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sexta-feira, 29 de julho de 2011

Ouro azul: A guerra mundial pela água 4/7

Ouro azul: A guerra mundial pela água 3/7

Ouro azul: A guerra mundial pela água 2/7

Ouro azul: A guerra mundial pela água 1/7


Documentário sobre as atuais e futuras Guerras Mundiais por Água. Mostra como a água mundialmente está sendo mal gerida, esgotada e poluída.A falta de água em muitos países do mundo devido a manipulação e corrupção por parte dos Governos, administrações locais e, claro, as corporações multinacionais de Água.As constantes lutas entre o povo e os altos poderes económicos e governamentais.As Guerras e revoluções diárias por uma fonte de vida de todos os seres humanos e seres vivos deste planeta.

Candidatura Portuguesa Mundial Parapente 2013

Depois dos juízes, advogados apanhados a copiar - Sociedade - PUBLICO.PT

Depois dos juízes, advogados apanhados a copiar - Sociedade - PUBLICO.PT

António Feio deixou-nos há um ano

Inauguração da travessia ferroviária na Ponte 25 de Abril, em Lisboa. O comboio da Fertagus faz a ligação entre Lisboa e Setúbal, num total de 54 quil


A 29 de Julho de 1999 foi inaugurada a travessia ferroviária na Ponte 25 de Abril, em Lisboa.

A 29 de julho de 1981, o Príncipe de Gales e Lady Diana casam-se, na Catedral de São Paulo

A 29 de julho de 1981, o Príncipe de Gales e Lady Diana casam-se, na Catedral de São Paulo

Anthony Quinn e Mikis Theodorakis - 2000 Reunião em Munique.

Tributo a Vincent Van Gogh

29 DE JULHO - AS HISTÓRIAS DESTE DIA



DESCRIÇÃO O casamento real de Carlos e Diana. A Inglaterra derrota a Invencível Armada espanhola. Inauguração do Arco do Triunfo, em Paris. Assinada a I Convenção de Genebra. Nasceram Alexis de Tocqueville e Mikis Teodorakis. Os Doors e "Light my fire".

Principais acontecimentos registados no dia 29 de julho:



Principais acontecimentos registados no dia 29 de julho:



1803 -- É criada a Academia Real da Marinha e Comércio.

1808 -- Invasões Francesas. O Exército de Bonaparte, comandado por Loison, toma a cidade de Évora.

1854 -- É instituído o sistema de padrão ouro, em Portugal.

1856 -- Morre o compositor alemão Robert Schumann, 46 anos.

1861 -- Portugal declara-se neutral em relação à Guerra Civil Americana.

1886 -- O Governo português decreta a reorganização do ensino nos Liceus, definindo programas pedagógicos e melhorando o estatuto dos professores.

1890 -- Morre Vincent van Gogh, 37 anos, maior do pós-impressionismo, dois dias depois de ter atingido o próprio peito com um tiro de pistola.

1899 -- O Governo português aprova a Reforma da Contribuição Predial.

1925 -- Nasce o compositor grego Mikis Theodorakis.

1939 - Morre o médico, historiador e investigador português Ricardo Jorge, epidemiologista e higienista, dinamizador do Instituto Nacional de Higiene, atual Instituto Nacional de Saúde.

1940 -- II Guerra Mundial. Início da guerra-relâmpago ("blitzkrieg") da Alemanha nazi contra o Reino Unido.

1946 -- Começa, em Paris, a conferência das 21 nações aliadas, na II Guerra Mundial, para a elaboração dos tratados de paz.

1948 -- O general Norton de Matos candidata-se à Presidência da República Portuguesa, pela Oposição Democrática.

1957 -- É criada a Agência Internacional de Energia Atómica.

1967 - O incêndio a bordo do porta-aviões norte-americano Forrestal, ao largo do Vietname do Norte, causa a morte a mais de 130 pessoas.

1968 - Paulo VI sublinha a oposição da Igreja Católica Romana aos métodos artificiais para o controlo de nascimentos.

1969 -- Guerra Colonial. O Conselho de Segurança da ONU aprova a queixa da Zâmbia contra Portugal, pelos ataques aéreos a povoações na zona de fronteira.

1975 - A Organização dos Estados Americanos põe termo ao embargo a Cuba, imposto em 1964.

1976 - A Síria e a Organização de Libertação da Palestina assinam o acordo para o fim da guerra civil no Líbano.

1981 -- Casamento de Carlos e Diana de Gales, na catedral de S. Paulo, Londres.

1983 - Morre o ator britânico David Niven, 73 anos.

1984 - Começam, em Los Angeles, Califórnia, EUA, os XXIII Jogos Olímpicos da era moderna.

1991 -- Relatório da ONU denuncia a exploração do trabalho infantil no mundo, incluindo Portugal.

1993 - O escritor José Saramago recebe, em Londres, o Prémio de Ficção Estrangeira do jornal The Independent pelo romance "O Ano da Morte de Ricardo Reis".

1994 - O antigo primeiro-ministro socialista italiano Bettino Craxi e o ex-ministro da Justiça Claudio Martelli são condenados a penas de oito anos de prisão por corrupção.

1995 - Morre o ator, radialista e cantor português Fernando Curado Ribeiro, 76 anos.

1996 - O Departamento de Estado dos EUA embarga a exportação de carros de combate para a Indonésia.

1998 -- A Portugal Telecom adquire, por 500 milhões de dólares, o maior operador brasileiro de telemóveis.

1999 -- Inauguração da travessia ferroviária na Ponte 25 de Abril, em Lisboa. O comboio da Fertagus faz a ligação entre Lisboa e Setúbal, num total de 54 quilómetros de linha divididos por 14 estações.

2002 - Caças norte-americanos e britânicos bombardeiam um centro de comunicações, no sul do Iraque.

2004 - A Convenção Democrata confirma a candidatura de John Kerry à Presidência dos EUA.

2005 - É aprovada proposta para aumento da idade de reforma de 60 para 65 anos.

- Morre Francis Miroglio, 80 anos, compositor francês, pioneiro da música eletrónica.

2006 -- Morre Jorge Machado, 79 anos, chefe de orquestra e pianista.

2007 - O ciclista espanhol Alberto Contador (Discovery Channel) vence a Volta à França em bicicleta.

- O Iraque vence a Taça das Nações Asiáticas em futebol, ao bater a Arábia Saudita por 1-0. As celebrações da vitória do Iraque são ensombradas por dois atentados que provocam pelo menos sete mortos.

- A atleta Vanessa Fernandes conquista a quarta vitória da época, em etapas da Taça do Mundo de Triatlo, ao vencer em Salford, Inglaterra, a 10ª etapa do circuito internacional.

2008 - O conselho de administração do Teatro Nacional D. Maria II, presidido por Carlos Fragateiro, é "dissolvido" por despacho conjunto dos Ministérios da Cultura e das Finanças

- O Tribunal Constitucional declara inconstitucionais oito normas do Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma dos Açores, aprovado por unanimidade no Parlamento em junho

- Morre António Arnão Metelo, em Macau, vítima de doença prolongada. Foi vice-primeiro-ministro de Vasco Gonçalves entre 08 de agosto e 19 de setembro de 1975

- Morre o presidente da Fundação Bissaya Barreto, Nuno Viegas Nascimento, vítima de doença prolongada. Presidia ao conselho de administração da FBB desde 1981.

2010 - A Igreja Universal do Reino de Deus inaugura, no Porto, a primeira catedral construída de raiz em Portugal.

- A Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC) considera que não ficou demonstrado que a decisão da TVI de suspender o Jornal Nacional de Sexta tenha sido determinada por interferências políticas, mas sim por influência dos administradores da Media Capital.

- O ator António Feio morre, no Hospital da Luz, em Lisboa, onde estava internado. Tinha 55 anos.

- Morre, aos 92 anos, Bernie West, guionista e produtor de séries televisivas como "Família às Direitas" e "Jeffersons".

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Este é o ducentésimo décimo dia do ano. Faltam 155 dias para o termo de 2011.

Pensamento do dia: "Não há certeza alguma neste mundo e tanto basta para dar alforria ao espírito do homem". Ricardo Jorge (1858-1939), médico, cientista, historiador e investigador português.

O que é um chato»



Saiu a definição definitiva de chato:

- chato é aquele que, quando tá com tosse, em vez de ir ao médico, vai ao teatro!

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Noticiário da tarde (28/7/2011)

Marcel Duchamp

A 28 de Julho de 1887 nasce o artista plástico francês Marcel Duchamp


Artista francês, Marcel Duchamp nasceu em Blainville, França, a 28 de julho de 1887, e morreu em Nova York, EUA, em 2 de outubro de 1968. Irmão do pintor Jacques Villon (Gastón Duchamp) e do escultor Raymond Duchamp-Villon. Freqüentou em Paris a Academie Julian, onde pinta quadros impressionistas, segundo ele, "só para ver como eles faziam isso".
Em 1911-1912 suas obras "O rei e a rainha cercados de nus" e "Nu descendo uma escada" estão na confluência entre o Cubismo e o Futurismo. São quadros simultaneistas, análises do espaço e do movimento. Mas já se destacam pelos títulos, que Duchamp pretende incorporar ao espaço mental da obra.
Entre 1913-1915 elabora os "ready-made", isto é, objetos encontrados já prontos, às vezes acrescentando detalhes, outras vezes atribuindo-lhes títulos arbitrários. O caso mais célebre é o de "Fonte", urinol de louça enviado a uma exposição em Nova York e recusado pelo comitê de seleção. Os títulos são sugestivos ou irônicos, como "Um ruído secreto" ou "Farmácia". Detalhe acrescentado em um "ready-made" célebre: uma reprodução da Gioconda, de Leonardo da Vinci, com barbicha e bigodes.
Segundo o crítico e historiador de arte Giulio Carlo Argan, os "'ready-mades' podem ser lidos como gesto gratuito, como ato de protesto dessacralizante contra o conceito 'sacro' da 'obra de arte', mas também como vontade de aceitar na esfera da arte qualquer objeto 'finito', desde que seja designado como 'arte' pelo artista".
Esses "ready-mades" escondem, na verdade, uma crítica agressiva contra a noção comum de obra de arte. Com os títulos literários, Duchamp rebelou-se contra a "arte da retina", cujos significados eram só, segundo ele, impressões visuais. Duchamp declarou preferir ser influenciado pelos escritores (Mallarmé, Laforgue, Raymond Roussel) - e não pretendia criar objetos belos ou interessantes. A crítica da obra de arte se estendia à antítese bom gosto-mau gosto.
Entre 1915 e 1923 o artista dedicou-se à sua obra principal, "O grande vidro", pintura a óleo sobre uma placa de vidro duplo dividido em duas seções. A parte superior chamou de "A noiva desnudada pelos seus celibatários, mesmo"; e a inferior, "Moinho de chocolate". Toda a obra é um pseudomaquinismo: a "noiva" é um aparato mecânico, assim como os "celibatários". Contendo vários níveis de significação, várias hipóteses foram formuladas pela crítica para descobrir o sentido de sua complicada mitologia.
Para Giulio Carlo Argan, "O grande vidro" foi desenvolvido "em torno de significados erótico-místicos, joga com a transparência do espaço, com o significado alquímico e simbólico, com o conceito de 'andrógino', inato em todos os indivíduos".
Coincidir arte e vida Após "O grande vidro", Duchamp dedicou-se aos mecanismos ópticos - que chamou de "rotorrelevos". Em 1941 executa uma "caixa-maleta", contendo modelos reduzidos de suas obras, e, em 1943, a "Caixa verde", contendo fotos, desenhos, cálculos e notas.
A partir de 1957 vive em Nova York, dedicando-se à sua paixão pelo jogo de xadrez. Seu silêncio parece uma redução da capacidade inventiva, mas após sua morte descobre-se que o artista estivera trabalhando secretamente na construção de um "ambiente": um quarto fechado onde repousa uma figura em cera, cercada de vegetações. O ambiente só pode ser visto, por determinação do artista, por um orifício da porta.
A obra de Duchamp, reduzidíssima, foi menos obra do que uma atitude, um gesto crítico radical, mas em muitas declarações o artista recusou-se a ser visto como um destruidor. A atitude crítica de Duchamp ainda repercute, tantos anos depois de suas criações radicais.
Na opinião de Giulio Carlo Argan, "talvez a obra de Duchamp alquímica por excelência seja toda a sua vida, que serve de modelo para todas as novas vanguardas do segundo pós-guerra, do 'New Dada' às experiências de recuperação do corpo como expressão artística, na intenção de fazer coincidir arte e vida".

A 28 de Julho de 1446 são publicadas as Ordenações Afonsinas

As Ordenações Afonsinas, publicadas em 1446, durante o reinado de D. Afonso V, constituiam uma espécie de colectânea ou código de leis e outras fontes jurídicas e que reunia toda a legislação em vigor na altura. O facto de constituirem a primeira compilação oficial do direito do país, colocam as Ordenações Afonsinas numa posição destacada na história do direito português. Com a publicação das Ordenações Afonsinas, as leis tornaram-se uniformes para todo o país impedindo, desta forma, os abusos praticados pela nobreza no que respeita à sua interpretação, permitindo ao rei amplificar a sua política centralizadora.

A 28 de Julho é fundado o Mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra

Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra





O MOSTEIRO DE SANTA CRUZ é o mais importante monumento coimbrão, quer pelo 
seu valor artístico quer pela sua história. A sua fundação foi uma das primeiras 
afirmações materiais de poder daquele que primeiro haveria de cingir a coroa 
régia nacional, Afonso Henriques. 
A construção iniciou-se a 28 de Julho de 1131, no local onde existiam os "banhos 
régios", então ainda fora dos muros defensivos da cidade, e a duas escassas 
centenas de metros da fronteira portuguesa com as terras islâmicas: o Rio 
Mondego. Se a fundação foi régia, não deixou de ser importante a acção junto do 
jovem Príncipe do Arcediago D. Telo e do Mestre-Escola D. João Peculiar. Logo no 
ano seguinte, São Teotónio foi eleito prior da comunidade religiosa, que contava já, 
em 1132, com setenta e dois membros. 
O projecto e direcção das obras devem ter estado a cargo do Mestre Roberto que, 
anos depois, edificaria também a Sé. Roberto terá planeado uma igreja de nave 
única, mas excepcionalmente forte, com três capelas de cada lado, igualmente 
abobadadas, e com os eixos perpendiculares à nave, servindo assim de 
gigantescos contrafortes. A cabeceira era tríplice, sendo a ábside bastante maior 
que os absidíolos. No topo contrário ficava um nartex-torre-defensiva da largura e 
comprimento da nave e com dois andares. 
Em épocas sucessivas, o aspecto das diversas dependências foi sendo alterado 
profundamente, nomeadamente na época do priorado de D. Pedro Gavião, 
durante o reinado de D. Manuel I. Em 1507 depois da visita deste Monarca, quando 
se deslocou em peregrinação a Santiago de Compostela, o templo e as 
dependências monásticas foram completamente transformadas; as obras só 
terminaram no reinado de D. João 111. Durante os séculos XVII e XVIII, houve outros 
trabalhos, nunca parando em Santa Cruz a execução de benfeitorias. 

A actual fachada, feita entre 1507 e 1513, segue as linhas da época medieval. 
Igualmente no século XVI, entre 1522 e 1526, foi acrescentado o portal concebido 
por Diogo de Castilho, mas cuja obra escultórica foi deixada ao cuidado do grande 
escultor francês Nicolau Chanterene. Depois de 1530, foram acrescentadas as três 
esculturas que se encontram sobre a porta de entrada, ao nível do coro-alto, 
representando a Virgem, um Profeta e o Rei David; são da autoria de João de 
Ruão. 
Antecede a frontaria um belo arco triunfal, já do início do século XIX, cujo plano foi 
traçado por José do Couto. 
O interior da igreja é espaçoso, apesar de só ter uma nave. Sobre a entrada, erguese o coro-alto construído por Diogo de Castilho, em 1530, no qual se destaca a 
abóbada inferior de tipo estrelado. A decoração já inteiramente renascentista é da 
autoria de João de Ruão. O abobadamento geral do corpo da igreja e da capelamor só foi construído, entre 1507 e 1513, durante o priorado de D. Pedro Gavião, no 
tempo em que Boytac foi o mestre das obras do Mosteiro. 
Lateralmente, abrem-se diversas capelas quatrocentistas e quinhentistas, mas cujos 
arcos de entrada são já do século XVIII. A mais antiga é a dos Mártires de Marrocos, 
situada do lado direito, junto da sacristia nova, tendo sido mandada construir pelo 
faustoso Prior D. Gomes que, antes de vir para Coimbra, foi Prior da Abadia de 
Florença. É uma obra gótica tradicional e data de meados do século XV. 
Um dos grandes motivos de interesse da nave é o magnífico conjunto de azulejos 
historiados, barrocos e monocromáticos, em azul, de fabrico lisboeta do século XVIII. 
Os  da  parede  da  esquerda  são  alusivos  à  Santa  Cruz,  enquanto  os  do  lado  oposto 
têm por tema a Vida de Santo Agostinho. 
No f1anco esquerdo, junto à capela que comunica com o claustro, fica o púlpito, a 
mais notável obra de escultura deste género de todo o renascimento português, e 
que já na época causou espanto e admiração. Estruturalmente está ligado ao 
gótico, mas todos os seus elementos ornamentais mitológicos são renascentistas. 
Esculturas, baixos relevos, motivos ornamentais atingem um nível de execução 

nunca ultrapassado, e nos quais o seu autor demonstra um magnífico 
conhecimento da gramática estilística do século XV do Centro e Norte de Itália. 
Saiu das mãos de Nicolau Chanterene, que o executou em 1521, data inscrita numa 
cartela. 
(…) A capela-mor é coberta por uma abóbada da mesma estrutura, época e 
autoria das da nave, e possui um majestoso altar barroco de madeira, mas imitando 
mármore, e que é a matriz de um núcleo de obras afins existentes em Coimbra e no 
seu aro. A tela que fechava o camarim, que se conserva na sacristia, tem por tema 
a Exaltação da Cruz e é uma obra oitocentista da autoria de António José 
Gonçalves, que substituiu uma idêntica do século anterior. 
O principal motivo de interesse da cabeceira reside nos túmulos dos Reis. São duas 
obras complexas, nas quais trabalharam diversos artistas de muito mérito e, quer 
pela qualidade quer pelas dimensões, são  os mais importantes túmulos existentes 
em Portugal. A sua construção ficou a dever-se  à  iniciativa  de  D.  Manuel  I  que, 
quando da sua já referida passagem por Coimbra, não achou condignas de 
monarcas como D. Afonso Henriques e D. Sancho I as arcas tumulares em que os 
encontrou sepultados, então na parte baixa do nartex da igreja Porém, só dezasseis 
anos depois, se iniciaram as obras que culminaram na mais bela realização da 
tumulária nacional. Diogo de Castilho foi encarregado de pôr em prática o plano 
do seu irmão, o mestre régio João de Castilho e, em 1518, rumou do Mosteiro dos 
Jerónimos de Lisboa com a companha que faria a obra. A ele se deve a direcção; 
a Nicolau Chanterene as esculturas jacentes, as primeiras plenamente 
renascentistas feitas em Portugal; a Diogo Francisco, Pêro Anes, Diogo Fernandes e 
João Fernandes, além de outros cujos nomes desconhecemos, as esculturas e os 
elementos decorativos dos túmulos. Os três primeiros trabalharam com Nicolau 
Chanterene no portal axial dos Jerónimos, e o último com Diogo de Castilho, na: 
mesmas obras de Belém. Os túmulos estavam inicialmente nas paredes da nave, 
rodeados por grades altas, mas foram transferidos para onde agora estão, em 1535. 
(…) O claustro do silêncio foi construído, entre 1517 e 1522, sobre o casco de um 
anterior, provavelmente românico, tendo dirigido as suas obras o mestre régio 



Marcos Pires. Num dos ângulos da quadra central, fica a fonte de Paio Goterres, 
importante pelos ornamentos naturalistas. 
É de plano quadrangular, de cinco capelas por lado, completamente abobadado 
na zona baixa, segundo o tipo do gótico final. Os motivos decorativos estão 
impregnados de forte naturalismo. Em altura, tem dois andares, sendo o térreo o 
mais desenvolvido. 
Em cada topo das naves ou alas, foram colocados magníficos relevos da autoria do 
escultor Nicolau Chanterene. Hoje só três estão visíveis: o Ecce Homo, o Caminho do 
Calvário e a Descida da Cruz; o primeiro reproduz uma gravura de Albrecht Durer. 
No centro do claustro há um excepcional tanque com chafariz, de estilo maneirista, 
datado de 1639. 
O lanço superior do claustro dá acesso ao coro-alto onde está o cadeiral 
manuelino, a melhor obra do género de quantas se conservam em Portugal, 
datadas desta época. Foi executado pelo entalhador flamengo Machim, em 1512, 
tendo ficado inicialmente na capela-mor até que, em 1531, foi colocado onde hoje 
se encontra, altura em que lhe foram acrescentadas as cadeiras dos extremos, da 
autoria do francês Francisco Lorete. É de estrutura e decoração góticas, excepto o 
que saiu da mão de Lorete, já de estilo renascença, e a temática está intimamente 
ligada à expansão ultramarina portuguesa. 
Nas traseiras do conjunto monástico situa-se o CLAUSTRO DA MANGA, bela 
construção renascentista de uma pureza de estilo raramente ultrapassada, entre 
nós. 
A obra, antigamente conhecida por Fonte da Manga, situava-se no centro de um 
dos três claustros do Mosteiro de Santa Cruz, e a sua construção foi promovida pelo 
Prior Reformador Frei Brás de Braga. Depois da extinção das ordens religiosas, e para 
regularização do traçado viário adjacente, uma das alas do claustro foi destruída, 
tendo as restantes vindo a ser remodeladas, em meados do século XX. 
João de Ruão traçou o seu plano e executou os baixos-relevos para o interior dos 
quatro cubelos ou capelas, trabalho pelo qual cobrou a avultada quantia de 

140.000 reais. A obra de pedraria ficou a cargo de Pêro de Évora, Diogo Fernandes 
e Fernão Luís que, em 1533, celebraram o respectivo contrato de empreitada. As 
cantarias foram da responsabilidade do mestre Jerónimo Afonso. 
É uma das primeiras obras arquitectónicas inteiramente renascentistas feitas em 
Portugal e alia-se a este facto o seu valor simbólico, e a sua estrutura evocativa da 
Fonte da Vida, ideia a que não deve ter sido estranha a intervenção de Frei Brás de 
Braga. 
Fonte: Pedro Dias, Coimbra, Guia para uma visita, Coimbra, 2002