork, na região de Telemark, passasse de uma e meia para cinco toneladas por ano. A ameaça era clara e os Aliados decidiram destruir a usina de Vemork.

A primeira tentativa, realizada no final de 1942, foi um fracasso. Trinta e seis soldados ingleses foram capturados e executados pelos alemães e o plano de ataque a Vemork foi descoberto pela Gestapo, que encontrou mapas da região com um círculo vermelho em torno da usina junto de um dos cadáveres. O objetivo só seria alcançado em fevereiro de 1943, quando um grupo de seis agentes secretos do Serviço de Operações Especiais inglês na Noruega se infiltrou na usina e plantou uma série de explosivos que destruíram todos os aparelhos da instalação, além de meia tonelada de água pesada.

A notícia foi recebida com entusiasmo em Washington, cujas pesquisas atômicas vinham progredindo a passos largos. O programa agora era supervisionado pelo exército americano e fora batizado com um nome que entraria para a história: Projeto Manhattan. À frente da empreitada estava o general de brigada Leslie Groves, que convenceu os grandes industriais americanos a colaborar com o projeto antes mesmo de as pesquisas apresentarem resultados concretos.

Mas o produto de tamanho esforço científico não demoraria a aparecer. No dia 2 de dezembro de 1942, Enrico Fermi e sua equipe, em seu gigantesco laboratório instalado debaixo do estádio da universidade de Chicago, conseguiram pela primeira vez uma reação em cadeia controlada. O sucesso da experiência não surpreendeu Fermi, mas o efeito que produziu nas altas esferas políticas e militares foi considerável. No fim do mesmo mês, foi dado o sinal verde para a organização de três imensos centros de pesquisa e de produção: “X”, em Oak Ridge, no Tennessee, onde seriam construídas duas usinas de separação isotópica do urânio 235; “W”, em Hanford, no estado de Washington, onde seriam construídas as grandes pilhas de grafite produtoras de plutônio; e “Y”, em Los Alamos, no Novo México, o “campo de concentração dos Prêmios Nobel”, onde um milhão de cientistas trabalhariam no desenvolvimento da bomba em si, sob direção do jovem físico Robert Oppenheimer, que fora aluno de Ernest Rhuterford, Niels Bohr e Jacob Franck.
BIBLIOTECA DO CONGRESSO, WASHINGTON

Após meses de discussão, o governo americano decidiu lançar a bomba atômica sobre o Japão. Acima, o bombardeio de Nagasaki em 9 de agosto de 1945
Toda a operação era coberta por um véu de segredo tão espesso que os próprios cientistas – todos eles usavam pseudônimos – tinham dificuldades para se comunicar entre si. Suas famílias eram isoladas e os parlamentares e a maioria dos membros do governo americano eram mantidos na mais completa ignorância do que se estava tramando.

O clima de segredo absoluto chegou a tal ponto que, em janeiro de 1943, os americanos suspenderam o intercâmbio de informações com os britânicos. A decisão provocou a ira de Churchill e sete meses depois Roosevelt acabaria voltando atrás: o estado adiantado das pesquisas na Alemanha provocava novamente sérias preocupações.

Há algum tempo Hitler referia-se a terríveis armas secretas em seus discursos, e os aviões de reconhecimento aliados haviam detectado instalações equipadas com rampas de lançamento de foguetes na costa báltica e no norte da França. Mais grave ainda: descobriu-se, no começo do verão de 1943, que os alemães haviam reativado a usina de Vemork, que passara a produzir mais água pesada do que antes da sabotagem de fevereiro.

Tudo isso gerou uma onda de pânico em Londres e Washington. O próprio general Groves deduziu que Hitler estava muito próximo de fabricar a bomba e persuadiu os chefes militares americanos a bombardear novamente Vemork. Novo fracasso: as mil toneladas de bombas lançadas sobre a usina, em 16 de novembro de 1943, mataram 22 civis e causaram danos insignificantes à instalação.

O revés na Noruega aumentou a tensão entre os Aliados, e uma descoberta dos serviços secretos britânicos deixou americanos e ingleses ainda mais preocupados: na Copenhague ocupada pelos alemães, o dinamarquês Niels Bohr, Prêmio Nobel e amigo pessoal do rei Cristiano X, levava adiante suas pesquisas sobre a fissão nuclear auxiliado por pesquisadores judeus refugiados que acolhera em seu instituto. A Gestapo o deixava trabalhar em paz, ele tinha discípulos alemães, e físicos como Heisenberg ou Von Weiszäcker, que trabalhavam no programa nuclear alemão, vinham consultá-lo.
A pedido dos serviços secretos britânicos, seu eminente colega, sir James Chadwick conseguiu enviar-lhe um discreto recado para que interrompesse suas atividades na Dinamarca e as continuasse na Grã-Bretanha, mas Bohr recusou o convite, afirmando que seu dever era proteger a liberdade das instituições científicas e garantir a segurança dos cientistas exilados.

Perigosíssimos trabalhos seriam então levados adiante no instituto de pesquisa teórica de Copenhague. Os cientistas do Projeto Manhattan eram alunos do primário em comparação com Niels Bohr, e ninguém duvidava que esse professor dinamarquês seria capaz de dar aos alemães, de forma completamente involuntária, todos os elementos que ainda lhes faltavam para finalizar a arma suprema.

O FATOR BOHR Foi mais uma vez o fanatismo dos nazistas que salvaria os Aliados. Em agosto de 1943, as autoridades da ocupação organizaram um golpe em Copenhague e o próprio rei Cristiano X ordenou a Niels Bohr que deixasse o país. Após uma fuga via Suécia, Bohr chegou a Londres e os britânicos imediatamente encararam a difícil tarefa de convencer esse pacifista irredutível a participar do Projeto Manhattan.

No final de janeiro de 1944, a resistência norueguesa comunicou a Londres uma informação inesperada: após o bombardeio de novembro, os alemães, julgando a usina de Vemork pouco segura, decidiram enviar todo seu equipamento para a Alemanha. Assim, na manhã do dia 20 de fevereiro de 1944, a balsa que transportava para a Alemanha 39 contêineres de água pesada e 184 tubos de eletrólise, foi sacudida por uma gigantesca explosão provocada pelos sabotadores britânicos e afundou em quatro minutos. No dia seguinte, Washington e Londres suspiraram de alívio. Assim como em Oak Ridge e Los Alamos, onde os cientistas americanos trabalhavam em ritmo acelerado, auxiliados por seus colegas britânicos e físicos de 11 outras nacionalidades – entre os quais, um eminente professor dinamarquês dissimulado sob o pseudônimo de Nicolas Baker.

Os Aliados, porém, ainda não estavam tranqüilos. Temiam que os nazistas respondessem ao desembarque na Normandia com um ataque nuclear. Mas suas preocupações eram infundadas: quando as tropas do general George Patton ocuparam Estrasburgo em novembro de 1944, um destacamento responsável por averiguar qual era o real estágio das pesquisas atômicas nazistas descobriu que os alemães estavam muito atrasados em relação aos americanos.
Os militares americanos chegaram a essa conclusão ao confiscar documentos que também indicavam a localização dos centros de pesquisa nuclear alemães: Oranienburg, Heidelberg, Frankfurt e Haigerloch, que seriam todos ocupados entre março e maio de 1945. Em Haigerloch, descobriu-se um reator em um subsolo: só lhe faltavam 700 litros de água pesada para atingir sua massa crítica. Um a um, os físicos alemães foram presos: Hahn, Von Laue, Bethe, Gertner, Guerlach, Diebner, Von Weiszäcker e finalmente Heisenberg. Seu interrogatório confirmaria que a Alemanha nunca esteve em condições de construir a bomba, e isso por pelo menos meia dúzia de razões: rivalidade entre as equipes, falta de água pesada, destruições contínuas devido aos bombardeios, hostilidade tenaz de vários físicos em relação a Hitler e seu regime, orçamento insuficiente, falta de pessoal, e principalmente, desinteresse do Führer, que não tinha entendido nada do problema e mandara concentrar os trabalhos nos foguetes V1 e V2.

A partir de março de 1945, as informações obtidas na Alemanha começaram a se espalhar entre os cientistas de Los Alamos. Alguns ficaram aliviados, outros consternados. Leo Szilard chegou a tentar convencer Roosevelt a desistir do projeto de construir a bomba, mas já era tarde: o presidente morreu no dia 12 de abril de 1945, deixando para seu vice, Harry Truman, o maior segredo dos Estados Unidos.

Quando chegou à Casa Branca,Truman foi surpreendido primeiro pela notícia de que seu país possuía uma bomba de efeitos aterradores e, em seguida, que teria de decidir se ela deveria ou não ser usada na invasão do Japão. O novo presidente ordenou imediatamente a criação de um comitê para discutir a questão, formado pela alta cúpula do governo, das Forças Armadas e por três homens do Projeto Manhattan: Vannevar Bush, Karl Compton e James Conant. Outros quatro físicos seriam consultados: Robert Oppenheimer, Enrico Fermi, Arthur Compton e Ernest Lawrence. No dia 1º de junho de 1945 o comitê finalmente emitiu seu parecer: “A bomba será usada contra o Japão, o mais rapidamente possível”. Sabemos o que veio depois.
GLOSSÁRIO
PARTÍCULAS ALFA: Partículas carregadas positivamente, emitidas pelo núcleo de um átomo

ÁGUA PESADA: A partir da água, a eletrólise permite obter hidrogênio destinado à fabricação de amoníaco. A água pesada é um subproduto desse processo e serve como elemento “moderador” que desacelera os nêutrons emitidos para quebrar o núcleo dos átomos de urânio.
François Kersaudy é professor da Universidade Paris I, especialista em história contemporânea e autor de Stalin pela coleção “2 euros” do Memorial de Caen
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