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sábado, 31 de julho de 2010

A 1 de Agosto de 1936, nasceu, Yves Henri Donat Mathieu Saint Laurent




Yves Henri Donat Mathieu Saint Laurent nasceu em Orã, na Argélia, no dia 1º de Agosto de 1936. Sua família, de origem alsaciana, havia deixado a França em 1870.
Sempre muito interessado em artes, especialmente pelo teatro, não demorou para entrar no mundo da moda. Chegou em Paris em 1954 e logo passou a frequentar a École de la Chambre Syndicate de la Haute Couture. Pouco tempo depois, ganhou um concurso internacional de moda com um vestido de coquetel, o que impressionou não só o então editor da revista Vogue, Michel de Brunhoff, mas também o já célebre Christian Dior, que logo o contratou como assistente.
A morte de Dior, no auge de sua carreira, em 1957, acabou transformando o jovem Saint Laurent no novo estilista da maison. Em sua primeira coleção para a grife Christian Dior, lançada em 30 de janeiro de 1958, apresentou os vestidos trapézio, de ombros estreitos e saia evasê - um grande sucesso na época. Com isso, ganhou o prêmio Neiman Marcus e o apelido de "Christian 2, o jovem triste".

Na coleção de 1960 não agradou muito com seus blusões de couro preto sobre blusas de gola rolê. Mais tarde, o look se tornaria sucesso nas mãos de outros estilistas com o nome de "beatnik chic".
Em setembro do mesmo ano, Saint Laurent foi chamado para servir na guerra da Argélia e acabou sendo substituído na maison Dior por Marc Bohan.
Em 1961, decidiu abrir sua própria maison com a ajuda de Pierre Bergé, seu amigo e companheiro até os dias de hoje. Seu primeiro desfile com a marca Yves Saint Laurent aconteceu em 29 de janeiro de 1962 e, a partir daí, a sigla YSL se tornaria sinônimo de elegância e vendas, alavancadas por uma série de licenças da marca, como meias, lenços, chapéus, bolsas, bijuterias, cintos, óculos e perfumes distribuídos em diversos países.
Em 1965, uniu moda e arte ao criar os vestidos tubinho inspirados nos trabalhos do holandês Piet Mondrian (1872-1944), artista plástico fundador do neoplasticismo [que usa um vocabulário restrito às verticais e horizontais e às cores puras]. O vestido se tornaria um ícone da moda.
Outros artistas também o inspiraram em suas criações, como Pablo Picasso, Georges Braque, Andy Warhol, Velázquez e Delacroix.

Em 1966, Saint Laurent abriu a sua primeira butique de prêt-à-porter, a YSL Rive Gauche [que ficava exatamente do lado esquerdo do Sena] na rue de Tournon, em Saint-Germain-des-Près. Ele foi o primeiro costureiro parisiense de alta-costura a abrir uma butique de prêt-à-porter de luxo. 
Acima de tudo, Saint Laurent sempre foi um inovador, até mesmo um revolucionário da moda, sempre buscando novas formas e atitudes para vestir as mulheres. Ainda em 1966, na coleção de verão de alta-costura, criou o smoking feminino, marca registrada do estilista. Nas palavras de Pierre Bergé, "Chanel libertou as mulheres e Saint Laurent lhes deu o poder", representado não só no smoking, mas também em outros clássicos, como os terninhos com pantalona. Foi ele quem transformou o blazer, o casaquinho de marinheiro e o vestido-camisa em ingredientes clássicos do guarda-roupa feminino.
Para Suzy Menkes, editora inglesa do International Herald Tribune, Saint Laurent mostrou outras possibilidades à mulher: "Hoje as mulheres andam normalmente de terno e calça comprida. Isso parece normal, cotidiano, mas na época a mulher era proibida de entrar num restaurante ou num hotel. O smoking, usado até hoje, foi uma provocação sexual, dirigido à mulher que queria ter um outro papel".

Em 1968, apresentou modelos surpreendentes como a saharienne [jaqueta tipo safári] e as blusas transparentes. No ano seguinte, abriu a butique Saint Laurent Rive Gauche para homens, em Paris.
Em 1971, a "Coleção 40", de verão, mostrou vestidos estilo anos 40, com as costas nuas [um escândalo e um enorme sucesso de vendas] e Saint Laurent causou surpresa ao posar nu para o fotógrafo Jeanloup Sieff para o lançamento de seu perfume masculino.
Em seguida, vieram as coleções da África [com muitos tops coloridos, estampas e dourados, entre materiais como ráfia e palha] e Rússia [em 1976, com muitos mantôs, saias amplas, veludos, casaquinhos e coletes bordados]. Saint Laurent trabalhou ainda outras coleções étnicas como Espanha, China e Índia.
Em 1977, lançou o perfume "Opium", mais um escândalo [por causa da referência do nome à droga] e mais um sucesso comercial.

Apaixonado pelo teatro, desenhou cenários e roupas para espetáculos de Edmond Rostand, Marguerite Duras ou Jean Cocteau. No cinema, vestiu atrizes como Claudia Cardinale e principalmente Catherine Deneuve, em filmes como "A Bela da Tarde" (1966) de Luis Buñuel e "A Sereia do Mississipi" (1969) de François Truffaut. Deneuve, que foi a madrinha da primeira butique Rive Gauche de Saint Laurent, é sua grande amiga até hoje, sempre presente em todos os seus desfiles.
Em 1982, o estilista recebeu o prêmio internacional do CFDA (Council of Fashion Designers of America) e, em 1983, comemorou 25 anos de criação com uma exposição no Metropolitan Museum of Art de Nova York, sob a curadoria da lendária editora da Vogue, Diana Vreeland (1903-1989). No mesmo ano, lançou o perfume "Paris", outro sucesso de vendas.
Em 1985, foi condecorado pelo então presidente francês François Miterrand com a legião de honra e ganhou o Oscar da Moda. Em 1986, foi realizada uma exposição inédita no Louvre, em Paris, com suas criações. Era a primeira vez que um costureiro expunha seus trabalhos no museu.

Em 1986, Pierre Bergé convenceu Saint Laurent a vender o setor de confecções da YSL ao grupo têxtil francês Mendés e usar o dinheiro para comprar o grupo de cosméticos Charles of the Ritz, que possuía os direitos de licenciamento da bem sucedida linha de perfumes do estilista.
Já em 1993, vendeu a grife para o grupo estatal Sanofi Beauté, braço farmacêutico do grupo de petróleo Elf-Aquitaine, o que chegou até a causar uma certa polêmica na época, por causa da suposta ajuda do presidente Miterrand, que era amigo de Pierre Bergé, nas negociações.

Em 1998, ganhou um desfile-retrospectiva em pleno campo de futebol, antes da final da Copa do Mundo da França. Além disso, o guarda-roupa da Copa, que contava com 4.200 uniformes, 19 mil peças e dez mil acessórios, foi assinado pelo estilista e encomendado pessoalmente por Michel Platini, que era o presidente do comitê organizador da Copa.

Em 1999, a marca, incluindo o prêt-à-porter, perfumes e demais artigos, foi comprada por valores que teriam chegado a US$ 1 bilhão, pelo empresário francês François Pinault, do grupo Pinault-Printemps-Redoute, que detém a italiana Gucci. Com isso, a partir de outubro de 2000, após a demissão de Alber Elbaz [o estilista que assinava a linha prêt-à-porter, escolhido por Saint Laurent] em fevereiro, a linha Rive Gauche (prêt-à-porter), passou a ser criada pelo texano Tom Ford, também criador da Gucci. Por contrato, Saint Laurent deveria ficar com duas coleções de alta-costura por ano até 2006.

Um sinal de seu descontentamento se deu em janeiro de 2001, quando Saint Laurent (que nunca havia assistido a nenhum outro desfile) compareceu ao de Hedi Slimane, seu ex-diretor da linha masculina que começava a trabalhar para a Dior, propriedade do grupo concorrente LVMH, ao invés de assistir ao desfile de Tom Ford, que fazia uma espécie de homenagem ao estilista.
No dia 7 de janeiro de 2002, Yves Saint Laurent convocou uma coletiva de imprensa para anunciar que estava se despedindo do mundo da moda. "Escolhi dizer hoje adeus a esta profissão que eu tanto amei." Disse também que seu sentimento era de desgosto por uma indústria que se rege pelo comércio em detrimento da arte. 
Em 22 de janeiro, no Centre Georges Pompidou, em Paris, aconteceu o último desfile de alta-costura de Yves Saint Laurent. Foi uma grande retrospectiva das suas criações em uma hora e meia em que um exército de modelos desfilou as criações clássicas da marca, como a saharienne e o famoso smoking, entre blusas transparentes, vestidos Mondrian e Pop Art, além dos eternos terninhos andróginos. No encerramento, além das 60 modelos vestidas com o "le smoking", Catherine Deneuve emocionou os convidados ao cantar para seu amigo de tantos anos.
Era o fim de uma era de luxo, elegância e glamour na alta-costura, a era YSL.
A maison YSL de alta-costura será fechada em julho de 2002 e o prêt-à-porter continuará sob a batuta de Tom Ford e da Gucci.A 1 de Junho de 2008 morria.

Pierre Félix Bourdieu, nasceu a 1 de Agosto de 1930



Pierre Félix Bourdieu (Denguin1 de agosto de 1930 — Paris23 de janeiro de 2002) foi um importante sociólogo francês.
De origem campesina, filósofo de formação, chegou a docente na École de Sociologie du Collège de France, instituição que o consagrou como um dos maiores intelectuais de seu tempo. Desenvolveu, ao longo de sua vida, mais de 300 trabalhos abordando a questão da dominação e é, sem dúvida, um dos autores mais lidos, em todo o mundo, nos campos da Antropologia e Sociologia, cuja contribuição alcança as mais variadas áreas do conhecimento humano, discutindo em sua obra temas como educaçãoculturaliteraturaartemídialingüística e política. Também escreveu muito analisando a própria Sociologia enquanto disciplina e prática. A sociedade cabila, na Argélia, foi o palco de suas primeiras pesquisas. Seu primeiro livro, Sociologia da Argélia (1958), discute a organização social da sociedade cabila, e em particular, como o sistema colonial interferiu na sociedade cabila, em suas estruturas e desculturação. Dirigiu, por muitos anos, a revista "Actes de la recherche en sciences sociales" e presidiu o CISIA (Comitê Internacional de Apoio aos Intelectuais Argelinos), sempre se posicionado clara e lucidamente contra o liberalismo e a globalização.
Sua discussão sociológica centralizou-se, ao longo de sua obra, na tarefa de desvendar os mecanismos da reprodução social que legitimam as diversas formas de 
dominação. Para empreender esta tarefa, Bourdieu desenvolve conceitos específicos, retirando os fatores econômicos do epicentro das análises da sociedade, a partir de um conceito concebido por ele como violência simbólica, no qual Bourdieu advoga acerca da não arbitrariedade da produção simbólica na vida social, advertindo para seu caráter efetivamente legitimador das forças dominantes, que expressam por meio delas seus gostos de classe e estilos de vida, gerando o que ele pretende ser uma distinção social.
O mundo social, para Bourdieu, deve ser compreendido à luz de três conceitos fundamentais: campohabitus e capital
Nascido numa família campesina, ingressa em 1951 na Faculdade de Letras, em Paris, na Escola Normal Superior e em 1954 gradua-se em Filosofia, assumindo a função de professor em Moulins. Após prestar serviço militar na Argélia, assume, em 1958 o cargo de professor assistente na Faculdade de Letras em Argel, quando inicia sua pesquisa acerca da sociedade cabila.
Em 
1960 torna-se assistente de Raymond Aron, na Faculdade de Letras de Paris e principia seus estudos acerca do celibato na região de Béarn. Ainda em 1960 integra-se ao Centro de Sociologia Européia, do qual torna-se secretário geral em 1962.
Desenvolve ao longo das décadas de 1960 a 1980 farta obra, contribuindo significativamente para a formação do pensamento sociológico do século XX. Na década de 1970 estende sua atividade docente a importantes instituições estrangeiras, como as universidades de Harvard e Chicago e o Instituto Max Planck de Berlim. Em 1982 ministra sua aula inaugural ( Lições de Aula) no Collège de France (instituição que três anos mais tarde se associa ao Centro de Sociologia Européia), propondo uma "Sociologia da Sociologia", constituída de um olhar crítico sobre a formação do sociólogo como censor e detentor de um discurso de verdade sobre o mundo social. Neste sentindo, esta aula inaugural encontra-se com a ministrada por Barthes (A aula) e Foucault (A Ordem do Discurso), privilegiando a discussão acerca do saber acadêmico. É consagrado Doutor 'honoris causa' das universidades Livre de Berlim (1989), Johann-Wolfgang-Goethe de Frankfurt (1996) e Atenas (1996). Morreu em Paris, em 23 de janeiro de 2002, depois de finalizar um curso acerca de sua própria produção acadêmica, que servirá de fundamento ao seu último livro, Esboço para uma autoanálise.
Na agenda teórica proposta à Teoria Sociológica contemporânea, alguns elementos merecem destaque: a releitura dos clássicos, a construção de conceitos e a postura crítica do intelectual diante de uma tomada de posicionamento político, elementos estes amalgamados em sua discussão sociológica. Ao compor, por exemplo a idéia de campo, Bourdieu dialoga com a idéia de esferas, proposta por Max Weber e, ainda, com o conceito de classe social de Marx.
Bourdieu, permitindo ter seu pensamento rotulado, adota como nomenclatura o construtivismo estruturalista ou estruturalismo construtivista.
Esta postura consiste em admitir que existe no mundo social estruturas objetivas que podem dirigir, ou melhor, coagir a ação e a representação dos indivíduos, dos chamados agentes. No entanto, tais estruturas são construídas socialmente assim como os esquemas de ação e pensamento, chamados por Bourdieu de habitus.
Bourdieu tenta fugir da dicotomia subjetivismo/objetivismo dentro das ciências humanas. Rejeita tanto trabalhar no âmbito do fisicalismo, considerando o social enquanto fatos objetivos, como no do psicologismo, o que seria a "explicação das explicações".
O momento objetivo e subjetivo das relações sociais estão numa relação dialética. Existem realmente as estruturas objetivas que coagem as representações e ações dos agentes, mas estes, por sua vez, na sua cotidianidade, podem transformar ou conservar tais estruturas, ou almejar a tanto.
A verdade da interação nunca está totalmente expressa na maneira como ela se nos aprensenta imediatamente. Uma das mais importantes questões na obra de Bourdieu se centraliza na análise de como os agentes incorporam a estrutura social, ao mesmo tempo que a produzem, legitimam e reproduzem. Neste sentido se pode afirmar que ele dialoga com o Estruturalismo, ao mesmo tempo que pensa em que espécie de autonomia os agentes detêm. Bourdieu, então, se propõe a superar tanto o objetivismo estruturalista quanto o subjetivismo interacionista (fenomenológico, semiótico).

Renata Mirra Ana Maria Fronzi, nasceu a 1 de Agosto de 1925




Renata Mirra Ana Maria Fronzi (Rosário1 de agosto de 1925 — Rio de Janeiro15 de abril de 2008) foi uma atriz brasileira nascida na Argentina.

Filha de dois atores italianos radicados no BrasilCesare e Iolanda Fronzi, Renata começou sua carreira como bailarina no Teatro Municipal de São Paulo.
Começou sua carreira no teatro na cidade paulista de Santos, onde a família havia se estabelecido. Fez diversas peças de teatro na companhia de teatro de Eva Todor, tornando-se conhecida vedete do teatro de revista ou rebolado. Trabalhou com o lendário Walter Pinto. No fim da década de 40, Renata Fronzi casou-se com o locutor de rádio César Ladeira. Em 1946 estréia no filme "Fantasma por acaso"; e actuou em diversos títulos do cinema, tendo sido uma das estrelas da Atlântida Cinematográfica. Atuando também em filmes de Carlos Manga. Seu último filme foi Coisa de Mulher, com Adriane Galisteu, produzido em 2005.
O auge de popularidade de sua carreira foi a personagem Helena, no célebre teleteatro de comédia intitulado Família Trapo, na TV Record (Canal 7 de São Paulo, atual Rede Record), em que dividia o palco com Jô SoaresRonald GoliasOtello ZeloniCidinha Campos e Ricardo Corte Real. Nos anos 80 voltaria a trabalhar com Golias, no programa do Bronco exibido pela TV Bandeirantes. Na televisão, sua última participação foi na temporada de 1997 da série Malhação.
Renata era viúva de César Ladeira e mãe de César Ladeira Filho e do músico Renato Ladeira.