Previsão do Tempo

sábado, 11 de junho de 2011

A 11 de Junho de 1557, morre D. João III, cognominado O Piedoso ou O Pio pela sua devoção religiosa.

D. João III



Filho de D. Manuel I e de D. Maria de Castela, nasceu em 1503 em Lisboa, onde faleceu em 1557. Décimo quinto rei de Portugal (1521-1557), é conhecido pelo cognome de "o Piedoso". Casou, em 1525, com D. Catarina de Áustria, irmã da rainha D. Leonor e de Carlos V.
D. João III teve uma educação esmerada, a cargo de humanistas, físicos e cosmógrafos de nomeada. Em 1517, estava para casar com a princesa D. Leonor de Áustria, mas esta veio a casar com D. Manuel I, que entretanto enviuvara.
Quando D. João III sobe ao trono, Portugal estava no apogeu da expansão ultramarina por vários continentes, mas também com problemas de uma grande complexidade.
A nível interno, o monarca continuou a política centralizadora e absolutista dos seus antecessores. Convocou Cortes apenas três vezes e em períodos bem espaçados: 1525, em Torres Novas; 1535, em Évora; e 1544, em Almeirim. Procurou reestruturar a vida administrativa e judicial.
No seu reinado começam a sentir-se enormes dificuldades, com crises económicas graves que obrigaram ao recurso a empréstimos estrangeiros. Agrava-se o défice comercial. Surgem fomes e epidemias.
Na política ultramarina, a extensão e dispersão do império eram um obstáculo à administração, que tinha custos enormes. Nos primeiros anos do seu reinado vão prosseguir as explorações no Extremo Oriente, chegando-se à China e ao Japão. Mas os problemas na Índia acentuam-se, com avanços e recuos. Os Turcos acentuam a sua pressão e os ataques ao monopólio comercial português. Os encargos são enormes. Assim, D. João III toma como resolução o abandono das praças de Safim, Azamor, Alcácer Ceguer e Arzila, no Norte de África. Para contrabalançar estas perdas D. João III vai avançar com a exploração e o povoamento do Brasil, primeiro pelo sistema de capitanias. Mais tarde, para melhor poder resistir aos ataques exteriores e para garantir uma melhor administração de todo o território, nomeia Tomé de Sousa governador geral.
Nas relações com países estrangeiros, o reinado de D. João III foi de uma intensa atividade diplomática. Com a Espanha, faz alianças de casamentos (D. João III com D. Catarina; D. Isabel com Carlos V; D. Maria com Filipe II, entre outros), que asseguram a paz entre os dois povos. Quanto à França, D. João III manteve-se neutral na luta entre a Espanha e a França mas firme na luta contra os ataques dos corsários franceses. Com Roma, dá-se um fortalecimento de relações com a introdução da Inquisição em Portugal, já pedida por D. João I e com a adesão do clero português à Contrarreforma. Com a Inglaterra, intensificam-se as relações comerciais, o mesmo acontecendo com os países do Báltico e a Flandres.
No plano cultural é significativa a adesão e o apoio de D. João III à cultura humanista. Nas Letras sobressaem Gil Vicente (aquando do nascimento de D. João é representado na câmara da rainha o Auto da Visitação ou Monólogo do Vaqueiro), Garcia de Resende, Sá de Miranda, Bernardim Ribeiro, João de Barros e sobretudo Luís de Camões. Nas Ciências, Pedro Nunes e Garcia de Orta. O monarca atribui bolsas de estudo em países estrangeiros; transfere definitivamente a Universidade para Coimbra, funda colégios, alarga o ensino pelo país, apoiando os Jesuítas, que são admitidos em Portugal. Apoia também a missionação pelos vários continentes, processo em que sobressaem São Francisco Xavier no Oriente e o padre Manuel da Nóbrega no Brasil.
Um dos grandes problemas do reinado de D. João III tem a ver com a sucessão dinástica. Apesar de ter tido vários filhos, eles foram morrendo precocemente, o que punha em causa a sucessão ao trono. A partir de 1539, o sucessor era o príncipe D. João, que casa com D. Joana, filha de Carlos V. Mas o príncipe D. João vem a falecer quando a princesa estava prestes a dar à luz D. Sebastião, que nasce em janeiro de 1554. Quando D. João III morre, em 1557, o herdeiro é o neto D. Sebastião, que tem apenas três anos de idade.
D. João III está sepultado no Mosteiro dos Jerónimos.

É a esta gente que estamos entregues. Que belos exemplos.

Para um dia bem disposto

Numa escola de betos pergunta a professora:
- António, diz-me uma flor começada por "R".
Rosa! - Diz o António.
- Ai! É óptimo, é óptimo, é óptimo. João, diz-me uma flor começada por "C".
- Cravo! - Diz o João. Ai!
-É óptimo, é óptimo, é óptimo. Zezinho, diz-me uma flor começada por "O".
- Hum, ...orgasmo! - Diz o Zezinho.
- Orgasmo?! Mas orgasmo não é uma flor!
- Mas é óptimo, é óptimo, é óptimo...

A realidade Alentejana

Conselhos para a Geração Rasca

Conselhos para a Geração Rasca

Regra 1 – A vida não é fácil: – habitua-te a isso.
Regra 2 – O mundo não está preocupado com a tua auto-estima. O mundo espera que faças alguma coisa útil ANTES de te sentires bem contigo mesmo.
Regra 3 - Não ganharás 10.000 euros por mês assim que saíres da escola. Não serás vice-presidente de uma empresa com carro e telefone à disposição enquanto não os tiveres ganho por ti próprio.
Regra 4 - Se achas teu professor duro, espera até teres um Chefe.
Regra 5 – Virar frangos ou trabalhar durante as férias não está abaixo da tua posição social. Os teus avós têm uma palavra diferente para isso: eles chamam-lhe de oportunidade.
Regra 6 - Se fracassares, não é culpa dos teus pais. Então não lamentes os teus erros, aprende com eles.
Regra 7 - Antes de tu nasceres, os teus pais não eram tão chatos como são agora. Eles só ficaram assim por terem de pagar as tuas contas, lavar tuas roupas e ouvir-te dizer como tu és fixe (e eles são “ridículos”). Por isso antes de ires salvar o planeta para a próxima geração, querendo consertar os erros da geração dos teus pais, experimenta arrumar teu próprio quarto.
Regra 8 – A tua escola pode ter eliminado a distinção entre vencedores e perdedores, mas a vida não. Em algumas escolas já não chumbas e tens tantas chances quantas precisares até acertares. Isto não tem a mais pequena semelhança com absolutamente NADA na vida real. Se não fizeres bem, estás despedido… RUA!!!!! Faz as coisas bem à primeira!
Regra 9 - A vida não é dividida em semestres. Não terás sempre os verões livres e é pouco provável que algum patrão esteja minimamente interessado em que te "encontres". Trata disso no teu tempo livre.
Regra 10 – Televisão NÃO é vida real. Na vida real, as pessoas têm de sair do bar ou da discoteca e ir trabalhar.
Regra 11 – Sê simpático com os marrões (aqueles estudantes que os demais julgam que são uns totós). Existe uma grande probabilidade de que venhas a trabalhar PARA um deles.
"Dumbing Down our Kids" by educator Charles Sykes (Cito o meu amigo Hugo Lança: Por favor, "respeite as opiniões contrárias! Se todos tivéssemos o mesmo gosto, andávamos todos atrás da sua namorada! Ou numa noite de copos, a perseguir a sua mulher!".

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Dia de Portugal e das comunidades

Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas



As origens do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades remotam ao ínicio do século XX (1924). O Dia de Camões começou a ser festejado a nível nacional com o Estado Novo (um regime instituído em Portugal por António de Oliveira Salazar, em 1933).
Porquê Dia de Portugal e de Camões?
Segundo Conceição Meireles (investigadora especialista em História Contemporânea de Portugal) Camões representava o génio da pátria, representava Portugal na sua dimensão mais esplendorosa e mais genial. O feriado em honra de Camões (um dos simbolos da Nação) passou a ser a 10 de Junho uma vez que esta data foi apontada como sendo a da morte do poeta que escreveu "Os Lusíadas".
Porquê Dia das Comunidades?
Até ao 25 de Abril de 1974, o 10 de Junho era conhecido como o Dia de Camões, de Portugal e da Raça. Oliveira Salazar, na inauguração do Estádio Nacional em 1944, tinha denominado também o dia 10 de Junho como o Dia da Raça em memória das vítimas da guerra colonial. A partir de 1963, o feriado do 10 de Junho assumiu-se como uma homenagem às Forças Armadas e numa exaltação da guerra e do poder colonial. A segunda republica não se revê neste feriado, pelo que, em 1978, o converte em Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

Símbolo nacional português

A identificação de Camões e da sua obra como símbolos da nação portuguesa parece datar, como acredita Vanda Anastácio, do início da monarquia dual de Filipe II de Espanha, pois aparentemente o monarca entendeu que seria de interesse prestigiá-los como parte de sua política para assegurar a legitimidade de seu reinado sobre os portugueses, o que justifica a sua ordem de imprimir duas traduções em castelhano de Os Lusíadas em 1580, pelas universidades de Salamanca e Alcalá de Henares, e sem as submeter à censura eclesiástica. Mas Camões tornou-se especialmente importante em Portugal no século XIX, quando, conforme afirmaram Lourenço, Freeland, Souza e outros autores, Os Lusíadas sofreu um processo de releitura e mitificação por alguns dos expoentes do Romantismo local, como Almeida Garrett,Antero de Quental e Oliveira Martins, que o colocaram como um símbolo da história e do destino que estaria reservado ao país. Até mesmo a biografia do poeta foi readaptada e romantizada para servir aos seus interesses, introduzindo-se uma nota messiânica a seu respeito no imaginário popular da época. Os objetivos principais desse movimento eram compensar o saudosismo dos tempos de glória e a perceção então prevalente de Portugal como uma periferia pouco significativa da Europa e dar à sua história um sentido mais positivo, abrindo-lhe novas perspetivas de futuro.
Essa tendência atingiu um ponto alto por ocasião das comemorações do tricentenário da morte do poeta, realizadas entre 8 e 10 de junho de 1880. Num momento de crise por que Portugal passava, quando se questionava a legitimidade da monarquia e se ouviam fortes reivindicações pela democracia, a figura do poeta tornou-se um foco para a causa política e um motivo para reafirmações do valor português contra um pano de fundo ideológico positivista, agregando diferentes segmentos da sociedade, como foi sintetizado nas notícias dos jornais: "O Centenário de Camões neste momento histórico, e nesta crise dos espíritos tem a significação de uma revivescência nacional"... "É sublime o acordo entre as conclusões científicas das mais elevadas inteligências da Europa e a intuição da alma popular que encontram em Camões o representante duma literatura inteira e a síntese da nacionalidade"... "Todas as forças vivas da nação se aliavam nesse grande preito à memória do homem cuja alma foi a síntese grandiosa da alma portuguesa". Sugestivamente, o comité organizador das festividades intitulou-se "Comité de Salvação Pública". Diversos estudos críticos vieram a luz no momento, incluindo estrangeiros, e a festa nas ruas atraiu enorme público. O tricentenário foi comemorado no Brasil com entusiasmo semelhante, com publicação de estudos e cerimónias em muitas cidades, transbordando os círculos intelectuais, e tornou-se um pretexto para o estreitamento das relações entre os dois países. Em vários outros países a data foi noticiada e comemorada.

Durante o Estado Novo essa ideologia não foi muito modificada na essência, mas sim na forma de interpretação. O vate e a sua obra-prima tornaram-se instrumentos propagandísticos de consolidação do Estado e passou-se a divulgar então uma ideia de que Camões era não apenas um símbolo nacional, mas um símbolo cujo significado era tão particular à sensibilidade portuguesa que só poderia ser compreendido pelos próprios portugueses. A ironia é que essa abordagem gerou efeitos contrários imprevistos, e aquele mesmo Estado, especialmente após a II Guerra Mundial, queixava-se de que a comunidade internacional não entendia Portugal.

Três anos depois da Revolução de abril de 1974 Camões foi associado publicamente às comunidades portuguesas de além-mar, tornando-se a data de sua morte o "Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas", no intuito de dissolver a imagem de Portugal como um país colonizador e se criar um novo senso de identidade nacional que englobasse os muitos emigrantes portugueses espalhados pelo mundo. Essa nova ideologia foi reafirmada nos anos 80 com a publicação deCamões e a Identidade Nacional, um volume elaborado pela Imprensa Nacional contendo declarações de importantes figuras públicas da nação. A sua condição de símbolo nacional permanece nos dias de hoje e outra evidência do seu poder como tal foi a transformação, em 1992, do Instituto de Língua e Cultura Portuguesa em Instituto Camões, que passou da administração do Ministério da Educação para a do Ministério dos Negócios Estrangeiros.[151] Tendo influenciado a evolução da literatura portuguesa desde o século XVII, Camões continua a ser uma referência para muitos escritores contemporâneos, tanto em termos de forma e conteúdo como se tornando ele mesmo um personagem em outras produções literárias e dramatúrgicas. Vasco Graça Moura considera-o o maior vulto de toda a história portuguesa, por ter sido o fundador da língua portuguesa moderna, por ter como ninguém compreendido as grandes tendências do seu tempo, e por ter conseguido dar forma, através da palavra, a um senso de identidade nacional e erguer-se à condição de símbolo dessa identidade, transmitindo uma mensagem que se mantém viva e atual. Como afirmou Ramos,"O nome do poeta surge como um símbolo da união do mundo lusófono. Nesta medida, ganha lugar de destaque a acção exercida pelo Instituto Camões que, em Portugal tal como no estrangeiro, mantém vivo o nome desta figura ímpar e sublinha o elo que a une a outras personalidades nossas contemporâneas. O simples vínculo do nome de Camões a autores consagrados da língua portuguesa, como Miguel Torga, Vergílio Ferreira, José Saramago, Eduardo Lourenço e Sophia de Mello Breyner Andresen incentiva, por sua vez, os mais curiosos a informarem-se sobre o poeta que dá nome ao Prémio (Prémio Camões) outorgado todos os anos desde 1989

CINEMA PORTUGUÊS - «LISBOA, CRÓNICA ANEDÓTICA» - VIDEO 1


«Lisboa, Crónica Anedótica», é um clássico do cinema mudo português. Realizado por Leitão de Barros, o filme estreou-se a 1 de Abril de 1930, no Cinema S. Luíz. O filme retrata uma série de episódios seguidos da vida Lisboeta. As várias figuras profissionais do bulício da cidade do ardina, ao polícia, ao militar. Os estudos e o lazer dos alunos. As docas e a faina. Os bairros populares, os monumentos e praças do Comércio e Figueira. O trânsito em Lisboa. As actividades domingueiras, os desportos, os turistas. Os velhos e as crianças, símbolos do fim e início de um ciclo de vida. Para interpretar o filme, Leitão de Barros foi buscar os nomes mais consagrados do teatro português, tais como: Adelina Abranches; Nascimento Fernandes; Chaby Pinheiro; Irene Isidro; Alves da Cunha; Costinha; Vasco Santana; Estêvão Amarante; Beatriz Costa; Erico Braga; Luísa Durão; Ester Leão; Teresa Gomes, entre muitos outros.

Para um dia bem disposto

Na sala de aula, a professora estava a questionar os alunos, para testar a educação e inteligência de cada um. Chegou então a vez do Zézinho que era de todos o mais bem educado e inteligênte e do Joãozinho, de todos o mais mal educado mas tambem muito inteligênte.
Diz então a professora dirigindo-se ao Zézinho.
-Menino Zézinho, diga lá uma frase começada por C.
O Zézinho pensou e ia para dizer quando o Joãozinho lhe dizia ao ouvido.
-Começa por Ca...........lho, diz ca................lho.
O Zézinho esperou um pouco mas disse.
-Cão que ladra não morde.
A professora diz- Sim senhora Zézinho, é um proverbio dito com educação e inteligêcia da tua parte.
E virando-se para o Joãozinho repetiu.
-E agora tu Joãozinho, diz uma frase que começe porrrr...........A.
O João pensou, pensou e pensou mas estava a pensar que palavra mal educada começada por A seria dificil ,quando de repente se saiu com esta.
-Já sei professora. ANÃO
-Muito bem Joãozinho.  Diz a professora um pouco admirada. -Mas nao fazes uma frase completa?
Diz o Joãzinho
-Anão, mas com uns grandes c..h..ões.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Pão alentejano

Pão alentejano
Um enfermeiro do Hospital de Santa Maria, estava namorando uma médica e ela ficou grávida!
Ele, não querendo que sua mulher soubesse,  disse-lhe para pedir a  transferência para Évora.
- Como te aviso quando o bebe nascer?
- Manda um postal e escreve só "Pão alentejano".
Passaram-se alguns meses e, um dia, quando o enfermeiro chegou a casa, a esposa disse-lhe:
- Recebeste um postal de Évora e eu não consigo entender o significado da mensagem.
Ele leu o postal e caiu no chão com um violento ataque cardíaco. Foi levado imediatamente para as urgências.
O cardiologista perguntou à esposa:
- Aconteceu alguma coisa que possa ter causado o ataque?
- Não! Ele apenas leu este cartão postal que diz:
"Cinco pães alentejanos: Três com chouriço e dois sem" .

Reflexão do dia

Espanha pede ajuda à União Europeia por causa dos pepinos - Já Portugal
pediu ajuda à União Europeia por causa de uns nabos...

Michelangelo Merisi da Caravaggio - HCA

CARAVAGGIO

Baco / 1593-94      


Michelangelo Merisi da Caravaggio nasceu em 1571, Caravaggio, Itália. Não era propriamente genial como pessoa; era um jovem de temperamento violento, arruaceiro, mente instável, de muitas bebedeiras, dívidas, amigos duvidosos, várias prisões, uma acusação de assassinato no jogo da péla. Era um frequentador do submundo.
Caravaggio foi o mais original e influente pintor italiano do século XVII. Recrutava seus modelos nas ruas e os pintava à noite, entre luzes e sombras. Eram telas com fortes contrastes, jovens com caras viciadas, bêbados, gente de toda a espécie se entrelaçando em suas telas.
Caravaggio era filho de um arquiteto, que morreu ainda quando o pintor era criança. Sua mãe morreu quando ele era ainda jovem. No início de sua carreira, ao viajar para Roma, Veneza, Roma, Cremona e Milão Caravaggio já era um órfão endividado.
Seus primeiros trabalhos foram marcados por retratos inigmáticos. Seu autoretrato como Baco (1593/1594), também exibe um extraordinário talento para natureza morta.

Pequeno Baco doente


Com muitos trabalhos em Roma, Caravaggio levou para as telas a vulgaridade humana, exibida nas suas figuras de vestes surradas e sujas e nos seus rostos maltratados.
Em seu quadro, A Morte da Virgem Maria pintou imagens sem gloria e sem o esperado explendor causando enorme desconforto e rejeição da igreja. Seria uma encomenda destinada a Igreja de Santa Maria de La Scalla. Cogitou-se que a modelo requisitada para a obra teria sido uma cortesã de vestido vermelho e que, pelo seu ventre inchado, já estaria morta.
Durante muito tempo foi considerado indigno para participar de exposições, igrejas e salões da nobreza. Era chamado pelos seus contemporâneos de anticristo da pintura, de artista pé sujo. Requisitava as prostitutas e mendigos para seus modelos de santos; os apóstolos em trajes velhos e sujos, ou ainda representar os momentos da história cristã como fato simples do cotidiano foram alguns dos pecados de Caravaggio. Assim mesmo sua obra foi tocada pela anormalidade do gênio, criativa e desesperada.
Caravaggio ainda trabalhou em obras religiosas, O Sepultamento, A Virgem de Loreto, A Virgem dos Palafreneiros e A Morte da Virgem. As duas últimas recusadas, por incorreção teológica.
Ao romper com as representações sacras, deixa o caráter celestial, de personagens sagrados e volta a retratar o cotidiano mundano, com fundos escuros, valendo-se de sua técnica claro-escuro na qual foi mestre.
Duas fases se distinguem em sua carreira: um primeiro período 'experimental' 1592 / 1599 e um período de maturidade (1599 / 1606). Suas primeiras obras foram pequenas figurações de temas não dramáticos, como naturezas-mortas, figuras de meio corpo como O rapaz com uma cesta de frutas, Florença, O jovem Baco. Mais tarde suas figuras tornaram-se mais articuladas, com cores mais ricas, com sombras acentuadas, como na Ceia de Emaús.
O segundo período, o da maturidade, Caravaggio iniciou com uma encomenda para a Capela de Contarelli. Desenvolvendo uma ação dramática de composição, com maestria no uso das tintas que com muito esforço foram conseguidas (vista num estudo através de raios-X), esta obra, o retábulo que representava São Mateus e o Anjo foi rejeitado por ser considerada indecoroso, mas comprada mais tarde pelo Marquês Vincenzo Giustiniani, um dos mais importantes mecenas de Roma, que também pagou pelo retábulo substituto.
No período em que fugiu de Roma - em 1606 -, passando os 4 últimos anos de sua vida perambulando de Nápoles para Malta e Sicília, continuou a pintar obras religiosas, mas com um novo estilo, buscando apenas o essencial: poucas cores, tinta aplicada em finas camadas e o drama das obras anteriores, substituídas por um silêncio contemplativo.
Sua atividade não foi longa, mas foi intensa. Caravaggio apareceu numa época em que o realismo não estava tão em moda, em que as figuras eram retratadas de acordo com as convenções e os costumes, mais romantismo e graciosidade do que as exigências da verdade, fazendo com que o belo perdesse seu valor.
O interesse por Caravaggio declinou no séc XVIII, mas voltou à baila na metade do séc XIX onde todos viam em sua pintura uma rejeição à beleza e a busca pelo horror, à feiura e ao pecado.
Teve uma morte prematura aos 39 anos e morreu tão miseravelmente quanto viveu, colocado numa cama, sem ajuda , sem amigos. Morreu de malária, em 1610, em Porto Ercóle, Itália.


CARAVAGGISTI


Era a denominação dada a pintores do início do séc XVII que imitaram o estilo de Caravaggio. O uso do claro e escuro para conseguirem mais dramaticidade e realismo. Estes exerceram muita influência em Roma no princípio do séc XVII. O Caravaggisti foi um fenômeno de grande importância, o mundo talvez não tivesse um Rembrandt, um Delacroix, um Manet, Rubens ou Velazquez se não fosse a influência de Caravaggio.

Ceia em Emaús

Crucificação de São Pedro


O enterro de Cristo

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Informação GAVE -Exame 12º Ano - História

Informação GAVE -Exame

1. Introdução



O presente documento visa divulgar as características da prova de exame nacional do Ensino Secundário da disciplina de História A, a realizar em 2011 pelos alunos que se encontram abrangidos pelos planos de estudo instituídos pelo Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março, rectificado pela Declaração de Rectificação n.º 44/2004, de 25 de Maio.Devem ainda ser tidos em consideração a Portaria n.º 550-D/2004, de 21 de Maio, com asalterações introduzidas pelas Portarias n.º 259/2006, de 14 de Março, e n.º 1322/2007, de 4 de Outubro, e o Decreto-Lei n.º 24/2006, de 6 de Fevereiro, com as rectificações constantes da Declaração de Rectificação n.º 23/2006, de 7 de Abril.
A prova de exame nacional a que esta informação se refere incide nos conhecimentos e nas competências enunciados no Programa de História A, homologado por despacho ministerial, de acordo com o n.º 3 do art.º 2.º do Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março. As informações sobre o exame apresentadas neste documento não dispensam a consulta da legislação referida e do Programa da disciplina.
O presente documento dá a conhecer os seguintes aspectos relativos à prova de exame:
• o objecto de avaliação;
• as características e a estrutura;
• os critérios de classificação;
• o material;
• a duração.
A avaliação sumativa externa, realizada através de uma prova escrita de duração limitada, só permite avaliar parte dos conhecimentos e das competências enunciados no Programa. A resolução da prova pode implicar a mobilização de aprendizagens inscritas no Programa, mas não expressas no objecto de avaliação identificado no ponto 2 deste documento.
As provas de exame desta disciplina realizadas nas duas fases dos exames nacionais de 2009 e 2010 estão disponíveis em www.gave.min-edu.pt e exemplificam, de um modo geral, os tipos de itens das provas a realizar em 2011. Este documento deve ser dado a conhecer aos alunos e com eles deve ser analisado, para que fiquem devidamente informados sobre a prova de exame nacional que irão realizar. Importa ainda referir que, nas provas de exame desta disciplina, o grau de exigência decorrente do enunciado dos itens e o grau de aprofundamento evidenciado nos critérios de classificação estão balizados pelo Programa, em adequação ao nível de ensino a que o exame diz respeito.


2. Objecto de avaliação


A prova tem por referência o Programa do 12.º ano de História A.
A prova permite avaliar as competências e os conteúdos a elas associados passíveis de avaliação numa prova escrita de duração limitada, a saber:


Competências


• Analisa fontes de natureza diversa, distinguindo informação explícita e implícita, assim como os respectivos limites para o conhecimento do passado;
• Analisa textos historiográficos, identificando a opinião do autor e tomando-a como uma interpretação susceptível de revisão, em função dos avanços historiográficos;
• Situa cronológica e espacialmente acontecimentos e processos relevantes, relacionando-os com os contextos em que ocorreram;
• Identifica a multiplicidade de factores e a relevância da acção de indivíduos ou grupos,relativamente a fenómenos históricos circunscritos no tempo e no espaço;
• Situa e caracteriza aspectos relevantes da história de Portugal, europeia e mundial;
• Relaciona a história de Portugal com a história europeia e mundial, distinguindo articulações dinâmicas e analogias/especificidades, quer de natureza temática, quer de âmbito cronológico, regional ou local;
• Elabora e comunica, com correcção linguística, sínteses de assuntos estudados:
— estabelecendo os seus traços definidores;
— distinguindo situações de ruptura e de continuidade;
— utilizando, de forma adequada, terminologia específica.
Conteúdos
Relativamente aos conteúdos, o Programa da disciplina acentua a importância da história de Portugal e da história contemporânea na formação do aluno — sublinhada nas aprendizagens estruturantes e na orientação fixada para cada módulo — e define globalmente uma orientação metodológica que implica a progressiva construção do saber histórico.
A prova incide nos conteúdos de aprofundamento e nos conceitos estruturantes fixados nos módulos do último ano curricular do programa de História A. Poderão ser requeridas articulações entre estes conteúdos e estes conceitos e os restantes sempre que a orientação fixada nos módulos e as aprendizagens estruturantes o exijam. Assim, são objecto de avaliação os conteúdos de aprofundamento dos módulos 7, 8 e9 (12.º ano), do Programa de História A, abaixo identificados a negrito.


Módulo 7 — CRISES, EMBATES IDEOLÓGICOS E MUTAÇÕES CULTURAIS NA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX
1. As transformações das primeiras décadas do século XX
1.1. Um novo equilíbrio global
• A geografi a política após a Primeira Guerra Mundial. A Sociedade das Nações.
• A difícil recuperação económica da Europa e a dependência em relação aos Estados Unidos.
1.2. A implantação do marxismo-leninismo na Rússia: a construção do modelo soviético.
1.3. A regressão do demoliberalismo
• O impacto do socialismo revolucionário; difi culdades económicas e radicalização dos movimentos sociais; emergência de autoritarismos.
1.4. Mutações nos comportamentos e na cultura
• As transformações da vida urbana e a nova sociabilidade; a crise dos valores tradicionais; os movimentos feministas.
• A descrença no pensamento positivista e as novas concepções científicas.
• As vanguardas: rupturas com os cânones das artes e da literatura.
1.5. Portugal no primeiro pós-guerra
• As dificuldades económicas e a instabilidade política e social; a falência da 1.ª República.
• Tendências culturais: entre o naturalismo e as vanguardas.
2. O agudizar das tensões políticas e sociais a partir dos anos 30
2.1. A grande depressão e o seu impacto social.
2.2. As opções totalitárias
• Os fascismos, teoria e práticas: uma nova ordem nacionalista, antiliberal e anti--socialista; elites e enquadramento das massas; o culto da força e da violência e a negação dos direitos humanos; a autarcia como modelo económico.
• O estalinismo: planifi cação da economia, colectivização dos campos, burocratização do partido; repressão.
2.3. A resistência das democracias liberais
• O intervencionismo do Estado.
• Os governos de Frente Popular e a mobilização dos cidadãos.
2.4. A dimensão social e política da cultura
• A cultura de massas e o desejo de evasão; os grandes entretenimentos colectivos; os media, veículo de modelos socioculturais.
• As preocupações sociais na literatura e na arte; o funcionalismo e o urbanismo.
• A cultura e o desporto ao serviço dos Estados.
2.5. Portugal: o Estado Novo
• O triunfo das forças conservadoras; a progressiva adopção do modelo fascista italiano nas instituições e no imaginário político.
• Uma economia submetida aos imperativos políticos: prioridade à estabilidade financeira; defesa da ruralidade; obras públicas e condicionamento industrial; a corporativização dos sindicatos. A política colonial.
• O projecto cultural do regime.
3. A degradação do ambiente internacional
• A irradiação do fascismo no mundo.
• As hesitações face à Guerra Civil de Espanha; a aliança contra o imperialismo do eixo nazi-fascista; a mundialização do conflito.
Módulo 8 — PORTUGAL E O MUNDO DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL AO INÍCIO DA DÉCADA DE 80 — OPÇÕES INTERNAS E CONTEXTO INTERNACIONAL
1. Nascimento e afirmação de um novo quadro geopolítico
1.1. A reconstrução do pós-guerra
• A definição de áreas de infl uência; a Organização das Nações Unidas; as novas regras da economia internacional. A primeira vaga de desco lo ni zações.
1.2. O tempo da Guerra Fria — a consolidação de um mundo bipolar
• O mundo capitalista: a política de alianças liderada pelos EUA; a prosperidade económica e a sociedade de consumo; a afi rmação do Estado-providência.
• O mundo comunista: o expansionismo soviético; opções e realizações da economia de direcção central.
• A escalada armamentista e o início da era espacial.
1.3. A afirmação de novas potências
• O rápido crescimento do Japão; o afastamento da China do bloco soviético; a ascensão da Europa.
• A política de não-alinhamento; a segunda vaga de descolonizações.
1.4. O termo da prosperidade económica: origens e efeitos.
2. Portugal do autoritarismo à democracia
2.1. Imobilismo político e crescimento económico do pós-guerra a 1974
• Estagnação do mundo rural; emigração. Surto industrial e urbano; fomento económico nas colónias.
• A radicalização das oposições e o sobressalto político de 1958; a questão colonial
— soluções preconizadas, luta armada, isolamento internacional.
• A “primavera marcelista”: reformismo político não sustentado; o impacto da guerra colonial.
2.2. Da Revolução à estabilização da democracia.
• O Movimento das Forças Armadas e a eclosão da Revolução.
• Desmantelamento das estruturas de suporte do Estado Novo; tensões político-
-ideológicas na sociedade e no interior do movimento revolu cionário; política económica anti-monopolista e intervenção do Estado nos domínios económico e financeiro. A opção constitucional de 1976.
• O reconhecimento dos movimentos nacionalistas e o processo de descolonização.
• A revisão constitucional de 1982 e o funcionamento das instituições democráticas.
2.3. O significado internacional da revolução portuguesa.
3. As transformações sociais e culturais do terceiro quartel do século XX
• A importância dos pólos culturais anglo-americanos. A refl exão sobre a condição humana nas artes e nas letras. O progresso científi co e a inovação tecnológica.
• A evolução dos media: os novos centros de produção cinematográfi ca; o impacto da TV e da música no quotidiano; a hegemonia de hábitos socioculturais norte-americanos.
• Alterações na estrutura social e nos comportamentos: a terciarização da sociedade; os anos 60 e a gestação de uma nova mentalidade — procura de novos referentes ideológicos, contestação juvenil, afirmação dos direitos da mulher.
Módulo 9 — ALTERAÇÕES GEOESTRATÉGICAS, TENSÕES POLÍTICAS ETRANSFORMAÇÕES SOCIOCULTURAIS NO MUNDO ACTUAL
1. O fim do sistema internacional da Guerra Fria e a persistência da dicotomia Norte-Sul
1.1. O colapso do bloco soviético e a reorganização do mapa político da Europa de Leste. Os problemas da transição para a economia de mercado.
1.2. Os pólos do desenvolvimento económico
• Hegemonia dos Estados Unidos: supremacia militar, prosperidade económica, dinamismo científi co e tecnológico,
• Consolidação da comunidade europeia; integração das novas democracias da Europa do Sul; a União Europeia e as difi culdades na constituição de uma Europa política.
• Afirmação do espaço económico da Ásia-Pacífico; a questão de Timor.
• Modernização e abertura da China à economia de mercado; a integração de Hong-Kong e de Macau.
1.3. Permanência de focos de tensão em regiões periféricas
• Degradação das condições de existência na África subsaariana; etnias e Estados.
• Descolagem contida e endividamento externo na América latina; ditaduras e movimentos de guerrilha; a expansão das democracias.
• Nacionalismo e confrontos políticos e religiosos no Médio Oriente e nos Balcãs.
2. A viragem para uma outra era
2.1. Mutações sociopolíticas e novo modelo económico
• O debate do Estado-Nação; a explosão das realidades étnicas; as questões transnacionais: migrações, segurança, ambiente.
• Afirmação do neoliberalismo e globalização da economia. Rarefacção da classe operária; declínio da militância política e do sindicalismo.
2.2. Dimensões da ciência e da cultura no contexto da globalização
• Primado da ciência e da inovação tecnológica; revolução da informação; ciência e desafios éticos; declínio das vanguardas e pós-modernismo.
• Dinamismos socioculturais: revivescência do fervor religioso e perda de autoridade das Igrejas; individualismo moral e novas formas de associativismo; hegemonia da cultura urbana.
3. Portugal no novo quadro internacional
• A integração europeia e as suas implicações. As relações com os países lusófonos e com a área iberoamericana.

3. Caracterização da prova
A prova tem três grupos de itens.
Dois dos grupos têm por suporte documentos de natureza diversa (textos, imagens, dados quantitativos organizados em gráfico ou em quadro, mapas, ou outros). Estes documentos podem apresentar perspectivas diferentes e possibilitam o estabelecimento de inter-relações, em ordem ao esclarecimento de uma problemática decorrente de um ou mais módulos do Programa. O outro grupo tem por suporte um documento escrito longo, relacionado com diferentes rubricas de um ou mais módulos. Todos os itens da prova exigem a análise dos documentos apresentados e podem envolver a mobilização de aprendizagens relativas a mais do que um dos temas do Programa. A prova integra itens de construção de resposta restrita e um item de construção de respostaextensa. Os itens de resposta restrita, com cotação diferenciada de acordo com o tipo de tarefa solicitada, podem exigir ao examinando:
• a identificação da informação expressa nas fontes apresentadas;
• a explicitação do significado de elementos presentes nas fontes;
• o cotejo da informação recolhida nas diversas fontes;
• o esclarecimento da pertinência das fontes para os problemas levantados;
• a contextualização cronológica e espacial da informação contida nas fontes;
• o estabelecimento de relações entre a informação presente nas várias fontes e a problemática organizadora do conjunto;
• a mobilização de conhecimentos de realidades históricas estudadas para analisar fontes;
• outras tarefas, sempre em harmonia com as competências do Programa.
O item de resposta extensa, que exige uma resposta desenvolvida, apresenta tópicos de orientação temática e está integrado num dos grupos que têm por suporte documentos de natureza diversa. Este item solicita a síntese de aspectos relacionados com aprendizagens estruturantes do Programa, organizada em função dos tópicos, em articulação com as fontes apresentadas e com a problemática do grupo em que está inserido. No item de resposta extensa, podem ser requeridas tarefas análogas às descritas para os itens de resposta restrita.

Quem foi Louis Pasteur?



Louis Pasteur

Inventor do processo conhecido como pasteurização, o químico e biólogo francês Louis Pasteur realizou uma obra científica notável, que não só abriu novos caminhos aos estudos sobre a origem da vida como contribuiu de forma decisiva para a evolução da indústria. Contam-se entre suas realizações as pesquisas sobre doenças infecciosas, meios de contágio, prevenção e controle.

Louis Pasteur

Pasteur nasceu em 27 de dezembro de 1822, em Dole, Jura. Doutor em química e física pela École Normale Supérieure, de Paris, lecionou química na Universidade de Estrasburgo e em 1854 assumiu a cadeira de química da Universidade de Lille, onde também foi decano da faculdade de ciências.
Em sua primeira pesquisa importante, publicada em 1848, Pasteur associou a cristalografia, a química e a óptica e estabeleceu o paralelismo entre a forma exterior de um cristal, sua constituição molecular e sua ação sobre a luz polarizada. Ao estudar os cristais simétricos e dissimétricos, constatou que os produtos da natureza viva são dissimétricos e ativos sobre a luz polarizada, enquanto o contrário ocorre com os produtos de natureza mineral. Esse trabalho, que forneceu a base da estereoquímica, revelou a linha de demarcação entre o mundo orgânico e o mineral.
Entre 1857 e 1863, Pasteur interessou-se pelo estudo dos fermentos e descobriu que uma substância inativa torna-se ativa sob a influência de uma fermentação. Concluiu então que, se toda substância ativa provém da natureza viva, a fermentação é uma obra da vida. Analisou os processos de fermentação de diversas substâncias, entre elas o leite e o álcool, e constatou em definitivo que eram causados pela ação de microrganismos presentes no ar. Rejeitou, assim, a tradicional teoria da geração espontânea e concluiu que as substâncias não se alteram quando protegidas do contato com os microrganismos que impregnam o ar.
Ao pesquisar as alterações do vinho e da cerveja, descobriu que o vinho se transforma em vinagre sob a ação do fermento Mycoderma aceti. Para evitar a degeneração, criou o processo chamado pasteurização, que consiste em aquecer o líquido a 55o C, temperatura letal para a maioria dos microrganismos encontrados mas na qual se mantêm as propriedades da bebida. O processo de pasteurização passou a ser usado na conservação de cerveja, leite e outras substâncias (com temperaturas variáveis segundo sua natureza), e tornou-se de importância fundamental para a indústria de alimentos e bebidas fermentadas.
A partir de 1865, Pasteur voltou-se para o estudo das moléstias contagiosas, também causadas pela ação de microrganismos. Descobriu os agentes da pebrina, doença do bicho-da-seda que causava grandes prejuízos aos sericicultores franceses, e do carbúnculo hemático, doença infecciosa do gado e transmissível ao homem, contra a qual obteve imunidade mediante a inoculação de microrganismos com virulência atenuada.
Nos últimos anos de pesquisa, Pasteur obteve os mais importantes resultados de sua produção científica. Identificou a bactéria estafilococo como causadora da osteomielite e dos furúnculos, e a estreptococo, da infecção puerperal. Após 1889 produziu duas vacinas essenciais para proteger o homem de agentes patogênicos: contra a raiva ou hidrofobia, uma doença mortal, e contra a cólera das galinhas. Sua contribuição foi essencial na evolução da medicina preventiva, dos métodos cirúrgicos (com a prevenção das infecções), das técnicas de obstetrícia e dos hábitos de higiene.
O cientista fez carreira acadêmica brilhante. Membro da Academia das Ciências, da Academia de Medicina e da Academia Francesa, fundou e dirigiu em Paris o Instituto Pasteur que, criado em 1888 por subscrição internacional, se tornou um dos mais importantes centros mundiais de pesquisa científica. Pasteur foi um constante defensor da adoção de medidas profiláticas para evitar doenças contagiosas causadas por agentes externos e viu vitoriosas muitas de suas idéias antes de morrer em Saint-Cloud, nos arredores de Paris, em 28 de setembro de 1895.

O Amante .....excelente anedota!!!

O Amante .....excelente anedota!!!
O céu estava a ficar a abarrotar, então São Pedro resolveu fazer um decreto:
Para entrar no céu a pessoa deveria ter passado por um dia terrível no dia da sua morte'.

O decreto entrou em vigor imediatamente.
Então, quando a 1ª pessoa chegou, São Pedro perguntou:
- Como foi o seu dia, como é que você morreu?
- Já há muito tempo que eu andava desconfiado que a Minha mulher me punha os cornos...
Então, resolvi voltar para casa mais cedo e apanhá-la em flagrante.
Quando cheguei ao meu apartamento, que fica no 25º andar, minha mulher estava enrolada numa toalha, muito nervosa, e agindo de uma forma suspeita..
Comecei a procurar em todos os cantos da casa debaixo da cama, dentro do guarda-roupa, etc. mas não encontrei ninguém. Eu já estava para desistir de procurar, quando olhei para a varanda e vi um artista pendurado no corrimão.

Transtornado, peguei na vassoura e comecei a bater nas mão dele, até que ele se soltou e caiu do 25º andar. Mas por infelicidade minha, ele caiu sobre um toldo que amorteceu a queda e não morreu.
Fiquei com tanta raiva que peguei no que tinha de mais pesado dentro de casa, que era o frigorífico, e atirei-o em cima dele.
Só que eu emocionei-me tanto que tive um ataque do coração e morri.
-Realmente o seu dia foi terrível! disse São Pedro: pode entrar
Cinco minutos depois chegou o 2º candidato à entrada ao céu.
E São Pedro perguntou:
- Como foi o seu dia, como é que você morreu?
- Bem, eu estava a fazer os meus exercícios diários na varanda do meu apartamento, no 26º andar, quando escorreguei e caí.
Por sorte, consegui segurar-me ao corrimão do apartamento abaixo do meu (25º andar).
Já estava quase a conseguir levantar-me, quando apareceu uma mulher enrolada numa toalha e um maluco começou a bater nas minhas mãos com um cabo de vassoura, então cai.
Mas como um toldo amorteceu a minha queda, não morri.
E lá estava eu todo dorido tentando levantar-me, quando o mesmo maluco atirou um frigorífico em cima de mim.

São Pedro começou a rir e disse:
- Já entendi tudo. Pode entrar.
Depois de mais cinco minutos, chegou o 3º candidato. E como de costume, São Pedro perguntou-lhe:
- Como foi o seu dia, como é que você morreu?
E o rapaz meio tonto respondeu:
- Olhe, o senhor nem vai acreditar... eu estava todo nu dentro de um frigorífico, e até agora não percebi o que me aconteceu.


Mãe é mãe!

A Maria, jovem esposa desesperada, vai ao psicanalista:
- Ai, doutor, eu não aguento mais.. Apesar de todos os meus esforços, o meu marido não me liga nenhuma. Desde que nos casamos, ele só fala na mãe, na mãe, na mãe. É como se eu não existisse.
- Já experimentou preparar um jantar especial?
- Já. E não adiantou nada!
- Ouça, tenho uma ideia. Se há um domínio onde a sua sogra não pode rivalizar, é na cama. Esta noite vista lingerie preta. Cuequinhas pretas. A cor preta é muito sexy e muito excitante, incluindo uma cinta de ligas negras também... Ele não vai resistir!
A Maria seguiu à risca o plano, sem esquecer nenhum detalhe. De facto, nunca estivera tão sexy e voluptuosa..
Chega o Jaquim a casa, arregala os olhos e diz:
- Mariaaaa, estás toda de preto...!!! Aconteceu alguma coisa à minha mãe??!!


Mãe é mãe!

Uma mãe caminhava com a minha filha de 4 anos, quando ela apanhou qualquer coisa do chão e ia pôr na boca. Ralhou com ela e disse-lhe para nunca fazer isso.
- Mas porquê? Perguntou ela.
Respondeu que se estava no chão estava sujo e cheio de micróbios. Nesse momento, a  filha olhou-a com admiração e perguntou:
- Mãe, como é que sabes tudo isso? És tão inteligente...
Rapidamente a mãe reflectiu, e respondeu-lhe:
- Todas as mães sabem estas coisas. Quando alguém quer ser mãe, tem que fazer um teste e tem que saber todas estas coisas, se não, não pode ser mãe.
Caminharam em silêncio cerca de 2, 3 minutos. A mãe viu que ela pensava ainda sobre o assunto e, de repente, disse a filha:
- Ah, já percebi. Se não tivesses passado o teste, tu eras o pai!...
- Exactamente! Respondeu a mãe com um grande sorriso na boca.

Historiador: Franco mandou matar general para garantir golpe


A possibilidade de Francisco Franco ter ordenado o assassinato de um general para assegurar seu golpe de Estado em julho de 1936 revela uma imagem maquiavélica do ditador, capaz de tudo para conseguir seus objetivos, afirma o historiador Ángel Viñas, que acaba de publicar um livro sobre o assunto. Foi "um assassinato, planificado com premeditação e aleivosia, impecavelmente executado", escreve Viñas em "La conspiración del general Franco" (A conspiração do general Franco, na tradução livre).
O general, morto com um tiro no estômago em 16 de julho de 1936, era Amado Balmes, governador militar da ilha Grande Canária, no oceano Atlântico, e o crime teria sido cometido para assegurar a lealdade das tropas do arquipélago e garantir que Franco pudesse viajar de avião para a região para liderar a rebelião de 18 de julho. "Franco matava dois pássaros com um tiro", afirma Viñas, na qual revela o que o levou a tirar essas conclusões, que se opõem à versão oficial de que Balmes teria morrido acidentalmente quando tentava desentupir uma pistola.
Segundo ele, para "um general especialista em armas", morrer assim seria uma estupidez. As suspeitas foram tomando forma quando Viñas consultou as memórias do juiz militar que instruiu as diligências da morte de Balmes, nas quais "se advertem para diversas informações sem sentido e que parecem ser falsas em muitos aspectos".
Viñas, catedrático da Universidade Complutense de Madrid e ex- diplomata, conta que tentou provar sua teoria quando investigou nas ilhas Canárias o papel desempenhado pela diplomacia e pelos serviços secretos britânicos na Guerra Civil (1936-1939), outro dos temas que aborda com detalhes no livro. "Queria desentranhar por que a Grã-Bretanha se comportou daquela forma com a República espanhola durante a Guerra Civil, não de uma maneira neutra, mas em uma situação de franca hostilidade", diz Viñas.
O historiador também aborda o "Dragon Rapide", o avião De Havilland DH.89 que levaria Franco ao Marrocos e que, como ressalta o autor, "era claramente uma questão britânica", pois a operação, embora financiada pelos conspiradores espanhóis, contava com a anuência de Londres. Outro fato que levou o historiador a pôr em dúvida tudo o que a historiografia franquista tinha contado sobre a morte do general foi uma conversa de maio de 1936 entre o militar e o próprio Franco, da qual um dos ajudantes de Balmes foi testemunha.
O ditador "tinha um calendário muito apertado para participar do golpe e não podia perder tempo verificando se Balmes se somaria ou não à revolta militar", revelou. Finalmente, a desculpa de participar do sepultamento de Balmes em 17 de julho permitiu a Franco abordar "oportunamente" o "Dragon Rapide" em 18 de julho e chegar a tempo ao Marrocos para dar início ao golpe militar que desencadearia na Guerra Civil.
Este episódio mostra "a imagem de um Franco maquiavélico, de um homem difícil de entender e interpretar", diz Viñas, que acredita que algum dia poderão ser encontrados os documentos que provam as suspeitas apresentadas em seu livro.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Um sonho é um sonho

Afinal quem é idiota?

Conta-se que numa cidade do interior um grupo de pessoas divertia-se com o idiota da aldeia. Um pobre coitado, de pouca inteligência, vivia de pequenos biscates e esmolas.

Diariamente eles chamavam o idiota ao bar onde se reuniam e ofereciam-lhe a escolha entre duas moedas: uma grande de 400 REIS e outra menor de 2.000 REIS. Ele sempre escolhia a maior e menos valiosa, o que era motivo de gozo para todos.

Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e perguntou-lhe se ainda não tinha percebido que a moeda maior valia menos.

- Eu sei, respondeu o tolo. "Ela vale cinco vezes menos, mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou mais ganhar a minha moeda”.

Podem-se tirar várias conclusões desta pequena narrativa.

A primeira: Quem parece idiota, nem sempre é.
A segunda: Quais eram os verdadeiros idiotas da história?
A terceira: Se você for ganancioso, acaba por estragar a sua fonte de rendimento.

Mas a conclusão mais interessante é: A percepção de que podemos estar bem, mesmo quando os outros não têm uma boa opinião a nosso respeito.

O maior prazer dum homem inteligente é armar-se em idiota diante de um idiota que se arma em inteligente.


segunda-feira, 6 de junho de 2011

Villas Miseria: Este é o mundo em que vivemos


Este é o mundo em que vivemos, o real e construído por todos nós, nem que seja, na hipocrisia de virar a cara para o lado, ou quando uma parte do mundo come até não lhe apetecer mais, comenta - Mas porque é que dão isto à hora de jantar?

A breve apresentação do documentário em baixo, é narrado pelo actor José Coronado, que tem passado no Canal Odisseia.
É a mais excelente e atroz visão da sociedade cada vez mais hiper-desigual em que vivemos, fruto da corrupta mente humana.
O indivíduo isolado, pode atingir níveis de ética, respeito e em última análise, até de compaixão.
Mas em grupo, o homem, é o pior bicho à face da terra. Ele compete e maximiza de toda a forma que lhe seja possível, a vantagem, seja dinheiro, poder ou status e estas misturadas entre si.

Quando na parte do mundo da abundância as pessoas conformam-se de que sempre houve pobreza e riqueza, na outra parte e cada vez maior, a parte da carência, apenas sonham em ter os problemas, dos que vivem na parte da abundância; vou comprar um Nokia ou um Samsung, Peugeot ou Renault, vou comer carne ou peixe ...?
Quando se diz que se está cheio de problemas, há-que contemporizar e reflectir, mas qual é o verdadeiro problema?

O trailer do documentário "Villas Miseria", trata de pessoas reais, vai a Buenos Aires - Argentina, Calcutá - Índia e a Nairobi - Quénia, dando uma pequena amostragem da incapacidade do ser humano em organizar recursos vs. condições dignas de vida.