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sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Sting Cantor, compositor e actor inglês, Sting (de nome verdadeiro Gordon Matthew Sumner) nasceu a 2 de Outubro de 1951


Sting

Cantor, compositor e actor inglês, Sting (de nome verdadeiro Gordon Matthew Sumner) nasceu a 2 de Outubro de 1951, em Wallsend, Inglaterra.
Em 1977, fundou os The Police com Stewart Copeland (bateria) e Andy Summers (guitarra). Com os The Police gravou temas como "Every Breath You Take", "Roxanne", "Don't Stand So Close To Me" e "Message In A Bottle", afirmando o grupo como um dos mais importantes da cena 
rock da primeira metade dos anos 80.
A sua estreia a solo deu-se em 1985, com o álbum 
The Dream Of The Blue Turtles. Acompanhado por um grupo de músicos de jazzque incluiu Branford Marsalis (saxofone), Kenny Kirkland (teclas) e Omar Hakim (bateria), Sting foi capaz de surpreender os mais cépticos com temas como "If You Love Somebody Set Them Free", "Love Is The Seventh Wave", "Russians" e "Moon Over Bourbon Street".
Em 1986, surgiu 
Bring On The Night, filme e disco ao vivo que documentaram momentos da digressão do seu primeiro álbum. No mesmo ano, voltou a reunir os Police para uma regravação do tema "Don't Stand So Close To Me".
Outros trabalhos incluem 
Nothing Like The Sun (1987), que contou com as participações de Mark Knopfler e Eric Clapton, e produziu êxitos como "Englishman In New York", "Fragile", "We'll Be Together" e "They Dance Alone"; Nada Como El Sol (1988), versão espanhola do álbum anterior, incluindo o tema "Frágil" em português; The Soul Cages (1991), do qual fizeram parte temas como "All This Time", "Mad About You" e "Why Should I Cry For You"; Ten Summoner's Tales (1993), que apresentou os êxitos "Fields Of Gold" e "If I Ever Lose My Faith In You"; Fields Of Gold: The Best Of Sting (1994), colectânea dos seus melhores temas que incluiu o inédito "When We Dance"; Mercury Falling (1996), uma desilusão em termos comerciais que incluiu "Let Your Soul Be Your Pilot"; Brand New Day (1999), do qual fizeram parte temas como "Brand New Day", "Desert Rose" e "A Thousand Years" e participações de Stevie Wonder, James Taylor e Branford Marsalis.
Ao longo da sua carreira, Sting desenvolveu interesses no âmbito das causas humanitárias. Em 1985, participou no concerto Live Aid, em Londres. Em 1987, apoiou a Amnistia Internacional, tocando em digressão ao lado de artistas como Bruce Springsteen, Peter Gabriel e Tracy Chapman. No mesmo ano, fundou a "Rainforest Foundation", organização de defesa da floresta amazónica.
A Universidade de Northumbria (1992) e o 
Berklee College of Music (1994) atribuíram a Sting o título honorário de Doutor em música.
Colaborações com outros artistas incluíram o dueto com Julio Iglesias em "Fragile", para a colectânea 
My Life (1998) do cantor espanhol e o tema "Jump Up Behind Me" do ábum de James Taylor Hourglass (1997).
Na sétima arte, destacam-se as participações nos filmes 
Quadrophenia (1979), Brimstone And Treacle (1982), Dune (1984), The Adventures Of Baron Munchausen (1988), Stormy Monday (1988), The Grotesque (1995) e Lock, Stock And Two Smoking Barrels(1998). As bandas sonoras ocupam um importante espaço na carreira de Sting. São disso exemplo os temas "All for One" (The Three Musketeers, 1993) ao lado de Rod Stewart e Bryan Adams; "It's Probably Me" (Lethal Weapon 3, 1992) com Eric Clapton; "Demolition Man" (Demolition Man, 1993); três clássicos do jazz, "Angel Eyes", "It's A Lonesome Old Town" e "My One And Only Love" (Leaving Las Vegas, 1995); "The Mighty" (The Mighty, 1998); "You Were Meant For Me" (The Object Of My Affection, 1998); "Invisible Sun" (X-files, 1998); e "Another Pyramid" (Aida, animação da Disney, 1999).
Depois de, em 2001, ter lançado um álbum ao vivo, intitulado
 All This Time, Sting gravou novo álbum de originais. Sacred Lovechegaria às lojas em 2003.
Em 2006, foi um dos artistas convidados a actuar no 
Rock in Rio, realizado em Lisboa.

Wando- Fogo e Paixão - ( Ao Vivo )

Wando, nasceu a 2 de Outubro de 1945


Wando  02/10/1945

Cantor romântico-brega, começou a lidar com música aos 20 anos em Minas Gerais, onde nasceu. Formou uma banda na cidade de Congonhas e com ela tocou em bailes e festas da região. Mais tarde passou a compor suas próprias músicas, alcançando sucesso no "Nega de Obaluaiê". Foi para São Paulo, onde Jair Rodrigues gravou sua "O Importante É Ser Fevereiro", outro sucesso. Depois de alguns compactos e um LP gravados, estourou em 1975 com as músicas "Moça" e "A Paz que Nasceu para Mim". Desde o início fez uma opção clara pelo repertório romântico, que se reflete principalmente nas letras de gosto duvidoso, muitas delas com forte conteúdo sensual e erótico. Um bom exemplo é o seu maior sucesso, "Fogo e Paixão". Seus discos têm títulos sugestivos como "Ui-Wando de Paixão", "Vulgar e Comum É Não Morrer de Amor", "Obsceno", "Depois da Cama", "Tenda dos Prazeres", "Mulheres", o que lhe rendeu o título de "o cantor mais erótico do Brasil". Em seus shows, banheiras, camas, haréns e distribuição de calcinhas perfumadas são comuns.

The Best of Groucho

Groucho Marx nasceu como Julius Henry Marx, no dia 2 de outubro de 1890




Groucho Marx nasceu como Julius Henry Marx, no dia 2 de outubro de 1890, numa família de imigrantes judeus alemães e ficou muito famoso principalmente pelas suas criativas frases e considerado como o mestre do humor norte-americano. Começou sua carreira aos 15 anos de idade cantando em pequenas peças de teatro.
Depois se juntou aos seus irmãos em espetáculo de vaudeville, formando um quarteto musical muito engraçado que ficou mundialmente conhecido como os Irmãos Marx. O sucesso do grupo praticamente teve início quando eles assinaram um contrato com a Paramount em 1929 e fizeram uma série comédia considerada como verdadeiros clássicos do cinema de humor como “Animal Crackers”, “The Cocoanuts" e "Monkey Business", entre outros.
Apesar de ser um grupo, Groucho se destacou principalmente pela sua caracterização que ele trazia desde os tempos do vaudeville e também lembrava os grandes astros dos filmes mudos. Seus detalhes principais incluíam os óculos, o charuto e uma espessa sobrancelha pintada, além de um enorme bigode. Groucho também ficou famoso pelas suas célebres frases criativas como “Eu nunca faria parte de um clube que me aceitasse como sócio”, por exemplo.
Fez cerca de 18 filmes, dos quais 14 juntamente com seus irmãos. Groucho morreu de uma pneumonia, aos 86 anos de idade, no dia 19 de agosto de 1977, em Los Angeles. Ele foi enterrado no Eden Memorial Park e onde, segundo muitos admiradores, caberia bem um epitáfio em sua tumba dizendo: “Perdoem-me se eu não levanto para saudá-los”, uma frase que certamente seria muito típica do seu inteligente humor.

Mahatma Gandhi, nasceu a 2 de Outubro de 1869



MAHATMA GANDHI

Porbandar, 1869-Nova Deli, 1948



Político e líder independentista indiano. Procedente de uma família de comerciantes ricos, estuda Direito em Inglaterra. Após obter o título académico instala-se na África do Sul, dedicado aos negócios familiares. A discriminação de que são objecto os indianos desperta nele a consciência social e organiza um movimento para lutar contra as desigualdades.

Em 1915 regressa ao seu país e funda o Congresso Nacional Indiano para lutar pela independência. Durante a Primeira Guerra Mundial interrompe as suas actividades políticas, mas em 1920, ao verificar que a Grã-Bretanha se nega a qualquer tipo de reforma, elabora um programa que preconiza a luta não violenta, a desobediência civil e o boicote aos produtos britânicos. Graças a este programa, o independentismo recupera enorme força. Encarcerado em 1922, é libertado dois anos depois mercê da enorme pressão popular e internacional. Até 1940 Gandhi está confrontado com a política colonialista da Grã-Bretanha, é encarcerado várias vezes e protagoniza diversas greves de fome. Ao rebentar a Segunda Guerra Mundial os indianos voltam a apoiar a Grã-Bretanha; Gandhi, em desacordo e ao ver contrariados os seus princípios pacifistas, abandona a presidência do Conselho Nacional Indiano. Após a contenda, e em grande parte por causa da infatigável actividade pública e política de Gandhi, a Índia ascende à independência (1947). É assassinado por fanático opositor à divisão da Índia em dois países: Índia e Paquistão. O seu exemplo e as suas teses pacifistas têm um enorme influxo em todo o mundo.

Paul Ludwig Hans Anton von Beneckendorff und von Hindenburg, mais conhecido como Paul von Hindenburg, nasceu a 2 de Outubro de 1847



Paul Ludwig Hans Anton von Beneckendorff und von Hindenburg, mais conhecido como Paul von Hindenburg, (Posen, 2 de outubro de 1847 — Neudeck, 2 de agosto de 1934) foi um marechal alemão, importante figura durante a Primeira Guerra Mundial. Foi também presidente da Alemanha de 12 de maio de 1925 a 2 de agosto de 1934. Em fins de 1932 foi convencido por Franz von Papen a chamar Adolf Hitler à chancelaria. O dirigível Hindenburg teve este nome em sua homenagem.Sendo educado na escola de cadetes de Berlim; entrou no exército prussiano em 1866, onde esteve cerca de 40 anos, servindo na Guerra das Sete Semanas e na Guerra Franco-Prussiana.No início da Primeira Guerra Mundial, em Agosto de 1914, já retirado da vida militar, aceitou comandar o 8º Exército Alemão na fronteira russa. Ele e o general Erich Ludendorff conseguiram uma estrondosa vitória sobre os russos na batalha de Tannenberg; nomeado marechal de campo em 1916, torna-se, com Ludendorff, responsável pela direcção de todas as forças alemãs. Em Março de 1917, Hindenburg estabeleceu um sistema de trincheiras através do Norte de ...
França, conhecido pelo nome de "Linha de Hindenburg", só ultrapassado pelos Aliados em Outubro de 1918.
Depois da guerra, retirou-se do exército pela segunda vez. Em 1920, nas suas memórias (Mein Leben, "Minha vida") explica que a derrota alemã na guerra teve origem numa revolução interna que pôs fim ao império alemão e estabeleceu a república em 1919.
Em 1925 foi eleito presidente da República e, apesar de pretender a unidade da Alemanha, promoveu os interesses dos junkers prussianos, isto é, a aristocracia terratenente. Em 1932 voltou a concorrer às eleições presidenciais como o único candidato capaz de derrotar o partido nazi de Adolf Hitler, o que veio a acontecer; contudo, em 30 de Janeiro de 1933, Hindenburg viria a nomear Hitler chanceler, a quem o Reichstag (Parlamento) viria a dar poderes ditatoriais; a partir de então, Hindenburg era uma simples figura decorativa no Governo germânico.
1919: Lenda da punhalada fomenta nazismo
A CPI ocupava-se com a questão da culpa pela Primeira Guerra, encerrada um ano antes, e o presidente da Alemanha, marechal-de-campo Paul von Hindenburg, defendia a teoria de que movimentos revolucionários na Alemanha teriam "apunhalado" o Exército pelas costas – um absurdo largamente aceito pela direita na época.
"Um general inglês disse, com justiça, que o Exército alemão foi apunhalado pelas costas." Esta foi uma das frases usadas por Von Hindenburg ao tentar se eximir, diante do Parlamento, de qualquer culpa pela derrota da Alemanha na Primeira Guerra. Nasceu ali a chamada "lenda da punhalada" que, 15 anos mais tarde, ajudaria os nazistas a tomar o poder.
O estopim do primeiro conflito mundial havia sido o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono austro-húngaro, por um nacionalista sérvio, a 28 de junho de 1914. Um mês depois, a Áustria declarou guerra à Sérvia. Logo a Alemanha, a Rússia e a Inglaterra entraram no conflito. A invasão da Bélgica pelos alemães, que não tinham outra forma de atingir a França, foi pretexto para a entrada dos ingleses na guerra, que envolveu ainda muitos outros países.
O plano alemão de cercar rapidamente o Exército francês fracassou. Já em outubro de 1914, a guerra na Europa Ocidental passou a ser tática, com pesadas perdas para todos e praticamente sem alteração nas frentes de batalha até 1918.
O abastecimento piorou a tal ponto na Alemanha que 260 mil civis morreram de fome em 1917. O anúncio alemão de contrabloqueio por submarinos provocou a entrada dos Estados Unidos no conflito.
Em março de 1918, a Alemanha ainda forçou a Rússia a assinar um acordo de paz no Leste Europeu; em agosto, praticamente capitulou diante dos aliados na frente ocidental. Segundo anotações de um comandante da região de Flandres, milhares de soldados alemães e divisões inteiras de tanques estavam virando cinza.
Fome tirou entusiasmo pela guerra
Para antecipar-se a uma vitória das tropas aliadas no ocidente, o comandante geral Erich Ludendorff pediu um cessar-fogo imediato. Na Alemanha, a morte de civis famintos no inverno de 1917 quebrara o entusiasmo inicial pela guerra. Naquele ano, operários da indústria de armamentos entraram em greve em protesto contra a fome.
 Em julho, os partidos democráticos formaram uma comissão interpartidária e exigiram do governo imperial – sem sucesso – uma "paz de entendimento, sem anexação forçada de territórios".
No início de novembro de 1918, em meio às negociações do cessar-fogo, marinheiros em Kiel impediram a partida da frota da Marinha para um combate e, com essa insubmissão, desencadearam uma reação em cadeia na Alemanha.
Na disputa pelo poder, as forças democráticas, comunistas e nacionalistas derrubaram a monarquia. Os democratas saíram vitoriosos e foram legitimados, mais tarde, pela Assembléia Nacional Constituinte. O antigo regime entregou à comissão interpartidária o governo e o pesado fardo de aceitar um acordo de paz prejudicial, do ponto de vista da Alemanha.
Todos esses acontecimentos internos, que causaram a derrocada do antigo regime e o nascimento da democracia, serviram ao Comando Superior das Forças Armadas para desviar a atenção da própria culpa pela guerra.
O argumento de Von Hindenburg de que as forças revolucionárias teriam desmoralizado e apunhalado o Exército pelas costas, foi propagado por militares e políticos monarquistas, através de jornais conservadores e de extrema direita, e ganhou um teor explosivo subestimado pelos democratas.
A população, inicialmente castigada pelas reparações de guerra pagas pela Alemanha, sofreu as conseqüências do desemprego e da inflação, sem ter um esclarecimento amplo dos verdadeiros motivos da guerra. Os nazistas aproveitaram essas circunstâncias para difamar a democracia e chegar ao poder com promessas de salvação.
Uma curiosidade é que ele era descendente direto de Martinho Lutero.

O Tratado de Amsterdão foi aprovado pelo Conselho Europeu de Amsterdão (16 e 17 de Junho de 1997) e assinado em 2 de Outubro de 1997



O Tratado de Amsterdão foi aprovado pelo Conselho Europeu de Amsterdão (16 e 17 de Junho de 1997) e assinado em 2 de Outubro de 1997 pelos ministros dos Negócios Estrangeiros dos quinze países membros da União Europeia. Entrou em vigor a 1 de Maio de 1999 depois de ratificado por todos os estados membros de acordo com as suas normas constitucionais.


O Tratado de Amsterdão (1992)

Como documento jurídico, o Tratado de Amsterdão tem como objectivo modificar certas disposições do Tratado da União Europeia, dos tratados constitutivos das Comunidades Europeias (Paris e Roma) e alguns actos relacionados com os mesmos. Este não substitui os tratados anteriores mas ajusta-os.

O Tratado de Amsterdão foi recebido com bastantes críticas que se podem resumir essencialmente nas seguintes:


Não foi dada uma solução a um dos grandes problemas pendentes da União: a adaptação das instituições de uma comunidade cada vez mais ampla. Instituições pensadas para um número inferior de estados membros não são válidas para a “Europa dos Quinze” e muito menos para a União que surgirá com a futura adesão de países da Europa Central e Oriental.



Para a opinião mais europeísta não se deu um passo significativo no sentido da unidade política, reforçando o poder das instituições comunitárias, nem em assuntos como a PESC ou os assuntos de Justiça e Interior (JAI).



Não se solucionou o que se viria a chamar “deficit democrático”! da União. As negociações para a consecução deste Tratado continuaram a basear-se nas discussões entre os governos e os estados, sem que tenha havido nem participação popular nem informação suficiente e transparente. O papel do Parlamento Europeu, único orgão comunitário eleito pelo povo, não foi suficientemente potenciado. O texto do tratado continua a ser bastante complexo - consta de três partes, um anexo e treze protocolos, e, não é suficientemente claro nem para os cidadãos, nem, inclusivamente, para os agentes jurídicos, económicos e políticos que devem intervir de acordo com as normas.

Apesar das suas insuficiências, o Tratado de Amsterdão significou um avanço no caminho da unidade europeia. Vamos dividir os avanços reconhecidos no tratado, nas seguintes vertentes:

Liberdade, segurança, justiça

O Tratado afirma que a União Europeia se baseia nos princípios de liberdade, democracia, respeito dos direitos humanose das liberdades fundamentais e do Estado de Direito. Estes princípios são comuns a todos os estados membros. Neste sentido, posteriormente em 1998, o Conselho Europeu reunido em Colónia, acordou que a UE rediga e aprove uma Carta de Direitos Fundamentais. Esta Carta virá a “comunitarisar” os princípios gerais expressos no Convénio Europeu dos Direitos Humanos (CEDH), aprovado em 1950 no quadro do Conselho da Europa.

O artigo 6.2 do tratado refere o seguinte:


“A União respeitará os direitos fundamentais como se garantiam no Convénio Europeu dos Direitos Humanos e das Liberdades Fundamentais assinado em Roma a 4 de Novembro de 1950, e tal como resulta das tradições constitucionais comuns aos Estados membros como princípios gerais do Direito comunitário”.

No que se refere aos direitos sociais, a grande novidade é que o Reino Unido traz para o poder o trabalhista Tony Blair, aderiu ao Acordo Social que estava anexo ao Tratado de Maastricht. Este protocolo foi incluído no Tratado de Amsterdão e segundo ele os estados membros comprometeram-se a respeitar os direitos sociais incluídos na Carta Comunitária de Direitos Sociais aprovada em 1989, conhecida normalmente como Carta Social. A União Europeia pode daqui em diante actuar nos âmbitos da saúde e segurança dos trabalhadores, as condições de trabalho, a integração das pessoas excluídas no mercado de trabalho e na igualdade de tratamento entre homens e mulheres.

Prevê-se a possibilidade de que quando um estado membro viole os direitos fundamentais se possa adoptar medidas da União contra esse estado. A política de sanções adoptadas pela UE contra a Áustria em Fevereiro de 2000 pelo acesso ao governo de membros do partido de ultradireita de Jörg Haider, mostra esta atitude geral de defesa dos direitos fundamentais e de prevenção contra posturas atentas contra estes direitos.

Estabelece-se o princípio da não discriminação e de igualdade de oportunidades como uma das directrizes básicas da política da UE. O Conselho compromete-se a adoptar todo o tipo de medidas contra a discriminação por motivos de sexo, de origem racial ou étnica, religião ou convicção, incapacidades, idade, ou orientação sexual. Também se reforça e fomenta a igualdade entre homens e mulheres.

Como a livre circulação de pessoas tornou-se necessário criar sistemas de informação à escala europeia, reforçaram-se as garantias de protecção contra os dados pessoais.

A União compromete-se a estabelecer progressivamente um espaço de liberdade, de segurança e de justiça comum.

Tudo o referido e a livre circulação de pessoas, controlo das fronteiras externas, asilo, emigração e cooperação judicial em matéria civil passa a fazer parte do “pilar comunitário” num processo gradual de vários anos.




Em 26 de Março de 1955 o Acordo
e Convénio de Schengen entraram em vigor.



Neste sentido os Acordos e o Convénio de Schengen ficam incluídos no Tratado. O Reino Unido, Irlanda e Dinamarca ficam afastados voluntariamente, portanto reservam-se ao direito de exercer controlo sobre as pessoas nas suas fronteiras.

Um importante avanço foi o facto de quatro grandes países europeus, Espanha, Itália, Alemanh e França acordaram em 28 de Julho de 2000, a eliminação da obrigação de obter uma autorização de residência para os cidadãos da UE. A medida aplicar-se-á a todos os nacionais comunitários, ainda que não haja reciprocidade.



A cooperação policial e judicial em matéria penal (racismo e xenofobia, terrorismo, tráfico de drogas e armas, tráfico de seres humanos e delitos contra menores, corrupção e fraude) continuam incluídos no “terceiro pilar” de Justiça e Assuntos Internos (JAI) sendo portanto matéria de cooperação intergovernamental. Fixam-se diversos objectivos como facilitar a colaboração entre as autoridades judiciais, facilitar a extradição entre Estados membros e fomentar a colaboração policial. Assim, estabelece-se um programa gradual de fomento das actividades da Europol ou Oficina Europeia de Polícia.



A União e o cidadão

Além de desenvolver o conceito de cidadania europeia, o Tratado reúne diversas medidas que tratam de por o cidadão comum no centro das preocupações da União.


Introduzem-se medidas que fomentam a intervenção comunitária na luta contra o desemprego, o respeito do meio ambiente e a protecção dos consumidores.



Garante-se o direito de todos os cidadãos a aceder aos documentos das instituições da UE e a comunicar com ela em qualquer das doze línguas oficiais da União (espanhol, português, francês, italiano, inglês, irlandês ou gaélico, holandês, alemão, dinamarquês, sueco, finlandês e grego)



Política externa comum

A dramática ruptura da Jugoslávia e o regresso da guerra a este continente mostrou a urgente necessidade de que a União esteja em condições de actuar e prevenir e não somente relacionar perante os acontecimentos externos. A crise jugoslava pôs de novo em evidência a debilidade dos estados europeus quando a reagem de maneira dispersa perante uma crise internacional.

O principal problema da política Externa e de Segurança Comum (PESC) posta em marcha pelo Tratado de Maastricht é a evidência da desproporção que há entre os objectivos ambiciosos e os meios escassos com que conta a União para os levar a cabo.

A principal novidade que introduze o tratado é a criação daquilo que os jornalistas denominaram o Sr. PESC Javier Solana, antigo ministro espanhol e ex-secretário geral da NATO, foi em 1999 o primeiro europeu designado para este posto. O Alto Representante para a PESC que tinha também o cargo de Secretário Geral do Conselho da UE, é o encarregado de assistir ao Conselho nas questões que correspondem à PESC e de contribuir à formulação de uma política externa comunitária. A sua principal função é a de personificar num cargo concreto na, ainda recente política externa e de segurança da União. Solana também foi nomeado em 1999 Secretário geral da UEO. No campo da defesa, o tratado refere simplesmente como objectivos a longo prazo, a adopção de uma política de Defesa Comum e a futura integração da União Europeia Ocidental (UEO) na União Europeia. A criação do denominado Euroexército em 1992 foi um tímido passo no sentido de uma política de defesa comum.



A reforma das instituições comunitárias

Na perspectiva da ainda pendente reforma institucional, completamente necessária perante a ampliação da UE aos países da Europa central e oriental, o tratado de Amsterdão ampliou as competências do Parlamento Europeu, introduziu algumas reformas no funcionamento da Comissão e do Conselho da UE, reforçando as funções do Tribunal de Contas, doComité Económico e Social e do Comité das Regiões.

De facto foi criada a possibilidade do que se chamou “cooperação reforçada” entre alguns estados membros. O que quer dizer a possibilidade de que um grupo de países que queiram ir mais longe do que foi previsto nos Tratados, em diversos aspectos, possam fazê-lo no âmbito da União Europeia. Definitivamente, o ritmo da integração não deve condicionar os países mais renitentes à integração, e aqueles estados desejosos de ceder mais competências à União devem poder caminhar mais rapidamente no caminho da unidade. Os jornalistas utilizaram várias expressões para denominarem a Europa que surgiu da aplicação destas “cooperações reforçadas”: Europa “a la carte”, Europa “de diferentes velocidades” ou a Europa “de geometria variável”.


Os Tratados: Roma, Maastricht, Amsterdão

A consciência da insuficiência das reformas institucionais acordadas fez com que no mesmo tratado se acordasse a convocatória de uma Conferência intergovernamental (CIG) para fazer uma revisão geral das instituições da Comunidade, antes de que a União chegasse a ter mais de vinte membros. 

A fundação do Opus Dei deu-se a 2 de Outubro de 1928

A fundação do Opus Dei


Na terça-feira, 2 de Outubro de 1928, festa dos Santos Anjos da Guarda, era o segundo dia de um dos retiros espirituais organizados para sacerdotes diocesanos numa casa que os Padres de S. Vicente de Paulo tinham numa zona, nessa época, na periferia de Madrid.

Os seis sacerdotes que participavam naquele retiro já tinham celebrado a missa, tomado o pequeno-almoço, e tinham também rezado juntos parte do breviário correspondente àquele dia e lido algumas passagens do Novo Testamento. Por volta das 10 da manhã, o jovem sacerdote Josemaria Escrivá, de 26 anos, foi para o quarto.

Ali, sozinho, pôs-se a rever e a ordenar algumas notas pessoais dos últimos anos que tinha trazido consigo. Nelas escrevera uma série de graças e inspirações divinas que Deus lhe fora concedendo como resposta a dez anos de intensa oração em que tinha tomado como suas as palavras que o cego do Evangelho dirigira a Jesus quando lhe perguntou o que queria: “Senhor, que eu veja!”. Josemaria Escrivá tinha a certeza de que Deus queria algo de concreto, mas as moções que tivera até à data eram tão incompletas e parciais que dificilmente podia intuir o que o Senhor verdadeiramente desejava. Com o decorrer do tempo, era frequente ele descrever essas graças recebidas antes do dia 2 de Outubro de 1928 como ‘pressentimentos’ daquilo que Deus lhe pedia.

No preciso momento em que os sinos da igreja de Nossa Senhora dos Anjos, ali perto, repicavam alegremente para celebrar a festa do dia, surgiram de repente as peças que faltavam para completar uma imagem que agora via com nitidez. Josemaria Escrivá viu como Deus queria que houvesse uma porção da Igreja, formada de pessoas de todas as condições, que se dedicasse a incorporar na sua vida – e o comunicasse por sua vez a amigos, vizinhos e colegas – a fascinante mensagem evangélica de que Deus chama todos por caminhos de santidade, seja qual for a idade, condição social, profissão ou estado.

Numa nota tomada por Josemaria Escrivá em 1930, em linguagem quase telegráfica, ficou resumido o conteúdo da visão que teve no dia 2 de Outubro de 1928: “Simples cristãos. Massa em fermento. O que é próprio de nós é o vulgar, com naturalidade. Meio: o trabalho profissional. Todos santos!”. O escritor francês François Gondrand transmitiu-nos uma versão mais poética da mesma ideia: “milhares, milhões de almas que elevam as suas orações a Deus em toda a face da terra; gerações e gerações de cristãos, imersos em todo género de actividades humanas, oferecendo ao Senhor os seus trabalhos profissionais e as mil e uma preocupações de uma vida normal, horas e horas de trabalho intenso, constante, que sobe ao céu como incenso de agradável aroma, dos quatro pontos cardiais… Uma multidão de ricos e pobres, novos e idosos, de todos os países e de todas as raças. Milhões e milhões de almas, através dos tempos e por todo o mundo… Um murmúrio invisível que percorre e rega a superfície da terra”.

Não sabemos se a visão que Josemaria Escrivá teve se parece mais à sucinta nota escrita em 1930 ou à versão poética de François Gondrand muitos anos depois, mas sempre que falava ou escrevia sobre o que lhe tinha sucedido naquele dia 2 de Outubro de 1928, as suas palavras eram invariavelmente breves e esquemáticas. Frequentemente, aqueles momentos ficavam resolvidos com a expressão lacónica: “Vi o Opus Dei”.

Num documento de 2 de Outubro de 1931, o mais antigo que se conserva com uma referência à data fundacional, Josemaria Escrivá comenta: “Recebi a luz sobre toda a Obra”. Essa luz compreendia uma “ideia clara geral” da missão que lhe era encomendada, embora não incluísse todos os pormenores. Noutra ocasião Josemaria Escrivá diz-nos: “Deus Nosso Senhor tratou-me como a um menino; Não apresentou de uma só vez todo o peso, e foi-me levando para a frente pouco a pouco. A uma criança pequena não se dão quatro coisas para fazer ao mesmo tempo. Dá-se-lhe uma, depois outra, e outra a seguir quando tiver feito a anterior. Já repararam como brinca um rapazinho com o pai? O menino tem uns cubos de madeira, de formas e de cores diversas… E o pai vai dizendo: põe este aqui, e esse aí, e aquele vermelho ali… E no final, um castelo!”

Principais acontecimentos registados no dia 02 de Outubro

Principais acontecimentos registados no dia 02 de Outubro:

313 - O donatismo é declarado como heresia pelo papa Milciades pelo sínodo de latrão.

1187 - Saladino derrota os Cruzados e conquista Jerusalém.

1264 - Morre Papa Urbano IV.

1452 - Nasce Ricardo III de Inglaterra.

1492 - O Rei Henrique VII, de Inglaterra, invade a França, receando o poder de Carlos VIII, conseguido com a união com a Grã-Bretanha.

1518 - O Cardeal Wolsey consegue que seja assinada a paz de Londres, entre a Inglaterra, a França, o imperador Maximiliano I, a Espanha e o Papado.

1789 - Vota-se definitivamente a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, uma das cartas constitucionais mais revolucionárias da história moderna.

1804 - Os ingleses são mobilizados para fazer face à tentativa de invasão do país pretendida por Napoleão Bonaparte.

           - Morre Nicolas-Joseph Cugnot, inventor francês que construiu o que pode ter sido o primeiro veículo auto-propulsionado do mundo.

1823 - Fernando VII, Rei de Espanha, cujo poder foi restaurado pelos franceses, que esmagaram a revolta espanhola, assina um decreto ordenando à execução dos seus inimigos.

1869 - Nasce Mahatma Gandhi, um dos idealizadores e fundadores do moderno estado indiano.

1870 - Plebiscito sanciona a anexação de Roma e da Lazio à Itália.

1871 - Nasce Cordell Hull, um dos fundadores das Nações Unidas.

1889 - Realiza-se a primeira Conferência Pan-Americana em Washington, EUA.

1910 - Primeiro acidente entre dois aviões na história da aviação em Milão, Itália.

1911 - Morre Carlota Ângelo, a primeira mulher portuguesa a votar na eleições legislativas.

1922 - Papa Pio XI faz circular uma carta orientando o clero para boicotar o Partito Popolare (cristão, que obstaculizou o fascismo de Mussolini).

           - Inauguração do actual edifício da Bolsa de Valores de Nova Iorque, no número 11 da Wall Street.

1924 - A Liga das Nações adopta o Protocolo de Genebra, documento que aponta para a solução pacífica das disputas internacionais.

          - Marca-se o primeiro golo olímpico num jogo entre Argentina e Uruguai.

1932 - O relatório Lytton sobre a Manchúria é apresentado à Liga das Nações, reconhece os interesses específicos do Japão, e recomenda a constituição de um Estado autónoma sob a soberania chinesa, mas controlado pelo Japão.

1934 - Constituição da Real Marinha Indiana.

1940 - O navio britânico "Empress of Britain", transportado para criança refugiadas da guerra, é afundado no decorrer da II Guerra Mundial.

1941 - O Exército alemão desencadeia um ataque total sobre Moscovo (Rússia), no decorrer da II Guerra Mundial.

1944 - Acontece a capitulação das tropas polacas aos nazis, decretando o fim da revolta de Varsóvia.

1951 - Nasce Sting, baixista, cantor e compositor britânico, co-fundador da banda The Police.

1952 - O Governo chinês realiza, em Pequim, uma conferência para a paz na Ásia e no Pacífico.

1958 - Sekou Toure declara a independência da Guiné Conacry à revília da França.

1974 - A China saúda, nas Nações Unidas, a política Árabe de utilização do petróleo como arma.
 1984 - O Papa João Paulo II afirma que o espaço é pertença de toda a humanidade, e considera que a exploração espacial deve ser regulamentada por acordos justos e pactos internacionais.

1985 - O actor americano Rock Hudson morre aos 59 anos vítima da AIDS nos Estados Unidos.

1986 - O Senado norte-americano anula o veto do Presidente Reagan às sanções contra a África do Sul.

          - O primeiro-ministro da Índia, Rajiv Gandhi, escapa ileso à um atentado.

1992 - Itamar Franco, vice-presidente do Brasil, toma posse como presidente interino, na sequência da suspensão de Collor de Melo.

1994 - O Papa João Paulo II abre a IX Assembleia-Geral do Sínodo dos Bispos.

1997 - Assina-se o Tratado de Amesterdão que prevê alterações aos Tratados da UE e CE.

          - Realiza-se a terceira e última visita do Papa João Paulo II ao Brasil.
2004 - Pelo menos 30 pessoas morre e mais de 100 ficam feridas em duas explosões ocorridas na cidade de Dinapur (Estados de Nagaland, no Noroeste da Índia).

 
 2001 - Atentado suicida no Parlamento de Caxemira causa a morte de 29 pessoas e mais de 40 feridos.  
  
           - A companhia aérea Swissair suspende os voos por tempo indeterminado, alegando falência da Companhia. 
   
2002 - Entrega-se ao FBI o ex-director financeiro da companhia energética norte-americana Enron, uma das maiores financiadoras da campanha de George W.Bush. A companhia é suspeita de falência fraudulenta. 
   
          - O atirador de Washington faz a primeira vítima, no parque de estacionamento de um supermercado, na Virgínia, EUA. 
  
2003 - O Governo português aprova a criação da Entidade Reguladora de Saúde. 
 
           - O escritor sul-africano J.M.Coetzee, autor de "Desgraça", é distinguido com o Nobel da Literatura. 
  
 2004 - Morre José Fialho Gouveia, 69 anos, profissional de televisão e rádio, apresentador, co-autor de programas emblemáticos como Zip-Zip, Pirâmide ou A Visita da Cornélia, pioneiro da televisão em Portugal. 
 
          - Pelo menos 30 pessoas morre e mais de 100 ficam feridas em duas explosões ocorridas na cidade de Dinapur (Estados de Nagaland, no Noroeste da Índia).
 
       
2005 - Eleições em Dresden, Alemanha, confirmam a vitória da CDU e a formação do Governo por Ângela Merkel. 
   
       
           - Morre August Wilson, 60 anos, dramaturgo norte-americano, autor de "A Lição de Piano", Prémio Pulitzer. 
 
       
2006 - A Assembleia Legislativa da Madeira (Portugal) escusa-se a dar parecer à proposta de Lei das Finanças Regionais.  O ministro das Finanças sustenta que os níveis de desenvolvimento da Madeira justificam a revisão das transferências que recebe do Orçamento do Estado e garante que não vai deixar-se demover por acções do Governo regional. 
 
       
           - A comissão temporária do Parlamento Europeu sobre os voos da CIA decide enviar uma missão a Portugal para se reunir com responsáveis do MNE, por não ter recebido resposta de Lisboa ao pedido de uma audição em Bruxelas.
 
           - O Prémio Nobel da Medicina é atribuído aos investigadores norte-americanos Andrew Z. Fire e Craig C.Mello, de origem açoriana, pelas descobertas na área da genética. 
  
            - Ban Ki-Moon, ministro sul-coreano dos Negócios Estrangeiros, candidato a secretário-geral da ONU, vence a votação do Conselho de Segurança, conseguindo o voto favorável dos cinco membros permanentes, China, EUA, França, Reino Unido e Rússia. 
  

 2007 - O Presidente da Coreia do Sul, Roh Moo-hyun, atravessa a pé a linha desmilitarizada que marca a fronteira com a Coreia do Norte para participar na cimeira intercoreana em Pyongyang. 
  
            -  ASAE encerrou cozinha do Hospital de Santa Maria e cozinha do hospital D. Estefânia devido à falta de condições higio-sanitárias 
 
 
               
                Este é o ducentésimo septuagésimo sexto dia do ano. 
Faltam 90 dias para acabar 2010. 
  

É um acordar violento. Uma sova de 19 murros no estômago, tantos quantas as medidas apresentadas ontem.

É um acordar violento. Uma sova de 19 murros no estômago, tantos quantas as medidas apresentadas ontem.
Os políticos falharam-nos. O Governo errou. Sócrates mentiu. Mas ontem isso acabou. Agora nós.

Nós. Nós não temos crédito nem temos credibilidade. É criminoso ter esperado tanto tempo para assumir o problema. Porque agora a cura é mais dura. É um corte profundo, a sangue frio.

Portugal vai iniciar um novo ciclo recessivo. Economia em queda, falências, desemprego, tudo o que esconjurámos. Os aumentos do IVA, os limites das deduções fiscais, os congelamentos das pensões transferem a crise dos desempregados para os empregados. Mas não havia alternativa. Não hoje. Não depois de dois anos perdidos sem fazer contas e a fazer de conta, para ganhar umas eleições e não cair noutras.

Ontem, Sócrates não caiu em si. Ontem, Sócrates caiu de si. Da sua pose impossível, que em vez de inspirar um optimismo reprodutivo transmitiu um irrealismo consumista. Este não é o Orçamento de Sócrates, é o Orçamento de Teixeira dos Santos. Foi o ministro das Finanças quem ontem governou. E só temos a desejar que continue a sê-lo. Porque este pacote acalma os mercados, mas não os faz retroceder de supetão. É preciso que o Parlamento aprove estas medidas, que o PSD obviamente viabilizará, com mais ou menos negociação. E é preciso concretizar as medidas e obter resultados.

Este ano estamos safos. A Portugal Telecom não paga um cêntimo de impostos pelo fabuloso lucro da Vivo, mas paga 750 milhões de euros para tapar o seu fundo de pensões e transferi-lo para o Estado, salvando o défice de 2010. A receita extraordinária de outros tempos, que funciona como antecipação de receitas. O Governo tentara com a banca, mas sem sucesso. Conseguiu com a PT.

É talvez falta de imaginação: receitas extraordinárias de um lado, aumento de IVA do outro. Mas há também o que nunca houve: a redução média de 5% da massa salarial na Função Pública. É quase como perder o subsídio de Natal a partir do próximo ano, mas em prestações mensais. Os funcionários públicos foram sacrificados por causa da incompetência acumulada e consecutiva dos seus gestores, sempre de cima para baixo. Mas só havia outra alternativa: cortar nas pensões. Era pior.

Nos próximos dias, milhares de economistas, comentadores e políticos desfilarão a glória de terem dito que assim seria: eis o Armagedão. Sim, foram milhares. E isso de nada serviu. Hoje somos um país falido. Mas não somos um país falhado. Porque apesar de tanta incompetência governativa, de tanta corrupção, nepotismo, grupos de interesse, de tantos escândalos silenciados, organizações subsidiadas, estranhos financiamentos partidários, mordomias e regalias, ineficiências e má gestão, temos outras coisas de que nos orgulhar. Sobretudo as que não dependem do Estado. Casos de inovação, exportação, investimento, descoberta.

Sim, é um acordar violento. Isto não é o princípio de um pesadelo, é o fim de um sonho. Sem pradarias nem trevas, apenas os pés no chão. O que fazer? Dizia ontem o ministro das Finanças: "estamos todos juntos nisto." Nestas alturas, somos sempre todos iguais. Eles contam connosco. E nós não contamos com mais ninguém.

Mãos à obra. Eles não fizeram o seu trabalho. Façamos nós o nosso. Restamo-nos. Bastemo-nos.

psg@negocios.pt

Portugal dos mariquinhas ou como li já não sei onde ide-vos f....

Portugal dos mariquinhas ou como li já não sei onde ide-vos empalar


Abreviando: tudo isto é triste, tudo isto existe, tudo isto é fado.
In "Meditação na pastelaria"