Previsão do Tempo

sábado, 9 de novembro de 2013

Coimbra tem mais encanto



Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida.
Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida.

Que as lágrimas do meu pranto
São a luz que me dá vida.

Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida.
Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida.

Quem me dera estar contente
Enganar minha dor
Mas a saudade não mente
Se é verdadeiro o amor.

Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida.
Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida.

Não me tentes enganar
Com a tua formosura
Que para além do luar
Há sempre uma noite escura.

Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida.
Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida.

Que as lágrimas do meu pranto
São a luz que lhe dá vida.

Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida.
Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida.

Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida.
Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida.

Painel de azulejos Portugueses.



Estação do Pocinho - concelho de Vila Nova de Foz Côa
As vindimas na Região Demarcada do Alto Douro

Sabe o que é o Coltan?


sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Uma cidade chamada Porto



O amanhecer, o acordar, o viver e o anoitecer. O Porto em 24 horas.

Cuide da sua saúde!

1. DIFICULDADE EM PERDER PESO
O QUE ESTÁ FALTANDO: ácidos graxos essenciais e vitamina.
ONDE OBTER: semente de linhaça, cenoura e salmão - além de suplementos específicos.

2. RETENÇÃO DE LÍQUIDOS
O QUE ESTÁ FALTANDO: na verdade um equilíbrio entre o potássio, fósforo e

sódio.
ONDE OBTER: água de coco, azeitona, pêssego, ameixa, figo, amêndoa, nozes, acelga, coentro, semente de linhaça e os suplementos.


3. COMPULSÃO A DOCES
O QUE ESTÁ FALTANDO: cromo.
ONDE OBTER: cereais integrais, nozes, centeio, banana, espinafre, cenoura + suplementos...


4. CÂIMBRA, DOR DE CABEÇA
O QUE ESTÁ FALTANDO: potássio e magnésio
ONDE OBTER: banana, cevada, milho, manga, pêssego, acerola, laranja e água.


5. DESCONFORTO INTESTINAL, GASES, INCHAÇO ABDOMINAL
O QUE ESTÁ FALTANDO: lactobacilos vivos
ONDE OBTER: coalhada, iogurte, missô, Yakult e similares..


6. FALTA DE MEMÓRIA
O QUE ESTÁ FALTANDO: acetil colina, inositol.
ONDE OBTER: lecitina de soja, gema de ovo + suplementos.


7. HIPOTIREOIDISMO (PROVOCA GANHO DE PESO SEM CAUSA APARENTE)
O QUE ESTÁ FALTANDO: iodo.
ONDE OBTER: algas marinhas, cenoura, óleo, pêra, abacaxi, peixes de água salgada e sal marinho.


8.. CABELOS QUEBRADIÇOS E UNHAS FRACAS
O QUE ESTÁ FALTANDO: colágeno.
ONDE OBTER: peixes, ovos, carnes magras, gelatina + suplementos.


9. FRAQUEZA, INDISPOSIÇÃO, MAL ESTAR
O QUE ESTÁ FALTANDO: vitaminas A, C, E e ferro.
ONDE OBTER: verduras, frutas, carnes magras e suplementos.


10. COLESTEROL E TRIGLICERÍDEOS ALTOS
O QUE ESTÁ FALTANDO: Ômega 3 e 6.
ONDE OBTER: sardinha, salmão, abacate, azeite

Luís Filipe Menezes: toda a verdade

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Uma Loira (tentando) arrumar a cama! Não Vale Rir!

História das fábricas de cerâmica da Pampilhosa

Fábricas de Cerâmica da Pampilhosa

Cerâmicas da Pampilhosa


Cerâmicas da Pampilhosa


Cerâmicas da Pampilhosa


Nos finais do século XIX, a Pampilhosa do Botão, povoação modesta e eminentemente rural, passa a sofrer grandes transformações como consequência da construção da Linha do Caminho-de-ferro da Beira Alta, em 1880, que partindo da Figueira da Foz, pretendia atingir a fronteira de Vilar Formoso, fazendo a ligação com a Europa. Na Pampilhosa encontrava-se esta linha com a do Norte, que partia de Lisboa com destino ao Porto, formando um entroncamento nesta localidade. Aqui se formou um novo núcleo populacional, o Entroncamento, pertencente à freguesia de Pampilhosa do Botão.
Estas linhas, percorrendo os campos baixos da Pampilhosa, atravessavam "os barrios" da Bairrada, barro vermelho que formava grandes barreiros, a despertar a atenção dos industriais. Matéria - prima, transportes e ligação aos mercados, davam azo ao surgir de uma indústria que viria a transformar esta terra num dos maiores centros industriais de toda a região.
Do Norte, mais propriamente de Vila Nova de Gaia vieram técnicos de cerâmica que fundaram aqui as suas empresas. Em 1866, António Almeida e Costa, empresário inteligente e dinâmico abre na Pampilhosa, a Filial da Cerâmica das Devesas de Vila Nova de Gaia e que foi a primeira grande unidade cerâmica a ser construída nesta localidade. Daí o ser conhecida por "Fábrica Velha".
Em 1902 funda-se a "Fábrica Teixeira" - Fábrica de Cerâmica Mourão, Teixeira Lopes", onde convém destacar José Joaquim Teixeira Lopes, oriundo também de Vila Nova de Gaia e que em França aprendeu os segredos do fabrico da telha marselhesa, que tanto êxito viria a alcançar no nosso país. Esta família Teixeira Lopes que tanto se notabilizou na cerâmica começou na Pampilhosa como obreira na unidade de cerâmica Fábrica Velha.
Em 1903 entra em laboração a "Fábrica Navarro", Cerâmica Excelsior da Pampilhosa, com a particularidade de ser a 1ª cerâmica a ser fundada por um pampilhosense: Abel Godinho, formado em Farmácia pela Universidade de Coimbra em 1883 e proprietário da Farmácia existente na localidade.
Abel Godinho, fundou a cerâmica, de parceria com o Engenheiro Ernesto Navarro, natural da região, mais propriamente da povoação do Luso. Ernesto Navarro fora uma das figuras proeminentes na política de então. Além de Ministro do Comércio fora director dos Caminhos-de-ferro do Estado e Subdirector Geral do Ministério das Colónias. Daí o chamar-se à Cerâmica Excelsior, a" Fábrica Navarro".
Da indústria de cerâmica se passou a outras e de tal maneira o progresso industrial se acentuou que na década de vinte se encontravam instaladas na Pampilhosa, três grandes fábricas de cerâmica, quinze fomos de cal, quatro importantes fábricas de serração, carpintarias, moagem, uma fábrica de resina, outra de produtos químicos, para além de oficinas de repicagem de limas e de fundição de metais, como também amplos armazéns de sarro, borras de vinho e adubos.
Como se vê, o Caminho-de-ferro atraiu a indústria e esta por sua vez alterou toda a organização existente.
Verificou-se um enorme afluxo populacional, com um apreciável número de trabalhadores ligado às ferrovias e ao ramo industrial e daí o aparecimento de um novo núcleo populacional, junto à Estação dos Caminhos-de-ferro, designado por Entroncamento.

A industrialização da Pampilhosa

Na escolha geográfica de instalação de industrias pesam diversos factores que são imprescindíveis para a sua laboração. Entre estes, salientam-se os recursos naturais (matérias-primas, água, combustíveis e energia), os meios de transporte, o mercado e os factores humanos e sociais.
Deste modo, a existência de matérias-primas condiciona a existência de industrias. Na Pampilhosa este factor contribui grandemente para a instalação de industrias de cerâmica  de produtos resinosos e de serrações. As primeiras dispunham de barreiros naturais, localizados a mais ou menos 200 metros das principais fábricas de cerâmica, a saber: Fabrica Progresso (antiga fabrica de Cerâmica da Pampilhosa Mourão Teixeira Lopes & Comp.ª); Fabrica das Devesas, filial de António Almeida e Costa & C.ª e Fabrica Navarro- Cerâmica Excelsior da Pampilhosa, de Lacerda e Figueiredo Lda.. á fabrica de produtos resinosos e ás serrações estava associada a exploração florestal que lhes fornecia respectivamente gema de pinheiro e madeira. Porém a existência de matéria-prima por si so não é uma causa directa da instalação e desenvolvimento da industria. O meio de escoamento dos produtos condiciona-o sobremaneira. A abertura da Estrada Real nº 10 até á Mealhada, em 1855, e a construção da via-férrea no ano seguinte complementou esta situação, nomeadamente com a inauguração da Linha da Beira Alta, o que fez com que a Pampilhosa passasse a ser um importante nó de ligação entre a Linha do Norte e a Beira Alta em 1979 e do ramal Pampilhosa- Figueira da Foz. A abertura da linha fez com que os grandes mercados se aproximassem. Por isso, o escoamento da produção tinha como principais destinos o Porto, Lisboa, Coimbra e Figueira da Foz.
Num meio rural como a Pampilhosa, não faltava a mão-de-obra. A actividade industrial era complementada com a agrícola e a decadência das industrias tradicionais levava a que grande parte desse artesãos procurasse as fabricas como sustento. Para além da mão-de-obra local, houve uma migração de operários das zonas envolventes, que aqui se dirigiam em busca de melhores condições de trabalho e de vida. Os técnicos vieram sobretudo do Porto já que, tanto a Fábrica das Devesas como a Progresso, estiveram, na sua origem, ligadas à família Teixeira Lopes e á sua escola artística  Podemos ainda acrescentar a elevada percentagem de trabalhadores menores e de mulheres.
Portanto no caso da Pampilhosa, a conjugação de vários factores criou um contexto favorável para o desenvolvimento da industria, que conduziu à criação das seguintes fabricas: Companhia Cerâmica das Devezas, filial de António Almeida e Costa & Cª., em 1886; Fábrica Cerâmica da Pampilhosa Mourão Teixeira Lopes & Cª., em 1902; Fabrica Navarro- Lacerda Figueiredo & Cª. Lda., denominada Cerâmica Excelsior da Pampilhosa, em 1903; Fábrica de Produtos Químicos e Resinosos, em 1923.

Companhia Cerâmica das Devesas, filial de António de Almeida e Costa & Cª.

Em 1886, é inaugurada na Pampilhosa a filial da Companhia Cerâmica da Devesas, sediada em Vila Nova de Gaia. A data provável de fundação da sede é 1865 e teve como fundadores António Almeida da Costa e José Joaquim Teixeira Lopes (pai do escultor António Teixeira Lopes). Este ultimo foi desde sempre atribuída a responsabilidade artística e aquele ímpeto industrial, tanto que a fabrica foi sempre conhecida como fabrica do Costa. No entanto, os dois complementaram-se bem. A fabrica de Vila nova de Gaia teve uma importância primordial no panorama industrial português e desenvolveu-se rapidamente, tanto que de 210 operários em 1881 passa para 700 em 1889. Igualmente a evidenciar este engrandecimento da fábrica surge a filial na Pampilhosa, designada pela população por "fabrica velha" por ser a mais antiga, que logo em 1901 sofre alterações, tendo sido enriquecida com depósito e mostruário com secção de vendas. Isto sucedeu provavelmente como reacção á instalação da fabrica Mourão Teixeira Lopes & C.ª, fundada pelos antigos administradores da filial da Devesas.A fábrica da Devesas soube fundir admiravelmente a arte e a industria, produzindo todo tipo de cerâmica: para construção, decoração, saneamento, produtos de grés e estuque, trabalhos em ferro fundido e forjado, estatuária…No caso específico da Pampilhosa, não eram produzidos todos estes produtos, mas sim produtos feitos á base de cerâmica vermelha, refractária e grés, nomeadamente de construção. A José Joaquim Teixeira Lopes se ficou a dever a introdução da telha marselha, cujo uso se difundiu no país. Eram produzidas mais ou menos 5 mil telhas e 15 mil tijolos por hora. A proximidade dos barreiros e a abundância de matéria-prima contribuíam para este desenvolvimento. A proximidade do caminho-de-ferro, tanto na fábrica de Gaia como na Pampilhosa, não era aleatória. O escoamento dos produtos e o transporte de matérias-primas era feito através deste meio de transporte.
Por volta de 1903 surgem dois novos administradores na fábrica devido á saída de José Joaquim Teixeira Lopes e do sócio comercial de António Almeida da Costa, Feliciano Rodrigues da Rocha. Em 1913 parte da fábrica é consumida pelo fogo e António Almeida da Costa morre em 1915, o que acentua a decadência do complexo fabril. Os novos administradores foram incapazes de reverter este processo e a fábrica acabou por fechar.
Só na década de 20 é que a fábrica tomou novo fôlego com a administração de Raul Mendes de Carvalho. Na filial da Pampilhosa foi colocado o seu filho, Alberto Mendes de Carvalho. Porem esta nova administração não tinha a capacidade de inovação de outrora, nomeadamente no que diz respeito à criação artística  Permaneceu a produção de produtos utilitários de grés, a telha e o tijolo (sobretudo o refractário, aplicado à industria) e algum azulejo. Nesta época, a Companhia vai privilegiar a filial da Pampilhosa, pois a produção sempre fora mais barata e era um excelente local de recolha de barro. Produzia telha e tijolo, acessórios para telha, tijolos refractários, canalizações e artigos sanitários em grés. Alguma maquinaria foi transferida para aqui, o forno contínuo era muito utilizado e foram adquiridas nova máquinas nas décadas de 40 e 50. Na filial da Pampilhosa, na década de 40, exerciam aqui funções cerca de 150 trabalhadores. Na fase final, mais ou menos 50. A introdução de maquinaria (italiana e nacional  provenientes da metalúrgica Costa Néry de Torres Novas) fez com que no final se produzisse mais, embora houvesse menos trabalhadores. No topo da hierarquia estavam os directores, seguidos pelos escriturários (guarda livros).
Havia ainda os encarregados e os operários.
Em 1974 surge um projecto de ampliação e alongamento do forno contínuo de chama móvel tipo Hoffmann, assim como para instalação de secagem artificial. Na memória descritiva deste projecto aparece a descrição do processo de fabrico que a seguir se transcreve. Os barros, retirados dos próprios barreiros da fábrica, depois de descarregados passavam para um desterroador, caindo num transpotador que os levava a um laminador donde vão para um remolhador. Depois deste tratamento, que é chamado "pré-laboração", os barros são conduzidos por meio de dois transportadores para uma zona de armazém anexa, onde são espalhados e armazenados, tarefa esta designada de "ensilagem". Depois das semanas de repouso, são retomados com uma pá carregadora de pneus até á bateria de produção, onde são descarregados no doseador linear. Do doseador estes lotes de barro passam a um remolhador-amassador, a um laminador e entram na fieira, onde depois de passarem por grelhas, são submetidos à acção de vácuo, saindo depois pelo bocal que molda o filão no formato desejado. O filão é então cortado na respectiva mesa de corte. Depois de secos, os produtos são levados mecânicamente para o forno e arrumados no seu interior ("enforma"). Após os produtos estarem cozidos, são transportados para o parque ("desenforma"). Apesar deste novo fôlego, a fábrica acabou por encerrar na década de 80, por volta de 1985-86.

Fábrica Cerâmica da Pampilhosa Mourão Teixeira Lopes & Cª.

Em 1901, surgiu nova fábrica na Pampilhosa, a "Mourão Teixeira Lopes & Cª.", que em 1971 foi vendida a José de Gouveia Monteiro, António Henrique de Elias Nunes Vicente e Luís Fernandes dos Santos, passando a designar-se Cerâmica Progresso da Pampilhosa, Lda., nome porque ainda hoje é conhecida. Dedicava-se também ao fabrico de produtos de cerâmica de construção com telha, tijolo, peças para saneamento, acessórios para telhado... A matéria-prima utilizada era o barro vermelho, retirado dos próprios barreiros da empresa, de óptima qualidade, resistentes ao gelo, com percentagens de absorção da água de 7% nos diferentes tipos de telha, ensaio de flexão (força de rotura de cerca de 200 a 270 Kgf), impermeabilidade e inexistência de eflorescências. Consumiam cerca de 120 toneladas de barro por dia.
Segundo a Escritura de 1971, o complexo industrial era constituído por "Prédio composto de edifício fabril com três pavimentos, escritório e duas casas de habitação, posto de transformação de energia eléctrica, edifício com forno de vidragem e três telheiros destinados á exploração da matéria cerâmica". Possuíam um forno contínuo tipo Zig-Zag ou tipo H, cujo combustível era composto por desperdícios vegetais (casca e serradura). Em 1905, dispunha já de energia eléctrica, visto possuir "um dínamo de 50 ampéres, sistema Bergmann, para iluminar as oficinas de Inverno quando tinham de prolongar um pouco a trabalho pela noite dentro, ou quando um dia muito nublado a iluminação diurna não for suficiente". Este sistema eléctrico permitiu fornecer energia para o caminho-de-ferro a para a própria população da Pampilhosa durante a I Grande Guerra e grande parte da década de 20.
A abundante maquinaria que possuía permitia ter um número de trabalhadores baixo. Totalizavam 100 em 1905 e 69 em 1911.
Em 1971, possuíam cerca de 50 operários do sexo masculino e 4 do sexo feminino. Com esta fábrica houve um alargamento de mercados, pois começaram a exportar para a Madeira e antigas colónias portuguesas.
A fabrica fechou nos inícios da década de 90. Em 1994. a EDP cortou o fornecimento de energia eléctrica.

Fábrica Navarro- Lacerda Figueiredo &Cº. Lda

Em 1903 é instalada nova fábrica de cerâmica de construção designada de Sociedade "Lacerda Figueiredo Cª. Lda.", com a denominação " Cerâmica Excelsior da Pampilhosa". Os sócios fundadores foram Alberto Guilherme de Lacerda, Francisco Lebre de Vasconcelos, José Duarte de Figueiredo, Abel Godinho Lopes Carreira e Ernesto Júlio Navarro filho de Emídio Navarro, muito ligado ao Luso e figura política proeminente de então, pois exerceu cargos como director dos caminhos-de –ferro, subdirector geral do Ministério das Colónias e ministro do Comércio e da Agricultura. A este se ficou a dever o nome corrente do empreendimento  denominado "Fábrica Navarro". O seu objectivo principal consistia na exploração da industria cerâmica e designadamente o fabrico e venda de telha e tijolo, artigos de grés, azulejos e ladrilhos. Em 1911, tinha 117 operários e era já bastante mecanizada. Vendiam para os Açores e para África  par além do mercado continental encabeçando pela Beira Alta.
Grande parte da produção era composta por telha, lusa e marselha, e tijolo maciço. O barro da Pampilhosa é muito puro, gorduroso e pouco poroso, mas mau para quem o trabalha porque contraía 7% e abria gretas facilmente (cerca de 25% da produção abria gretas). Tinha 60/70 operários e produziam 25 toneladas por dia. As maquinas vinham da metalúrgica Costa Nery de Torres Novas. O barro seguia várias etapas desde que saía dos barreiros.
Havia um teleférico que transportava o barro dos barreiros para a fábrica. Aqui seguiam as seguintes etapas de produção: destorroador, laminador, amassador e fieira de vácuo (esta máquina tirava a água do barro que ficava praticamente seco, a inserção deste sistema revolucionou a industria de cerâmica). Tinham um armazém, onde guardavam o barro para o inverno, pois nesta estação a chuva alagava frequentemente os barreiros, tornando impossível a sua extracção. Antes da introdução da fieira de vácuo, os objectos eram colocados em tabuleiros de madeira (ganapos) para secar. Em seguida, construíram estufas de secagem, onde entrava produto verde e saía seco, mas devido ás propriedades do barro da Pampilhosa  este demorava muito a secar. Em relação ao transporte e distribuição da produção, até 1960 utilizou-se o comboio, já que a fábrica possuía um ramal próprio. Depois começaram a utilizar transportes rodoviários que eram eficazes, pois partiam menos carga e eram mais directos. O grosso da produção seguia para o norte.
Em 1960 existiam entre 60 a 80 trabalhadores. No topo da hierarquia estavam os gerentes, seguidos pelos encarregados de fabricação. Havia ainda o contabilista  o capataz e depois os operários: Prensadores, forneiros, desenformadores e enfornadores, os que transportavam os carrinhos-de-mão e os escolhedores (escolhiam as melhores peças através do toque). O pessoal indiferenciado ocupava o escalão mais baixo, onde se incluíam as mulheres. Antes de ser instalado o teleférico, eram estas que transportavam o barro em vagonetes através de um viaduto que passava por baixo da estrada. Aqui trabalhavam oito mulheres.

Fábrica das Resinas e Produtos Químicos

Num artigo do jornal A Defesa, datado de 27 de Dezembro de 1923, pode ler-se o seguiste título: "Inauguração da Fábrica da Resinas e Produtos Químicos . O evento rodeou-se de grande importância, visto a fábrica ser "a segunda, no género do país". A vinda á Pampilhosa de membros do governo da Republica testemunha essa importância. Estiveram presentes na inauguração o "Ministro do Comércio Dr. Pedro Pita, acompanhado pelos seus chefes de gabinete, e o Director da Imprensa Nacional, o Sr. Luís Doruet". Também são referidos neste artigo os produtos resultantes da nova industria  o alcatrão, a terebentina, a aguarrás, o acetato de cal, o carvão e outros " até hoje não produzidos em Portugal". De facto, numa carta da fábrica de 17 de Setembro de 1941 é referido que "as nossas destilarias se encontram aptas a fornecer alcatrão vegetal(…)e é a única que produz alcatrão puro". Os sócios fundadores foram Manuel Joaquim Botica Junior e Júlio Martins, moradores em Lisboa, onde se situava a sede da Companhia.
A matéria-prima necessária ao estabelecimento deste tipo de industria é a madeira e a resina, algo que é abundante na região. A resina extraída dos pinheiros tem o nome industrial de gema. Através da destilação da gema produzem-se os seguintes produtos industriais: a essência de terebentina ou aguarrás, pez louro ou breu. A destilação de gema pode efectuar-se através de fogo directo ou a vapor. A primeira hipótese era a utilizada nesta fábrica. A proximidade do caminho-de-ferro não foi alheia, mais uma vez, á instalação da indústria, dado que as mercadorias eram despachadas pelo comboio e eram entregues no destinatário com a apresentação de senhas da CP ou de avisos de chegada.
A maior parte da produção era destinada á exportação.
Através de documentação recolhida no local, sabemos que havia contactos com a Áustria, EUA, França e com as antiga colónias do Império Colonial Português.
A 24 de Março de 1945, foi publicado, no jornal Bairrada Elegante, uma reforma do pacto social desta indústria. A sociedade por cotas Destilarias e Industrias Florestais Limitada, abreviadamente "Disflor", continua com a mesma denominação e, segundo o art. 2º, "o seu objecto são as industrias de destilação de lenhas, gemas, resinas e outras matérias-primas, produtos químicos  tintas e serração de madeiras". O capital social estava dividido por 10 sócios, todos eles gerentes, competindo à Assembleia Geral designar entre eles um gerente-delegado. A partir da década de 40 do século XX a fábrica acumulou assim outras actividades como serração de madeiras e carpintaria mecânica. O documento mais recente data de 1957 e o seu encerramento terá ocorrido pelo final desta década.

Junta de Freguesia de Pampilhosa

Viaduto sobre o Rio Corgo - Vila Real

Está a acontecer. Só não vê quem não quer ver!



COMENTÁRIO DE NICOLAU SANTOS.

QUE FAZ PENSAR.
Está a acontecer. Já se apercebeu?

Está a acontecer. Aquilo que nem nos passava pela cabeça que pudesse acontecer está mesmo a acontecer. Está a acontecer cada vez com mais regularidade as farmácias não terem os medicamentos de que precisamos. Está a acontecer que nos hospitais há racionamento) de fármacos e uma utilização cada vez mais limitada dos equipamentos. Está a acontecer que muitos produtos que comprávamos nos supermercados desapareceram e já não se encontram em nenhuma prateleira. Está a acontecer que a reparação de um carro, que necessita de um farol ou de uma peça, tem agora de esperar uma ou duas semanas porque o material tem de ser importado do exterior. Está a acontecer que as estradas e as ruas abrem buracos com regularidade, que ou ficam assim durante longos meses ou são reparados de forma atamancada, voltando rapidamente a reabrir. Está a acontecer que a iluminação pública é mais reduzida, que mais e mais lojas dos centros comerciais são entaipadas e desaparecem misteriosamente. Está a acontecer que nas livrarias há menos títulos novos e que as lojas de música se volatilizaram completamente. Está a acontecer que nos bares e restaurantes há agora vagas com fartura, que os cinemas funcionam a meio gás, que os teatros vivem no terror da falta de público. Está tudo isto a acontecer e nós, como o sapo colocado em água fria que vai aquecendo lentamente até ferver, não vemos o perigo, vamos aceitando resignados este lento mas inexorável definhar da nossa vida coletiva e do Estado social, com uma infinita tristeza e uma funda turbação.
Está a acontecer e não poderia ser de outro modo. Está a acontecer porque esta política cega de austeridade está a liquidar a classe média, conduzindo-a a uma crescente pauperização, de onde não regressará durante décadas. Está a acontecer porque, nos últimos quase 40 anos, foi esta classe média que alimentou cinemas, teatros, espetáculos, restaurantes, comércio, serviços de saúde, tudo o que verdadeiramente mudou no país e aquilo que verdadeiramente traduz os hábitos de consumo numa sociedade moderna. Foi na classe média — de professores, médicos, funcionários públicos, economistas, pequenos e médios empresários, jornalistas, artistas, músicos, dançarinos, advogados, polícias, etc. —, que a austeridade cravou o seu mais afiado e longo punhal. E com a morte da classe média morre também a economia e o próprio país.
E morre porque era esta classe média que mais consumia — e que mais estimulava — os produtos culturais nacionais, da literatura à dança, dos jornais às revistas, da música a outro tipo de espetáculos e de manifestações culturais. É por isso que a cultura está a morrer neste país, juntamente com a economia. E se a economia pode ainda recuperar lentamente, já a cultura que desaparece não volta mais. Um país sem economia é um sítio. Um país sem cultura não existe.
Durante a II Guerra Mundial, quando o esforço militar consumia todos os recursos das ilhas britânicas, foi sugerido ao primeiro-ministro Winston Churchill que cortasse nas verbas da cultura. O homem que conduziu a Inglaterra à vitória sobre a Alemanha recusou perentoriamente. “Se cortamos na cultura, estamos a fazer esta guerra para qué?” Mutatis mutandis, a mesma pergunta poderíamos fazer hoje: se retiramos todas as verbas para a cultura, estamos a fazer este ajustamento em nome de quê? Mas esta, claro, é uma questão que nunca se colocará às brilhantes cabeças que nos governam.
Nicolau Santos

O roubo das pensões e reformas!





Reacção de idosas reformadas ao corte de suas pensões e reformas feito por Passos Coelho e Portas.

A problemática sobre a indisciplina na sala de aula!


"Estou fisicamente preparado para atuar se um aluno desobedecer" - entrevista de Gabriel MIthá Ribeiro
"Professor de História defende o silêncio de volta às escolas. É autoritário e não se importa que os alunos não gostem dele. Basta gostarem das aulas

Licenciado em História e especializado em estudos africanos, Gabriel Mithá Ribeiro gosta ainda de entrar em outras áreas como sociologia ou psicanálise para entender melhor o pensamento social. Daí não ser estranho ouvi-lo sobre temas tão distintos como educação. Até porque já deu aulas durante duas décadas em escolas "ditas difíceis" e, segundo ele, só quem conhece bem a sala de aula tem condições para estudar e investigar a realidade escolar e ainda propor políticas no ensino. Mithá Ribeiro é um dos convidados da Fundação Francisco Manuel dos Santos que a partir de hoje e durante o resto da semana vai animar o debate online "Onde acaba a indisciplina e começa a violência", que acontece em simultâneo com as conferências em Lisboa e Braga "A Indisciplina na Escola" nos dias 17 e 18.
"Onde acaba a indisciplina e começa a violência" é o mote do debate em que vai participar. Existe uma fronteira?
É muito difícil separar a indisciplina da violência. O problema sério nas escolas é a indisciplina. E o problema seríssimo é a pequena indisciplina.
Porque é a recorrente?
E porque é a que tem de se combater no início. Dei aulas no 3.o ciclo e secundário durante 20 anos em 11 escolas ditas difíceis da margem Sul e sei que a violência não é um problema maior. Não digo que não existe, digo que é empolada. O alvo da questão é a indisciplina. Ou se resolve ou vamos continuar a enfrentar um dos obstáculos mais estruturais do ensino.
Há dificuldades em assumir que este é um problema grave nas escolas?
Para percebermos os problemas que condicionam o sistema de ensino, temos de partir da sensibilidade da sala de aula, que é onde tudo acontece. Mas toda a sensibilidade que condiciona as políticas e as teorias de educação é gerada de cima para baixo. Quanto mais distantes estão as pessoas das salas de aulas, mais poder têm para condicionar o ensino. Há até directores que estão décadas sem dar aulas e são uma correia de transmissão do que vem de fora para dentro em vez de levar a sensibilidade da sala de aula para fora. Se a sala de aula fosse o factor condicionante do pensamento e da definição de políticas de ensino, há muito que a indisciplina se tinha revelado um problema central. Além da falácia dos directores, há a falácia dos professores universitários. É completamente diferente ser professor do superior e do básico e secundário. As teorias aplicadas no básico e secundário vêm do ensino superior sem nunca terem sido testadas no próprio ensino superior. Se fossem, saberiam as asneiras que fazem.
Que asneiras?
A forma como se mexe nos currículos ou se faz as reformas. Tem de haver uma relação directa entre a prática quotidiana de dar aulas e a teorização. A estrutura universitária trata dos problemas do ensino sem saber o que é o ensino. É uma espécie de bloqueio que, se calhar, nem em cem anos vamos resolver. Mas é preciso alguém dizer que o único que pode teorizar e propor políticas a sério é quem conhece a sala de aula. Mas é tão errado alguém que só está na sala de aula e não tem teoria para explicar a vida da sala de aula como o oposto.
Porque só se reage perante a violência?
Porque o ruído tornou-se tão normal que só reagimos quando se ultrapassa o nível do ruído. O silêncio é o aspecto que mais casa com a construção do conhecimento, mas foi banido das escolas. O ruído foi naturalizado nas aulas e incentivado pelos pedagogos que defendem a participação, a permanente actividade dos alunos.
Silêncio quer dizer reflexão?
Quer dizer adesão voluntária das pessoas à introspecção, à tranquilidade. Muitos professores queixam-se da indisciplina porque optaram por modelos pedagógicos participativos, que dão muito poder ao aluno. O modelo participativo tem virtudes mas também tem problemas e um deles é incentivar a indisciplina. Se percebermos que a disciplina é central vamos perceber também que o modelo autoritário directivo consegue mais eficazmente impor o silêncio. Mas passou-se de um modelo autoritário da ditadura para uma ditadura da democracia que impôs o modelo participativo. Quem hoje defender o modelo autoritário parece que está a cometer um pecado capital.
Criar empatia ou proximidade com os alunos promove a indisciplina?
Os dois modelos devem coexistir, mas todo o aparelho ideológico torna uma abordagem legítima e a outra ilegítima. E quem constrói este aparelho é quem não dá aulas. Se dessem, percebiam o erro que é não incentivar o modelo autoritário. Sou um professor autoritário, mas para isso beneficio de duas vantagens que são vergonhosas de dizer num estado civilizado. Uma: sou homem e posso ser fisicamente afirmativo. Se um aluno desobedecer à minha ordem estou preparado para actuar. Não dou aulas sem estar fisicamente bem preparado - faço jogging, exercício, etc.
O Estado Novo exigia aos professores um atestado de robustez física.
Assumo a robustez física como condição de sobrevivência na sala de aula. Por outro lado, ser negro é uma grande vantagem para lidar com minorias. A maioria do corpo docente são mulheres de etnia portuguesa. Se alguém estiver interessado em perceber o que é a violência sobre as mulheres é entrar numa sala de aula. Combater a violência contra as mulheres é combater a indisciplina nas escolas. Mas o que temos é um discurso académico politicamente correcto que, ao mesmo tempo que defende a condição da mulher, defende exageradamente a condição do aluno que massacra essa mulher. Os governos passam e este problema arrasta-se. Devíamos ter vergonha disso.
Voltemos à empatia. Não faz falta?
O ensino assenta em três pilares - conhecimento, professor e aluno - e nós passámos de um ensino erradamente centrado no professor para um ensino ainda pior centrado no aluno. O referencial tem de ser o conhecimento pois ao ser abstracto cria obrigações para docentes e alunos. A empatia na sala de aula não é entre aluno e professor. Não quero que os alunos gostem de mim. Quero que gostem da História que ensino. Não preciso de gostar deles. Basta ter paixão por aquilo que ensino.
É errado centrar o ensino no aluno?
Se o ensino é centrado no aluno e o aparelho ideológico prepara as pessoas para isso, fica essa marca no subconsciente. Quando o professor entra na aula e no subconsciente dele está a ideia de que o ser mais precioso é o aluno, vai remover tudo o que o atrapalha: a ordem, o esforço e, às vezes, o conhecimento. Se na cabeça dele está sempre a martelar que o conhecimento é o mais importante, facilmente remove aquilo que atrapalha o conhecimento, como por exemplo alunos mal comportados. É o ruído que tem de sair porta fora. O ensino centrado no aluno é um dos fundamentos da indisciplina, mas outro é o estatuto do aluno.
Mas o actual até é mais punitivo.
É no papel. Digo que o estatuto do aluno é uma fonte de indisciplina porque quando se quer regular relações sociais a partir de documentos escritos é preciso que tenham valor social e simbólico, que só se adquire depois de muitos anos, gerações. Leis que regulam comportamentos têm de ser estáveis para entrarem na cabeça de alunos e de professores. Quando as regras são estáveis também contaminam as famílias, a comunidade e tudo o resto. O que se fez nos últimos 20 anos com os sucessivos estatutos do aluno foi matar a possibilidade de se resolver problemas a partir de documentos escritos.
E qual é a solução?
Dar poder à palavra do professor para que resolva o problema da indisciplina como entender. Nem que fosse uma medida temporária para higienizar a função do documento escrito, dos estatutos.
Dar a palavra aos professores implica reconhecer também a sua autoridade.
E enquanto não se confiar nos professores, o problema da indisciplina não se resolve. Só que, incrivelmente, quem não confia nos professores são os cientistas da educação, sempre a emitir regras sobre como trabalhar, o que fazer e não fazer.
Essas regras condicionavam-no?
Comecei tão incompetente como qualquer professor. Ao fim de uns anos, cortei completamente com o chamado ensino auto: o ensino em que não é o professor que ensina é o aluno que aprende, não é o professor que dá nota é o aluno que auto-avalia e não é o professor que impõe regras é o aluno que negoceia essas regras com o professor. Nas minhas aulas, eu ensino e os alunos aprendem. Nunca promovi auto-avaliação dos alunos e nesse aspecto fui contra a lei. Se sei que é uma fonte de perda de autoridade porque vou por esse caminho?
Que regras impunha?
As mesmas que a mim mesmo. Chegar a horas, trazer material, estar quieto e calado. Depois, nos primeiros 15 ou 20 minutos de aula sou eu que falo. É a parte da aula autoritária e expositiva. Não admito interrupções. Se permito uma pergunta e respondo, voltarei a ser interrompido e já não saio do mesmo lugar. Os alunos tomam notas, memorizam e tiram dúvidas no fim.
E correu sempre tudo bem?
No início do ano há sempre uns espertos que querem interromper. A minha reacção é dizer "Pegue nas suas coisas e rua!" O maior trunfo do professor é o dom da palavra. Se um docente não impõe silêncio nos primeiros 15 minutos da aula, vai andar 20 anos sem saber construir uma frase pois nunca treinou o direito que tem de falar. O ensino participativo não percebe a importância da palavra. Se imponho 20 minutos - e às vezes 90 - para expor a matéria, ao fim de uns anos já sei seduzir pela palavra - entoar, baixar a voz, contar histórias. Isto é muito exigente. Para expor a matéria durante 20 minutos é preciso estar bem preparado. Para dar uma aula de 90 minutos com os alunos quietos e calados tenho de saber contar muito bem a história. Parte da culpa é também dos professores, que gostam de ser intelectualmente preguiçosos. Hoje nenhum professor é autoritário se não for competente no domínio do conhecimento. Se os alunos percebem que sabemos o que estamos a ensinar, acatam as regras mais radicais que possam imaginar. Chegava a pôr na rua o mesmo chico-esperto todos os dias. Ao fim de um mês, chegava a dizer ao aluno que ele já estava chumbado.
Desistia dele?
Ou quero salvar todos e vou perder todos ou castigo um ou dois e salvo 20 e tal. Já expulsei alunos para sempre da minha sala.
Isso é contra a lei?
Toda a escola sabia, os pais sabiam, mas nunca ninguém contestou. Sabe porquê? Havia silêncio e os alunos aprendiam.
No seu livro "A Pedagogia da Avestruz", admite que teve atitudes radicais.
Tive um aluno que ficava à porta da sala a gozar enquanto os colegas entravam. Um dia em que entrou, agarrei-o com a toda a força e rebentei-lhe a camisa e só não lhe bati? Ficou de tal maneira assustado que nunca mais apareceu nas minhas aulas. Nesse ano tive o meu carro riscado de ponta a ponta. Mas nunca contestei. É o preço a pagar. Mas há outros focos de indisciplina como é o caso do currículo, que promove a instabilidade das regras e não permite ter uma ideia clara do que é uma aula. Um aluno entra numa aula de 45 minutos, sai e entra noutra de 90, a seguir vai almoçar e tem outra de 45. Essa inconstância torna impossível sedimentar na cabeça dos alunos as regras para estar numa aula. Com tantos especialistas em educação é incrível que não se tenha percebido que a ideia estável de aula corresponde à ideia estável de comportamento.
As famílias são empecilhos?
São empecilhos e criaram uma confusão entre o papel do professor e o papel do pai, o papel do aluno com o papel do filho. Isto foi terrível no plano da autoridade. A escola abriu-se à comunidade de tal forma que agora qualquer um se sente com autoridade para dizer o que os professores deviam ensinar. Quando a escola se fechar sobre ela própria, não terá de se justificar o porquê das regras que aplica".

Jornal i

A verdade inconveniente!



Colégios privados financiados pelo estado e escolas públicas sem alunos

«Verdade Inconveniente» é uma grande reportagem da jornalista Ana Leal, com imagem de Gonçalo Prego e montagem de Miguel Freitas.

Não se assustem!...

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Fábula - "O burro do Crato!"



Era uma vez um avarento agricultor que vivia na bonita Vila do Crato.
Um dia, preocupado com a fraca produtividade do seu burro, decidiu que estava na altura de fazer mais com menos.
Decidiu então alterar o programa de alimentação do jumento!
Com o tempo, habituar-se-ia a não comer, contribuindo para a diminuição das despesas. Iniciou então um plano de emagrecimento, que começava por alimentar o animal, dia sim, dia não, até que chegasse ao ponto de o animal não comer. Algumas semanas depois, mostrava todo orgulhoso o burro aos seus vizinhos dizendo:
- “Vejam só, a última vez que comeu foi há quatro dias. Mais umas semanas e posso garantir-vos que se habitua e deixa de comer!”
Os dias passaram e a dieta intensificava-se e o agricultor passeava. De repente, a aldeia deixou de ver o agricultor e o burro. Estranhando ausência prolongada, um vizinho bateu à porta do agricultor e perguntou:
- "Está tudo bem consigo, vizinho? E o burro, está tudo bem com ele?".
O agricultor, envergonhado, responde-lhe:
- "Ai vizinho, que desgraça, não quer você acreditar que o raio do burro morreu? Logo agora que já se tinha habituado a não comer…"

QUEM PODE PHODE!...

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A MURALHA DAS VAGINAS!



São mais de 400 moldes de vagina, de diferentes mulheres, diferentes países e com idades entre 18 e 76 anos. Quando ainda não possuía todos os 400 exemplares, lançou até um casting para conseguir outros. São 10 painéis, contendo 40 moldes em cada. Em cada obra há uma intenção, no mais, McCartney quer mostrar a variedade de formas que a vulva pode ter, tornando isso “público”, a fim de estabelecer um equilíbrio entre o constrangimento e a consciência, e educar as pessoas sobre como mulheres normais realmente são. McCartney acha e espera também, que isso ajude a combater a crescente onda de cirurgias nos lábios vaginais para fins cosméticos, uma nova moda para gerar "vaginas perfeitas", que pode trazer um risco às futuras gerações de mulheres.