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domingo, 30 de maio de 2010

A 31 de Maio de 1232, é canonizado Santo António

A história de Santo António é quase da idade da história de Portugal. Oficialmente, o reino de Portugal teve a sua origem em 1139. Santo António teria nascido no dia 15 de agosto de 1195, pouco mais de cinqüenta anos da formação da identidade da nação lusitana.
Nascido Fernando Martins de Bulhões, em Lisboa, no local onde hoje existe a cripta da sua igreja. Fernando era filho de uma família de pequena nobreza, foi baptizado na Catedral de Santa Maria Maior, Sé de Lisboa. Aos 15 anos entrou para o mosteiro de São Vicente de Fora, pertencente à Ordem dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho.
Fernando, cónego professo, deixou Lisboa à procura de maiores conhecimentos teológicos, indo, aos 17 anos, para o mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, ordenando-se sacerdote, sendo-lhe destinado o cargo de irmão-porteiro. Teria sido em Coimbra que começara a preparação dos sermões. De volta a Lisboa, Fernando entrou em contacto com os frades mendicantes franciscanos, dessa aproximação, ele decidiu pelo seu projecto de vida, vencendo assim, a busca espiritual sobre a satisfação intelectual. Em 1220, Fernando Martins obteve autorização para passar de Cónego Regrante a Frade Menor, adoptando definitivamente o nome de António, em homenagem a Santo Antão Abade e Ermita.
É como frade menor, que António parte como missionário para o norte da África. Em 1222 já está em Assis, durante o primeiro Capítulo Geral dos Franciscanos ou Capítulo das Esteiras, iniciado no Pentecostes de 1221. Investido pelo próprio São Francisco, que lhe chamou seu Bispo, percorreu o norte da Itália e o sul da França, com a missão de pregar e ensinar aos frades.
Já doente, em Pádua, António reiniciou o ensino e a escrita dos seus Sermões Dominicais e Festivos. Em 1230 a debilitação da sua saúde obriga-o a pedir dispensa do cargo no Capítulo de Assis. Em 1231, morre a caminho de Pádua, em Arcella, numa sexta-feira de 13 de junho. A sua morte traz uma comoção entre a população, que lhe velam o corpo por cinco dias, sendo enterrado apenas na terça-feira, dia que foi definitivamente consagrado ao santo. Desde então, ficou a ser conhecido como Santo António de Pádua, só sendo conhecido como Santo António de Lisboa nos países de língua portuguesa.
A canonização de Santo António aconteceu em maio de 1232, sendo a mais rápida da história da igreja romana, que lhe valeu uma menção no Guiness Book. Em 1934 o papa Pio XI proclamou o santo o segundo padroeiro de Portugal, ao lado de Nossa Senhora da Conceição. Em 1946, o papa Pio XII declarou-o Doutor da Igreja Católica. Com o correr dos séculos, os lisboetas passaram a cultivar seu santo nativo, popularizando o seu culto, que ofuscou o culto a São Vicente. Santo António foi proclamado pelo povo de Lisboa como o santo padroeiro. Para a igreja católica portuguesa, oficialmente São Vicente é o santo padroeiro da cidade de Lisboa. A perda de identidade deste santo com a população deve-se ao facto de Santo Antônio ter nascido em terras lusitanas, tornando-se uma das figuras mais importantes da história portuguesa. Mais de 800 anos se passaram do nascimento de Santo António, tempo suficiente para o esquecimento a São Vicente, só revelada no registo do brasão de Lisboa, que traz o corvo como símbolo. Este desencontro histórico entre o padroeiro real e o padroeiro eleito pelo povo, acirra-se à medida que o tempo passa. Enquanto isto, Lisboa vive o ludismo religioso de ter os seus dois santos padroeiros.

Principais acontecimentos registados no dia 31 de Maio

Principais acontecimentos registados no dia 31 de Maio, "Dia mundial sem Tabaco". 

1223 - Um exército mongol, liderado pelos generais Djebe e Subedei, vence os exércitos dos vários principados russos na Batalha do rio Kalka.

1469 - Nasce dom Manuel I, rei de Portugal.
1643 - Conspiradores realistas são presos em Londres (Inglaterra).
1793 - Inicia o que ficou conhecido por o "reino do terror" durante a revolução francesa.
1857 - Nasce Papa Pio XI, 260º Papa.
1889 - Inundações ocorridas em Johnstown, no Estado norte-americano da Pensílvânia, provocam mais de 2000 mortos.
1902 - A paz de Verfeniging põe fim à guerra dos Boers, na África do Sul, na qual cinco mil e 774 britânicos morreram, enquanto outros 16 mil são vítimas de doenças.
1910 - Funda-se a União sul-africana.
1923 - A linha-férrea de Moçâmedes (actual província do Namibe-Angola) chega à Sá da Bandeira (actual Lubango), na província da Huíla.

          - Nasce Rainier III, príncipe de Monaco.
1924 - A China reconhece a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).
1942 - Patriotas checos assassinam Reinhard, dirigente da Gestapo (polícia secreta alemã), no decorrer da II Guerra Mundial.
1945 - Nasce Laurent Gbagbo, actual presidente da Côte d'Ivoire.
1961 - Depois de abandonar a comunidade britânica, a África do Sul proclama a independência, e C.R.Stewart assume o cargo de Presidente da República.
1962 - O nazi Adolf Eichmann, chefe da Gestapo, é executado por enforcamento, após a rejeição do apelo por parte de um tribunal israelita.
1970 - Um sismo ocorrido no Peru mata cerca de 66 mil pessoas, fere mais de 200 mil pessoas e provoca o desaparecimento de outras 20 mil.
1983 - O Conselho de Segurança das Naçõess Unidas condena, por unanimidade, o "prosseguimento da ocupação ilegal" sul-africana do Sudoeste Africano (Namíbia) e apela para que se conceda a independência a esse território.
1984 - O líder rebelde nicaraguense, Eden Pastora, encontra-se entre os feridos, vítimas de um atentado bombista perpetrado no Sul da Nicarágua. A explosão mata cinco pessoas.
1985 - Na sequência dos actos de violência provocados pelos adeptos inglêses na final da Taça dos Campeões Europeus, em Bruxelas, a Federação britânica de Futebol determina a ausência das equipas inglêsas de futebol das competições europeias da época seguinte.
1986 - Devido a uma falha na terceira fase de lançamento, despenha-se o foguetão europeu Ariane-2, que transportava um satélite de telecomunicações.

          - Com o jogo de abertura Itália-Bulgária, inicia o campeonato mundial de futebol no México.
1990 - Em Windhoek (Namíbia), o presidente Sam Nujoma apela para a cessação da interferência externa nos assuntos internos de Angola.
1991 - José Eduardo dos Santos, presidente de Angola, e o chefe da rebelião armada assinam, em Lisboa (Portugal), o acordo de Bicesse, depois de um ano de negociações directas sob mediação portuguesa, que põe fim "temporariamente" a 16 anos de guerra civil.
1993 - A Organização Mundial da Saude (OMS) e os países membros proclamam o dia "Mundial Sem Tabaco, a celebrar-se, anualmente, a 31 de Maio.
1996 - Morre o norte-americano Timothy Leary aos 75 anos de idade, divulgador do LSD entre a comunidade "hippie" nos anos 60.
2003 - Último voo de um Concorde da Air France.
2005 - O ministro do Interior da França, Dominique de Villepin, é nomeado novo primeiro-ministro.
2009 - Um avião da companhia Air France com 228 pessoas desaparece quando fazia a rota entre o Rio de Janeiro e Paris.

             Este é o centésimo quinquagésimo segundo dia do ano. 
Faltam 214 dias para acabar 2010.
 

Será que o PS vai apoiar Manuel Alegre?

E disto, não pede desculpa aos portugueses?

E disto, não pede desculpa aos portugueses?

Os graffiti do 25 de Abril de 1974

A internacionalização da Amazónia e resposta do ministro Brasileiro

CALOU OS AMERICANOS.! !!
SHOW DO MINISTRO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO NOS ESTADOS UNIDOS 

Merece ser lida, afinal não é todo dia que um brasileiro dá um esculacho educadíssimo nos americanos!

Durante debate em uma universidade, nos Estados Unidos,o ex-governador do DF, ex-ministro da educação e atual senador CRISTÓVAM BUARQUE, foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia.

O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um brasileiro.

Esta foi a resposta do Sr.Cristóvão Buarque:

"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazónia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse património, ele é nosso.

"Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazónia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.

"Se a Amazónia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazónia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço."

"Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser
internacionalizado. Se a Amazónia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar a Amazónia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.

"Antes mesmo da Amazónia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França.
Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo génio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o património natural Amazónico, seja manipulado e instruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês,decidiu enterrar com ele, um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.

"Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milénio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua historia do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.

"Se os EUA querem internacionalizar a Amazónia, pelo risco de deixá-la nas
mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maiores do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.

"Defendo a ideia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola.
Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como património que merece cuidados do mundo inteiro.

"Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo.
Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazónia seja nossa. Só nossa!


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recebida por email 

Para reflectir...

manifestação CGTP 29-05-2010_.mpg

manifestação CGTP 29-05-2010.mpg

manifestação CGTP 29-05-2010 HOMENS DA LUTA.mpg

Trezentos mil...




Uma grande manifestação de protesto, de indignação. É legítimo pensar-se que num regime decente o governo saberia tirar as devidas ilações.
Mas num regime decente os governantes teriam vergonha, coisa que neste não usam.
A Segunda República fez ontem anos. Penso que a Terceira ...

sábado, 29 de maio de 2010

LULA 1989 - COMERCIAL PIPAS PT - MARIO LAGO

Amélia

Leda Nagle entrevista Mário Lago

A 30 de Maio de 2002, morreu Mário Lago

Filho de António Lago e Francisca Maria Vicência Prócia Lago, a quem todos chamavam de Chiquinha. As famílias de ambos eram ligadas à música. E Mario teve uma infância linda, filho e neto de músicos, que era.

- Filho único, estudou piano até o sexto ano. Mas achava tempo de brincar na rua, jogar bola de gude e outros jogos infantis. A casa era sempre cheia de gente. E, é claro, Mario logo foi se entrosando com a arte. Os pais eram conservadores, mas não eram rígidos. Mario estudou em colégio de padre. Ainda garoto começou a escrever versinhos, que não guardou. 

- Já moço ingressou na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, forma-se em 1933. 

- Nesse mesmo ano começa a escrever revistas para o teatro e a compor, em parceria com Custódio Mesquita, alcançando seu primeiro sucesso em 1937 com "Nada Além". 

- E outras músicas foram surgindo. Muitas. Muitas mesmo. E todas de sucesso: "Dá-me tuas mãos", "Enquanto houver saudade", "Fracasso", "Será". Não tinha fim a capacidade de criar de Mario Lago, sempre cercado de amigos, música e de alegria. 

- Em 1942 tornou-se actor de teatro. Foi na Companhia Joracy Camargo, autor de "Deus lhe pague". Depois trabalhou com Delorges, grande actor da época. Foi quando conheceu Oduvaldo Viana, que o levou para São Paulo, onde foi lançado no rádio-teatro no Brasil. Foi na inauguração da Rádio Panamericana. Ao seu lado estava, entre outros, Dias Gomes, que já despontava como importante redactor e autor de teatro. Ambos tiveram logo problemas com a censura e foram, perseguidos, pois eram "comunistas". 

- Mario tinha composto "Amélia", que com a primeira gravação de Ataulfo Alves, lançou o nome do compositor ao verdadeiro estrelato. 

- Logo voltou para o Rio de Janeiro, para a Rádio Nacional, líder de audiência da época e ali fez de tudo: escrevia, dirigia, actuava. 

- Era membro do Partido Comunista, onde conheceu aquele a quem muito admirou: Luiz Carlos Prestes. A primeira cadeia foi em 32. E ele sempre aproveitava esses momentos para escrever livros. Escreveu "O povo escreve a história nas paredes", "Primeiro de Abril", e outros. 

- Em 1945 vai para a Nacional e em 1948 para a Mayrink Veiga. 

- Estréia como actor teatral em 1942 e no cinema, em 1947 no filme Asas do Brasil, seguindo-se muitos outros como Assalto ao Trem Pagador (62) e Os Herdeiros (71). 

- Trabalha com muita intensidade também na televisão, estreando no programa Câmera Um, de Jacy Campos, na TV Tupi. 

- Em 1968 foi para a TV Globo, chamado por Henrique Martins, conseguiu transpor as oposições, não o queriam por ser comunista. Quem não o queria era Gloria Magadan, escritora cubana, que distribuía a novela. Ali participou de grandes novelas, ganhando várias vezes prêmio de "Melhor actor". Isso aconteceu em "O Casarão", em "Minha professora", em "Dancing Days". 

- Faz de tudo um pouco, é um dos maiores artistas do Brasil. 

- Casa-se em 1947 com ZeIi Cordeiro Lago, com quem tem cinco filhos. 

- Em 1997 lança o livro "Causos e Canções de Mário Lago".

- Falece em 30 de Maio de 2002 no Rio de Janeiro.

A 30 de Maio de 1940, nasceu José Mestre Batista

José Mestre Batista (1940-1985)
José Mestre BatistaFilho de José Batista Pereira e Maria Júlia Mestre, “Tita”, como é conhecido e apelidado pelos familiares e amigos, desde criança demonstra um grande desejo de vir a tornar-se cavaleiro.
Depois da instrução primária, por insistência dos pais, passa a frequentar um colégio em Évora, mas a sua vontade não aponta para o prosseguimento de estudos, pelo que falta constantemente às aulas.
Aos doze anos, já tem um cavalo – o “Ideal”, com ferro de seu pai, o qual põe a tourear apenas por intuição, visto não ter frequentado qualquer escola de equitação.
Um ano mais tarde (1953), faz a sua primeira actuação, estreando-se na Praça de Touros de Mourão. A assistir está Luís Gonzaga Ribeiro, natural de Reguengos de Monsaraz, o homem que lança Mestre Batista no panorama tauromáquico, tornando-se seu apoderado, amigo e protector. Frequenta, de seguida, a Escola de Equitação de Mestre Nuno de Oliveira, para aperfeiçoar a sua maneira de montar e, ao fim de quatro anos como amador, Mestre Batista recebe a alternativa de Cavaleiro Tauromáquico profissional a 15 de Setembro de 1958, na Praça Daniel Nascimento na Moita, depois de lhe ter sido recusada três meses antes, a 19 de Junho, no Campo Pequeno. Aprovada, desta vez por unanimidade, o cavaleiro tem como padrinho D. Francisco Mascarenhas.
Reguengos de Monsaraz é uma das primeiras praças onde Mestre Batista consegue contrato depois da alternativa, estando presente nas corridas das Festas de Santo António desde o primeiro ano do seu aparecimento. Na altura, recebe apenas cinco mil escudos por corrida, metade da média dos “cachets” dos cavaleiros da época, que se divide por dois bandarilheiros, motorista da camioneta, tratador dos cavalos, comida e dormida.
José Mestre BatistaApesar de muito criticado e apelidado, por alguns, de “louco”, devido ao arriscado e frontal toureio que pratica, depressa passa a alternar com cavaleiros de primeira categoria. A pouco e pouco, o público começa a render-se ao seu novo modo de tourear, assistindo-se a uma verdadeira revolução no toureio a cavalo, que deixa de ser um complemento da festa e passa para primeiro plano. Arrastando multidões, pisa terrenos até então proibidos, lança os famosos “ferros à Batista” e institui um estilo próprio, que vem influenciar a maioria dos cavaleiros das gerações posteriores. A 10 de Junho de 1962, em Santarém, fica marcada uma das suas excelentes actuações, que termina com cinco voltas à arena e saída em ombros.
Mas a revolução fá-la também ao nível do vestuário, tendo passado a usar casacas mais curtas e leves (acima do joelho), calções de várias cores, por cima de “collants” em vez das tradicionais meias. Conserva, contudo, o uso do tricórnio, hoje mantido, pela maioria dos cavaleiros, apenas na execução das cortesias.
Alterna, em centenas de corridas, com Luís Miguel da Veiga, que, apesar de amigo, é considerado pelo público seu rival. Sempre com lotação esgotada, são o cartel mais anunciado, disputado e discutido durante quinze anos. Esta dupla faz aumentar o interesse pelo toureio a cavalo, trazendo milhares de aficionados para a Corrida à Portuguesa.
Por três anos (1963, 64 e 71), é-lhe atribuído o prémio Bordalo, na categoria de Tauromaquia, como melhor cavaleiro.
Para além de Portugal Continental, o “cavaleiro da nova vaga”, como lhe chamam alguns, toureia nos Açores, em Luanda, Lourenço Marques (actual Maputo), Macau, Espanha e França. “Talismã” é um dos seus melhores cavalos.
Apesar do sucesso que o vai acompanhando, nunca impõe nomes de ganadarias para tourear, nunca exige ou recusa alternar com qualquer cavaleiro, toureia em dezenas de Festivais e Corridas de Beneficência e demonstra sempre, segundo António Garçoa, seu Peão de Brega e amigo, extrema sensibilidade aos problemas dos mais necessitados.
Dos momentos menos bons, destacam-se colhidas graves nas Praças de Touros de Santarém, Espinho, Almeirim e Vila Viçosa e o facto de, a 26 de Novembro de 1967, na Moita, ter visto o seu trabalho arruinado, devido a inundações, que conduzem à morte de alguns dos seus cavalos de êxito. Mas o desânimo não se faz sentir, uma vez que Mestre Batista se dedica arduamente à selecção de novos cavalos. Durante cinco meses, montando, por vezes, oito horas diárias, põe dois cavalos a tourear, mantendo-se como primeira figura do toureio a cavalo.
Como a maioria dos cavaleiros, Batista é um homem com fé. Nossa Senhora de Aires é a Santa da sua devoção. Em Viana do Alentejo, numa capela com altar restaurado por si, deposita constantemente as flores recebidas nas corridas e baptiza o seu filho – João Manuel Duarte Bouça Mestre Batista, nascido a 22 de Julho de 1975, da união, primeiro no civil (9 de Outubro de 1973), depois na Igreja Católica (31 de Dezembro de 1973), com Emeletina Duarte Bouça.
Para além da arte de tourear, exerce funções como presidente do Sindicato dos Toureiros, tendo tomado posse a 6 de Janeiro de 1976, no pós 25 de Abril, numa época em que muitas ganadarias e coudelarias estavam ocupadas, havendo tentativas de destruição do touro bravo e de raças selectas de cavalos. Juntamente com Manuel Conde, David Ribeiro Telles, António Badajoz e José Tinoca, integra a Comissão para a Defesa do Touro Bravo. Consegue também a reabertura do programa “Sol e Touros”, então silenciado. Defensor dos touros de morte, assume ainda o papel de Director de Corrida, permitindo que se matem quatro touros, a 7 de Maio de 1976, em Vila Franca de Xira, depois de ter toureado na primeira parte.
Aquando das comemorações dos seus 25 anos de alternativa, vê descerradas lápides em algumas Praças de Touros, como Moita, Évora e Reguengos de Monsaraz.
Por fim, a 17 de Fevereiro de 1985, em Zafra (Espanha), este “… toureiro de corpo inteiro que, praticamente sem ajudas de ninguém, se fez a si próprio, tornando-se num ídolo e marcando uma época,” vem a falecer vítima de um ataque de asma, doença de que padecia há já alguns anos. Actualmente, o seu corpo jaz no cemitério de Vila Franca de Xira, em mausoléu.
Por insistência de António Garçoa, Mestre Batista é ainda condecorado, a título póstumo, pelo Presidente da República (General Ramalho Eanes), sendo reconhecida e recordada a sua figura numa das sessões da Assembleia da República.
Trabalho de Susana Laureano CardosoColaboração: Luís Laureano

Glória de Matos, nascida a 30 de Maio de 1936

Glória de Matos

Actriz portuguesa nascida em 30 de Maio de 1936, em Lisboa, filha de Maria Matos. Frequentando a Faculdade de Letras de Lisboa, começou a interessar-se por teatro no princípio dos anos 60, acabando por se estrear no espectáculo Os 25 Anos da Morte de Fernando Pessoa (1960). Em 1965, regressando de Bristol, onde cursou Drama, ingressou na companhia de Raul Solnado. Nesta companhia, participou em comédias como Quando é que tu Casas com a Minha Mulher? (1966) e Querida Mulatinha (1966). No campo dramático, participou em várias peças, das quais se destacam, entre 1970 e 1971, O Preço e Quem Tem Medo de Virginia Woolf? Em 1970, assumiu, juntamente com Artur Agostinho e Laura Soveral, a apresentação do programa televisivo Curto-Circuito. Em 1974, logo após a «Revolução dos Cravos», instalou-se no Canadá, onde viveu com o marido, o locutor Henrique Mendes até 1979. Para além de teatro, fez também rádio, televisão, nomeadamente as telenovelas Vila Faia (1982), Origens (1983) Terra Mãe (1996), para além de cinema, onde participou, entre outros filmes, em Francisca (1981), Os Canibais (1988) e Vale Abraão (1993), de Manoel de Oliveira.

A 30 de Maio de 1834 foi aprovada a lei que extinguiu os conventos, mosteiros, colégios e casas das ordens religiosas regulares, sendo os bens integrados no Estado, ou seja, na fazenda Nacional

Quando Joaquim António de Aguiar era jovem e estudante, o país foi invadido pelas tropas de Napoleão. Deixou, então, os estudos para se alistar no exército tendo em conta os seus valores pátrios de que comungava. Terminadas as invasões continuou os estudos em Leis na Universidade de Coimbra onde obteve uma das mais altas classificações atribuídas até essa altura. A sociedade tradicional vedou-lhe a possibilidade de ser admitido para exercer funções nos Colégios de São Pedro e São Paulo da Universidade de Coimbra, não obstante no seu curriculum reunir melhores condições de que os outros candidatos. Tudo isto porque Aguiar, já nessa altura era conhecido pelas suas ideias liberais. Protestou pela injustiça, levando o assunto até às Cortes e nessa sequência foi admitido ao cargo de que fora preterido. Porém, com a entrada do Governo miguelista foi dispensado da docência.
Em 1826 com a entrada da regência de D. Maria em nome de D. Pedro IV foi nomeado Lente Substituto da Faculdade de Leis. E ainda neste ano foi eleito Deputado tendo-se revelado um excelente orador. Com o regresso de D. Miguel em 1928 ficou novamente sem funções, quer nas Cortes, quer na docência e teve de emigrar para Londres. De Londres veio em auxílio de D. Pedro e da causa liberal, desembarcando na Ilha Terceira – Açores e daqui desembarcou no Mindelo participando no Cerco do Porto. Ainda nesta sequência foi nomeado Juiz do Tribunal de Guerra e Justiça. Entre a liderança do Governo por três vezes (1841-1842; 1860; 1865-1867) teve as seguintes funções, entre outras: Procurador-Geral da Coroa, Ministro do Reino, Ministro dos Negócios Estrangeiros e da Justiça, Conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça, Par do Reino, Provedor da Santa Casa da Misericórdia e Deputado às Cortes.
Foi um reformador nato. Contribuiu para a extinção das Ordens religiosas (1834) e para a reorganização dos municípiosEm 1865 chefiava pela terceira vez o Governo até que o movimento da Janeirinha (inícios de Janeiro de 1868) foi o principal causador do seu afastamento. A historiografia mostra que Aguiar foi um Homem que não ligava à importância dos altos cargos e às condecorações que lhe foram atribuídas. Mas mostra também um sinal indelével em relação aos privilégios e cerceamento de liberdades do clero. Sinal este que nos parece excessivo no que toca aos méritos ou deméritos (conforme as perspectivas) atribuídos a um Homem só. Foi um dos que mais contribuiu, juntamente com o Marquês de Palmela para a implementação da Carta Constitucional portuguesa no tempo de D. Pedro IV e D. Maria II. Personalidade inteligente, deixando-se, porém, influenciar em demasia pelo anti-clericalismo impulsionado pelos ideais da Confederação Maçónica Portuguesa em que se destacaram os Grão-Mestres – Duque de Palmela e José Estêvão, bem como muitas outras figuras tendo, Aguiar dado a cara, servindo de certo modo de “bode expiatório” dos excessos cometidos contra o clero.
                           
Quando em 1834 era Ministro dos Negócios Eclesiásticos e da Justiça foi um dos principais responsáveis pela Lei que extinguiu os conventos, mosteiros, colégios e casas das ordens religiosas regulares, sendo os bens integrados no Estado, ou seja, na fazenda Nacional. Ainda como Ministro dos Negócios Eclesiásticos e da Justiça ganhou a fama de “mata frades”, o que lhe deixou o estigma negativo de anticlerical “mata-frades” como ainda é conhecido e que tem desvalorizado a importância da revolução social e económica em que Aguiar foi figura importante ao tempo do liberalismo e do movimento de regeneração do país. O sistema político liberal (cujo conceito de liberal é diferente do actual) estava montado ao nível de Estado e se não fosse Aguiar a assumir a responsabilidade das políticas anti-clericais, certamente outra figura se perfilaria. Veja-se o que aconteceu mais tarde já no século XX na altura da primeira República em que esta política foi prosseguida. Estas medidas mexeram com o status quo social e económico provocando animosidades e exacerbamentos. Aguiar foi apenas mais uma figura, embora das mais responsáveis certamente, no contexto temporal das revoluções liberais e das políticas subsequentes.
      
Num dos seus últimos governos (4 Setembro de 1865 – 4 Janeiro 1868) foi o principal responsável pela fusão dos regeneradores e dos progressistas, o que trouxe uma certa acalmia e as condições: para a abolição da pena de morte em relação a crimes civis e para a promulgação do Código Civil Português (1 Julho 1867) que se seguiu às velhas Ordenações Filipinas. Também criou as condições para o relançamento económico e para um ambiente de criatividade no campo da cultura. São exemplos: a fundação do Banco Nacional Ultramarino, a Companhia União Fabril, o Banco Agrícola e Industrial Visiense e a representação portuguesa na Exposição Internacional de Paris. Neste período publicou Antero as “Odes Modernas” e pôde dar início à célebre Questão Coimbrã. Oliveira Martins editou “Febo Moniz” e Júlio Dinis publicou “As Pupilas do Senhor Reitor”.

A 30 de Maio de 1814, nasceu Bakunin

Nascido em 1814 na Rússia czarista, Bakunin rapidamente desenvolveu um ardente ódio contra as injustiças. Com a idade de 21 anos, depois de alguns anos de uniforme militar, ele resignou do exército e começou a misturar-se em alguns círculos democráticos. Nove anos depois ele encontrou-se com radicais como Proudhon e Marx em Paris. Por essa altura ele tinha também  formulado a teoria que via a Liberdade como sendo unicamente conseguida pelo levantamento generalizado da população, ligada às revoluções que se realizassem em determinadas nações. A sua campanha apaixonante pela democracia e anti-colonialismo fizeram dele o “inimigo público número um” aos olhos da maioria das monarquias europeias. No ano de 1848 ele foi expulso de França por fazer um discurso em favor da independência da Polónia. A sua paixão pela liberdade e igualdade, e as suas condenações da injustiça e dos privilégios deram-lhe uma enorme atracção no movimento radical desses dias de então.
                                                                            
No ano seguinte Bakunin avançou para Dresden (Alemanha), onde jogou um papel determinante na insurreição de Maio. Isso conduziu à sua prisão e ele foi então sentenciado à morte. A monarquia austríaca também o queria, então ele foi extraditado e outra vez condenado à morte. Mas antes que o seu carrasco lhe pudesse pôr o laço à volta do seu pescoço, a Rússia então também exigiu a sua extradição e ele gastou os seis anos seguintes da sua vida encarcerado sem julgamento na fortaleza de Paulo e Pedro. Libertado da prisão, foi então enviado para o exílio na Sibéria.
                                         

A fuga da Sibéria. 
                                                                                            

Em 1861 ele fez uma dramática fuga e retornou à Europa pelo Japão (via Canal do Panamá e São Francisco!). Nos três anos seguintes ele lançou-se na luta pela independência polaca. Então ele começou a repensar as suas ideias. Poderia a independência nacional, ela mesma por si só, conduzir à liberdade do povo trabalhador e das massas populares? Isto fez com que ele avançásse ideologicamente, passando do nacionalismo para o anarquismo. Em 1868 ele juntou-se então à Associação Internacional dos Trabalhadores (também conhecida por Primeira Internacional). Uma federação radical de organizações sindicais com secções na maioria dos países europeus. Muito rapidamente as suas ideias desenvolveram-se e ele tornou-se um famoso expoente do anarquismo. Enquanto que de acordo com a maioria da teoria económica de Marx, ele rejeitou contudo a sua política autoritária, e a maior divisão dentro da AIT foi entre anarquistas e marxistas.           
Ficaram célebres as suas discussões e polémicas com K. Marx.             
Enquanto Marx acreditava que o socialismo podia ser construído pela tomada do poder do estado, Bakunin via mais para além, acreditava na sua destruição e na criação de uma nova sociedade baseada em federações livres de trabalhadores e homens livres. Isto em breve tornou-se a politica da Internacional em Itália e Espanha, e cresceu em popularidade na França, Bélgica e Suiça; em Portugal e na Ucrânia por exemplo, como elos mais fracos do capitalismo, levou a formas de lutas mais avançadas, unindo os trabalhadores sob os ideais libertários. Depois de falhar de derrotar a ideia anarquista, e sentindo-se vencido, K. Marx e os seus seguidores tentaram por todos os meios denegrir Bakunin numa campanha de mentiras e de calúnias contra a sua pessoa.
                                                                               

O movimento nasceu.
                                                                                                                
Um comité constituído para investigar as acusações, julgou por maioria Bakunin como sendo culpado e votou a sua expulsão. A secção da Suiça convocou um seguinte Congresso, onde as acusações foram reconhecidas como falsas. Uma conferência internacional também justificou Bakunin, e adoptou a posição anarquista de rejeitar qualquer papel dirigente por uma minoria. Derrotado, Marx e os seus seguidores mudaram a sede do Conselho Geral da Internacional para Nova Iorque onde ela murchou até à sua irrelevância. As ideias desenvolvidas por Bakunin na última década da sua vida, progrediram até se tornarem a base do movimento anarquista moderno. Desgastado por uma vida de luta permanente, Bakunin morreu na Suiça em 1 de Julho de 1876. O seu legado é enorme. Embora ele tenha escrito manifestos, artigos e livros, ele nunca acabou um simples trabalho ou ideia. Sendo primariamente um activista ele podia parar, algumas vezes literalmente em meias-frases ou julgamentos, de participar nas lutas, greves e revoltas. O que ele deixou para a posterioridade é uma colecção de belos fragmentos. E mesmo a sua escrita está cheia de compreensões que são hoje tão importantes como o eram no seu tempo.
                                           

O perigo da ditadura.
                                                                                      
Mesmo compreendendo que as ideias e os intelectuais têm um papel muito importante a jogar na revolução, um papel de educação e de articulação dos desejos e das necessidades das pessoas, Bakunin costumava avisar-nos dum grande perigo sempre à espreita. Ele advertiu-os contra as tentativas dessa minoria tomar o poder e criar uma “ditadura do proletariado”. A noção de que um pequeno grupo de pessoas, não importa o quão boas poderiam ser as suas intenções, actuando em nome da maioria, podia executar um golpe de estado para o beneficio da maioria, era uma grande “heresia contra o senso comum”. Muito antes da Revolução russa ele avisou que uma nova classe alienadora de intelectuais, semi-intelectuais ambiçiosos e pequeno-burgueses, podiam calçar os sapatos dos grandes agrários, proprietários, patrões e capitalistas, e deste modo negar ao povo trabalhador a sua liberdade e a justiça social.
                                                                                                             
Em 1873 ele previu com grande precisão, que sob a denominada “ditadura do proletariado” dos marxistas, os lideres do partido poderiam concentrar as rédeas do poder com mão de ferro, e dividir as massas em dois grandes sectores (industrial e agrícola) sob o comando directo dos engenheiros do estado neo-capitalista que constituiriam assim uma nova classe política e cientifica privilegiada. Bakunin compreendeu que o governo é um meio pelo qual uma minoria governa. Deste modo o “poder politico” significa a concentração da autoridade nas mãos de alguns poucos. Ele declarou, que isto tem de ser abolido. Em vez disso deveria ter lugar uma “revolução social” que irá mudar a relação entre o povo e colocar o poder nas mãos das massas populares através das suas próprias federações de organizações voluntárias. “É necessário abolir completamente e em principio e na prática tudo o que possa ser chamado de “poder político”, por mais tempo que esse poder politico dure, a sua existência implicará sempre ter governadores e governados, patrões e escravos, exploradores e explorados”. Hoje quem é que ousará dizer o contrário, e que ele estava errado? Apesar de mais de um século depois destas passagens terem sido escritas por Miguel Bakunin, a veneração pelo estado e do poder, tornou-se numa autentica religião ultra- materialista para uma grande parte das pessoas e do mundo de hoje, e nós temos visto na prática o cumprimento da sombria previsão de Bakunin sobre os falhanços e recuos do socialismo marxista. A História ela mesma mostrou-nos a importância dos seus argumentos.

A 30 de Maio de 1778, morreu Voltaire

François-Marie Arouet nasceu em Paris no ano de 1694 e foi registado como filho de um bem-sucedido notário parisiense, François Arouet, e da sua esposa, embora ele próprio suspeitasse ser filho da Sra. Arouet e de um poeta menor.
Após estudos num colégio jesuíta, no qual apreciou sobretudo as peças de teatro escolares, decidiu lançar-se numa carreira literária e na sociedade: uma e outra lhe valeram duas estadias na prisão da Bastilha (por uns panfletos satíricos primeiro, por uma briga com um nobre depois). Ao sair da prisão deu a si próprio o nome de Senhor de Voltaire. Foi dramaturgo, historiador, filósofo, divulgador científico, homem de negócios, membro da Academia das Ciências de França, agricultor, proprietário, investidor de capital de risco, activista dos direitos civis e humanos, homem da corte desterrado no campo e, sobretudo, o autor mais célebre, admirado e odiado do seu tempo.
Morreu em 1778, pouco depois de regressar a Paris após um exílio de mais de vinte anos. A sua obra é extensíssima e nunca foi esgotada numa só colecção. A 
Voltaire Foundation, de Oxford, prevê publicá-la em 85 volumes. Cândido ou o Optimismo é considerado o seu melhor «conto filosófico» e é uma das melhores novelas da história da literatura.