Irei falar de tudo e do nada. Histórias e estórias. Coisas pensantes e desconcertantes. Fundado a 30 de Novembro de 2009 numa 2ª Feira
Previsão do Tempo
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
O que tu queres sei eu!
Querias também mamar!...
Mas que comichão!...
Tu espera aí, que já te digo!...
Há coisas que se devem ver de baixo para cima!...
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013
O Fado “Que estranha porra de vida”, cantado por 3 Amálias
Fado de Intervenção humuristica, com as presenças de Paulo Portões à Guitarra, Pedro Passos Lebre à viola, nas vozes Amália Katy, Amália Fanny e Amália Pipi.
A Troika, a crise, o nosso Ministro dos negócios estrangeiros ao mais alto nível politico. Está cá tudo!!!
domingo, 3 de fevereiro de 2013
sábado, 2 de fevereiro de 2013
O Ardinita _ Alice Pires _ Cidalia Moreira
Ó minha mãe, minha mãe,
Ó minha mãe, minha amada,
Quem tem uma mãe, tem tudo,
Quem não tem mãe - não tem nada!
O ardinita, o João,
Levantou-se muito cedo
Porque tinha que estar cedo
À porta da redacção.
Trincou um naco de pão
Que lhe soube muito bem;
Antes de partir, porém,
Foi-se à mãe adormecida
Dizendo: Cá vou à vida
Ó minha mãe, minha mãe!...
A mãe, com todo o carinho."
Deitou-lhe a benção, beijou-o
E, depois, aconselhou-o:
«Sempre muito juizinho,
Não te enganes no caminho,
Não fumes, não jogues nada...
«Pode ficar descansada!...
Disse ele, p'ra a iludir,
E tornou-se a despedir:
Ó minha mãe, minha amada!...
Cruzou toda a Madragoa
Apressado, a assobiar
Uma marcha popular
Do São João em Lisboa.
Nisto pensou: «É tão ,boa
A minha mãe!... E contudo
Como a engano, a iludo
E lhe minto, coitadinha!...
«Gramo» tanto essa velhinha!
Quem tem uma mãe, tem tudo!...
Neste calão repelente
Da gíria da malandragem,
Havia um quê de homenagem
Na sua boca inocente.
Chegou ao jornal, contente,
Sempre de alma levantada,
Mas, como o calão lhe agrada
Repete: - «Como eu a «gramo»!...
Tanto lhe quero, tanto a amo,
Quem não tem mãe, não tem nada!...
Carlos do Carmo - Andorinhas
Eu vi partir no mês de Outono as andorinhas
E uma vi eu, querer-se mostrar mais desenvolta
Que chilreado elas faziam, coitadinhas
Talvez dizendo o seu adeus, até á volta
Essa ficou junto ao beiral do meu telhado
Eu estranhei de não a ver partir com as mais
Porque afinal nessa manhã de sol doirado
Tudo saiu, tudo abalou dos seus beirais
Tempo depois, tornei a vê-la entristecida
Junto do ninho onde se ouvia outro piar
O companheiro ali ficara de asa ferida
Sem se mover, sem forças ter para voar
Nada faltou, nem até um gorjeio terno
Naquele ninho, onde a amizade é tão sincera
Que Deus lhes dê suave e quente, o duro Inverno
E faça vir o mais depressa, a Primavera
Momento de poesia
Portugal está na pobreza
Mas a Língua Portuguesa
Continua a enriquecer,
Já era uma Língua rica
Se agora mais rica fica
É o que está pra se ver.
Há vocábulos usados
Com vários significados
Denominados homónimos;
Também se exprime a preceito
Uma ideia ou um conceito
Usando vários sinónimos.
Está neste caso ROUBAR
FURTAR, DESAPROPRIAR
SURRIPIAR e EXTORQUIR;
RAPINAR ou SAQUEAR
ESBULHAR e GATUNAR
PILHAR e SUBTRAIR.
PALMAR e LARAPIAR
BIFAR, PIFAR, ou GAMAR
Mesmo que seja em calão;
ASSALTAR ou SALTEAR
TIRAR, LIMPAR, DESPOJAR,
Tem tudo a mesma acepção.
CONFISCAR, DESAPOSSAR,
APROPRIAR, ESPOLIAR
São conceitos semelhantes;
RIPAR e AMARFANHAR
ARREPANHAR, EMPALMAR,
Larápios são uns tratantes.
Surge agora um novo termo
Criado por um estafermo
Que nos está a (des) governar;
Com imprevidentes PASSOS
Fazendo de nós palhaços
Inventa o verbo gaspar.
GASPAR é neologismo
Que nos lança para o abismo
Num desastre humanitário;
Mesmo com o país enfermo
Vamos extirpar tal termo
Do nosso vocabulário.
(Autor desconhecido)
Mas a Língua Portuguesa
Continua a enriquecer,
Já era uma Língua rica
Se agora mais rica fica
É o que está pra se ver.
Há vocábulos usados
Com vários significados
Denominados homónimos;
Também se exprime a preceito
Uma ideia ou um conceito
Usando vários sinónimos.
Está neste caso ROUBAR
FURTAR, DESAPROPRIAR
SURRIPIAR e EXTORQUIR;
RAPINAR ou SAQUEAR
ESBULHAR e GATUNAR
PILHAR e SUBTRAIR.
PALMAR e LARAPIAR
BIFAR, PIFAR, ou GAMAR
Mesmo que seja em calão;
ASSALTAR ou SALTEAR
TIRAR, LIMPAR, DESPOJAR,
Tem tudo a mesma acepção.
CONFISCAR, DESAPOSSAR,
APROPRIAR, ESPOLIAR
São conceitos semelhantes;
RIPAR e AMARFANHAR
ARREPANHAR, EMPALMAR,
Larápios são uns tratantes.
Surge agora um novo termo
Criado por um estafermo
Que nos está a (des) governar;
Com imprevidentes PASSOS
Fazendo de nós palhaços
Inventa o verbo gaspar.
GASPAR é neologismo
Que nos lança para o abismo
Num desastre humanitário;
Mesmo com o país enfermo
Vamos extirpar tal termo
Do nosso vocabulário.
(Autor desconhecido)
Para rir seriamente!
Através de Ricardo Araújo Pereira
Ser dirigente de um banco bem sucedido é bom. Ser dirigente de um banco mal sucedido é ainda melhor. As mercearias falidas não são nacionalizadas e as casas de ferragens com problemas de tesouraria não se recapitalizam com dinheiro do Estado. O problema é das mercearias e das casas de ferragens. Toda a gente já percebeu a diferença entre recapitalizar-se, por um lado, e pedir emprestado porque se vive acima das suas possibilidades, por outro. O ideal seria que todos os estabelecimentos comerciais portugueses tivessem "banco" escrito no nome. Um talho chamado Banco Carnes de Ouro. Uma mercearia chamada Banco Frutas Idalina. Um restaurante chamado Banco Adega Regional O Botelho. Nenhum negócio iria à falência, porque o Estado acudiria a todos. Se falisse, pagava o País inteiro. Só por falta de visão comercial é que continua a haver empresários que ignoram esta estratégia simples mas vencedora.
O negócio da banca é duro e complexo. Trata-se de comprar dinheiro barato e vendê-lo mais caro. Pensando bem, talvez não seja assim tão complexo. Estamos a falar da comercialização de um produto que toda a gente aprecia. O risco não é muito grande. E, além disso, é um bem que não se estraga. Ninguém diz, ao levantar um cheque: "Olhe, desculpe, estas notas são da semana passada."
Ainda assim, um número bastante elevado de banqueiros consegue reunir a mistura de talento e obstinação necessária para levar muitas destas instituições à completa ruína. Não deve ser fácil.
O jornalista Nicolau Santos fez, há dias, uma lista não exaustiva de banqueiros portugueses envolvidos em escândalos financeiros e consequentes processos judiciais. São cerca de dezena e meia. E acrescentou uma lista de bancos que o Estado português já ajudou, com avultadas injecções de capital. Contando com o BPP e o BPN, são cinco. Num país com a dimensão de Portugal, 15 banqueiros e cinco bancos parece muito. Não sei se é o suficiente para estabelecer uma regra, mas são números um tanto alarmantes. Qualquer dia, banqueiro detido passa a ser um pleonasmo. Talvez fosse bom remodelar os testes psicotécnicos na admissão de candidatos ao lugar de banqueiro. Aparentemente, saber de finanças não habilita ninguém a gerir instituições financeiras.
in "Visão", 31 janeiro 2013
Ser dirigente de um banco bem sucedido é bom. Ser dirigente de um banco mal sucedido é ainda melhor. As mercearias falidas não são nacionalizadas e as casas de ferragens com problemas de tesouraria não se recapitalizam com dinheiro do Estado. O problema é das mercearias e das casas de ferragens. Toda a gente já percebeu a diferença entre recapitalizar-se, por um lado, e pedir emprestado porque se vive acima das suas possibilidades, por outro. O ideal seria que todos os estabelecimentos comerciais portugueses tivessem "banco" escrito no nome. Um talho chamado Banco Carnes de Ouro. Uma mercearia chamada Banco Frutas Idalina. Um restaurante chamado Banco Adega Regional O Botelho. Nenhum negócio iria à falência, porque o Estado acudiria a todos. Se falisse, pagava o País inteiro. Só por falta de visão comercial é que continua a haver empresários que ignoram esta estratégia simples mas vencedora.
O negócio da banca é duro e complexo. Trata-se de comprar dinheiro barato e vendê-lo mais caro. Pensando bem, talvez não seja assim tão complexo. Estamos a falar da comercialização de um produto que toda a gente aprecia. O risco não é muito grande. E, além disso, é um bem que não se estraga. Ninguém diz, ao levantar um cheque: "Olhe, desculpe, estas notas são da semana passada."
Ainda assim, um número bastante elevado de banqueiros consegue reunir a mistura de talento e obstinação necessária para levar muitas destas instituições à completa ruína. Não deve ser fácil.
O jornalista Nicolau Santos fez, há dias, uma lista não exaustiva de banqueiros portugueses envolvidos em escândalos financeiros e consequentes processos judiciais. São cerca de dezena e meia. E acrescentou uma lista de bancos que o Estado português já ajudou, com avultadas injecções de capital. Contando com o BPP e o BPN, são cinco. Num país com a dimensão de Portugal, 15 banqueiros e cinco bancos parece muito. Não sei se é o suficiente para estabelecer uma regra, mas são números um tanto alarmantes. Qualquer dia, banqueiro detido passa a ser um pleonasmo. Talvez fosse bom remodelar os testes psicotécnicos na admissão de candidatos ao lugar de banqueiro. Aparentemente, saber de finanças não habilita ninguém a gerir instituições financeiras.
in "Visão", 31 janeiro 2013
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
E assim se fala em bom português!
UMA ANEDOTA COM UM CERTO NÍVEL LITERÁRIO, CONVENHAMOS.
Tesourinho da lingua portuguesa
"E assim se fala em bom português!"
*A ESTRANHA BELEZA DA LÍNGUA PORTUGUESA*
*Este texto é dos melhores registos de língua portuguesa que eu tenho
lido sobre a nossa digníssima 'língua de Camões', a tal que tem fama
de ser pérfida, infiel ou traiçoeira. *
Um político que estava em plena campanha chegou a uma pequena cidade,
subiu para o palanque e começou o discurso:
*Compatriotas*, *companheiros*, *amigos*! Encontramos-nos aqui,
*convocados *, *reunidos* ou *juntos* para *debater*, *tratar* ou *discutir*
um *tópico*, *tema* ou *assunto*, o qual me parece *transcendente*,
*importante* ou de *vida ou morte*.
O *tópico*, *tema* ou *assunto* que hoje nos *convoca*, *reúne* ou *junta*
é a minha *postulação*, *aspiração* ou *candidatura*
a Presidente da Câmara deste Município.
De repente, uma pessoa do público pergunta:
- Ouça lá, porque é que o senhor utiliza sempre três palavras, para dizer a mesma coisa?
O candidato respondeu:
- Pois veja, meu senhor: a primeira palavra é para pessoas com nível cultural muito alto,
como intelectuais em geral; a segunda é para pessoas com um nível cultural médio,
como o senhor e a maioria dos que estão aqui; a terceira palavra é para pessoas que têm
um nível cultural muito baixo, pelo chão, digamos, como aquele alcoólico, ali deitado na esquina.
De imediato, o alcoólico levanta-se a cambalear e 'atira':
- Senhor *postulante*, *aspirante* ou *candidato*: (hic) o *facto*, *circunstância* ou *razão*
pela qual me encontro num estado *etílico*, *alcoolizado* ou *mamado* (hic),
não *implica*,*significa*, ou *quer dizer* que o meu nível (hic) cultural seja
*ínfimo*, *baixo* ou mesmo *rasca* (hic). E com todo a *reverência*, *estima* ou *respeito*
que o senhor me merece (hic) pode ir *agrupando*, *reunindo* ou *juntando* (hic)
os seus *haveres*, *coisas* ou *bagulhos* (hic) e *encaminhar-se*, *dirigir-se* ou
*ir direitinho* (hic) à *leviana da sua progenitora*, à *mundana da sua mãe biológica* ou à *puta que o pariu*!
Tesourinho da lingua portuguesa
"E assim se fala em bom português!"
*A ESTRANHA BELEZA DA LÍNGUA PORTUGUESA*
*Este texto é dos melhores registos de língua portuguesa que eu tenho
lido sobre a nossa digníssima 'língua de Camões', a tal que tem fama
de ser pérfida, infiel ou traiçoeira. *
Um político que estava em plena campanha chegou a uma pequena cidade,
subiu para o palanque e começou o discurso:
*Compatriotas*, *companheiros*, *amigos*! Encontramos-nos aqui,
*convocados *, *reunidos* ou *juntos* para *debater*, *tratar* ou *discutir*
um *tópico*, *tema* ou *assunto*, o qual me parece *transcendente*,
*importante* ou de *vida ou morte*.
O *tópico*, *tema* ou *assunto* que hoje nos *convoca*, *reúne* ou *junta*
é a minha *postulação*, *aspiração* ou *candidatura*
a Presidente da Câmara deste Município.
De repente, uma pessoa do público pergunta:
- Ouça lá, porque é que o senhor utiliza sempre três palavras, para dizer a mesma coisa?
O candidato respondeu:
- Pois veja, meu senhor: a primeira palavra é para pessoas com nível cultural muito alto,
como intelectuais em geral; a segunda é para pessoas com um nível cultural médio,
como o senhor e a maioria dos que estão aqui; a terceira palavra é para pessoas que têm
um nível cultural muito baixo, pelo chão, digamos, como aquele alcoólico, ali deitado na esquina.
De imediato, o alcoólico levanta-se a cambalear e 'atira':
- Senhor *postulante*, *aspirante* ou *candidato*: (hic) o *facto*, *circunstância* ou *razão*
pela qual me encontro num estado *etílico*, *alcoolizado* ou *mamado* (hic),
não *implica*,*significa*, ou *quer dizer* que o meu nível (hic) cultural seja
*ínfimo*, *baixo* ou mesmo *rasca* (hic). E com todo a *reverência*, *estima* ou *respeito*
que o senhor me merece (hic) pode ir *agrupando*, *reunindo* ou *juntando* (hic)
os seus *haveres*, *coisas* ou *bagulhos* (hic) e *encaminhar-se*, *dirigir-se* ou
*ir direitinho* (hic) à *leviana da sua progenitora*, à *mundana da sua mãe biológica* ou à *puta que o pariu*!
Gente fina é outra coisa!
Gente fina é outra coisa!
- Hoje fui a um restaurante gourmet!
- Ai sim e então?
- O meu almoço foi camarão envolvido em molho béchamel,
com pequenos apontamentos de salsa frisada australiana,
em cama de massa fina banhada em pão ralado crocante
e confitada em óleo vegetal ...
- O quê ??? Mas afinal que porra é que tu comeste, pá ?
- Olha, comi um rissol...
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